Twin Peaks é considerada uma das piores séries do ano pelo Hollywood Reporter e TV Line
Depois de ser considerado um dos melhores “filmes” do ano em listas de revistas europeias, “Twin Peaks” também começou a aparecer nas listagens de final de ano de publicações dos Estados Unidos. Os críticos da revista The Hollywood Reporter e do site TVLine lembraram de incluir o revival na coluna de “séries”. E com outra diferença: como uma das piores séries de 2017. Tim Goodman, da revista The Hollywood Reporter, chegou a justificar seu voto. “Eu não li nenhuma defesa da série que não parecesse delirante, minimizando aqueles que apontam suas falhas, ou não soasse irracional ou pouco persuasivo dos seus méritos”. O TVLine assinou embaixo disso: “O revival foi um teste de resistência superestimado, tedioso, inescrutável, desigual e misógino, com zero impacto emocional. Simplificando, foi tudo que a série original viciante, inovadora e triunfante não era”.
Netflix providencia seus próprios críticos para elogiar Bright: orcs adolescentes
Até filmes ruins ganham bons comerciais. E a Netflix está se tornando expert em encontrar formas diferenciadas para promover seus lançamentos. Diante do massacre sofrido por “Bright”, que chegou até a ser chamado de “pior filme do ano” pela imprensa norte-americana, a plataforma providenciou sua própria crítica da produção, num vídeo gravado por dois orcs adolescentes. Que como típicos orcs adolescentes adoram explosões, rock pesado e elfas bonitas. Eles também vibram com a surra sofrida por Will Smith por chamar orcs de Shrek. “Somos orcs, não ogros”, reparam. E só lamentam que o orc policial não seja o herói principal da história – o que justifica uma nota 9. Para que perder tempo com o que humanos acham de um filme, se os orcs são muito mais divertidos? Acredita a Netflix.
A Escolha Perfeita 3 é demolida pela crítica em sua estreia nos Estados Unidos
Um foi pouco, dois foi bom, mas três parece ter sido demais para a franquia “A Escolha Perfeita”. O terceiro filme da saga colegial musical chegou aos cinemas americanos na sexta-feira (22/12) sob o impacto de críticas demolidoras. A produção do estúdio Universal contabiliza apenas 29% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Isto é menos da metade da cotação do segundo filme, que foi recebido com aval de 65% da crítica norte-americana. E vale lembrar que o primeiro foi uma unanimidade, com 80% de resenhas positivas. Além de ser considerada a comédia mais fraca das três, “A Escolha Perfeita 3” também foi taxada de imatura, pela falta de crescimento pessoal de cada uma das personagens. Para as poucas avaliações positivas, salva-se a atriz Rebel Wilson e sua personagem divertida, Fat Amy. “‘A Escolha Perfeita 3’ parece um bis que ninguém pediu”, escreveu o célebre crítico Richard Roeper, do jornal Chicago Sun-Times. “Estas são presumivelmente mulheres jovens adultas – a maioria das atrizes principais já tem 30 anos – , mas continuam a lutar com problemas típicos de quem 18 anos de idade. Assim, quando elas finalmente tomam o palco, é difícil se importar”, avaliou Peter Hartlaub, do jornal San Francisco Chronicle. “É exatamente o mesmo filme, repetido outra vez, mais uma vez, até o final dos tempos”, fuzilou Moira MacDonald, do Seattle Times “O filme desafina todo o conceito que funcionou no original”, lamentou Susan Wloszczyna, do Washington Post. “Serve como lembrete forçado, horroroso e sem sentido de que cada sucesso moderado deve ser convertido, pela lógica comercial de Hollywood, num caça-níquel sem alma”, completou Justin Chang, do Los Angeles Times. “Qualquer charme que os primeiros filmes possuíam (e era considerável graças ao talentoso elenco), foi irremediavelmente perdido nesta sequência sem alma”, decretou Frank Scheck, da revista The Hollywood Reporter. “O show acabou”, resumiu Brian Truitt, de USA Today. Detalhe: a estreia no Brasil sumiu do cronograma da distribuidora, que lançou o último trailer legendado em setembro.
“Pior filme do ano” dizem críticos sobre Bright, superprodução da Netflix com Will Smith
A crítica norte-americana destruiu a primeira superprodução da Netflix. “Desastre”, “embaraçoso” e “horrível” foram algumas das definições dadas a “Bright”, também chamado de “pior filme do ano” e “um presente de Natal da Netflix para os estúdios de cinema”, para mostrar que não precisam ter medo de sua pretensão de fazer-lhes concorrência. “Bright” está registrando apenas 29% de aprovação na média do site Rotten Tomatoes. Mesmo com um orçamento aproximado de US$ 100 milhões, astros como Will Smith (“Esquadrão Suicida”), Joel Edgerton (“Ao Cair da Noite”) e Noomi Rapace (“Prometheus”), roteiro de Max Landis (“Victor Frankenstein”) e direção de David Ayer (também de “Esquadrão Suicida”), o consenso é que a produção seria um fracasso estrondoso se fosse lançado nos cinemas norte-americanos, ainda mais nesta semana, contra “Star Wars: Os Últimos Jedi”, “O Rei do Show” e “Jumanji: Bem-Vindo à Selva”. A trama se passa numa versão sobrenatural de Los Angeles, habitada por elfos e outras criaturas da fantasia, e gira em torno da parceria entre dois policiais, um humano (Will Smith) e um orc (Joel Edgerton). Durante uma patrulha noturna, a dupla entra em contato com uma varinha mágica, a arma mais poderosa do universo. Cercados de inimigos, eles devem trabalhar juntos para proteger uma jovem elfa (Lucy Fry, da série “11.22.63”) e sua relíquia mágica, que em mãos erradas pode destruir o mundo. John DeFore, da revista The Hollywood Reporter, chamou a história de “muito embaraçosa” e com pouca recompensa para a Netflix. “As estrelas Will Smith e Joel Edgerton fazem sua parte para vender a premissa malucona, mas o roteiro oferece aos espectadores pouca recompensa até para quem embarcar em sua suspensão de descrença”, escreve DeFore. “Os elementos sobrenaturais são tão mal explicados e implementados que nos fazem desejar que estivéssemos assistindo algum policial genérico baseado na realidade”. Jordan Hoffman, da Vanity Fair, também ficou desapontado com o filme, escrevendo que há “um resquício de uma ideia interessante aí”, mas ela é submersa por “cenas tediosas sem direção clara, tomadas genéricas (e mal iluminadas) e diálogos insuportáveis de brincadeiras alegadamente espirituosas”. Hoffman diz que o filme de orçamento milionário é um verdadeiro “desastre absoluto” e acabará por refletir mal o projeto de filmes da Netflix. David Ehrlich, do site IndieWire, foi o mais feroz, chamando “Bright” de “o pior filme de 2017” e descrevendo-o como algo “profundamente horrível”. Ele ainda sugere que não se poderia esperar nada diferente do diretor de “Esquadrão Suicida” e do roteirista de “Victor Frankenstein”, mas que “Bright” representa “novo ponto baixo para a carreira de ambos”. Scott Mendelson, da Forbes, foi quem falou em “presente de Natal da Netflix para os grandes estúdios”, porque mostrou que o serviço de streaming fracassou em sua tentativa de replicar o caro formato de blockbuster. Mendelson aponta particularmente para o roteiro do filme, que “parece um primeiro rascunho não desenvolvido”. O que se salva no filme, de acordo com Mendelson, são os desempenhos de Smith e Edgerton, particularmente o último. “Ele tem um arco envolvente, mesmo que (como francamente grande parte do filme) pareça um plágio de ‘Zootopia'”. Emily Yoshida, do site Vulture, até acha que o filme tem alguns “toques legitimamente divertidos”, como a aparência dos personagens elfos do filme, mas não aprova a analogia principal do filme. “Não estou inteiramente convencida sobre o que orcs e elfos deveriam representar diante da história extremamente real de violência policial racialmente controversa de Los Angeles, além do fato de que pode ser uma viagem para quem ficar chapadão”, escreveu. Rodrigo Perez, do site The Playlist, viu outra referência, dizendo que “Bright” é “risivelmente moldado como uma série sci-fi ruim dos anos 80 (pense em ‘V’ ou ‘Missão Alien’)”. E conclui chamando o filme de “desajeitado e muitas vezes bastante constrangedor”, além de “um desastre confuso de parábola e fábula”. Vinnie Mancuso, do site Collider, considerou que o fato de a produção ser lançada pela Netflix tem um lado positivo. “Ela pode ficar disponível por muito tempo, enquanto o público quiser”, ao passo que, se fosse distribuído no cinema, sairia rapidamente de cartaz. “É o oposto de filme obrigatório”, define. Mas um crítico inglês quase desafinou o coro dos descontentes. Steve Rose, do jornal The Guardian argumentou que “Bright” “merece crédito” por assumir uma mistura de gêneros e elogia a “premissa verdadeiramente original” do filme. Para ele, as “grandes ambições” do enredo precisariam de retoques, mas, em geral, “apesar de suas falhas, ‘Bright’ ainda é um grande impulso para um mundo novo e diferente”. “Bright” estreia na Netflix nesta sexta (22/12).
Retorno de Agents of SHIELD encanta a crítica e rende melhor público da série em mais de um ano
A série “Agents of Shield” iniciou sua 5ª temporada com um novo desafio. E não se trata da mudança radical da trama, que colocou os personagens no espaço, mas de sua estreia em novo dia. A atração passou para as noites de sexta-feira, o dia em que as séries vão para serem canceladas nos Estados Unidos – uma vez que registram queda na noite da semana em que menos pessoas sintonizam TV. E a missão foi cumprida. A estreia, com episódio duplo, foi assistida por 2,5 milhões de telespectadores ao vivo, com uma classificação de 0,7 na demo (a faixa demográfica de adultos entre 18 e 49 anos, mais relevante para os anunciantes). Trata-se da maior audiência da série em mais de um ano e um aumento significativo em relação ao final da temporada anterior, visto por 2 milhões em maio. A média da 4ª temporada foi 2,3 milhões e os mesmos 0,7 na demo. A estreia de “Agents da SHIELD” pontuou melhor que os mais recentes episódios de “Once Upon a Time”, que também passaram a ser exibidos nas sextas pela ABC – registrando 2,2 milhões e 0,5 na demo – e a série da Marvel “Inhumans” – 1,9 milhão e 0,5 – exibida no mesmo horário e canal. Para completar, todas as críticas publicadas nos Estados Unidos foram positivas, com alguns sites citando influências dos “Guardiões da Galáxia” e até de “Firefly”, a cultuada série espacial de Joss Whedon, co-criador de “Agents da SHIELD” com seu irmão Jed e sua cunhada Maurissa Tancharoen. Trata-se de ótima notícia para os fãs da atração, que, segundo a revista Variety, só não foi cancelada na temporada passada por intervenção da Disney, proprietária da ABC, que considerou importante, do ponto de vista estratégico, manter uma série da Marvel em sua rede de TV.
Joss Whedon curte comentários negativos sobre vilão de Liga da Justiça no Twitter
O diretor Joss Whedon, que refez parcialmente as filmagens da “Liga da Justiça”, concorda com as críticas negativas disparadas contra o vilão do filme. Ele “curtiu” vários tuítes que criticavam Lobo da Estepe (Ciaran Hinds), entre eles o da jornalista Joanna Robinson, da revista Vanity Fair, que comparou o novo vilão cinematográfico da DC com Malekith, vivido por Christopher Eccleston em “Thor: O Mundo Sombrio” (2013). “Lobo da Estepe, de ‘Liga da Justiça’, é o pior vilão de filme de quadrinhos de todos os tempos e nem mesmo Malekith, o maldito, chega perto”, ela escreveu. O cineasta curtiu o comentário. Ele também aprovou outro post, em que ela lista os melhores vilões das adaptações de quadrinhos, incluindo o Coringa de Heath Ledger, o Loki de Tom Hiddleston, o Zod de Terence Stamp e o Magneto de Ian McKellen. Mas não ficou nisso. Um usuário do Twitter postou que Lobo da Estepe lembrava Tim Curry na fantasia juvenil “A Lenda”, de 1985. Robinson concordou e Whedon curtiu. Joss Whedon compartilha os créditos do roteiro de “Liga da Justiça” com Chris Terrio (“Batman vs. Superman”), além de ter refeito diversas cenas dirigidas por Zack Snyder. Mas o vilão já existia quando ele entrou no filme em maio. A crítica americana considerou Lobo da Estepe o ponto mais frágil da produção, que também teve efeitos visuais considerados fracos para o gênero. Os “likes” de Whedon são exemplos de críticas sutis, mas não deixam de lembrar a reação de Josh Trank na véspera da estreia de “Quarteto Fantástico”. Diante das avaliações negativas, o diretor criticou explicitamente a Fox por mudar todo o seu filme, mas apagou tudo logo em seguida, após uma provável dura do estúdio. Trank não falou mais nada à respeito da adulteração de seu longa-metragem, perdeu produções que desenvolvia e está desde 2015 sem dirigir nenhum filme.
Rotten Tomatoes esconde nota baixa de Liga da Justiça até véspera da estreia
Muito se discute sobre a influência do site agregador de críticas Rotten Tomatoes no resultado das bilheterias do cinema. Até Martin Scorsese achou que valia a pena escrever sobre o assunto e, no auge do verão, alguns executivos de Hollywood chegaram a vociferar contra as notas obtidas por seus filmes, culpando o Rotten Tomatoes pelos fracassos de blockbusters. Mas nunca se tinha visto uma ação tão controversa quanto a manobra feita em torno da liberação da avaliação de “Liga da Justiça”. O site só publicou a média conquistada pelo filme nesta quinta (16/11), um dia antes da estreia nos EUA e após a pré-venda de ingressos bombar. Esta decisão também evitou que a crítica internacional fosse “contaminada” pela nota do site, permitindo vendas recordes no exterior – o filme quebrou o recorde de bilheteria de estreia no Brasil. O detalhe é que, quando o véu levantou, a nota revelada foi muito baixa: apenas 40% de aprovação geral e míseros 28% entre a crítica especializada – aquela que não é geek. O número reflete o tom das críticas, que apontavam que “Liga da Justiça” é melhor que “Batman vs. Superman” (27%), mas longe de ser maravilhoso (Marvel, em inglês). Em termos de comparação, o filme pior avaliado da Marvel no Rotten Tomatoes é “Thor: O Mundo Sombrio” (2013), que tem 66% de aprovação. Oficialmente, a demora em anunciar a nota foi motivada pelo lançamento de um programa do site no Facebook, “See It/Skip It”, que usou a revelação como chamariz de público. Mas muita gente lembrou da reclamação de Brett Ratner, que financiou este e outros blockbusters da Warner. Em março, ele vociferou contra o site, dizendo que “a pior coisa que temos hoje na cultura cinematográfica é o Rotten Tomatoes”, durante uma entrevista à revista Entertainment Weekly. “Agora tudo é: ‘qual sua cotação no Rotten Tomatoes?’. E isso é triste porque a cotação do Rotten Tomatoes foi muito baixa para ‘Batman vs Superman’, e isso eclipsa um filme que foi incrivelmente bem-sucedido”, afirmou, dando a entender que bilheteria justifica filme ruim. Desde então, duas coisas aconteceram. Brett Ratner virou uma das piores coisas que “temos hoje em dia na cultura cinematográfica”, após se envolver em denúncias de abuso sexual e ser afastado das produções da Warner. E o editorial do Rotten Tomatoes mudou. A Warner é dona do Rotten Tomatoes desde 2011, mas o editor original do site só saiu em julho deste ano, após as críticas ferozes de Hollywood, que culparam as notas baixas pelos fracassos de seus filmes ruins. Antes desta mudança, nunca uma nota de avaliação negativa tinha sido escondida até a véspera de lançamento de um filme. As exceções só aconteceram nas ocasiões em que os estúdios esconderam filmes da crítica, o que não foi o caso com “Liga da Justiça”. A ligação financeira do estúdio de “Liga da Justiça” com o site Rotten Tomatoes torna a decisão editorial muito controvertida.
Pressionado por críticas negativas, diretor confessa não ter filmado todo o roteiro de Boneco de Neve
O thriller “Boneco de Neve”, que estreou nesta sexta (20/10) nos Estados Unidos, está sendo considerado uma das grandes decepções do ano, com míseros 10% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Pressionado pela rejeição, o diretor Tomas Alfredson resolveu contar numa entrevista porque o filme é tão ruim: ele que não conseguiu filmar o roteiro inteiro e tentou “dar um jeito” na edição. A culpa, segundo ele, foi do cronograma de filmagens. “Nosso período de filmagens na Noruega foi muito curto. Não tínhamos ainda toda a história com a gente e quando começamos a editar percebemos que muita coisa ficou faltando. É como quando você está montando um quebra-cabeça e algumas peças estão faltando, então não dá para ver toda a imagem. A decisão de filmar aconteceu muito abruptamente – de repente tivemos a notícia de que tínhamos o dinheiro e poderíamos começar a filmar”, ele contou, em entrevista ao canal norueguês NRK. Segundo as estimativas de Alfredson, faltou filmar cerca de 15% do roteiro. “Boneco de Neve” ainda estava em desenvolvimento quando Alfredson entrou a bordo e o roteiro não estava pronto no começo das filmagens. Entretanto, o projeto era antigo no estúdio Universal e quase foi dirigido por Martin Scorsese, após “A Invenção de Hugo Cabret” (2011). O roteiro original tinha sido escrito por Matthew Michael Carnahan (“Guerra Mundial Z”), mas foi descartado por uma nova versão de Hossein Amini (“Drive”), Peter Straughan (que trabalhou com o diretor em “O Espião que Sabia Demais”) e Søren Sveistrup (criador da série “Forbrydelsen”, que rendeu o remake “The Killing”). Pelo que diz Alfredson, o trabalho dos roteiristas não tinha acabado quando os produtores decidiram iniciar as filmagens, provavelmente priorizando a agenda dos atores. Para complicar, também foram tomadas decisões controvertidas, como filmar cenas em locais que não batem com a geografia real – por exemplo, estradas diferentes das citadas de forma explícita na história. O filme é uma adaptação do romance homônimo de Jo Nesbø (“Headhunters”), considerado o grande mestre do suspense nórdico. Trata-se da sétima história de uma série literária dedicada ao detetive Harry Hole, papel interpretado por Michael Fassbender (“X-Men: Apocalipse”). Na trama, ele investiga o desaparecimento da mãe de um menino, que acaba revelando a atividade mórbida de um serial killer obcecado por degolar mulheres e usá-las em bonecos de neve mórbidos. Curiosamente, a Universal tinha optado por um cineasta escandinavo para dar maior credibilidade ao projeto. O sueco Tomas Alfredson vinha de produções elogiadíssimas, como “Deixa Ela Entrar” (2008) e “O Espião que Sabia Demais” (2011). Além dele, a principal personagem feminina também é vivida por uma atriz sueca, Rebecca Ferguson (“Missão: Impossível – Nação Secreta”). Sem esquecer que entre os coadjuvantes está a estrela da série nórdica “Bron/Broen”, a sueca Sofia Helin. O elenco ainda inclui Val Kilmer (“Tom Sawyer & Huckleberry Finn”), Chloë Sevigny (série “Bloodline”), J.K. Simmons (“Whiplash”), Jamie Clayton (série “Sense8”), a francesa Charlotte Gainsbourg (“Ninfomaníaca”) e os ingleses James D’Arcy (série “Agent Carter”) e Toby Jones (série “Wayward Pines”). A estreia está marcada apenas para dezembro no Brasil.
Martin Scorsese defende Mãe! em artigo que ataca métricas de cinema
O diretor Martin Scorsese escreveu um artigo para a revista The Hollywood Reporter em defesa do filme “Mãe!”, de Darren Aronofsky, lamentando a falta de conhecedores de cinema entre os críticos atuais e a ênfase dada a métricas, como as do Rotten Tomatoes e do Cinemascore. “Os bons filmes de cineastas reais não são feitos para serem decodificados, consumidos ou compreendidos instantaneamente”, ele observou. Leia abaixo um trecho do longo texto do cineasta. “Antes de realmente ver ‘Mãe!’, fiquei extremamente perturbado pelos julgamentos severos que sofreu. Muitas pessoas pareciam querer definir o filme, colocá-lo num nicho, achar suas falhas e condená-lo. E muitos pareceram felizes com o fato dele receber uma nota F do Cinemascore. Isso na realidade virou notícia – ‘Mãe!’ tinha sido “esbofeteado” com a “temida” nota F do Cinemascore, terrível condecoração compartilhada por filmes dirigidos por Robert Altman, Jane Campion, William Friedkin e Steven Soderbergh. “Depois que tive a chance de ver ‘Mãe!’, fiquei ainda mais perturbado pela pressa do julgamento e é por isso que queria compartilhar meus pensamentos. As pessoas pareciam estar atrás de sangue, simplesmente porque o longa não pode ser facilmente definido ou interpretado ou reduzido a uma descrição de duas palavras. É um filme de terror ou uma comédia sombria ou uma alegoria bíblica ou uma fábula cautelar sobre devastação moral e ambiental? Talvez um pouco de tudo isso, mas certamente não apenas uma dessas categorias básicas. “É um filme que precisa ser explicado? E que tal a experiência de assistir a ‘Mãe’!? É tão tátil, lindamente encenado – a câmera subjetiva e os ângulos reversos, sempre em movimento… o design de som, que chega ao espectador pelas beiradas e o arrasta cada vez mais para as profundezas deste pesadelo… o desenrolar da história, que gradualmente se torna mais e mais perturbadora conforme o filme avança. O terror, a comédia sombria, os elementos bíblicos, a fábula cautelar – estão todos lá, mas são elementos da experiência total, que engole os personagens e os espectadores junto com eles. Somente um verdadeiro e apaixonado cineasta poderia ter feito esse longa, que eu ainda estou experimentando semanas após tê-lo assistido. “Bons filmes, feitos por cineastas de verdade, não são criados para ser decodificados, consumidos ou instantaneamente compreendidos. Eles não são nem feitos para serem gostados instantaneamente. São feitos porque a pessoa por trás das câmeras tinha que fazê-los. E como qualquer pessoa familiarizada com a história do cinema sabe muito bem, há uma lista muito longa de títulos – ‘O Mágico de Oz’, ‘A Felicidade Não Se Compra’, ‘Um Corpo Que Cai’ e ‘À Queima-Roupa’, para citar apenas alguns – que foram rejeitados no lançamento e se tornaram clássicos. As avaliações do Tomatômetro e Cinemascore desaparecerão em breve. Talvez sejam substituídos por algo ainda pior. “Ou talvez eles desapareçam e se dissolvam à luz de um novo espírito na alfabetização cinematográfica. Enquanto isso, filmes produzidos apaixonadamente como ‘Mãe!’ continuarão a crescer em nossas mentes.” Raparo importante: apesar do que escreveu Scorsese, a nota de “Mãe!” no Rotten Tomatoes foi alta. O filme teve 68% de aprovação. E o estúdio usou esta aprovação em seu marketing para fazer frente à rejeição do público – foram os espectadores, avaliados pelo Cinemascore, e não a crítica, refletida no Rotten Tomatoes, que detestaram o filme. Este esclarecimento é necessário, uma vez que Scorsese não o reflete em seu texto. O Rotten Tomatoes também publica um resumo das opiniões da imprensa, que qualifica como “consenso da crítica”. Eis o que o site escreveu em sua síntese de “Mãe!”: “Não há como negar que ‘Mãe!’ é o produto provocador de uma visão artística singularmente ambiciosa, embora possa ser muito difícil para os gostos convencionais”.
Disney obrigou rede ABC a renovar Agents of SHIELD
Uma reportagem da revista Variety sobre a rede americana ABC revelou que os executivos do canal queriam cancelar “Agents of Shield” ao final de sua 4ª temporada, mas uma ordem direta da Disney, dona da emissora, exigiu uma 5ª temporada. Um compromisso foi firmado com a mudança da exibição da série para o pior dia da semana: sextas-feiras. A rede ABC não pediu retratação nem se manifestou sobre a reportagem, recusando-se a comentar. Além desta polêmica, a Variety também revelou que os diretores do canal ficaram irritados com a série “Inhumans”, sobre o grupo de super-heróis “Inumanos”. Eles teriam reclamado da qualidade do programa para a Marvel, que decidiu então melhorar os efeitos visuais. Mas não teria sido possível esconder os defeitos da série, que apesar de ter sido paga por uma parceria com os cinemas IMAX, parece ter sido feito com baixíssimo orçamento. A estreia de “Inhumans” rendeu o pior público e a pior avaliação da crítica dentre todas as séries novas da temporada, e já há rumores de que a produção teria sido cancelada. Resta saber se a Disney vai obrigar a exibição de todos os episódios gravados. A 5ª temporada de “Agents of SHIELD” vai ocupar a vaga de “Inhumans” na programação da ABC, ainda sem data de estreia definida. No Brasil, ambas as séries são transmitidas pelo canal pago Sony.
Além da Morte é o terror pior avaliado do ano com 0% de aprovação
A estreia de “Além da Morte” na sexta-feira (29/9) nos Estados Unidos rendeu rejeição unânime da crítica. Sabendo a bomba que tinha nas mãos, a Sony não exibiu o filme para a imprensa, mas as críticas foram escritas assim que ele abriu nos cinemas. E o resultado foi 0% de aprovação no site Rotten Tomatoes, um consenso absoluto, que faz do remake/reboot de “Linha Mortal” (Flatliners) um recordista na categoria dos filmes ruins. Veja algumas das opiniões da crítica abaixo: “Um fiasco sem susto… ainda mais sem graça e tedioso que o original” – Rolling Stone. “Por mais dispensáveis que sejam os reboots, ‘Além da Morte’ não oferece nenhum motivo para reanimar essa propriedade expirada há muito tempo” – Variety. “O reboot que ninguém pediu do filme que ninguém lembra direito chegou… e é natimorto, com nada novo para dizer e nenhum jeito novo de dizê-lo” – Flick Filosopher. “O conceito é usado apenas como desculpa para mais um filme de assombração mal-feita, que deixa ‘Além da Morte’ igual a tantos outros” – The Hollywood Reporter. “Há pouco mistério e pouco profundamento para os personagens” – Time Out. “Um remake agonizante e tedioso” – Indiewire. “‘Além da Morte’ redefine a expressão ‘meh’ (inexpressivo)” – The New York Times O novo filme tem mais personagens femininas que o original, mas a conta a mesma história e sem o mesmo apelo visual do longa de 1990. Um grupo de médicos residentes decide investigar o que existe após a morte, experimentando morrer por alguns minutos e voltar para compartilhar o que viram. Não demora e a experiência se transforma em competição para ver quem fica mais tempo morto, até a experiência mostrar suas consequências, ainda que sejam apenas uma versão sobrenatural dos “12 passos” dos Alcoólatras Anônimos, com arrependimento e pedidos de desculpas obrigatórios. O elenco traz Ellen Page (“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”), Diego Luna (“Rogue One”), Nina Dobrev (série “The Vampire Diaries”), James Norton (minissérie “Guerra e Paz”), Kiersey Clemons (série “Extant”) e, escondido na divulgação, Keifer Sutherland, astro do primeiro filme, em participação especial. O roteiro foi escrito por Ben Ripley (“Contra o Tempo”) e a direção é do dinamarquês Niels Arden Oplev (“Os Homens que Não Amavam as Mulheres”). A estreia está marcada para 19 de outubro no Brasil, um mês após o lançamento nos Estados Unidos.
Série dos Inumanos tem a estreia de pior audiência e críticas mais negativas da temporada
A série “Inhumans”, baseada nos quadrinhos dos Inumanos, estreou com um episódio duplo na noite de sexta-feira (29/9) nos Estados Unidos, que confirmou as expectativas negativas em torno de seu lançamento com o pior desempenho entre as estreias da temporada até o momento. A atração da rede ABC foi vista por 3,8 milhões de telespectadores e registrou 0,9 pontos na demo (a faixa demográfica de adultos entre 18 e 49 anos, mais relevante para os anunciantes). O desempenho também é pior que o das séries que ocupavam o mesmo horário na temporada passada, “Last Man Standing” e “Dr. Ken”, ambas canceladas por baixa audiência. A crítica foi fulminante, considerando “Inhumans” a obra mais fraca já produzida pela Marvel. Houve até quem a comparasse ao “Quarteto Fantástico” de Roger Corman, filme tão trash que foi proibido de ser lançado nos anos 1980. A aprovação no site Rotten Tomatoes registra apenas 4%, que também é o índice mais baixo entre todas as séries estreantes da temporada. A produção de “Inhumans” chamou atenção desde sua concepção, quando foi anunciado como a primeira série com estreia em cinemas do circuito IMAX. Como o IMAX tinha exibido anteriormente episódios de “Game of Thrones”, muitos imaginaram que a Marvel faria sua produção mais ambiciosa, cara e ousada. Mas o passo seguinte foi a contratação de Roel Reiné (“Corrida Mortal 3”), um diretor de sequências trash lançadas direto em vídeo, que, em suas desastrosas entrevistas de divulgação, confirmou que o estúdio queria algo rápido e barato, além de reclamar da qualidade dos efeitos. Foi a crônica de um desastre anunciado. Feita na pressa, de qualquer jeito e sem muito investimento, a série não justificou sua exibição em IMAX. Mas nem sequer se sustenta na telinha, onde seu roteiro fraquíssimo, repleto de clichês e frases bobas, de autoria de Scott Buck (“Punho de Ferro”), também parece ter sido escrito a toque de caixa. Registradora. O contraste com “The Gifted”, série baseada no universo dos “X-Men”, que estreia a seguir na TV americana, é brutal. A Fox tratou com mais carinho a propriedade da Marvel que a própria ABC, que é da Disney como a editora dos quadrinhos, contratando o diretor dos filmes dos “X-Men” para assinar o piloto e investindo em efeitos caros, não em visuais de liquidação. Já considerada a pior série da Marvel, “Inhumans” pode se tornar também seu maior fracasso e arranhar a reputação televisiva da empresa, que nunca mais ganhará um cheque em branco do IMAX ou outro parceiro para realizar um produto abaixo da linha da mediocridade. Quem duvidar, poderá conferir em breve pelo canal pago Sony, que exibirá “Inhumans” no Brasil a partir de 14 de novembro.










