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    A Mão de Deus: Teaser apresenta novo filme de Paolo Sorrentino

    19 de agosto de 2021 /

    A Netflix divulgou o pôster e o teaser de “A Mão de Deus”, novo filme do cineasta italiano Paolo Sorrentino, que venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional por “A Grande Beleza” (2013). Como demonstra o vídeo, a produção se passa em Nápoles, na Itália, e reflete o período da juventude do diretor, mais especificamente o ano de 1986, quando Diego Maradona eletrizou a cidade como jogador do Napoli e se tornou campeão mundial pela seleção argentina. Foi durante a Copa do Mundo de 1986 que o craque do time local marcou o gol que batiza o longa, usando a “mão de deus” (dele próprio, o deus Maradona) para vencer a Inglaterra. Numa entrevista à Variety em 2015, Sorrentino revelou que ser fã de Maradona salvou sua vida naquele ano. Literalmente. “Perdi os meus pais quando tinha 16 anos num acidente com o sistema de aquecimento numa casa nas montanhas onde sempre costumávamos ir. Naquele fim de semana, não fui porque queria assistir a Maradona num jogo do Nápoli com o Empoli. E essa decisão salvou minha vida. ” A sinopse oficial diz que o filme segue Fabietto Schisa, um adolescente italiano cuja vida e família excêntrica são subitamente perturbadas – primeiro pela chegada eletrizante da lenda do futebol Diego Maradona e depois por um acidente chocante do qual Maradona inadvertidamente salva Fabietto, impulsionando seu futuro. “Sorrentino retorna à sua cidade natal para contar sua história mais pessoal, uma história de destino e família, esportes e cinema, amor e perda”, conclui o texto. O elenco de “A Mão de Deus” destaca Filippo Scotti (“Luna Nera”) como o jovem protagonista, além do grande parceiro dos filmes de Sorrentino, o veterano Toni Servillo (“A Grande Beleza”), sem esquecer de Renato Carpentieri (“Rosa e Momo”), Luisa Ranieri (“Cartas para Julieta”), Teresa Saponangelo (“O que Mais Posso Querer”), Marlon Joubert (“Romulus”), Massimiliano Gallo (“Pinóquio”) e Alessandro Bressanello (“007 Contra Spectre”). O filme terá première mundial em 2 de setembro, no segundo dia do Festival de Veneza, e a expectativa de lançamento em streaming é para o dia 15 de dezembro.

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    “Aquaman 2” será inspirado no cult italiano “Planeta dos Vampiros”

    18 de agosto de 2021 /

    O diretor James Wan revelou que a continuação de “Aquaman”, atualmente em produção, será “pesadamente inspirado” em um cult do cinema fantástico italiano dos anos 1960: “Planeta dos Vampiros”. O longa dirigido pelo mestre do terror italiano Mario Bava em 1965 mostrava o contato de uma tripulação espacial com criaturas alienígenas num planeta inexplorado. Considerado uma das maiores influências do primeiro “Alien” (de 1979), o filme original foi estrelado por uma atriz brasileira, ninguém menos que a diva Norma Bengell. Ao mencionar esta referência durante uma entrevista à revista Total Film, Wan brincou: “Você pode tirar o garoto do horror, mas não o horror do garoto”. Vale lembrar que Wan já tinha conseguido incluir um pouco de sua estética de horror (ele criou as franquias “Invocação do Mal”, “Sobrenatural” e “Jogos Mortais”) no primeiro “Aquaman” (2018), quando explorou as criaturas do Fosso (Trench). Ele explicou que agora terá mais liberdade para explorar o gênero, graças ao sucesso do primeiro filme. “O primeiro filme surpreendeu muita gente, certo? E isso foi porque eles não eram familiarizados com os quadrinhos, que lidam com esse mundo sinistro e estranho. Mas eu senti que não seria o certo ser mais sombrio naquele momento. Então, com o segundo filme, acho que será mais fácil que o público aceite para onde estamos indo, pois já estabeleci os alicerces”, disse Wan. Além de trazer Jason Momoa de volta como o herói-título, a continuação, batizada em inglês de “Aquaman and the Lost Kingdom”, também contará com os retornos Amber Heard como Mera, Patrick Wilson como Mestre do Oceano, Yahya Abdul-Mateen II como Arraia Negra e Temuera Morrison como Tom Curry, o pai de Aquaman. Outro retorno confirmado é do roteirista David Leslie Johnson-McGoldrick, que ajudou a escrever o primeiro “Aquaman” e também colaborou com James Wan na criação de “Invocação do Mal 2”. A estreia está marcada para 16 de dezembro de 2022. Veja abaixo o trailer comentado de “Planeta dos Vampiros” para absorver melhor a referência. Quem comenta é ninguém menos que o cineasta Joe Dante (“Gremlins”, “Grito de Horror”), com muitas informações sobre a produção e seu impacto no cinema – apesar de se equivocar ao mencionar a nacionalidade do elenco (não eram “atores portugueses”, mas a estrela carioca de “Noite Vazia” e do filme vencedor da Palma de Ouro “O Pagador de Promessas”)

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    “Um Lugar Silencioso – Parte II” ocupa 85% dos cinemas nesta quinta

    22 de julho de 2021 /

    Quatro filmes chegam aos cinemas nesta quinta (22/7). Mas para o público casual pode parecer que há apenas uma estreia, porque a exibição de “Um Lugar Silencioso – Parte II” toma conta de 85% das telas disponíveis. Trata-se de domínio de mercado superior ao demonstrado por “Viúva Negra”, que apesar de liderar as bilheterias há duas semanas será despejado de várias salas para dar lugar ao terror. A continuação do filme de 2018 desembarca no Brasil quase dois meses após ser exibida com sucesso nos EUA, quando iniciou a lenta retomada do mercado cinematográfico. Na época, quebrou vários recordes da pandemia, posteriormente superados por “Velozes e Furiosos 9” e “Viúva Negra”. Foi também recebido de braços abertos por críticos ansiosos por uma boa estreia, atingindo 91% de aprovação no Rotten Tomatoes. Um exagero compreensível diante da falta de opções. Mas o filme é inferior ao primeiro. John Krasinski, que volta à direção, chega a repetir o mesmo truque de edição várias vezes para apresentar ações simultâneas, numa abordagem de Hitchcock para iniciantes. A trama revela o destino da esposa (Emily Blunt) do personagem de Krasinski (falecido no primeiro filme) e seus filhos, que agora incluem um bebê, em fuga das criaturas que reagem ao menor barulho com força extrema. Em sua jornada, a família acaba cruzando com novos personagens, entre eles os vividos por Cillian Murphy (“Peaky Blinders”) e Djimon Hounsou (“Capitã Marvel”), em busca de refúgio. Mas o desfecho é menos satisfatório, provavelmente levando em conta os planos para entender a franquia em mais filmes. Os lançamentos do circuito limitado são dois dramas europeus e uma produção nacional, todos premiados. “Slalom – Até o Limite” aborda o tema polêmico do abuso e assédio de menor em esporte olímpico. Ainda que esquiadores disputem os Jogos de Inverno, a presença das Olimpíadas no noticiário deixa a produção francesa em evidência. E até lembra casos que aconteceram com ginastas brasileiras – em 2018, 40 atletas acusaram o ex-técnico da seleção brasileira de abuso sexual. Baseado em experiências da própria diretora Charlène Favier, que foi atleta antes de estrear no cinema, o longa foi selecionado para o cancelado Festival de Cannes do ano passado e premiado no Festival de Deauville. “Irmãos à Italiana” é o título esquisito de “Padrenostro” no Brasil. O longa do italiano Claudio Noce rendeu a Copa Volpi de Melhor Ator no Festival de Veneza passado para Pierfrancesco Favino, o Padrenostro, pai do menino protagonista do filme. Além da atuação, a fotografia também é notável, ao retratar a vida reclusa no campo de uma família alvo de atentados nos anos 1970. O foco da trama, porém, é a amizade repentina do filho com outro garoto que surge do nada, e que pode ser real, imaginário, amigo de verdade ou mal-intencionado. A programação se completa com “Música para Quando as Luzes se Apagam”. Filmado há quatro anos no Rio Grande do Sul, o longa foi premiado nos festivais do Rio, Brasília, Sheffield (Inglaterra) e Nyon (Suiça). Até hoje único longa dirigido por Ismael Caneppele (também ator, escritor e roteirista de “Os Famosos e os Duendes da Morte” e “Verlust”), apresenta-se como um híbrido documental sobre a vida de uma jovem real de Lageado, que se abre em reflexões identitárias para uma artista famosa (Julia Lemertz), quando esta chega ao local para produzir uma obra. Apesar da premissa, a filmagem foi toda à base de improvisos para câmeras ligadas o tempo inteiro, resultando num trabalho experimental que ganhou coesão na montagem. Veja abaixo os trailers de todas as estreias desta quinta nos cinemas.     Um Lugar Silencioso – Parte II | EUA | Terror     Slalom – Até o limite | França, Bélgica | Drama     Irmãos à Italiana | Itália | Drama     Música para Quando as Luzes se Apagam | Brasil | Drama

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    Libero de Rienzo (1978–2021)

    17 de julho de 2021 /

    O ator italiano Libero de Rienzo morreu na sexta-feira (16/7) aos 44 anos, após sofrer um ataque cardíaco em sua residência na cidade de Roma. Ele virou ator seguindo os passos do pai, Fiore De Rienzo, que teve uma trajetória curta na TV, mas trabalhou nos bastidores de vários filmes entre os anos 1970 e 1980. Depois de estrear num telefilme de 1998, rapidamente começou a se destacar no cinema, em filmes como “Para Minha Irmã” (2001), da polêmica Catherine Breillat, e na comédia “Santa Maradona” (2002), de Marco Ponti, que lhe rendeu o primeiro prêmio de sua carreira, o David di Donatello de Melhor Ator Coadjuvante. De Rienzo foi indicado mais duas vezes ao “Oscar italiano”, pelo drama “Fortapàsc” (2009), de Marco Risi, em que interpretou o jornalista napolitano Giancarlo Siani, assassinado pela Camorra em setembro de 1985, e por um papel coadjuvante na comédia “Paro Quando Quero” (2014). Entre seus últimos trabalhos estão a comédia “Amigos Para Sempre” (2018), de Antonello Grimaldi, e o drama “Dois Papas” (2019), dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles. Além de atuar, ele também escreveu, dirigiu e editou um longa-metragem: “Sangue: La Morte Non Esiste”, que venceu o Festival de Brooklyn, nos EUA, em 2006. O ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini, lamentou sua morte nas redes sociais. “A notícia da morte repentina de Libero De Rienzo é terrível e nos deixa todos sem palavras. Perdemos um jovem talento, um protagonista do cinema italiano que já tinha visto sua arte ser reconhecida com vitória no David di Donatello. O mundo da cultura italiana abraça sua família, seus filhos pequenos, sua esposa e todas as pessoas que o amavam, estimavam e apreciavam com carinho e condolências”. O ator era casado com a figurinista e designer de produção Marcella Mosca, com quem trabalhou pela primeira vez num de seus últimos filmes, a sci-fi “Fortuna” (2020), e deixa dois filhos de 6 e 2 anos de idade.

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    Milva (1939–2021)

    25 de abril de 2021 /

    A cantora e atriz italiana Milva, que foi a mais famosa intérprete da canção “Bella Ciao”, morreu na última sexta (23/4) aos 81 anos, após muitos anos doente, segundo contou a filha Martina Corgnati, com quem vivia em Milão. Apelidada de “Pantera de Goro”, em referência à sua cidade natal, e de “A Vermelha”, por causa de seus cabelos ruivos, Milva estourou ao lançar “Bella Ciao” em 1965. De autoria desconhecida, a música original existia desde o século 19 e virou símbolo da resistência da Itália durante a 2ª Guerra Mundial. Com Milva, a canção se fortaleceu como tornou hino de liberdade e de luta contra o fascismo. Mais recentemente, a música voltou aos holofotes por integrar a trilha sonora da série “La Casa de Papel”, da Netflix. Milva lançou muitas outras canções de sucesso entre os anos 1960 e 1970, e chegou a participar de 15 edições do Festival de Sanremo da Canção, principal concurso musical da Itália, conquistando um 2º lugar em 1962. No mesmo ano, ela estreou no cinema, atuando como coadjuvante em “A Beleza de Hipólita”, de Giancarlo Zagni, ao lado de Gina Lollobrigida. Ao todo, Milva apareceu em 9 filmes até os anos 1990, trabalhando com diretores como o francês Jacques Rouffio e o polonês Krzysztof Zanussi, além de atuar em cerca de 40 peças entre 1964 e 2009. Mas apesar do extenso trabalho como atriz, sempre foi considerada uma cantora pelo público italiano. O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que Milva foi uma “protagonista da música italiana”. “Uma intérprete culta, sensível e versátil, muito apreciada na Itália e no exterior. Expresso meu sentimento de condolências à família”, ele escreveu em seu Twitter. Já o ministro da Cultura, Dario Franceschini, disse que Milva foi uma das cantoras “mais intensas” da história do país. “Sua voz suscitou profundas emoções em gerações inteiras. Uma grande italiana, uma artista que, começando de sua terra amada, alcançou os palcos internacionais, tornando seu sucesso global e levando ao alto o nome de seu país”, salientou.

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    Roberto Benigni será homenageado pelo Festival de Veneza

    15 de abril de 2021 /

    Os organizadores do Festival de Veneza anunciaram nesta quinta-feira (15/4) que a 78ª edição do evento prestará uma homenagem ao ator italiano Roberto Benigni, que receberá um Leão de Ouro especial por sua carreira. “Meu coração está repleto de alegria e gratidão. É uma honra imensa receber um reconhecimento tão importante ao meu trabalho”, disse Benigni, em comunicado. O ator de 68 anos já estrelou mais de 30 longas em sua carreira, dentre eles o célebre “A Vida É Bela”, que ele também dirigiu e lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator e Melhor Filme em Língua Estrangeira em 1999. No longa, Benigni viveu um pai judeu que usava sua imaginação para proteger seu filho dos horrores de um campo de concentração nazista. Seu trabalho mais recente foi como Gepeto na versão live-action de “Pinóquio”, dirigida por Matteo Garrone em 2019. O Festival de Veneza 2021 vai acontecer entre os dias 1 e 11 de setembro na cidade italiana que lhe dá nome.

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    Filmes online: Tom & Jerry garante diversão no feriadão

    2 de abril de 2021 /

    A programação do feriadão da Páscoa traz muitas estreias online para as crianças – e suas famílias. O Top 10 semanal separou cinco opções infantis, com destaque para o primeiro filme live-action de “Tom & Jerry”. A produção tem formato híbrido, em que os protagonistas continuam animados e do jeito que os fãs lembram, apesar de contracenarem com atores de carne e osso. O resultado é bem diferente do live-action do “Scooby Doo”, para citar outro desenho clássico que ganhou adaptação da Warner. Enquanto o cachorro da Hanna-Barbera se materializou no cinema com visual realista criado por computação gráfica, desta vez os personagens da MGM quase não mudaram, preservando a aparência de seus antigos desenhos bidimensionais. Embora a combinação de cartum e atores pareça retrô, a opção não aliena os fãs dos cartoons originais, chegando a incorporar a física surreal dos desenhos, como portas que mudam de lugar e quedas quilométricas que não matam. Tudo isso se torna ainda mais divertido diante da reação humana ao caos. Na trama, Tom e Jerry decidem se separar amigavelmente após décadas de brigas. Mas quando o rato apronta na despedida e resolve se mudar para um hotel de luxo de Nova York, o gato tem prazer em renovar sua rixa ao ser contratado para exterminá-lo. O elenco humano destaca Chloë Grace Moretz (“Suspiria”) como a funcionária do hotel encarregada de se livrar do rato e que acredita que Tom é a solução para seus problemas – aparentemente, ela nunca viu o desenho! Um dos maiores sucessos dos cinemas durante a pandemia, “Tom & Jerry – O Filme” atingiu nota A- do público, registrada no Cinemascore (uma pesquisa feita na saída dos cinemas dos EUA). Mas vale avisar que a reação da crítica americana ao filme foi muito negativa. O híbrido de animação e live-action, dirigido pelo veterano Tim Story (“Quarteto Fantástico”), recebeu apenas 25% de aprovação na média do Rotten Tomatoes. No Brasil, o longa foi lançado com uma campanha equivocada da Warner que sugeria que Ratinho dublava Jerry, embora o gato e o rato não falem na produção. Muita gente acreditou que Ratinho participava do filme, o que rendeu iniciativas de boicote devido às opiniões polêmicas do apresentador do SBT. Podem ver tranquilos em casa que não tem defesa de golpe militar em “Tom & Jerry – O Filme”. Confira abaixo a relação completa e os trailers das 10 melhores opções selecionadas entre os lançamentos em streaming desta semana.     Tom & Jerry – O Filme | EUA | 2021 (Apple TV, Google Play, Looke, Now, SKY Play, Vivo Play, YouTube Filmes)     Sonhos S.A. | Dinamarca | 2020 (Apple TV, Looke, Now)     As Fantasias de Lucas | México | 2019 (Disney Plus)     A Distância que Nos Une | Itália | 2020 (Apple TV, Google Play, Looke, Now, Vivo Play, YouTube Filmes)     Alma de Cowboy | EUA | 2020 (Netflix)     A Despedida | EUA, Reino Unido | 2019 (Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes)     Laços de Amor | Espanha, Reino Unido | 2017 (Apple TV, Looke, Now)     Fuja | EUA | 2020 (Netflix)     Os Segredos de Madame Claude | França | 2021 (Netflix)     O Último Cruzeiro | EUA | 2021 (HBO Go)

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    Giuseppe Rotunno (1923 – 2021)

    8 de fevereiro de 2021 /

    Giuseppe Rotunno, o diretor de fotografia que deu imagens para alguns dos filmes mais importantes de Luchino Visconti e os mais delirantes de Federico Fellini, morreu em sua casa em Roma, no domingo (7/2), aos 97 anos. Rottuno começou sua carreira como fotógrafo antes de ser convocado a servir como cinegrafista no exército italiano. Ele virou operador de câmera durante a 2ª Guerra Mundial, estreando no cinema num filme do mestre do neorealismo Roberto Rossellini, “O Homem da Cruz”, em 1943. Ele também operou a câmera dos clássicos “Umberto D.” (1952), de Vittorio de Sica, e “Sedução da Carne” (1954), de Luchino Visconti, antes de estrear como diretor de fotografia na comédia de Dino Risi “Pão, Amor e…” (1955), estrelada por Sophia Loren. A carreira de cinegrafista o levou a novas parcerias com Visconti, em “Noites Brancas” (1957), nas antologias “Boccaccio ’70” (1962) e “As Bruxas” (1967) e nos célebres “Rocco e Seus Irmãos” (1960), “O Leopardo” (1963) e “O Estrangeiro” (1967). Filmou ainda os clássicos “A Grande Guerra” (1959) e “Os Companheiros” (1963), de Mario Monicelli, “Ontem, Hoje e Amanhã” (1963) e “Os Girassóis da Rússia” (1970), de Vittorio de Sica, e “Amor e Anarquia” (1973) e “Dois Perdidos numa Noite de Chuva (1978), de Lina Wertmüller, entre dezenas de outros filmes obrigatórios do cinema italiano. A força de suas imagens lhe abriu as portas em Hollywood, com trabalhos em “A Maja Desnuda” (1958), de Henry Koster, “A Hora Final” (1959), de Stanley Kramer, “Candy” (1968), de Christian Marquand, “Ânsia de Amar” (1971), de Mike Nichols, e “O Homem de la Mancha” (1972), de Arthur Hiller, o que fez com que se tornasse o primeiro membro estrangeiro admitido na American Society of Cinematographers (ASC), o Sindicato dos Diretores de Fotografia dos EUA. A ligação indissolúvel com o cinema de Fellini começou em 1969 com o filme que transformou o nome do diretor em adjetivo, “Satyricon” (1969), marco da estética “felliniana”. Foram sete parcerias ao todo, abrangendo ainda “Roma” (1972), “Amarcord” (1973), “Casanova” (1976), “Ensaio de Orquestra” (1978), “Cidade das Mulheres” (1980) e “E La Nave Va” (1983), que lhe rendeu o prêmio David di Donatello (o Oscar italiano). Em 1979, ele filmou “O Show Deve Continuar”, musical de Bob Fosse que venceu a Palma de Ouro em Cannes e foi indicado a nove Oscars, incluindo Melhor Fotografia. Foi o único reconhecimento da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA ao seu trabalho. Hollywood bateu em peso em sua porta e ele passou os anos seguintes, até meados dos 1990, trabalhando com cineastas como Alan J. Pakula, Fred Zinnemann, Richard Fleischer, Robert Altman, Mike Nichols, Sydney Pollack e Terry Gilliam. Entre suas obras americanas mais famosas incluem-se a adaptação de “Popeye” (1980), de Altman, e a fantasia “As Aventuras do Barão de Munchausen”, de Gilliam. Ao final da carreira, ele voltou para a Itália, onde fotografou seu primeiro terror italiano, “Síndrome Mortal” (1996), de Dario Argento, encerrando a carreira em 1997 com um documentário sobre o amigo que muitas vezes filmou, Marcello Mastroianni. Mesmo após deixar os sets, ele continuou envolvido com as câmeras de cinema, ao ministrar um curso de Direção de Fotografia na Escola Nacional de Cinema da Itália.

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    Haya Harareet (1931 – 2021)

    5 de fevereiro de 2021 /

    A atriz israelense Haya Harareet, que interpretou Esther ao lado de Charlton Heston no épico “Ben-Hur” de 1959, morreu na quarta-feira (3/2) em sua casa em Buckinghamshire, no Reino Unido, aos 89 anos. Nascida em Haifa, na época Palestina (hoje Israel), Harareet começou sua carreira aos 24 anos, no filme de guerra israelense “Colina 24 não Responde…”, que atraiu atenção internacional ao fazer sua première na competição do Festival de Cannes de 1955. Em seguida, ela estrelou o drama italiano “La Donna del Giorno”, de 1956, ao lado de Virna Lisi, antes de ser escalada para o grandioso épico hollywoodiano “Ben-Hur”, de William Wyler. Ela conseguiu o papel de Esther, o interesse amoroso do personagem-título, vivido por Charlton Heston, por ter conhecido o diretor anteriormente em Cannes. Mas o sucesso comercial e de crítica de “Ben-Hur”, vencedor de 11 Oscars, não a manteve em Hollywood. Ela só fez mais um filme americano, o drama médico “Viver, Amar, Sofrer” em 1962. Sua carreira de atriz foi curta, encerrada em 1964 após o suspense britânico “O Sócio Secreto” (1961) e três aventuras italianas pouco memoráveis. Depois disso, ela ainda co-escreveu o roteiro do cultuadíssimo filme britânico “Todas as Noites às Nove” (1967), estrelado por Dirk Bogarde, e anos depois se casou com o diretor daquele longa, Jack Clayton. O casamento durou até a morte dele, em 1995.

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    Pinóquio italiano e alien russo são os destaques de cinema da semana

    21 de janeiro de 2021 /

    A nova e sombria versão de “Pinóquio”, dirigida pelo cineasta italiano Matteo Garrone (“Gomorra”), é o destaque desta semana, em que não há nenhum lançamento hollywoodiano nos cinemas. A seca de blockbusters, motivada pela pandemia de coronavírus, acabou virando do avesso as prioridades dos exibidores, que apostam em títulos europeus, antigamente restritos ao circuito limitado, para atrair público ao circuito cinematográfico brasileiro, ainda em funcionamento nesta quinta-feira (21/1). “Pinóquio” é um filme repleto de efeitos visuais, como os consumidores das fábulas live-action da Disney estão acostumados. A produção traz Roberto Benigni (vencedor do Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira por “A Vida É Bela”) como o marceneiro Gepeto e vários momentos icônicos do conto de fadas sobre o boneco de madeira que quer virar menino de verdade – das orelhas de burro ao nariz que cresce com mentiras. São imagens que remetem à adaptação mais famosa da obra de Carlo Collodi: a animação de 1940, que venceu o Oscar de Melhor Canção Original – pela clássica “When You Whish Upon a Star”. Só que o tom tenebroso é completamente diferente de qualquer produção da Disney. Vale lembrar que a fabulação anterior de Garrone, “O Conto dos Contos” (2015), tinha uma rainha que comia coração sangrento de monstro. A programação também traz a elogiada sci-fi russa “Estranho Passageiro”, influenciada por “Alien – O Oitavo Passageiro” (1979). Mais conhecido por seu título original, “Sputnik”, o filme de monstro alienígena agradou a crítica internacional ao circular por festivais de terror, somando 89% de críticas positivas no Rotten Tomatoes. Ou seja, teve maior aprovação que os 85% de “Pinóquio”. O terceiro lançamento europeu é o “filme de arte” do conjunto. E ironicamente o drama lésbico de época é o título mais fraquinho da semana. Passado nos anos 1950, numa cidadezinha rural britânica, a história revela como uma mãe solteira (Holliday Granger) abandonada pelo marido se envolve com uma médica recém-chegada (Anna Paquin), que se tornou amiga de seu filho pequeno. Com 53% no Rotten Tomatoes, foi considerado medíocre pela crítica. Completa a relação de filmes um documentário sobre o escritor brasileiro Antonio Callado. Veja abaixo os trailers de todas as estreias.     Pinóquio | Itália | 2020     Estranho Passageiro – Sputnik | Rússia | 2020     Fale com as Abelhas | Reino Unido, Suécia | 2020     Callado | Brasil | 2020

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    Antonio Sabáto (1943 – 2021)

    9 de janeiro de 2021 /

    Antonio Sabáto, o ator italiano que estrelou de spaghetti westerns a filmes trash da era do VHS, morreu na quarta (6/1) devido a complicações da covid-19. Ele tinha 77 anos. A notícia da morte foi confirmada em um tuíte de seu filho, o também ator Antonio Sabáto Jr., acompanhada por uma foto antiga de família. Seu filho disse que Sabáto foi hospitalizado na segunda (4/1) na Califórnia devido ao coronavírus e morreu dois dias depois. Ironicamente, o jovem Sabáto é um negacionista que tem criticado abertamente nas redes sociais o uso de máscaras para controlar a propagação do coronavírus. Sabáto teve uma longa carreira, iniciada no cinema italiano em 1966, quando apareceu no filme “Lo Scandalo”, ao lado de Anouk Aimée. No mesmo ano, ele estrelou “Grand Prix”, um filme americano de corrida de carros com um elenco internacional, encabeçado por James Garner, e que ganhou três prêmios da Academia. No filme de John Frankenheimer, Sabáto interpretava um piloto italiano campeão de Fórmula 1, que namorava ninguém menos que a cantora francesa Françoise Hardy. A aparição hollywoodiana o credenciou a virar protagonista de spaghetti westerns, vivendo pistoleiros em “Ódio por Ódio” (1967), “Um Colt… para os Filhos do Demônio” (1968), “Vou, Vejo e Disparo” (1968) e “Duas Vezes Traidor” (1968). Quando os filmes de bangue-bangue à italiana saíram de moda, ele filmou os mais diferentes gêneros, desde a cultuada sci-fi francesa “Barbarella” (1968) até o drama “A Monja de Monza” (1969). Uma breve parceria com o cineasta Umberto Lenzi rendeu seus filmes mais memoráveis, o célebre giallo “Sete Orquídeas Manchadas de Sangue” (1972) e o thriller de gângster “Milão Escaldante” (1973). Durante a era do VHS, ele virou protagonista de produções de ação e ficção científica de baixo orçamento, que tiveram distribuição mundial em vídeo, ganhando popularidade. A obra mais conhecida desta fase é “Fuga do Bronx” (1983), uma mistura de “Fuga de Nova York” (1981), de John Carpenter, com “Mad Max” (1979), de George Miller. Em meados da década de 1980, Sabáto imigrou para os Estados Unidos com sua família, onde rodou seu último filme, “Alta Voltagem”, em 1997. Depois disso, seus créditos finais foram na novela “The Bold and the Beautiful” em 2006, ao lado do filho.

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    John Richardson (1934 – 2021)

    7 de janeiro de 2021 /

    O ator britânico John Richardson, que contracenou com algumas das atrizes mais icônicas dos anos 1960 em produções clássicas, morreu na terça-feira (5/1) de complicações resultantes de infecção por covid-19, aos 86 anos. Richardson começou sua carreira com pequenos papéis em filmes britânicos notáveis ​​como “Somente Deus por Testemunha” (1958), drama sobre o naufrágio do Titanic, o remake do suspense “Os 39 Degraus” (1959), o noir jazzista “Safira, a Mulher Sem Alma” (1959) e a popular comédia criminal “Os Sete Cavalheiros do Diabo” (1960). Mas só foi se destacar após trabalhar no cinema italiano. Ele participou do filme de estreia oficial do mestre do terror italiano Mario Bava, “A Maldição do Demônio” (1960), como um assistente de médico cujo sangue inadvertidamente traz uma bruxa vampírica (Barbara Steele) de volta à vida. O filme se tornou cultuadíssimo e chamou atenção do lendário estúdio britânico especializado em terror, Hammer Films, que lhe deu seus primeiros papéis de protagonista. Escalado como arqueólogo galã em “Ela”, Richardson se aventurou em busca de uma cidade perdida governada por uma rainha imortal e deslumbrante (Ursulla Andress). A mescla de fantasia e terror fez tanto sucesso que ganhou continuação (sem Andress), “A Vingança da Deusa”, que o ator também estrelou em 1968. Entre os dois lançamentos, ele ainda vestiu tanga em “Mil Séculos Antes de Cristo” (1966), aventura da Hammer com dinossauros que é mais lembrada pelo biquíni pré-histórico de Rachel Welch. Embora tenha estreado em Hollywood em 1970, como coadjuvante de “Num Dia Claro de Verão” (1970), com Barbra Streisand, ele passou o resto da carreira na Itália, onde protagonizou os spaghetti westerns “John, o Bastardo” (1967) e “Execução” (1968), o drama criminal “A Candidate for a Killing” (1969), com Anita Ekberg, o terror trash “Frankenstein ’80” (1972) e a sci-fi trash “Batalha no Espaço Estelar” (1977), entre muitos outros filmes. A lista melhora com seus papéis de coadjuvante, no terror cult “Torso” (1973), de Sergio Martino, e na comédia “Pato com Laranja” (1975), com Monica Vitti, culminando no último título de sua filmografia, o terror “A Catedral” (1989), do mestre Dario Argento. John Richardson foi casado com a também atriz Martine Beswick, que interpretou duas Bond girls (em “Moscou contra 007” e “Contra a Chantagem Atômica”) entre 1967 até seu divórcio em 1973. Curiosamente, ele também esteve cotado a assumir o papel de James Bond no final dos anos 1960, após a breve desistência de Sean Connery. Após sair do cinema, ele virou fotógrafo profissional.

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