PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Filme

    Pesquisa revela que um terço do público de cinema nos EUA tem mais de 50 anos

    30 de março de 2017 /

    Mais de um terço das pessoas que vão ao cinema nos EUA são maiores de 50 anos, segundo um estudo publicado por ocasião da convenção de exibidores CinemaCon, em Las Vegas. Este estudo, realizado pela firma Movio para a AARP, uma associação de aposentados dos EUA, desmente a ideia de que os jovens frequentam muito mais as salas de cinema que seus pais. E esta constatação pode transformar o público mais velho em um novo alvo para os produtores de Hollywood “Os maiores de 50 anos podem contribuir de maneira significativa para o sucesso dos filmes na bilheteria americana”, afirmou Heather Nawrocki, diretora da AARP, em comunicado sobre o estudo. “O público de mais de 50 anos tem uma renda disponível, mais tempo para o lazer e é mais fiel a certos atores. Por isso é um grupo etário de grande valor”, completou. A pesquisa tabulou 500 mil americanos que vão cinema pelo menos uma vez por ano e ajuda a explicar como atores mais velhos, como Liam Neeson, Kevin Costner e Tom Hanks, seguem lotando cinemas com seus filmes. Um exemplo de sucesso entre o público mais velho é “Sully: o Herói do Rio Hudson” (2016), dirigido por Clint Eastwood, de 86 anos, com Tom Hanks, de 60 anos. O filme atraiu um público composto em 75% de pessoas de mais de 50 anos e rendeu US$ 125 milhões de bilheteria só nos EUA.

    Leia mais
  • Filme

    Brasil é o 10º maior mercado cinematográfico do mundo e o maior da América do Sul

    23 de março de 2017 /

    O relatório da MPA (Associação de Cinema dos EUA), que registrou o faturamento recorde de US$ 38,6 bilhões em bilheteria de cinema em todo o mundo, também documentou o crescimento do mercado cinematográfico brasileiro. Após dois anos ocupando a 11ª posição entre os maiores mercados de cinema do mundo, o Brasil voltou a figurar no Top 10 das bilheterias mundiais, com arrecadação de US$ 700 milhões durante o ano de 2016. O Brasil foi o único país da América Latina a ter crescimento de arrecadação em 2016. E um aumento significativo de 5%, diante do movimento global de 1%. Outro detalhe curioso é que o avanço do Brasil aconteceu num ano em que a América Latina liderou em queda de venda de ingressos, caindo 17,6% em geral, em relação ao período anterior. Mesmo assim, o mercado brasileiro permanece atrás do mexicano, que, com US$ 800 milhões de faturamento, é o 9º maior mercado do mundo. Mas está muito à frente do restante da América do Sul. O segundo país sul-americano mais bem posicionado no ranking é a Argentina, que ocupa a 17ª posição, com US$ 300 milhões.

    Leia mais
  • Etc,  Filme

    Cinemas bateram recorde de faturamento mundial em 2016

    23 de março de 2017 /

    Já se sabia, mas agora é oficial. A arrecadação das bilheterias de cinema estabeleceu um novo recorde mundial em 2016, ao chegar a US$ 38,6 bilhões. Os números estão no relatório apresentado na quarta-feira (22/3) pela MPA, a Associação do Cinema dos EUA. Embora o faturamento seja recorde, o aumento na venda de ingressos cresceu apenas 1% em 2016, marcando uma notável desaceleração em relação ao crescimento de mais de 5% registrado de 2014 a 2015. O recorde anterior, registrado em 2015, era de US$ 38,4 bilhões. A arrecadação nos Estados Unidos e no Canadá em 2016 se situou em US$ 11,4 bilhões, frente aos US$ 11,1 bilhões de 2015, o que representa uma alta de 2%. Por outro lado, a renda das salas de cinema no resto do mundo caiu levemente, de US$ 27,3 bilhões em 2015 para US$ 27,2 bilhões em 2016. Essa queda foi influenciada pela baixa de 1% da arrecadação na China após uma década de crescimentos consecutivos. Apesar disso, a China continuou sendo o país com maior arrecadação, fora o mercado conjunto dos Estados Unidos e Canadá, que costumam ser considerados como um só. O faturamento chinês foi de US$ 6,6 bilhões. A lista segue com Japão (US$ 2 bilhões), Índia (US$ 1,9 bilhão), Reino Unido (US$ 1,7 bilhão) e França (US$ 1,6 bilhão). Na América do Norte (EUA + Canadá), o faturamento teve crescimento de 2% e também foi recorde: US$ 11.4 milhões. O número de salas de cinema no mundo aumentou em 8%. Agora existem 164 mil telas, sendo a Ásia a região que mais inaugurou cinemas.

    Leia mais
  • TV

    Estreias de Power Rangers e Fragmentado dominam o circuito

    23 de março de 2017 /

    Os heróis de “Power Rangers” e o vilão de “Fragmentado” vão se enfrentar nas telas de cinema, numa disputa por público a partir desta quinta (23/3). A adaptação da franquia televisiva dos anos 1990 foi considerada superficial e medíocre (49% de aprovação) pela crítica americana, enquanto o terror original de M. Night Shyamalan, que retoma o universo do cult “Corpo Fechado” (2000), foi recebida com elogios rasgados (76% de aprovação) e a segunda maior bilheteria do gênero em todos os tempos. Nenhum dos dois, porém, chegará em mais de mil cinemas. “Power Rangers” tem lançamento em 801 salas e “Fragmentado” em 618. Afinal, o circuito já está superlotado com “A Bela e a Fera”, “Logan” e “Kong: A Ilha da Caveira”, que ocupam os três primeiros lugares no ranking das bilheterias nacionais. A briga de blockbusters hollywoodianos faz com que um dos lançamentos mais esperados do ano seja despejado em ridículas 30 salas. Até capitais ficarão de fora do circuito de “T2 Trainspotting”, continuação do filme cultuadíssimo de 1996, que volta a reunir o elenco, o diretor e o roteirista do original. O menosprezo só evidencia a falta de cultura cinematográfica dos distribuidores de cinema do país. Dois dramas brasileiros tentam respirar nas salas que sobram. “Travessia” traz Chico Díaz e Caio Castro como pai e filho que vivem uma relação conflituosa, e “Todas as Cores da Noite” é um suspense psicológico, centrado na interpretação claustrofóbica de Sabrina Greve, cercada por mortos e memórias de fantasmas. Este filme só chega em quatro estados – Pernambuco, Goiás, Acre, Sergipe e Paraná. Completa o circuito a comédia francesa “Imprevistos de uma Noite em Paris”, a luta para salvar um teatro parisiense, lançada em cinco capitais: São Paulo, Rio, Recife, Porto Alegre e Curitiba. Clique nos títulos destacados de cada filme para ver os trailers de todas as estreias da semana.

    Leia mais
  • Filme

    A Bela e a Fera estreia em mais de mil cinemas no Brasil

    16 de março de 2017 /

    Maior estreia da semana, “A Bela e a Fera” chega em 1,2 mil salas brasileiras nesta quinta-feira (16/3), 70% delas em 3D. O filme ocupa ainda 35 salas com 4D (movimento de cadeiras) e todas as 12 telas IMAX. Ao contrário de outros esforços da própria Disney, que inseriram diversas novidades nas adaptações com atores, é a mais fiel das versões com atores das animações do estúdio, tanto que parece um remake do filme de 1991, com direito até às mesmas músicas – e mais três inéditas. As poucas mudanças refletem o espírito independente da Bela vivida por Emma Watson (franquia “Harry Potter”) e a percepção da sexualidade de Lefou, que passaria incólume pelos vovozinhos conservadores, não tivesse o diretor alertado sobre isso. Vale observar que a crítica americana gostou, mas não se apaixonou, com 68% de aprovação na média do site Rotten Tomatoes. A chegada de “A Bela e a Fera” também confirma que a temporada de blockbusters começou mais cedo em 2017 – imediatamente após a entrega do Oscar, com os lançamentos consecutivos de “Logan” e “Kong – A Ilha da Caveira”. E, graças à concentração destes filmes no circuito, apenas outro filme tem distribuição em mais de 100 salas nesta semana: a comédia “Tinha que Ser Ele?”, em que Bryan Cranston (série “Breaking Bad”) descobre que será sogro de James Franco (“A Entrevista”). A disputa entre sogro e noivo já rendeu até franquias, como “Entrando Numa Fria”, e quando as piadas são velhas, o sorriso é amarelo. 40% de aprovação no RT. Longe dos shoppings, o circuito limitado recebe nada menos que oito filmes brasileiros, metade deles documentários. Os destaques são duas obras de ficção, a comédia “La Vingança” e o drama “Era o Hotel Cambridge”. “La Vingança” surpreende por ser realmente divertido. Uma comédia brasileira que faz rir deve ser exaltada como uma novidade muito bem-vinda. Infelizmente, não parece ser o que o mercado quer. Enquanto qualquer besteirol estreia em mais de 500 salas, “La Vingança” está sendo exilada em 20 salas. E este é o maior lançamento nacional da semana! Vai ver, é porque faltam atores de novelas. Só há Leandra Leal (“O Lobo Atrás da Porta”), que tem um pequeno papel. A história do ator Jiddu Pinheiro (“O Uivo da Gaita”), Thiago Dottori (“Vips”) e Pedro Aguilera (criador da série “3%”) gira em torno do personagem de Felipe Rocha (“Nise: O Coração da Loucura”), que após flagrar a traição da mulher (não muito Leal) com um argentino, resolve se vingar indo com seu melhor amigo até o país vizinho para transar com argentinas. A tradicional rivalidade rende boas piadas e marca a estreia na direção do produtor Fernando Fraiha (“Reza a Lenda”). “Era o Hotel Cambridge” tem clima completamente diferente. O filme de Eliane Caffé (“O Sol do Meio Dia”) se passa num prédio de São Paulo invadido por sem-tetos, destaca histórias de imigrantes, a organização interna dos moradores e a luta contra a reintegração de posse, com direito à tropa de choque. Socialmente relevante e muito bem realizado, venceu o Prêmio do Público no Festival do Rio e na Mostra de São Paulo. Mas só chega em 12 salas. As outras duas ficções são a animação “História Antes de uma História”, uma experiência de metalinguagem para o público infantil, e o drama “Com os Punhos Cerrados”, uma experiência de metalinguagem para universitários, realizada pelo coletivo Alumbramento. Entre os documentários, “Jonas e o Circo sem Lona” tem a distribuição mais ampla, em 20 salas. Exibido em festivais pelo mundo, o filme de Paula Gomes foca um menino que enfrenta o desafio de amadurecer enquanto sonha com o picadeiro. Os demais são “Pedro Osmar, Prá Liberdade que se Conquista”, um manifesto político-musical sobre o músico Pedro Oscar, “Por um Punhado de Dólares – Os Novos Emigrados”, sobre imigrantes nos EUA, e “Estopô Balaio”, que retrata uma região degradada de São Paulo. A programação também inclui três títulos franceses. Indicado a quatro prêmios César (o Oscar francês), “Os Cowboys” é uma espécie de versão moderna de “Rastros de Ódio” (1965), em que um pai parte à cavalo em busca da filha desaparecida por territórios inóspitos. O filme marcou a estreia na direção de Thomas Bidegain, roteirista dos melhores filmes de Jacques Audiard, “O Profeta” (2009), “Ferrugem e Osso” (2012) e o vencedor da Palma de Ouro “Dheepan: O Refúgio” (2014). Mais tradicional, “O Filho de Joseph” acompanha um adolescente em busca do pai que nunca conheceu, numa história que vai do drama ao humor – e ainda evoca um tema bíblico – , escrita e dirigida por Eugène Green (“A Religiosa Portuguesa”). Já “Fatima”, do marroquino Philippe Faucon (“Samia”), lembra “Que Horas Ela Volta?” (2015) ao acompanhar uma mãe pobre e imigrante, que trabalha como faxineira e luta para manter as filhas na escola. Enquanto a mais nova vive sua rebelião adolescente, sem respeito pela mãe “burra” que mal fala francês, a mulher do título sacrifica a própria saúde para dar à filha mais velha a chance de cursar a faculdade. Mais premiado dos filmes da semana, venceu o César 2016 de Melhor Filme, Roteiro e Atriz Revelação. Fecha a programação o sul-africano “Eles Só Usam Black Tie”, que já pelo pôster demonstra como o título nacional é equivocado. Mas o original “Necktie Youth” (juventude engravatada, em tradução literal) também é problemático para nomear um retrato em preto e branco da juventude ostentação da África do Sul (que só usa tênis e jeans). Elogiadíssimo pela crítica internacional, é uma viagem por sexo, drogas e trilha jazzy que rendeu alguns prêmios em festivais internacionais. Clique nos títulos dos filmes destacados para ver os trailers de todas as estreias da semana.

    Leia mais
  • Filme

    Kong – A Ilha da Caveira é o único lançamento gigante em semana de 14 estreias

    9 de março de 2017 /

    A semana registra 14 lançamentos de cinema, mas a maioria em circuito limitado. A única estreia de tamanho gigante é “Kong – A Ilha da Caveira”, o novo filme de King Kong, que chega em quase mil salas, ocupando todas as telas IMAX. Desembarca nos trópicos precedido por críticas entusiasmadas nos EUA a seus efeitos visuais, apesar das inconsistências em sua trama e erros de continuidade dignos de Ed Wood. A ação se passa nos anos 1970 e acompanha uma equipe militar perdida na ilha que dá título à produção – e que apareceu em todas as versões da origem de King Kong. Ao privilegiar o “prólogo” clássico, o filme resgata a tradição pulp das histórias de dinossauros no mundo contemporâneo e remixa este conceito centenário – de clássicos de Edgar Rice Burroughs (“A Terra que o Tempo Esqueceu”) e Arthur Conan Doyle (“O Mundo Perdido”) – com o delírio de “Apocalypse Now” (1979). Mais quatro filmes falados em inglês entram em cartaz. Todos de tom dramático e que tiveram desempenho de chorar nas bilheterias norte-americanas. Dois deles são dramas de tribunal. “Versões de um Crime” puxa mais para o suspense, com Keanu Reeves defendendo o filho de uma antiga conhecida da acusação de assassinato do próprio pai, numa história de reviravoltas previsíveis. Já o britânico “Negação” é quase um docudrama, que questiona a existência do Holocausto num julgamento midiático, com Rachel Weisz tendo que provar que os crimes nazistas não foram apenas propaganda judaica. Os outros dois lançamentos foram concebidos de olho no nicho dos filmes de prestígio, mas se frustraram ao não conseguir indicações ao Oscar 2017. “Fome de Poder” conta a história polêmica da origem da rede McDonald’s, com Michael Keaton no papel de Ray Kroc, o empresário visionário e vigarista que se apropriou do negócio dos irmãos que batizam as lanchonetes. E “Silêncio” é o épico que Martin Scorsese levou décadas para tirar do papel. O filme sobre padres jesuítas, martirizados ao tentar levar o evangelho ao Japão do século 17, lhe permitiu fazer as pazes com o Vaticano, superando as polêmicas de “A Última Tentação de Cristo” (1988). O catolicismo também é o tema central de “Papa Francisco, Conquistando Corações”, cinebiografia do atual Papa, que, ao contrário do esperado, não carrega na pregação ou edulcora a religião, mostrando um retrato humano do religioso desde sua juventude até sua sagração. Chama atenção ainda o fato de a obra não evitar temas polêmicos, como a ditadura argentina e os escândalos de pedofilia entre padres. Duas produções brasileiras lutam por espaço onde não há. O documentário “Olhar Instigado” aborda um tema urgente: a arte de rua em São Paulo. Bem fotografado, o filme acompanha grafiteiros e pichadores pela noite paulistana, e chega às telas em momento de tensão política, após a Prefeitura considerar as latas de spray tão perigosas quanto armas nas mãos de bandidos. Mesmo assim, não faz distinção entre arte e vandalismo, não leva a discussão onde ela já está. O drama policial “O Crime da Gávea” também rende debate, devido à disputa de bastidores entre o roteirista e o diretor para definir quem foi seu “autor”. O roteirista Marcílio Moraes vem do mundo das novelas, que define como autor quem escreve o texto. Mas cinema é outra coisa. E com o diretor André Warwar escanteado na pós-produção, a premissa noir, do marido suspeito que tenta desvendar o assassinato da esposa, em meio ao contexto da boemia moderninha carioca, implode num acabamento (voice-overs, por exemplo) que não combina com o que foi filmado. Tanto ego rendeu uma estreia em cinco míseras salas. Para quem sentir falta de besteirol, a semana reserva a comédia italiana “Paro Quando Quero”. Por um lado, a trama embute uma crítica adequada à crise econômica europeia, que reduz universitários formados a trabalhadores braçais. Por outro, é descarada sua apropriação de “Breaking Bad” num contexto de enriquecimento rápido digno de “Até que a Sorte nos Separe”. A trama gira em torno de um grupo de sub-empregados que decidem unir seus conhecimentos acadêmicos para lançar uma nova droga no mercado, surtando quando o negócio os torna milionários. Para completar, a programação vai receber nada menos que cinco filmes franceses. Esse fenômeno resulta da supervalorização do cinema francófono entre as distribuidoras nacionais, reflexo de uma era longínqua em que produtos do país eram ícones de status social e cultural – a palavra “chique” é um galicismo do século 19. Com melhor distribuição entre os lançamentos franceses, “Personal Shopper” volta a juntar a atriz americana Kristen Stewart com o diretor Olivier Assayas, após a bem-sucedida parceria em “Acima das Nuvens” (2014). Levou o troféu de Melhor Direção no Festival de Cannes, mas é a ótima performance de atriz que prende o espectador em sua história de fantasmas, de clara inspiração hitchcockiana. “Souvenir” também deve sua distribuição à fama de sua estrela, a atriz Isabelle Huppert, indicada ao Oscar 2017 por “Elle”. Desta vez, porém, ela estrela um romance leve, francamente comercial, como uma cantora que flertou com o sucesso nos anos 1970 e, inspirada pela paixão de um jovem que a reconhece no trabalho, tenta retomar a carreira. Na mesma linha, “Insubstituível” traz François Cluzet como um médico do interior que treina, relutantemente, uma substituta mais jovem. Sem ligação com esse cinema descartável, “Fátima” lembra “Que Horas Ela Volta?” ao acompanhar uma mãe pobre e imigrante, que trabalha como faxineira e luta para manter as filhas na escola. Enquanto a mais nova vive sua rebelião adolescente, sem respeito pela mãe “burra” que mal fala francês, a mulher do título sacrifica a própria saúde para dar à filha mais velha a chance de cursar a faculdade. A produção usa o recurso de uma carta, escrita pela mãe, para amarrar a história, que venceu o César 2016 (o Oscar francês) de Melhor Filme, Roteiro e Atriz Revelação. Mesmo assim, há quem ache que o cinema francês decaiu muito desde a nouvelle vague. E para estes o circuito reserva a chance de conferir o relançamento, em cópia restaurada, do clássico “Hiroshima Meu Amor” (1959), de Alain Resnais, uma das primeiras obras-primas do movimento e que destaca a recém-falecida Emmanuelle Riva no papel principal. Clique nos títulos dos filmes destacados para ver os trailers de todas as estreias da semana.

    Leia mais
  • Filme

    Martin Scorsese anuncia projeto para preservar e restaurar clássicos do cinema africano

    6 de março de 2017 /

    O cineasta Martin Scorsese (“O Silêncio”) anunciou uma nova iniciativa de seu instituto, The Film Foundation, para encontrar, restaurar e preservar clássicos do cinema africano. Intitulada The African Film Heritage Project (AFHP), a iniciativa será levada adiante em parceria com a Federação de Cineastas Africanos e a Unesco. A proposta é que 50 filmes com importância histórica, artística e cultural sejam beneficiados. “A África precisa das suas próprias imagens, seu próprio olhar testemunhando em seu favor, sem o prisma distorcido de outros, do olhar estrangeiro selado por preconceito e agendas”, afirmou o secretário geral da associação de diretores do continente, Oumar Sissoko (“Gênesis”), em comunicado, saudando o projeto. Veja abaixo o vídeo gravado por Scorsese para anunciar o projeto, no qual ele demonstra sua paixão e conhecimentos cinematográficos.

    Leia mais
  • Filme

    Sam Claflin e Gemma Arterton usam cinema contra bombas nazistas em trailer de drama de época

    5 de março de 2017 /

    “Dunkirk”, o vindouro filme de Christopher Nolan, não é a única produção prestes a estrear sobre o resgate heroico de 300 mil soldados aliados em Dunquerque, na França, durante a 2ª Guerra Mundial. O trailer e as imagens de “Their Finest” introduzem outra faceta desta história, acompanhando a produção de um filme sobre a façanha, rodado em pleno conflito, como esforço para levantar a moral das tropas britânicas derrotadas, enquanto os nazistas despejam suas bombas sobre Londres. O filme marca a segunda colaboração entre a diretora Lone Scherfig e o ator Sam Claflin, após “The Riot Club” (2014). Na trama, ele é o roteirista contratado para dar mais glamour ao drama real, e precisa colaborar com uma jovem (Gemma Arterton, de “João e Maria: Caçadores de Bruxas”) capaz de dar um toque feminino na história. Entretanto, ele a trata como simples secretária. São os anos 1940 e as mulheres só entraram na força de trabalho porque a maioria dos homens está na guerra. A trama ainda inclui um astro veterano (Bill Nighy, de “Questão de Tempo”), capaz de dar credibilidade ao projeto, e diversas sequências que revelam os bastidores das produções de cinema da época, mas sem perder de vista a ameaça constante da guerra, com abrigos anti-bomba e explosões por toda a Londres. O elenco ainda inclui Jeremy Irons (“Batman vs. Superman”), Eddie Marsan (série “Ray Donovan”), Richard E. Grant (série “Game of Thrones”), Jake Lacy (série “Girls”), Helen McCrory (série “Penny Dreadful”) e Jack Huston (“Ben-Hur”). A estreia está marcada para 27 de abril no Brasil, 20 dias após o lançamento nos EUA.

    Leia mais
  • Filme

    Críticas de Kong: A Ilha da Caveira são mais entusiasmadas que as de A Bela e a Fera

    5 de março de 2017 /

    Os críticos americanos gostaram de “A Bela e a Fera”, mas as declarações de amor só foram dedicadas para “Kong: A Ilha da Caveira”. Os dois candidatos a blockbuster vão chegar aos cinemas nos próximos dias e competirão ferozmente pelas bilheterias. “Kong: A Ilha da Caveira” chega antes, já nesta semana, e conquistou 83% de aprovação na média do site Rotten Tomatoes, enquanto “A Bela e a Fera”, que estreia uma semana depois, ficou com 74%. No Brasil, as datas são 9 e 16 de março, respectivamente. Os maiores elogios para “Kong” dizem respeito ao ritmo frenético, à qualidade dos efeitos visuais e ao roteiro redondo. O crítico da revista Variety ousou dizer que o filme é, de forma surpreendente, melhor – não, 10 vezes melhor! – que “Jurassic World”. Os dois filmes compartilham um roteirista, Derek Connolly. Em compensação, o crítico do Guardian chutou o balde e derramou ácido por todo o lado, ao considerar o filme tão trash que o lembrou de Ed Wood, o pior diretor de todos os tempos. Já “A Bela e a Fera” teve como destaque negativo os efeitos da Fera, que saltaram aos olhos desde as primeiras fotos, mas isso teria sido compensado com uma cenografia deslumbrante. Também houve quem reclamasse da falta de novidades, já que se trata de uma releitura que pouco acrescenta – além de atores reais – à animação clássica, sendo “instantaneamente esquecível”. Mas, por outro lado, houve eco para o espetáculo tecnicamente perfeito. Veja abaixo alguns dos principais comentários sobre os dois filmes. Kong: A Ilha da Caveira “A surpresa é que ‘Kong: A Ilha da Caveira’ não é apenas dez vezes melhor que Jurassic World, mas um espetáculo de criaturas gigantes excitante e muito bem elaborado” (Owen Gleiberman, Variety). “Esta volta altamente divertida de uma das criaturas gigantes mais longevas do cinema corre como um louco – o filme parece ter 90 minutos e não 2 horas – e consegue um equilíbrio ideal entre ação feroz, humor, reinvenção de gênero e, talvez de forma mais impressionante, uma desprendida consciência de sua própria modesta importância no esquema maior das coisas” (Todd McCarthy, The Hollywood Reporter). “Não se pode menosprezar a importância de John C. Reilly para o longa. No momento em que ele aparece, o filme parece imediatamente revigorado e energizado; sua mera presença acrescenta uma enorme quantidade de charme e humor” (Drew Taylor, The Playlist). “Nós não embarcamos na ‘Ilha da Caveira’ pelos personagens (sejam eles bem desenvolvidos ou não), nós vamos para ver o maldito macaco. E o diretor Jordan Vogt-Roberts e a empresa Industrial Light & Magic entregam um Kong de cair o queixo” (Chris Nashawaty, Entertainment Weekly). “Derivativo e um pouco bobo, mas consistentemente divertido: há personalidade e estilo de sobra neste blockbuster monstro” (Jordan Farley, Total Film). “Esta fantasticamente confusa e exasperantemente aborrecida tentativa de atualização da história de King Kong se parece com uma mistura de Jurassic Park, Apocalypse Now e alguns empréstimos visuais exóticos de Miss Saigon. Não chega perto do poder elementar do King Kong original ou do remake de Peter Jackson. É algo que Ed Wood Jr poderia ter feito com um trilhão de dólares caso tivesse o aval para fazer o que quisesse com esse dinheiro – mas sem a menor a diversão” (Peter Bradshaw, do The Guardian). A Bela e a Fera “Após os espectadores digerirem todo o esplendor visual, eles poderão perceber que toda a experiência foi um pouco sem graça e sem profundidade, e com um resultado tão efervescente quanto instantaneamente esquecível” (Leslie Felperin, The Hollywood Reporter). “O novo ‘A Bela e a Fera’ é um filme tocante, bastante ‘assistível’, mas nunca convence totalmente que era um filme que o mundo estava esperando” (Owen Gleiberman, Variety). “Com seus olhos lindos, seu sorriso encantador e seu conjunto de sardas na ponta do nariz, Emma Watson é uma perfeita heroína da Disney. Há uma inocência e inteligência nela que se encaixa perfeitamente com a personagem. E descobrimos que ela também sabe cantar” (Chris Nashawaty, Entertainment Weekly). “’A Bela e a Fera’ casa o espetáculo visual e o magnífico design com uma história melhor do que o longa original, lançando um feitiço sobre os antigos fãs e também os mais novos” (Brian Truitt, USA Today). “Uma deliciosa recriação live-action de uma fábula familiar. Você já viu isso antes, mas seu espírito e graça são irresistíveis” (Matt Maytum, Total Film). “Em última análise, ‘A Bela e a Fera’ se revela como uma recriação cínica feita aparentemente apenas para produzir um ano fiscal mais promissor para os acionistas da Disney. Este é um produto que é mais calculista do que inspirador” (Rodrigo Perez, The Playlist).

    Leia mais
  • Filme

    Logan é a principal estreia de cinema da semana – e talvez do ano

    2 de março de 2017 /

    Principal estreia de cinema nesta quinta (2/3), “Logan” é o segundo filme de super-heróis da Marvel/Fox lançado para maiores de 16 anos no Brasil. O primeiro foi “Deadpool”, no ano passado, completamente diferente em tom. Enquanto o filme estrelado por Ryan Reynolds era insanamente divertido, o último longa de Hugh Jackman como Wolverine aposta na seriedade. Tendo em vista como as produções da DC Comics/Warner se equivocam ao se levar a sério, o acerto de “Logan” abre um novo caminho, deixando claro o que realmente faz diferença. E é bem simples. Desde sua concepção, o longa dirigido por James Mangold evitou se limitar ao mundinho dos fanboys adolescentes. O que a Warner esqueceu, ao buscar um tom mais sombrio para seus filmes, foi que a própria DC Comics buscou o público adulto quando promoveu sua grande guinada rumo a histórias sombrias nos anos 1980. Já faz 30 anos que os quadrinhos de super-heróis se sofisticaram, com o lançamento de graphic novels e o fim do código de ética, um selinho que garantia conteúdo infantil. “Logan” é a versão de cinema dessa revolução. Um filme de super-heróis maduro, influenciado pelo western e passado num mundo tão violento quanto os quadrinhos se tornaram. Não é que “Logan” se afasta dos quadrinhos para se tornar um filme para maiores. Ao contrário. Ele é o primeiro filme que realmente compreendeu o que aconteceu nos quadrinhos nas últimas três décadas. O filme mostrou sua carta de intenções ao fazer uma première num local inusitado: um festival de cinema europeu, em Berlim, onde produções sérias e dramáticas têm prioridade. E acabou sendo a obra mais aplaudida e comentada de todo o evento. A crítica mundial caiu para trás. Nos EUA, onde “Logan” estreia na sexta, os elogios renderam 93% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Nem “Deadpool”, que chegou a ganhar indicações a prêmios dos prestigiosos sindicatos de Hollywood, agradou tanto (84%). Tendo isso em vista, “Logan” ganha sua devida perspectiva. Não é apenas a principal estreia da semana. Pode ser o mais importante lançamento do ano. Seu sucesso ou fracasso influenciará inúmeras decisões sobre o futuro das adaptações de super-heróis em Hollywood. Por via das dúvidas, chega em 1,2 mil salas, num empurrão para virar blockbuster. Apenas mais duas estreias completam o circuito. Uma delas, inclusive, já estava em cartaz em circuito de “pré-estreias pagas”. Último longa americano do Oscar 2017 a estrear no Brasil, “Um Limite entre Nós” rendeu a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante a Viola Davis, um prêmio que ela vinha ensaiando vencer desde 2009. A atriz já tinha conquistado o equivalente teatral, o Tony Awards, pelo mesmo papel, como uma mãe sofredora nos anos 1950, casada com um lixeiro orgulhoso, numa família endurecida pelo racismo da época, que tenta ensinar a vida para o filho. Denzel Washingon é seu parceiro, indicado ao Oscar e favorito de muita gente ao prêmio – venceu o troféu do Sindicato dos Atores dos EUA (SAG Award). Ele também dirigiu o longa, adaptado postumamente para o cinema pelo autor da peça, August Wilson. O menor lançamento é “Waiting for B”, que, apesar do título, é um documentário nacional sobre a vinda de Beyoncé ao Brasil. O filme se foca no público, sua obsessão pela estrela e a dedicação que leva fãs a acampar diante de uma bilheteria dias antes da data marcada para o show. Foi exibido com sucesso em vários festivais internacionais.

    Leia mais
  • Filme

    Estreias destacam grande muralha de mediocridade na semana do Oscar

    23 de fevereiro de 2017 /

    O fim de semana do Oscar é também o fim de semana do carnaval, e o bloco dos lançamentos não é dos mais animadores. A programação dos shopping centers é um samba enredo repetitivo de fracassos americanos e filmes nacionais de qualidade discutível. O projeto mais ambicioso ocupa mais salas. Coproduzido por americanos e chineses, “A Grande Muralha” traz Matt Damon perdido na China e numa obra que usa a experiência do veterano cineasta Zhang Yimou, responsável pela abertura da Olimpíada de Pequim, para evocar uma experiência “olímpica” nas telas, com coreografias ambiciosas, repletas de cores e figurantes. Mas a escala épica e os efeitos visuais se resumem a contar uma batalha de guerreiros medievais contra monstros genéricos. Sucesso espetacular na China, estreou no último fim de semana com um desempenho medíocre nos EUA e sob uma saraivada de flechas da crítica. Estreia em 828 salas, das quais 561 em 3D (68% do total), além de todo o circuito IMAX (12 salas). Ainda mais fraco, “Monster Trucks” ocupa 517 salas e outra boa fatia do circuito 3D. Espécie de “Transformers com monstrinhos”, baseada em (mais) um brinquedo da Mattel, é tão infantilóide que merece chegar aos cinemas dublado como um programa televisivo. Filmado em 2014, teve seu lançamento adiado várias vezes pela Paramount, a ponto de ser tratado como fracasso antes mesmo da estreia – a previsão é de US$ 100 milhões de prejuízo. “A Lei da Noite” é um caso à parte. Seu fiasco foi tão colossal que balança estruturas na Warner. Estrelado e dirigido por Ben Affleck, custou uma fortuna não revelada para render apenas US$ 10 milhões nos EUA, empurrando a reputação do astro ladeira abaixo. A crise é tão grande que Affleck desistiu de dirigir o filme solo de Batman e já há rumores de que não quer viver mais o personagem, que estaria culpando pela fase negativa, após vencer o Oscar de Melhor Filme com “Argo” (2012). A desilusão é tanta que foi praticamente despejado em apenas 89 salas. Quem tiver curiosidade, vai encontrar um filme de gângster da lei seca estilizado. Os brasileiros que chegam aos shoppings são o besteirol “Internet – O Filme” e a animação “Bugigangue no Espaço”. O primeiro serve para demonstrar a teoria de Itararé: de onde nada se espera, nada vem mesmo. A coleção de vinhetas, estreladas por youtubers, lembra o pior do “Zorra Total”, com piadas preconceituosas e interpretações travadas no volume do histerismo, mas a distribuidora bota fé, como demonstram suas 406 salas. O segundo tenta usar referências nacionais numa história genérica de crianças que se aliam com ETs bonzinhos para enfrentar alienígenas malvados. Em 300 salas (10% delas em 3D), o resultado rende crianças brasileiras muito loiras e sexualizadas, com um “gostosa” disparado sobre a heroína mirim da trama. Felizmente, o fim de semana também tem Oscar e os cinemas recebem mais um candidato à premiação. Indicado em oito categorias, “Moonlight – Sob a Luz do Luar” leva a 59 salas um drama sensível, registrado de forma intimista, que acompanha o crescimento e a transformação de um menino num bairro violento de Miami. Vítima de bullying na infância, ele cresce para se tornar um traficante bem-sucedido, ao mesmo tempo em que busca compreender e aceitar sua homossexualidade, estimulado pelo relacionamento com seu melhor amigo. Um filme de machos, em vários sentidos. Com isso, apenas um destaque do Oscar permanece inédito, “Um Limite Entre Nós” (Fences). Oficialmente, o longa só estreia na semana que vem, mas, ainda que de forma tardia, a distribuidora percebeu o equívoco e programou “pré-estreias pagas” em 24 salas de seis cidades a partir desta quinta (23/2), dando oportunidade ao público saber porque deve torcer por Denzel Washington e Viola Davis na cerimônia da Academia. Dois filmes europeus completam a programação. “A Garota Desconhecida” é o mais recente trabalho dos irmãos Dardenne, que passou por uma reedição completa após ter decepcionado no Festival de Cannes passado. A própria passagem do tempo ajudou sua história a se tornar mais relevante, ao mostrar como a indiferença europeia pode ter consequências graves na vida de imigrantes pobres. Chega em apenas seis salas. Por fim, “A Jovem Rainha” conta em 11 salas a história da rainha Cristina da Suécia, a mulher mais letrada do século 17, que preferiu abdicar ao trono a se casar. O motivo, segundo o finlandês Mika Kaurismäki (irmão de Aki Kaurismäki), seria seu lesbianismo assumido. Não convenceu muito a crítica internacional. Clique nos títulos dos filmes em destaque para ver os trailers de todas as estreias da semana.

    Leia mais
  • Filme

    John Wick tem estreia matadora em semana repleta de filmes do Oscar 2017

    16 de fevereiro de 2017 /

    Os lançamentos da semana se dividem claramente entre filmes de shopping center e filmes de Oscar. Mesmo assim, a estreia mais ampla também conquistou excelente avaliação crítica. Com 90% de aprovação no site Rotten Tomatoes, “John Wick – Um Novo Dia para Matar” mostra que é possível fazer cinema de ação de qualidade. Com ritmo desenfreado e muita violência, o filme traz Keanu Reeves de volta ao papel do matador profissional John Wick, que ele desempenhou em “De Volta ao Jogo” (2014). O sucesso inesperado daquele longa animou a distribuidora a dobrar o circuito na continuação. A estreia acontece em 358 salas, contra 230 do primeiro filme. A diferença de qualidade para o segundo maior lançamento é abissal. Estrelado por Brad Pitt e Marion Cottilard, o romance de espionagem “Aliados” consegue ser mais brega que “Cinquenta Tons Mais Escuros”, mas a crítica americana foi bondosa, com 61% de aprovação. Fracasso nos EUA, onde já saiu de cartaz, o longa faturou US$ 40 milhões no mercado doméstico, menos da metade de seu orçamento de US$ 85 milhões. A terceira e última estreia comercial é “A Cura”, que marca a volta de Gore Verbinski ao terror, 15 anos após “O Chamado” (2002). E todo seu capricho visual não esconde que se trata de uma trama pouco original, já vista várias vezes antes. Com 41% de aprovação, a história do spa do qual ninguém consegue sair é tão medíocre quanto a parceria anterior do diretor com o roteirista Justin Haythe, “O Cavaleiro Solitário” (2013). A maior estreia do Oscar 2017 é “Lion – Uma Jornada para Casa”, que chega em 100 salas. O filme traz Dev Patel, estrela de “Quem Quer ser um Milionário?” (2008), como um jovem adotado por uma família australiana, após se perder da família biológica na Índia. Anos depois, ele busca pistas para reencontrar sua mãe. Ao todo, o longa recebeu seis indicações, incluindo para os troféus de Melhor Ator Coadjuvante e Atriz Coadjuvante (Patel e Nicole Kidman). Há ainda mais quatro estreias de indicados ao prêmio máximo do cinema. Entretanto, elas chegam em circuito ridículo, eufemisticamente chamado de “circuito de arte”. Para se ter ideia, o maior lançamento, depois de “Lion”, ocupa 13 salas. Ironicamente, é uma animação com potencial para alcançar o grande público, a produção suíça “Minha Vida de Abobrinha”. Outro candidato ao Oscar de Melhor Animação, a produção franco belga “A Tartaruga Vermelha”, impressiona por ocupar apenas quatro salas – uma em São Paulo, uma no Rio, uma em Brasília e uma em Porto Alegre. Indicado ao Oscar de Melhor Documentário, “Eu Não Sou Seu Negro”, sobre a história do racismo nos EUA, estreia em seis capitais, e a comédia sueca “Um Homem Chamado Ove”, que disputa o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, tem lançamento em nove salas. Completa o circuito o drama tcheco “Eu, Olga Hepnarová”, que abriu no ano passado a mostra Panorama do Festival de Berlim, venceu vários prêmios internacionais e foi exibido na Mostra de São Paulo. Estará disponível em quatro salas entre São Paulo, Rio e Salvador. Clique nos títulos dos filmes para assistir aos trailers das estreias da semana.

    Leia mais
  • Filme

    Cinquenta Tons Mais Escuros domina os cinemas com a pior estreia da semana

    9 de fevereiro de 2017 /

    Maior estreia da semana, “Cinquenta Tons Mais Escuros” será lançado em mais de 1,2 mil salas, após seu trailer inicial bater recorde de visualizações na internet. Mas o filme não entrega o que muitos imaginam encontrar. Seu erotismo é de minissérie da Globo (para maiores de 16 anos) e o suspense frustrante. E, com 9% no Rotten Tomatoes, tem tudo para chegar em 2018 como favorito ao troféu Framboesa de Ouro. Portanto, também gera a maior curiosidade da semana: será que o público vai se atirar no abismo de olhos fechados ou prestar atenção nos avisos de perigo? E se ousar, assim mesmo, entrar na sala escura, vestirá a máscara do masoquista feliz, capaz de gostar de filme tão ruim? Vale lembrar que “Cinquenta Tons de Cinza”, lançado em mil salas, teve a 4ª maior abertura de 2015, com 1,6 milhão de espectadores no primeiro fim de semana. A animação “Lego Batman”, spin-off de “Uma Aventura Lego”, chega em 777 salas praticamente sem cópias legendadas (só 6% do total tem as vozes originais) e ocupando a maioria das telas 3D do país (497). As vozes originais são todas famosas, mas o dublador brasileiro de Batman (Duda Ribeiro?) impressiona ao soar exatamente como Will Arnet no papel do super-herói. Em clima de besteirol furioso, o desenho transforma Robin em filho de Batman e promove Batgirl à Comissária de Gotham City. Mas, ao contrário do filme cinzento, seu humor de brinquedo agradou 97% da crítica americana. Estes dois lançamentos ocupam dois terços do total das salas de cinema disponíveis no país. Considerando que ainda há filmes de sucesso em cartaz, só a contabilidade criativa e o jeitinho brasileiro conseguem fazer com que caibam mais estreias nos cinemas. Despejado no circuito alternativo, e provavelmente em sessões alternadas com outros títulos, encontra-se o favorito ao Oscar 2017 de Melhor Filme Estrangeiro, a comédia alemã “Toni Erdmann”, que mostra a conturbada relação entre uma executiva workaholic e seu pai maluco, que adora aprontar pegadinhas por onde passa. Tem 92% de aprovação da crítica americana e venceu cinco troféus da Academia Europeia de Cinema, inclusive como Melhor Filme Europeu do ano. Enquanto a produção do remake americano começa a sair do papel, por aqui a comédia original chega só em 12 salas entre São Paulo, Rio/Niterói, Brasília, Recife e Porto Alegre. A programação também inclui dois dramas brasileiros que igualmente conquistaram destaque e prêmios importantes, espremidos em 30 salas cada um. Em “Redemoinho”, dois amigos se reencontram no interior mineiro, em clima de suspense, após um fato traumático levar um deles a desaparecer por um longo tempo. Estreia no cinema do diretor José Luiz Villamarim, da aclamada série “Justiça”, o longa foi premiado no Festival do Rio. Já “A Cidade onde Envelheço” foi o vencedor do último Festival de Brasília e gira em torno de duas amigas portuguesas, que moram juntas em Belo Horizonte. Enquanto uma acaba de chegar à capital mineira e está deslumbrada com as novidades, a outra já pensa em voltar a Lisboa. Com passagem ainda pelo festival de Roterdã, a primeira obra de ficção da documentarista Marília Rocha (“A Falta que Me Faz”) também venceu o Festival de Biarritz de Cinema Latino-Americano, realizado na França. O trash de ação “Vale da Luta” continua a presença brasileira nas telas. A produção B americana inclui Cristiane Venancio, mais conhecida como Cris Cyborg, numa história mal-contada de lutas ilegais entre feras da MMA e modelos que surtariam ao quebrar a unha. Com cara de malvada, Cris vive a vilã que faz as bonitinhas chorarem, como sua colega de elenco, Holly Holm, fez com Ronda Rousey na luta pelo título do UFC. Outra campeã do octógono, Miesha Tate, vive a heroína. Completa a lista de estreias um romance francês incestuoso, “Marguerite & Julien: Um Amor Proibido”, sobre um casal de irmãos apaixonados desde a infância, durante a era renascentista. O mais interessante nesta produção é que o roteiro de Jean Gruault estava entre os projetos que François Truffaut pretendia filmar antes de morrer em 1984. A história acabou reescrita e filmada por Valérie Donzelli, do superestimado melodrama “A Guerra Está Declarada” (2011), com direito a anacronismos que boa parte do público terá dificuldades de aceitar. Passou em branco no Festival de Cannes de 2015, levou quase dois anos para desembarcar aqui e estreia em apenas sete salas. Clique nos títulos dos filmes para ver os trailers de cada lançamento.

    Leia mais
 Mais Pipoca
Mais Pipoca 
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie