Besteirol com Murilo Benício e Camila Margado é maior estreia da semana

Na entressafra de blockbusters, uma comédia nacional é o maior lançamento desta quinta (21/9) nos cinemas brasileiros, que também recebem filmes que não tiveram bom desempenho nas bilheterias norte-americanas, dois lançamentos franceses […]

Na entressafra de blockbusters, uma comédia nacional é o maior lançamento desta quinta (21/9) nos cinemas brasileiros, que também recebem filmes que não tiveram bom desempenho nas bilheterias norte-americanas, dois lançamentos franceses e outro longa brasileiro, que, como é drama e premiado, foi relegado ao circuito limitado.

“Divórcio” leva a mais de 500 salas o novo besteirol escrito por Paulo Cursino (“Até que a Sorte nos Separe”, “De Pernas pro Ar”) e dirigido por Pedro Amorim (“Superpai”). No longa, Murilo Benício (minissérie “Nada Será Como Antes”) e Camila Morgado (também de “Até que a Sorte nos Separe”) surgem casados, mas em pé de guerra no interior de São Paulo. O que começa como romance logo vira caricatura, com um tentando explodir o outro.

Também não faltam explosões em “O Assassino: O Primeiro Alvo”, começo de uma franquia de ação estrelada por Dylan O’Brien (“Maze Runner”). O personagem do longa, Mitch Rapp, protagonizou 14 best-sellers do escritor Vince Flynn, que faleceu em 2013. Mas os planos da Paramount podem ter sofrido mudanças, após a estreia nos Estados Unidos no fim de semana passado não render o esperado. As críticas também foram muito negativas: 35% na média do Rotten Tomatoes.

Na linha do ame-o ou deixe-o, “Mãe!” desembarca no Brasil após ser rejeitado pelo público americano. A história mística do diretor Darren Aronofksy (“Noé”) não é um terror, como anunciado, embora tenha momentos que evocam o clima do gênero. Histérico e metafórico, recebeu nota “F” no CinemaScore, que pesquisa a opinião dos espectadores ao final das sessões nos Estados Unidos. Raros são os filmes que recebem a nota mais baixa do público, que costuma gostar de tudo. Desta vez, foi a crítica que gostou mais (68%), mas isso não impediu a estreia de registrar recorde negativo, como a pior da carreira da atriz Jennifer Lawrence (“Passageiros”).

“O Sequestro” é um thriller de ação barato, espólio do falido estúdio Relativity, que mostra Halle Berry (“Chamada de Emergência”) em perseguição alucinada aos raptores de seu filho pequeno. A direção é do espanhol Luis Prieto (da série “Z Nation”).

“Esta É Sua Morte – O Show” surpreende mais por não ser “O Filme”. A premissa extrapola o clássico “Rede de Intrigas” (1976) via série “Black Mirror”, mostrando um reality show em que pessoas cometem suicídios, com narração de um apresentador bonitão – no caso, Josh Duhamel (“Transformers: O Último Cavaleiro”). A direção é do ator Giancarlo Esposito (série “Better Call Saul”), que também está no elenco.

Principal lançamento do circuito limitado, o brasileiro “Pendular”, de Julia Murat, foi eleito pela Federação Internacional dos Críticos de Cinema (Fripresci) o melhor filme da mostra Panorama do Festival de Berlim deste ano. O longa, também incluso no Festival de Brasília, aborda o relacionamento entre uma dançarina e um escultor boêmio à beira da meia-idade, que dividem o mesmo ambiente de trabalho.

Por falar em escultor, “Rodin” é a cinebiografia de um dos maiores, Auguste Rodin (1840-1917). Mas o longa do veterano Jacques Doillon (“O Jovem Assassino”), estrelado por Vincent Lindon (“O Valor de um Homem”) foi considerado o mais fraco do último Festival de Cannes e tem desmoralizantes 13% de aprovação no Rotten Tomatoes.

O segundo filme francês da programação é bem mais empolgante. “A Garota do Armário” conta a história de uma adolescente de 14 anos que pega um estágio na firma de seguros de sua mãe e se vê jogada num armário que precisa de organização, mas acaba descobrindo segredos da companhia, que envolvem sua própria mãe. A direção é de Marc Fitoussi (“Copacabana”).

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