Diretor português de Tabu vai filmar Os Sertões, clássico literário de Euclides da Cunha
O diretor português Miguel Gomes (“Tabu”, “As Mil e Uma Noites”) vai filmar um clássico da literatura brasileira. Segundo o blog Sem Legenda, ele fará a adaptação de “Os Sertões”, de Euclides da Cunha. O plano do diretor é fazer uma adaptação no estilo do que fez em “As Mil e uma Noites”, ou seja, uma trilogia. Os filmes seguirão as divisões da obra de Euclides da Cunha, que possui três partes distintas, intituladas A Terra, O Homem e A Luta. Originalmente concebido como uma reportagem sobre a Guerra de Canudos para o jornal O Estado de S. Paulo, a narrativa foi reunida e publicada como livro em 1902, tornando-se uma das principais epopeias da língua portuguesa, ao traçar um panorama profundo sobre a vida no interior nordestino no início do século 20. É deste livro que vêm a máxima “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”, que marcou época e influenciou inúmeros escritores no país.
Diretor de A Bruxa vai filmar remake de Nosferatu
O diretor Robert Eggers, que estreou com o terror “A Bruxa” (2015), premiado no Festival de Sundance, vai fazer nova incursão ao gênero em seu segundo longa-metragem. Ele vai se arriscar a filmar um remake do clássico do cinema mudo “Nosferatu” (1922), de F.W. Murnau. O projeto já é antigo. Veio à tona pela primeira vez no ano passado, mas é um sonho literalmente de infância de Eggers. Em entrevista ao podcast do site Indiewire, o diretor contou que ficou obcecado pelo ator Max Schreck quando era criança, depois de ver uma foto do Conde Orlok num livro, a ponto de convencer sua mãe a dirigir até uma locadora em outra cidade para alugar um vídeo do filme. Algum tempo depois, quando tinha 17 anos, ele fez uma adaptação da história para o teatro. “Parece feio, blasfemo e egomaníaco que um diretor como eu faça ‘Nosferatu’ nesta altura da minha carreira. Eu até estava esperando um pouco, mas aí entrou o destino e mexeu com tudo”, ele explicou. O destino tem nome. Se chama Jeff Robinov, ex-presidente da Warner Bros, que foi decisivo para o sucesso de filmes como “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008), “Se Beber, Não Case!” (2009), “A Origem” (2010), “Argo” (2012) e “Gravidade” (2013). O executivo conseguiu arrecadar um capital de US$ 1 bilhão para financiar sua nova empresa cinematográfica, Studio 8, e fechou um acordo de distribuição com a Sony Pictures para lançar seus filmes. O remake de “Nosferatu” será um dos primeiros projetos. Além de dirigir, Eggers vai escrever a adaptação. Vale observar que produção será o quarto “Nosferatu” – ou quinto, se contar “Drácula em Veneza” (1988). O clássico foi refilmado pela primeira vez em 1979 pelo diretor alemão Werner Herzog, com o ator Klaus Kinski (“Fitzcarraldo”) no papel do vampiro. Kinski ainda voltou a reviver o personagem no citado trash “Drácula em Veneza”, que teve seu diretor demitido no meio das filmagens. Além disso, o cineasta indie David Lee Fisher lançou uma nova versão de “Nosferatu” há apenas duas semanas, direto em VOD, com Doug Jones (“Hellboy”) no papel principal. O filme é tão lendário que até a história por trás de sua filmagem também foi parar nos cinemas, na ficção “A Sombra do Vampiro” (2000), em que Willem Dafoe (“Meu Amigo Hindu”) viveu Max Schreck como um vampiro de verdade. Para completar o clima macabro, no ano passado o crânio do diretor do filme original, Friedrich Wilhelm Murnau, foi roubado de sua sepultura na Alemanha.
Autor de The Walking Dead vai produzir remake de Um Lobisomem Americano em Londres
O cultuado filme de terrir “Um Lobisomem Americano Em Londres” (1981) vai mesmo ganhar um remake. Segundo o site Deadline, a produtora Skybound Entertainment vai produzir a nova versão para a Universal. E um dos produtores responsáveis pela adaptação será ninguém menos que Robert Kirkman, o autor dos quadrinhos que originaram a série “The Walking Dead”. O roteiro, por sua vez, ficará a cargo de Max Landis (“Victor Frankenstein”), que é justamente filho de John Landis, o diretor do filme original. Landis, o filho, também deve estrear na direção com este projeto. Para quem não lembra, o filme de 1981 marcou época por trazer a transformação mais explícita e convincente de lobisomem que tinha sido mostrada até então no cinema – o que rendeu um Oscar ao maquiador Rick Baker. O sucesso foi tanto que Michael Jackson convocou Landis, o pai, para dirigir um de seus clipes. Um tal de “Thriller”. Em que o cantor vira lobisomem. Na trama do clássico, dois jovens americanos, de férias no Reino Unido, chegam à uma vila estranha e são atacados por um lobisomem. Enquanto um deles morre, o outro começa sua estranha transformação. Ainda não existe previsão de estreia para o remake.
Estranhos no Paraíso permanece marcante após mais de 30 anos
“Estranhos no Paraíso”, que volta aos cinemas em cópia remasterizada, costuma ser louvado como um dos filmes mais importantes do cinema indie dos anos 1980. O longa de 1984 de Jim Jarmusch marcou época com sua fotografia em preto e branco, cenas paradas e fade to blacks mais demorados do que o normal, passando uma sensação de estranheza e charme bem próprios. Mas em meio ao incômodo, causado também pelo modo como se comportam os personagens naquele cenário um tanto desolado, o filme é muito engraçado. Já foi notado que a situação de seus três personagens se compara a de pessoas vivendo em uma espécie de purgatório, de onde não conseguem escapar. Mesmo Eva (a ótima Ezter Balint), a húngara que chega aos Estados Unidos e se depara com aquele lugar imerso em tédio, não consegue evitar a situação, por mais que tente ter uma atitude mais ativa e positiva diante da vida. O problema é que sua energia parece sugada pelos dois rapazes a seu lado, que mais parecem mortos-vivos, cada um à sua maneira. O filme pode ser visto como uma crítica ao american way of life, mas Jarmusch vai além disso. Até em seus filmes mais recentes, o tédio e a falta de sentido na vida afetam personagens tão distintos quanto o cansado mulherengo vivido por Bill Murray em “Flores Partidas” (2005) e os vampiros existencialistas de “Amantes Eternos” (2013). Portanto, o incômodo de estar vivo parece uma tendência no cinema do diretor. Mas há algo que diferencia “Estranhos no Paraíso” dos demais longas do diretor, que é a forma. A forma dá substância ao conteúdo, ao fiapo de trama. O filme é composto de vários planos-sequência, filmados em preto e branco granulado, em que a câmera quase nunca sai do lugar. E na maioria das vezes fica confinada em espaços fechados, com os personagens assistindo televisão, principalmente. Mesmo quando eles vão ao cinema, o ar de cansaço ou de frustração com a vida está presente – a não ser pelo olhar bobão do personagem de Richard Edson, melhor amigo do protagonista Willie (o músico John Lurie). Poderia falar da tendência que retrata os personagens masculinos como idiotas, na velha tradição das obras de John Cassavetes – e assim como Cassavetes foi o rei do cinema indie americano nos anos 1960-70, pode-se dizer o mesmo de Jarmusch nos 1980-90 – , mas será essa a intenção do diretor? Talvez não. É palpável o carinho do cineasta por esses personagens. O ódio ou o desprezo podem surgir do julgamento do espectador, o que é natural. Faz parte da quebra de expectativas que o filme propõe. Uma subversão com mais de 30 anos e que ainda consegue instigar a imaginação.
Suspiria: Protagonista do filme original vai participar do remake
O remake do clássico de terror “Suspiria” ganhou um reforço expressivo em seu elenco. A protagonista do filme de 1977, Jessica Harper, foi confirmada no projeto. Toda a equipe da produção destoa do modo como Hollywood realiza remakes de terror. Para começar, o filme será dirigido por Luca Guadagnino, que é italiano como o diretor do original, Dario Argento. Mas Guadagnino é, ao contrário de Argento, mais conhecido por seus dramas de circuito de arte. Seu filme mais recente, “A Piscina” (2015), foi premiado no Festival de Veneza. Em entrevista ao Playlist, o cineasta informou que sua versão será ambientada em Berlim em 1977, com trilha de John Adams (também de “Um Sonho de Amor”) e que será um filme “fassbinderiano”, ou seja, influenciado pelo trabalho do cineasta alemão Rainer Werner Fassbinder. No filme original, Jessica Harper interpretava uma estudante que entra numa academia de balé afastada na Alemanha, apenas para descobrir que o lugar era um covil de bruxas. Cultuadíssimo, “Suspiria” foi o primeiro filme da “trilogia das bruxas” de Argento, que também inclui “A Mansão do Inferno” (1980) e “O Retorno da Maldição: A Mãe das Lágrimas” (2007). Além de Harper, o elenco contará com as presenças de Dakota Johnson (“Cinquenta Tons de Cinza”), Tilda Swinton (“Doutor Estranho”), Chloë Grace Moretz (“A 5ª Onda”) e Mia Goth (“Ninfomaníaca”). O remake ainda não tem data para estrear nos cinemas mundiais.
Mostra de São Paulo: Problemas de saúde cancelam vinda de William Friedkin ao Brasil
O diretor William Friedkin não virá mais ao Brasil. O veterano cineasta, de 81 anos, é um dos homenageados da Mostra de Cinema de São Paulo neste ano, mas problemas de saúde o impediram de viajar para participar do evento. Devido a uma otite aguda, a masterclass agendada com Friedkin foi cancelada. Apesar da ausência do diretor, a homenagem à sua carreira está mantida. A retrospectiva programada para a mostra incluirá “Operação França” (1971), “O Exorcista” (1973), “O Comboio do Medo” (1977), “Parceiros da Noite” (1980), “Viver e Morrer em Los Angeles” (1985), “Possuídos” (2006) e “Killer Joe – Matador de Aluguel” (2011).
Sete Homens e um Destino explora a mitologia do western como aventura leve
Nada se cria, tudo se copia. Essa máxima parece cair como uma luva em se tratando de “Sete Homens e um Destino”, seja a nova versão dirigida por Antoine Fuqua, ou até mesmo a original, com comando de John Sturges em 1960. Já naquela época se sabia que a produção era uma versão da história de “Os Sete Samurais”, de Akira Kurosawa. Se a versão de Sturges já não tinha como intuito oferecer um painel da vida no Oeste americano em fins do século 19, mas enfatizar os aspectos heroicos e selvagens e explorar a mitologia e os estereótipos do gênero, o que dizer de uma versão feita no século 21, que já viu a morte e o renascimento do western repetidas vezes, passando inclusive pelo surgimento do western spaghetti na década de 1960? Os dias de hoje, mais que o velho Oeste, refletem-se no novo remake, como mostrar um homem negro como líder do bando (Denzel Washington), além de retratar um dos pistoleiros com síndrome de pânico (Ethan Hawke) e uma mulher disposta a entrar nas trincheiras (Haley Bennett). Também não deixa de ser sintomático que Chris Pratt tenha um dos papéis mais importantes do filme, após estrelar dois blockbusters consecutivos – e se a gente pensar bem, “Guardiões da Galáxia” era meio como um western no espaço sideral, não? Não dá, por sinal, para reclamar da escolha do elenco. Sem falar que a parceria entre Denzel Washington e Antoine Fuqua tem sido bem frutífera, em filmes como “Dia de Treinamento” (2001), que também contava com Hawke, e “O Protetor” (2014). O lado negativo da produção também é reflexo da modernidade, na mão pesada de Fuqua para retratar a violência e na edição apressada das cenas de tiroteio envolvendo muitos personagens. Em alguns momentos, não temos a mínima ideia do que está acontecendo. Mas, no balanço, sobressaem-se os aspectos positivos do trabalho, como a introdução do grande vilão, Bogue, interpretado por Peter Sarsgaard, que exala maldade na cena da invasão à igreja. É um belo prólogo, assim como a apresentação do grande herói Chilson (Washington) e sua primeira conversa com a viúva de uma das vítimas de Bogue. No mais, é aquilo que todo mundo já sabe: a busca por Chilson por seis parceiros para enfrentar o bando de Bogue, que se instalou e toca o terror em uma pequena cidade. A intenção de tornar o grupo bastante eclético já se mostrava na versão de Sturges e aqui ainda é mais radical, reflexo de dias mais politicamente corretos. Além de Washington, Pratt e Hawke, há Vincent D’Onofrio, como um homem meio maluco, Byung-hun Lee, como o asiático especialista em facas, Manuel Garcia-Rulfo, como o representante mexicano, e Martin Sensmeier, como o índio. Em vários momentos, o filme é bem-sucedido em brincar com a xenofobia de alguns membros do grupo em relação ao outro, e nisso vai ficando mais leve e descompromissado. Por outro lado, o humor também diminui o impacto do drama que conduz ao enfrentamento com o grande vilão, produzindo uma aventura leve de tom meramente escapista, com direito a homenagens e referências – inclusive utilizando a música Elmer Berstein citada pelos dois compositores originais do filme.
William Friedkin dará aula de cinema durante a Mostra de São Paulo
O veterano cineasta americano William Friedkin, de 81 anos, vem ao Brasil para participar da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Além de ser homenageado com uma retrospectivas de seus clássicos, ele vai ministrar uma aula de cinema durante a mostra. A aula acontecerá no dia 22 de outubro, no Cinearte, antes da exibição de um de seus filmes. A retrospectiva programada para a mostra incluirá “Operação França” (1971), “O Exorcista” (1973), “O Comboio do Medo” (1977), “Parceiros da Noite” (1980), “Viver e Morrer em Los Angeles” (1985), “Possuídos” (2006) e “Killer Joe – Matador de Aluguel” (2011). Todos excelentes. A 40ª edição da Mostra de São Paulo acontece entre 20 de outubro a 2 de novembro.
Chloe Moretz vai estrelar o remake de Suspiria
O tempo que Chloe Moretz ia dar antes de escolher novos papéis foi bem pequeno. E os critérios que ele disse que ia adotar daqui para frente, também. A atriz vai estrelar outro remake de clássico de terror, depois de ter feito o desnecessário “Carrie, a Estranha” (2013). Desta vez, ela estrelará a versão americana de “Suspiria” (1977), informou o site da revista Variety. Além de Moretz, também foram confirmadas as participações de Dakota Johnson (“Cinquenta Tons de Cinza”), Tilda Swinton (“Doutor Estranho”) e Mia Goth (“Ninfomaníaca”), anteriormente litadas na produção. A refilmagem do clássico de Dario Argento será conduzida por outro diretor italiano, Luca Guadagnino (“Um Sonho de Amor”), que deve manter a época do original. Em entrevista ao Playlist, o cineasta informou que sua versão será ambientada em Berlim em 1977, com trilha de John Adams (também de “Um Sonho de Amor”) e que será um filme “fassbinderiano”, ou seja, influenciado pelo trabalho do cineasta alemão Rainer Werner Fassbinder. No filme original, Jessica Harper interpretava uma estudante que entra numa academia de balé afastada na Alemanha, apenas para descobrir que o lugar era um covil de bruxas. Cultuadíssimo, “Suspiria” foi o primeiro filme da “trilogia das bruxas” de Argento, que também inclui “A Mansão do Inferno” (1980) e “O Retorno da Maldição: A Mãe das Lágrimas” (2007).
Mostra de São Paulo trará exposição e cópia restaurada de Persona, nos 50 anos da obra-prima de Bergman
A 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo está trazendo ao Brasil a exposição “Behind the Mask — 50 Years of Persona” (Por trás da máscara — 50 anos de Persona), que promove um passeio audiovisual pelo mais experimental e enigmático trabalho do cineasta sueco Ingmar Bergman, que foi lançado no Brasil com o título “Quando Duas Mulheres Pecam”. Concebida originalmente para ocupar o Bergman Center, centro cultural que promove o acervo do diretor, a exibição foi reformatada para as dimensões do Itaú Cultural, na Avenida Paulista, onde ficará em cartaz entre os dias 15 de outubro e 6 de novembro. Composta por textos, fotos dos bastidores das filmagens, cartazes, objetos relacionados à produção, painéis interativos e videoinstalações, a exposição oferece extenso material que ajuda a contextualizar “Persona” na trajetória profissional e pessoal de Bergman, e o momento em que chegou aos cinemas. É a primeira parceria firmada entre a mostra brasileira e o órgão sueco, que planeja uma grande celebração para marcar o centenário de nascimento de Bergman, em 2018. Além da exposição, a Mostra também terá sessões com uma cópia restaurada do longa de 1966 e debate sobre a obra com a participação de Helén Beltrame-Linné, a brasileira que dirige o Bergman Center desde 2014. A história de “Persona” envolve um momento conturbado da vida do diretor. Bergman escrevera o roteiro de um longa-metragem para a atriz Bibi Andersson, com quem tivera um relacionamento amoroso, mas ficou doente antes de iniciar as filmagens. Enquanto estava no hospital, viu uma foto em que Bibi e a também atriz Liv Ullmann estavam juntas e, inspirado pela semelhança física entre elas, desenvolveu o argumento de “Persona”, drama psicológico sobre duas mulheres cujas identidades se fundem gradualmente uma na outra. Quando chegou aos cinemas, a obra dividiu opiniões, causando estranheza e maravilhamento. Por todas as suas ambições psicológicas e narrativas (supercloses, fusão de imagens, “queima” do filme em plena projeção), “Persona” se tornou um dos filmes mais comentados dos anos 1960, a ponto de a crítica de arte americana Susan Sontag publicar um ensaio em que dizia que o filme estava “fadado a incomodar, aturdir e frustrar a maioria do público”.
Remake de Scarface será escrito pelo roteirista de O Lobo de Wall Street
“Diga olá para o meu amiguinho!”. O remake de “Scarface” ganhou um novo roteirista. Terence Winter, que escreveu “O Lobo de Wall Street” e da série “Vinyl” é o mais novo contratado da Universal para mexer na história da refilmagem. O quarto. A Universal planeja essa nova versão de “Scarface” há algum tempo, mas ainda não encontrou quem soubesse escrevê-la como imagina. O roteiro original foi escrito por David Ayer (“Esquadrão Suicida”), revisado por Paul Attanasio (“Donnie Brasco”) e ainda teve uma terceira versão de Jonathan Herman, indicado ao Oscar 2016 pelo roteiro de “Straight Outta Compton: A História do NWA”. Inspirada na ascensão de Al Capone, a história já rendeu dois filmes cultuados: o original de 1931, dirigido por Howard Hawks e, segundo a lenda, aprovado pelo próprio Capone, e o remake de 1982, uma versão latina do gângster levada à extremos pelo diretor Brian De Palma. O enredo de ambas as versões centra-se num imigrante, que procura ascender na sociedade por meio do submundo do crime. No primeiro filme, o personagem principal era um italiano (interpretado por Paul Muni), enquanto na versão dos anos 1980 era um cubano (Al Pacino). Ambos buscavam concretizar seu “sonho americano” através da violência. A ideia da refilmagem é adaptar os elementos em comum das produções anteriores e trazer a trama para os dias de hoje, dessa vez (possivelmente) tendo como protagonista um mexicano ou um negro. O projeto deve deslanchar agora, após ter definido, em agosto, seu diretor. Será Antoine Fuqua, cujo novo longa também é um remake, e um dos raros bem-sucedidos: “Sete Homens e um Destino”, que bateu recorde de arrecadação em sua estreia nos EUA. Ainda não há cronograma de produção nem previsão de estreia para o terceiro “Scarface”.
Clássicos de suspense de Alfred Hitchcock vão inspirar nova série de TV
O filmes do mestre do suspense Alfred Hitchcock vão inspirar uma nova série, “Welcome to Hitchcock”. A Universal assinou contrato com os herdeiros do cineasta para a produção da atração, que terá o formato de antologia. O comunicado cita como inspiração alguns clássicos de Hitchcock, como “Os Pássaros” (1963) e “Psicose” (1960), além da clássica série “Hitchcock Apresenta” (1955–1962), que trazia o próprio diretor introduzindo o mistério de cada episódio. Esta mesma atração, inclusive, chegou a ter um revival nos anos 1980, que durou quatro temporadas entre 1985 e 1989. O novo projeto, porém, é bem diferente, pois não irá contar uma história por capítulo e sim por temporada, ao estilo de “American Horror Story” e “Fargo”. Entre os produtores, estão listados os herdeiros de Hitchcock, os executivos da Universal e o cineasta Chris Columbus (“Pixels”), que irá dirigir o piloto. Além de Columbus, o projeto pretende trazer diretores de cinema para assinar os demais episódios, como Hitchcock fazia em sua série dos anos 1950. “Muitos anos depois de sua morte, Alfred Hitchcock continua a ser um dos mais celebrados e visionários diretores do mundo, um mestre manipulador do macabro. Estamos honrados com a confiança em nosso estúdio para homenagear seu trabalho”, assina Dawn Olmstead, vice-presidente executiva de desenvolvimento da Universal Cable Productions. A obra do cineasta já inspira atualmente uma série de TV: “Bates Motel”, que conta a história do jovem Norman Bates (Freddie Highmore), protagonista de “Psicose”. A série vai acabar em 2017, em sua 5ª temporada, justamente ao chegar no ponto em que começa a história do filme de Hitchcock.










