Globo lança Ge TV para disputar espaço com a CazéTV
Novo canal esportivo terá linguagem descontraída, com estreia em setembro e lançamento também na Claro
TV paga perde mais da metade dos assinantes no Brasil
Em 10 anos, negócio perdeu 10 milhões de clientes sob impacto do crescimento do streaming e mudanças econômicas
BBB 25 faz Globoplay bater recorde de audiência em janeiro
Plataforma teve o maior crescimento da história após fim do pay-per-view do reality show
Disney encerra canais no Brasil e transfere conteúdos para streaming
Disney Channel, Star Channel, FX, National Geographic e outros deixam de ser exibidos na TV por assinatura a partir desta sexta-feira
Claro tenta impedir lançamento da Disney+ (Disney Plus) no Brasil
A Claro está tentando impedir o lançamento nacional da plataforma Disney+ (Disney Plus), responsável por “The Mandalorian”, uma das séries com mais indicações ao prêmios Emmy 2020, e pelo musical “Black Is King”, de Beyoncé, além de várias séries de super-heróis da Marvel atualmente em desenvolvimento. Prevista para novembro no Brasil, a inauguração do serviço de streaming está sendo contestada pela operadora de telefonia e TV paga porque não possui conteúdo nacional em seu catálogo. De acordo com o jornal O Globo, a denúncia foi feita na Anatel e conselheiros irão deliberar sobre o caso em agosto. Se a decisão for no sentido de que a Disney+ (Disney Plus) precisará de conteúdo nacional para seu lançamento, o Brasil pode ser o único país da América Latina a ficar sem o serviço em 2020. O objetivo da Claro é enquadrar a Disney+ (Disney Plus) na chamada Lei da TV Paga, que obriga canais por assinatura a trazer conteúdo nacional como parte da programação. A empresa alega que, caso isso não aconteça, estará sofrendo concorrência desleal. Atualmente, a Netflix, que é uma empresa equivalente à Disney+ (Disney Plus) em atividade no Brasil, não é enquadrada como TV paga. Mas o lobby da Claro e outras operadoras quer mudar essa situação. Um projeto de lei que tramita na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados discute sujeitar os serviços similares aos da TV por, como os distribuídos pela internet, às mesmas regras da TV paga – que estabelece, entre outros pontos, cotas de conteúdo nacional para os canais e pacotes. Esta discussão se estende desde o ano passado e já recebeu emendas e substitutivos com propostas que sugerem o contrário – isto é, legislação diferente para a internet. A Lei da TV paga é de 2011 e ainda dispõe sobre uma programação tipicamente televisiva, estabelecida em horários fixos de exibição, algo que não acontece na internet. De todo modo, ela não foi adotada do dia para noite, mas de forma gradual e com um período de adequação após sua vigência, que se estendeu por até três anos para atingir os padrões requisitados. Imagina-se que, mesmo que a equiparação pedida seja atendida, o mesmo período de transição seria estendido ao streaming, o que não impediria a estreia imediata de novos serviços. Além da Disney+ (Disney Plus), o Brasil também deve receber em breve as plataformas HBO Max, Peacock, Hulu e CBS All Access. Todas aguardam uma solução desse impasse.
Provedora NET passa a fazer parte da Claro
A operadora de TV paga e banda larga NET passou a ser oficialmente parte da Claro. Os serviços residenciais de TV por assinatura, telefonia e banda larga da operadora de TV foram incorporados ao portfólio da Claro, consolidando a oferta multisserviço da marca. Um vídeo foi disponibilizado para divulgar a novidade. Veja abaixo. “A Claro, que é líder em telecomunicações na América Latina e a operadora que mais cresce no mercado móvel brasileiro, passa agora a deter também a liderança em TV por assinatura e banda larga no país. Ao concentrar os investimentos e atuação mercadológica, fica ainda maior e mais forte, com presença global e portfólio completo de serviços”, disse o presidente da Claro, José Antônio Félix, em comunicado. Isto significa que agora a NET virou uma marca do portfólio da Claro, dando nome aos serviços voltados ao segmento residencial. Os planos e canais de atendimento da NET permanecerão os mesmos, e as lojas, sites e aplicativos serão atualizados para facilitar a interação do assinante. A mudança acontece quatro anos após a fusão iniciada em 2015 entre as duas empresas. Mas antes disso, desde 2011, Claro e Net já eram parceiras e ofereciam a oferta Combo Multi. A incorporação da Net faz parte da estratégia da Claro para a chegada iminente da telefonia 5G, a nova tecnologia de conectividade móvel que permitirá velocidades muito maiores, com tempo de resposta muito menor. “Estamos juntando conteúdo, tecnologia de ponta, fibra óptica e mobilidade, um passo fundamental e definitivo para preparar a Claro para continuar levando o novo para os nossos clientes. O mundo continuará evoluindo numa velocidade sem precedentes, assim como nossas soluções”, afirma Marcio Carvalho, diretor de Marketing da Claro.
Sony vende plataforma Crackle, que será relançada com anúncios
Na contramão de seus concorrentes, a Sony Pictures Television vendeu sua plataforma de streaming, a Crackle. A Chicken Soup for the Soul (CSS), empresa de Connecticut que fez fortuna com livros de autoajuda, comprou a participação majoritária no serviço. Mas a Sony continuará como parceira minoritária. Juntas, as duas empresas irão operar uma nova joint venture, a Crackle Plus (Crackle+, como Disney+ (Disney Plus) e Apple TV+), que abrigará o serviço de streaming. Além do conteúdo original da Crackle e de filmes e séries da Sony, o reboot da plataforma também incluirá o material da Popcornflix, Popcornflix Kids, Popcornflix Comedy, Frightpix, Espanolflix e Truli, plataformas da CSS. Diferente da Crackle original, a Crackle Plus não será baseado em assinaturas. O projeto irá oferecer acesso gratuito a todos os interessados, em troca da exibição de anúncios pagos. Esse formato é chamado de AVOD, abreviatura de ad-supported video on-demand, e já vinha sendo explorado pela CSS em suas plataformas. A Sony vai manter a propriedade das séries originais do Crackle, como “Start Up” e “The Oath”, além de oferecer a tecnologia da plataforma por meio de sua subsidiária de mídia, a Sony Electronics. De acordo com as empresas, a Crackle Plus oferecerá mais de 38,5 mil horas de programação e começará com uma audiência mensal de 10 milhões de usuários ativos nos Estados Unidos. Além disso, oferecerá produções independentes distribuídas pelo app Pivotshare. Com a mudança, a Sony busca encontrar um modelo alternativo de crescimento, já que não conseguiu competir com a estratégia agressiva de lançamentos da Netflix e Amazon, que estão gastando bilhões para produzir séries originais. Em comunicado, o presidente da Sony TV, Mike Hopkins, disse acreditar que existe uma demanda crescente por plataformas gratuitas, financiadas por anúncios, à medida que os consumidores começam a se cansar com a proliferação de ofertas de assinatura. A própria Amazon chegou a lançar seu AVOD, o IMDb Freedive, enquanto a Viacom investiu em janeiro na compra da Pluto TV, um serviço patrocinado por anúncios. “Com o aumento da demanda por conteúdo de vídeo online gratuito, bem como a necessidade de os anunciantes alcançarem os consumidores, as redes de AVOD, como a Crackle Plus, estão posicionadas para um crescimento substancial”, disse ele. A Crackle foi fundada em 2004 como Grouper e vendida para a Sony em 2006. Mas só foi lançar seu primeiro produto original em 2012: o programa de Jerry Seinfeld “Comedians in Cars Getting Coffee”, que se mudou para a Netflix no início de 2018. Com o negócio, a Sony recebeu US$ 5 milhões, que podem ser convertidos em ações da CSS em até cinco anos. A expectativa é que a compra valorize as ações da CSS.
Sony decide fechar a plataforma Crackle na América Latina
A Sony decidiu encerrar o serviço de streaming Crackle na América Latina. A plataforma cessará suas operações na região em 30 de abril. “O Crackle Latin America não é sustentável no ambiente local altamente competitivo”, escreveu Keith Le Goy, presidente mundial de distribuição da Sony, em um e-mail obtido pelo site The Hollywood Reporter. Le Goy observou que o fechamento do Crackle na região não está relacionado à operação dos negócios dos EUA, onde a Sony está atualmente em busca de parceiros estratégicos . Ao contrário de sua operação nos EUA, que é gratuita e baseada em anúncios, a Crackle chegou na América Latina como um serviço de assinatura. Mas se tornou atrelada à operadoras de TV paga e não fez muita publicidade de sua existência. A paralisação ocorre logo após o fechamento das operações da Crackle Canada, em junho. Mesmo assim, a Sony não desistiu do mercado de streaming, que virou prioridade para os estúdios rivais. Disney, WarnerMedia e NBCUniversal estão desenvolvendo suas plataformas de streaming individuais. “Serviços diretos ao consumidor continuam a ser uma área extremamente importante para a nossa indústria em evolução, e vamos persistir em explorar outras oportunidades nesse espaço”, escreveu Le Goy, acrescentando que a Sony continuará a desenvolver negócios do canal Sony e AXN na região. A programação exclusiva da Crackle inclui séries como “Start Up”, “Snatch” e “The Oath” , além de filmes e programas de TV. A plataforma também distribuiu a mais recente temporada da série “Doctor Who” no Brasil.
TV paga brasileira perde quase 1 milhão de assinantes em 2017
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgou dados preocupantes sobre o mercado de TV por assinatura no Brasil. Entre dezembro de 2016 e dezembro de 2017, o setor perdeu 938,7 mil assinantes – cerca de 5% do total, a maior queda de todos os tempos. O número total de assinantes caiu para 17,85 milhões – contra 18,79 milhões do ano anterior. A base de assinantes já teve 19,58 milhões de assinantes em outubro de 2014. Projeções otimistas da época, apontavam que o mercado cresceria para 30 milhões em cinco anos. Mas aconteceu o contrário. Desde então, o encolhimento vem se intensificado. No ano passado, foram 673 mil assinantes a menos. Com cada ano menos assinantes, o mercado regrediu para o tamanho atingido em 2013. A empresa que mais perdeu assinantes no ano foi a Claro, que engloba também a Net – 832 mil clientes. Mas ela segue como líder do mercado, logo à frente da Sky, que, ao contrário das demais, cresceu, ganhando 109 mil clientes no ano passado. Caçula no mercado, a Oi TV também cresceu, ganhando 205 mil assinantes. As operadoras atribuem o mau resultado à crise econômica e à pirataria, desconsiderando em suas avaliações a chegada da TV digital, a crise de cinco meses com a Simba (Record, SBT e Redetv), o impacto dos serviços de streaming, como a Netflix, e a oferta cada vez maior de opções de assinaturas a la carte pela internet, como a HBO Go.
Plataforma de streaming da Sony, Crackle chega ao canal Now da Net e Claro HDTV
A plataforma de streaming Crackle fechou uma parceria com a Net e a Claro HDTV para trazer suas séries para os assinantes das operadoras via Now (o serviço on demand da Net/Claro). Até então, o streaming da Sony Pictures estava disponível apenas para assinantes de banda larga da Oi em alguns estados. “Chegar ao Now é motivo de muita comemoração para nós, já que o Crackle passa a ser uma nova opção de entretenimento para milhões de assinantes brasileiros que contam com os serviços Net e Claro TV. Estamos extremamente animados com essa grande parceria e por expandir o Crackle por meio de um serviço sob medida exclusivo para os operadores da Pay-TV com excelente custo-benefício para o assinante”, disse Alberto Nicolli Jr., vice-presidente sênior e gerente geral da Sony Pictures Television. O catálogo da platoforma conta com séries exclusivas como “Preacher”, “Snatch”, “StartUp”, “100 Code” e “Powers”, e outras compartilhadas, como “NCIS”, “Criminal Minds” e “Hannibal”, além de uma grande variedade de filmes. A assinatura mensal custa R$ 14,90 e dá acesso ao serviço pelo site oficial do Now – para aplicativos de tablet e smartphone – e também pelo controle remoto, utilizando o canal 1 da Net HD.
SBT, RedeTV! e Record voltam à TV paga em São Paulo e Brasília
Os canais SBT, RedeTV! e Record voltaram para os pacotes da TV paga de Brasília e São Paulo, primeiras regiões que tiveram o sinal analógico cortado no país. A Simba, empresa formada pelas três redes, fechou nesta semana um acordo com as principais operadores de TV paga, e já na sexta (8/9) o sinal foi restabelecido, encerrando uma novela que durou cinco meses e viu as audiências dos três canais desabarem. Net e Claro seguiram os moldes do acordo fechado por Sky e Vivo em agosto, concordando em pagar um valor por assinante para as três redes de TV, que até março respondiam por quase 20% de toda a audiência da TV por assinatura brasileira. O acordo encerra a disputa, que se iniciou em março, quando Silvio Santos, dono do SBT, sugeriu notificar as operadoras para fazer um acordo comercial, afirmando que não poderiam mais carregar seus sinais digitais no Distrito Federal e na Grande São Paulo. Antes disso, vale lembrar, os sinais do SBT, RedeTV! e Record eram carregadas gratuitamente pela TV por assinatura, além das outras emissoras abertas. Com a lei 11.485/11, que atualizou a legislação do setor, as emissoras passaram a ter o direito de cobrar por seus sinais digitais. Ao partir para o rompimento, Record, SBT e RedeTV! contavam que os assinantes fossem pressionar as operadoras para que aceitassem fazer um acordo. Isso não ocorreu. A partir daí, seus telejornais começaram a fazer reportagens com viés crítico sobre o serviço da TV paga brasileira, abordando reclamações de usuários e a queda no número de assinantes. O âncora Boris Casoy, no RedeTV News, chegou a dizer: “Se você, amigo telespectador, amiga telespectadora, tem muitos pecados, basta assinar a Sky. Você vai pagar por todos eles”. Em maio, Silvio Santos gravou um vídeo debochado, que ensinava a seus telespectadores a “se livrar do cabo”, adquirindo uma antena digital. No meio disso tudo, a audiência dos canais da Simba desabou, perdendo entre 20% e 30% de seu público e demonstrando que talvez fossem mais dependentes da TV paga do que imaginavam. Com isso, o preço da negociação caiu. Os detalhes do negócio não foram divulgados, mas não são os valores pedidos pela Simba, quando esta se mostrava irredutível e exigiu a retirada do ar dos canais.
Audiências de Record e SBT desabam após saída da TV paga
As audiências das redes Record e SBT desabaram nas primeiras horas após o corte dos sinais das duas emissoras e da RedeTV nas operadoras de TV paga Net, Sky, Claro e Oi na Grande São Paulo. A madrugada desta quinta-feira (30/3) também foi a primeira após o apagão analógico na região metropolitana. A Record, que das três redes é a que tem mais público na TV paga, foi a mais afetada. O “Programa do Porchat”, que vinha registrando média de 4,4 pontos no Ibope, caiu para 3,0 na última madrugada, uma redução de 32%. Já o “Fala que Eu te Escuto”, que vinha com média de 2,3 pontos, despencou para 0,8, ou 65% a menos. No SBT, o “The Noite” teve queda de 15%. Oscilou de 4,8 pontos para 4,1. Exibido em seguida, o primeiro “SBT Notícias” perdeu um ponto, indo de 3,0 para 2,0. Na RedeTV!, curiosamente, quase não houve alteração. O “Leitura Dinâmica” perdeu apenas um décimo (foi de 0,7 para 0,6) e o programa de Amaury Jr. manteve a média regular de 0,6 ponto, mas cresceu 300% em relação à quarta-feira anterior (0,2). Desde os primeiros minutos da madrugada desta quinta, a maioria das operadoras de TV por assinatura de São Paulo não carrega mais os sinais de SBT, Record e RedeTV!. Com o fim da TV analógica, as emissoras ganharam o direito de negociar um valor por seus sinais digitais, mas não houve acordo com as empresas de TV por assinatura, que precisaram tirá-las de suas programação. Apenas a Vivo continua com os sinais das três redes. Segundo pesquisa do Ibope, realizada em março, 35% dos telespectadores da Grande São Paulo só veem televisão por meio de assinatura. Isso quer dizer que cerca de 7 milhões de pessoas estão sem acesso à Record, ao SBT e à RedeTV! no principal mercado publicitário do país. Para enfrentar o problema que elas próprias criaram, as redes têm buscado ensinar aos telespectadores como trocar de operadora ou pedir para cancelar o serviço, após o corte dos canais. Os últimos programas da noite de quarta nas três emissoras dedicaram bastante espaço para reforçar esta mensagem. A Igreja Universal, ligada à Record, também estaria mobilizando seus fiéis para reclamar junto às operadoras. Os canais também estão contando com outros revezes que podem afetar as operadoras. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já notificou as operadoras Net-Claro, Sky e outras a respeito da retirada das redes dos pacotes de seus assinantes, abrindo um Procedimento para Apuração de Descumprimento de Obrigações (Pado) “para apurar indícios de descumprimento de obrigações contidas no Regulamento Geral de Direitos dos Usuários de Serviços de Telecomunicações”. As operadoras notificadas têm agora 15 dias para se explicar, com base no art. 28 da resolução 488/2007 da Anatel, segundo o qual “qualquer alteração no Plano de Serviço deve ser informada ao Assinante no mínimo 30 (trinta) dias antes de sua implementação, e caso o Assinante não se interesse pela continuidade do serviço, poderá rescindir seu contrato sem ônus”. As operadoras dizem não ter descumprido nada e vão se defender, já que a decisão de sair foi das redes e elas não são canais pagos, portanto nunca foram cobrados dos assinantes. A briga vai longe.











