Daniel Day-Lewis pode estrelar novo filme do diretor de Sangue Negro
O cineasta Paul Thomas Anderson negocia retomar a parceria com o ator Daniel Day-Lewis, dez anos após dirigi-lo em “Sangue Negro” (2007). Segundo o blog The Playlist, os dois se juntariam numa trama passada no mundo da moda em Nova York dos anos 1950. Ainda não há título, previsão para o começo das filmagens nem data de lançamento, uma vez que o diretor está em processo de escrever o roteiro e selecionar jovens intérpretes para a produção, que será seu terceiro filme consecutivo com financiamento da Annapurna Pictures, após “O Mestre” (2012) e “Vício Inerente” (2014). Daniel Day-Lewis não fez nenhum filme desde que venceu o terceiro Oscar da carreira pelo desempenho em “Lincoln” (2012), nem tem nenhum outro projeto previsto.
James Franco vai dirigir Snoop Dogg e Milla Jovovich em thriller pós-apocalíptico
O ator James Franco (“Tudo Vai Ficar Bem”) vai dirigir um elenco bem eclético em seu próximo longa-metragem como cineasta, “Future World”, que será um thriller pós-apocalíptico. Segundo o site da revista Variety, o elenco da produção contará com os rappers Snoop Dogg (“Todo Mundo em Pânico 5”) e Method Man (“Descompensada”) e as atrizes Milla Jovovich (“Resident Evil”), Lucy Liu (série “Elementary”) e Suki Waterhouse (“Simplesmente Acontece”). O próprio Franco escreveu a história, que ganhou roteiro final da dupla Bruce Thierry Cheung e Jay Davis, produtores de seus filmes indies. A trama futurista gira em torno da amizade do jovem príncipe de Oasis, uma das últimas regiões habitáveis do planeta, e um robô chamado Ash, que embarcam numa jornada de auto-descoberta em uma mundo violento e desolador. “‘Future World” é uma história fascinante com o tipo de criatividade de um sujeito único como James Franco. Quando você tem a combinação de talentos como Milla, Lucy, Suki, Snoop e James em uma história selvagem o que se passa na tela é algo irreal”, descreveu, empolgado, o produtor executivo Andrea Iervolino, do estúdio Ambi Group, responsável pelo projeto. O filme ainda não tem previsão de estreia.
J.K. Simmons e Julie Delpy vão coestrelar comédia indie
A atriz francesa Julie Delpy (“Antes da Meia-Noite”) e o vencedor do Oscar J.K. Simmons (“Whiplash”) vão coestrelar a comédia indie “The Bachelors”, informou o site Variety. Escrito e dirigido por Kurt Voelker (“Park”), o filme vai mostrar J.K Simmons como um viúvo que se muda para uma nova cidade com o filho de 17 anos, buscando um recomeço. Ao chegar em Los Angeles, um antigo amigo e duas extraordinárias mulheres vão transformar a vida dos dois. As filmagens estão previstas para o começo de março, em Los Angeles, mas ainda não há previsão para o lançamento.
Mostra de Tiradentes premia filme sobre conflitos urbanos
O filme de título mais longo, “Jovens Infelizes ou um Homem que Grita Não É um Urso que Dança”, foi o vencedor da 19ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Premiado com o Troféu Barroco da Mostra Aurora, a principal premiação do festival mineiro, o filme do paulista Thiago Mendonça aborda encenações teatrais, anarquia, orgias e conflitos urbanos, mesclando improviso em cenas registradas em meio à manifestações reais de protesto. Ao agradecer o troféu, o diretor dedicou a vitória os movimentos sociais. “Ver esse trabalho sendo recebido da maneira como foi aqui demonstra que a gente pode utilizar o cinema para as nossas lutas”, disse Mendonça. Foi também uma vitória para confirmar, a posteriori, o tema do evento. Único festival de cinema do Brasil que proclama seu mote antes que a crítica posso pensar sobre os filmes, Tiradentes definiu 2016 como sendo o ano para discutir “espaços em conflito”. A carapuça serviu para o vitorioso. Ou a vitória escolheu o filme que melhor coube em sua tese. Sempre fica a dúvida, quando se direciona o foco da forma como Tiradentes se orgulha em fazer. O favorito da crítica, por sinal, era outro, “Animal Político”, de Tião, estrelado por uma vaca. A produção faz carreira no exterior, integrando a seleção de Festival de Roterdã, na Holanda. Já o júri popular elegeu a produção carioca “Geraldinos”, de Pedro Asbeg e Renato Martins, como melhor longa. Trata-se de um documentário sobre a “geral” do Maracanã. Menos prestigiada, apesar de exibir obras mais bem realizadas que a dos jovens da Aurora, a Mostra Transições teve seu vencedor definido por um júri formado por cinco universitários, que premiou um dos filmes mais “surreais” do festival, “Tropykaos”, de Daniel Lisboa. Realizada de 22 a 30 de janeiro, a Mostra de Tiradentes exibiu mais de 100 filmes brasileiros, pulverizados em várias mostras paralelas, a maioria sem caráter competitivo. Isto lhe permitiu trazer obras de autores celebrados, mas que vieram apenas “à passeio”, sem deixar registro nas premiações. Assim, o 2016 de Tiradentes fica para a História como o ano dos “Jovens Infelizes”, coincidentemente no fim de semana em que o cinema perdeu Jacques Rivette, que foi o “jovem infeliz” original, muitas décadas atrás.
Festival de Tiradentes promove desencontro de gerações
A Mostra de Tiradentes inicia nesta sexta (22/1) promovendo um desencontro de gerações no interior de Minas Gerais. De um lado, os novos cineastas que o festival costuma lançar. Do outro, figuras conhecidas da vanguarda cinematográfica, como os diretores Julio Bressane, Walter Lima Jr., Maria Ramos, Helena Ignez e Ruy Guerra, representados no evento por novos lançamentos, além de Andrea Tonacci, o grande homenageado. Único festival de cinema a propor tema, feito evento acadêmico, Tiradentes quer este ano discutir filmes como “Espaços de Conflitos”. Assim, a presença de cineastas consagrados, que fizeram da rebelião suas marcas autorais, alimentam a tese – literalmente, no caso do clássico “Serras da Desordem” (2006), de Tonacci. Mas a ideia de unificação temática tropeça no inchaço do evento, ampliado no ano passado, que pulveriza a capacidade do festival de apontar caminhos para o cinema brasileiro, compartimentalizando a produção. As gerações diferentes, na prática, não se integram na programação inchada. Alguns veteranos são exibidos numa mostra chamada Autorais, como se todos os demais filmes do festival não fossem autorais. Há também uma sessão chamada Dissonâncias, que provavelmente exibe filmes comerciais, já que os autorais devem estar na seção, hmm, Autorais. As separações não fazem sentido e só servem para classificar os filmes por gerações – reunidas no mesmo evento para serem separadas em subdivisões. A organização foi ao limite de criar um seção chamada Transições, visando separar os “pioneiros” que participaram de suas primeiras edições dos novíssimos candidatos que agora estreiam na mostra Aurora. Anteriormente tida como a principal seção do festival, a Aurora se acomodou como trampolim de iniciantes, enquanto a Transições passou a trazer um panorama mais consistente da produção independente nacional. A principal consequência dessas subdivisões é que a Aurora virou um vestibular para credenciar cineastas jovens a participarem da Transições nos próximos anos. E para onde os que hoje ocupam a Transições irão? Ao mercado, com propostas autorais/dissonantes? Difícil. O espaço de conflito cinematográfico não é uma tese de festival universitário, é a realidade da concentração do circuito. O potencial emblemático de Tiradentes, do nome ligado à independência brasileira às primeiras premiações da Aurora, embutia uma expectativa. A marca ainda é forte, as realizações foram palpáveis, mas a desvalorização em curso é preocupante, com os melhores filmes passando em seções paralelas à principal premiação. Basta considerar o vencedor da Aurora passada, a primeira pós-Transições. O que aconteceu com “Mais do que eu Possa me Reconhecer”, de Allan Ribeiro, que acompanha o artista plástico Darel Valença Lins em sua relação com a vídeo-arte? Sempre é possível torcer para que os novatos da Aurora consigam decolar e que os ainda jovens da Transições encontrem outros festivais para participar. Mas um prêmio forte ajudaria a todos um pouco mais. CONFIRA OS LONGAS-METRAGENS DA 19ª MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES MOSTRA HOMENAGEM: ANDREA TONACCI Serras da Desordem (2006, SP) Bang Bang (1970, SP) Bláblábá (1968, SP) MOSTRA AURORA Animal Político, Tião (PE) Aracati, Aline Portugal e Julia De Simone (RJ) Banco Imobiliário, Miguel Antunes Ramos (SP) Filme de Aborto, Lincoln Péricles (SP) Índios Zoró – Antes, Agora e Depois?”, Luiz Paulino dos Santos (PE) Jovens Infelizes ou Um Homem que Grita não é um Urso que Dança”, Thiago B. Mendonça (SP) TaegoAwa, Marcela Borela e Henrique Borela (GO) MOSTRA AUTORIAS Através da Sombra, Walter Lima Jr (RJ) Futuro Junho, Maria Augusta (RJ) Quase Memória, Ruy Guerra (RJ) TRANSIÇÕES A Noite Escura da Alma, Henrique Dantas (BA) Clarisse ou Alguma Coisa sobre Nós Dois, Petrus Cariry (CE) Jonas, Lo Politi (SP) Planeta Escarlate, Dellani Lima E Jonnata Doll (MG) Tropykaos, Daniel Lisboa (BA) Urutau, Bernardo Cancella Nabuco (RJ) MOSTRA SESSÃO DEBATE Garoto, Julio Bressane (RJ) O Espelho, Rodrigo Lima (RJ) Ralé, Helena Ignez (SP) Um Salve Doutor, Rodrigo Sousa & Sousa (SP) MOSTRA BENDITA Being Boring, Lucas Ferraço Nassif (RJ) O Diabo Mora Aqui, Dante Vescio E Rodrigo Gasparini (SP) MOSTRA CENA MINEIRA Introdução à Música do Sangue, Luiz Carlos Lacerda (MG/RJ) MOSTRA PRAÇA Campo Grande, Sandra Kogut (RJ) Geraldinos, Pedro Asbeg E Renato Martins (RJ) Invasores, Marcelo Toledo (SP) Prova De Coragem, Roberto Gervitz (RS) Santo Daime – Império Da Floresta, André Sampaio (PE) MOSTRINHA O Que Queremos Para o Mundo?, Igor Amin (MG) Últimas Conversas,Eduardo Coutinho (RJ) ( a confirmar) As aventuras do avião vermelho, Frederico Pinto e José Maia ( a confirmar) FILME DE ENCERRAMENTO Para Minha Amada Morta, Aly Muritiba (PR)



