Netflix lançará o documentário Je Suis Charlie no aniversário do ataque terrorista à Charlie Hebdo
O serviço de streaming Netflix vai lançar o documentário “Je Suis Charlie”, sobre o ataque à redação do jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, que culminou na morte de 12 pessoas, para seus assinantes de todo o mundo a partir desta quinta-feira (7/1), quando se completa um ano do atentado. Dirigido por Daniel e Emmanuel Leconte, pai e filho, o filme foi exibido pela primeira vez no Festival de Toronto, em setembro, e conta com entrevistas de arquivo feitas com os cartunistas Cabu, responsável pela caricatura do profeta Maomé que foi usada como justificativa dos terroristas pelo ataque em Paris, e Charb, editor-chefe do “Charlie Hebdo”. Ambos foram assassinados no ataque de 2015. Entre as participações, também ganha destaque a da cartunista Corinne Rey, a Coco, que relembra como foi forçada a abrir as portas do “Charlie Hebdo” sob a mira de uma arma, e a do presidente da França François Hollande. O documentário tem ainda imagens de manifestações de apoio às vítimas pelo mundo, relatos de sobreviventes e comentários que contextualizam a importância do jornal. Veja abaixo o trailer exibido para a première no Festival de Toronto.
Les Innocentes: Trailer leva atriz de Respire a descobrir escândalo sexual num convento
A Mars Films divulgou o pôster e o trailer de “Les Innocentes”, novo drama da cineasta luxemburguesa Anne Fontaine, diretora de “Coco Antes de Chanel” (2009) e “Gemma Bovery” (2014). Estrelado pela francesa Lou de Laâge, revelação de “Respire” (2014), e a polonesa Agata Kulesza, estrela de “Ida”, o filme se passa na Polônia em 1945 e acompanha uma jovem médica da Cruz Vermelha (de Laâge), que trabalha num hospital para sobreviventes franceses da guerra. Ao receber a visita de uma freira suplicante, a médica decide contrariar suas instruções e segui-la até o convento, onde descobre, para seu horror, várias freiras em estado avançado de gravidez. Ao tratá-las, entra em contato com um mundo enclausurado, que esconde um crime gravíssimo dos olhos do público: o estupro coletivo praticado por soldados soviéticos. Kulesza vive a madre superiora, que tem seus motivos para manter o escândalo abafado. A première mundial vai acontecer em 26 de janeiro, dentro da programação do Festival de Sundance, e a estreia comercial está marcada para 10 de fevereiro na França.
Ethan Hawke entra na nova sci-fi de Luc Besson
O ator Ethan Hawke (“Boyhood”) vai para o espaço, na nova ficção científica do diretor francês Luc Besson (“O Quinto Elemento”), “Valérian and the City of a Thousand Planets”. O anúncio foi feito pelo próprio cineasta via Instagram. Adaptação dos cultuados quadrinhos franceses do herói espacial Valérian, criado por Pierre Christin e Jean-Claude Mézières em 1967, o filme vai acompanhar os exploradores espaciais Valérian (Dane DeHaan, de “O Espetacular Homem-Aranha 2”) e Laureline (Cara Delevingne, de “Peter Pan”) em missão no planeta Sirte, para descobrir se seus habitantes representam um risco para a Terra. O elenco também inclui Clive Owen (série “The Knick”) e a cantora Rihanna (“Battleship”). Além de dirigir, Besson assina o roteiro do filme, que será o mais caro já produzido por sua empresa, a EuropaCorp, responsável pela franquia “Busca Implacável”. As filmagens começam em janeiro e a estreia está prevista para 21 de julho de 2017 na França e nos EUA.
Louis Garrel revela novo talento em Dois Amigos
Louis Garrel talvez seja o jovem ator francês de sua geração (em torno dos 30 anos de idade) de maior sucesso no mundo do cinema. Agora, além de atuar, ele dirige seu primeiro longa-metragem – e veio ao Brasil para divulgá-lo. É “Dois Amigos”, um filme sobre relacionamentos humanos que se mostram complicados, porque há segredos subentendidos, falta de sinceridade e medo, nos contatos. Na base deles está o desejo, a possibilidade do envolvimento amoroso e aquilo que, por algum motivo, não pode acontecer. A temática, claro, tem tudo a ver com a herança da nouvelle vague. O jeito de filmar, cool e próximo dos personagens, também. Afinal, Louis é filho do grande cineasta Philippe Garrel, com quem trabalhou como ator em filmes que retratam as muitas formas de vivenciar o amor e seus problemas, como “Amantes Constantes” (2005), “Fronteira da Alvorada” (2008), “Um Verão Escaldante” (2011) e “Ciúme” (2013). Ator frequente também em filmes de Christophe Honoré, Louis Garrel divide com ele o roteiro de “Dois Amigos”. Honoré costuma trabalhar com personagens em busca de amor e afeto, mas um tanto estranhos e desencontrados. Ou bizarros, para ficar num termo frequente em língua francesa. “Em Paris” (2006), “Canções de Amor” (2007), “A Bela Junie” (2008) e “As Bem-Amadas” (2011) são exemplos de filmes que Honoré dirigiu, tendo Garrel no elenco. A experiência do ator e essas influências são muito positivas no que se vê em “Dois Amigos”. O filme se centra em dois personagens masculinos bem construídos. Frágeis, carentes, dependentes um do outro e com uma alma feminina, convivem com uma mulher forte, intensa e algo misteriosa, que luta para sobreviver, enquanto aguarda sair da prisão. Já está em regime semiaberto, trabalhando fora, mas isso ainda limita muito sua vida. Além de Louis Garrel, que consegue dar conta de dirigir e atuar, também está no filme Vincent Macaigne, o amigo, em belo desempenho – ele já tinha trabalhado com Garrel em “Um Verão Escaldante”. Mas ambos giram em torno da figura marcante da jovem mulher que, na prática, comanda as ações e dá luminosidade ao filme. O papel é da atriz iraniana Golshifteh Farahani, que mostrou seu talento em obras como “Procurando Elly” (2010), no Irã, e em “Pedra de Paciência” (2014), no Afeganistão. Ela vive na França e nem pode pensar em voltar a seu país de origem, depois que posou nua para uma revista. A propósito, ela está linda e sensual em “Dois Amigos”, e é o grande destaque do filme. Uma estrela.
Louis Garrel vem ao Brasil lançar seu primeiro filme como diretor
O ator francês Louis Garrel (“Saint Laurent”) virá ao Brasil para promover o lançamento de seu primeiro longa-metragem como diretor, “Os Dois Amigos”. O astro desembarca no dia 27 de novembro para a pré-estreia do filme em São Paulo e segue para o Rio de Janeiro no dia seguinte. Distribuído no país pela Imovision, “Os Dois Amigos” conta a história de Vincent (Vincent Macaigne, de “Eden”), um rapaz que se apaixona por uma mulher que conheceu na estação de trem. Entretanto, a moça guarda um segredo. Ela precisa diariamente cumprir prisão domiciliar à noite. Confuso com a situação, Vincent vai contar com o apoio de seu amigo, Abel (vivido pelo próprio Garrel). Louis Garrel ficou conhecido no Brasil por seus papéis em filmes como “Os Sonhadores” (2003), de Bernardo Bertolucci, “Amantes Constantes” (2005), dirigido por seu pai, Philippe Garrel, e “Canções de Amor” (2007), de Christophe Honoré. Exibido no Festival de Cannes, “Os Dois Amigos” tem estreia nacional marcada para o dia 3 de dezembro.
Atriz de Ninfomaníaca irá ao espaço com Robert Pattinson
A atriz Mia Goth, revelação de “Ninfomaníaca” (2013), entrou na sci-fi “High Life”, primeiro trabalho em inglês da cineasta francesa Claire Denis (“Bastardos” e “Minha Terra, África”). A informação é do site Deadline. Ela vai se juntar a Robert Pattinson (“Mapas para a Estrelas”), primeiro nome definido do elenco, numa missão espacial. Na trama, um grupo de criminosos aceita participar como cobaias de uma experiência relativa à reprodução humana. Os problemas começam quando a nave em que viajam é atingida por uma tempestade cósmica, que os coloca em situações inimagináveis. Mia Goth, que estreou nos cinemas em “Ninfomaníaca”, acaba de filmar “A Cure For Wellness”, de Gore Verbinski (“O Cavaleiro Solitário”), contracenando com Dane Dehaan (“O Espetacular Homem-Aranha”), que tem estreia marcada para setembro de 2016.
Grace de Mônaco é homenagem mal-compreendida
“Grace de Mônaco” foi vaiado pela crítica quando abriu o Festival de Cannes no ano passado. No site americano Rotten Tomatoes, teve apenas 10% de críticas favoráveis. Mas não é atroz como “Diana”, a cinebiografia da princesa inglesa. O filme não esconde que brinca com fatos reais para homenagear uma das atrizes mais queridas da velha Hollywood, Grace Kelly (“Janela Indiscreta”). Durante a projeção, ela volta à ficção, por intermédio de Nicole Kidman (“As Aventuras de Paddington”), para viver novamente um suspense psicológico, num desenvolvimento que também presta tributo à relação da estrela com o cinema de Alfred Hitchcock. A trama explora o fato de que Grace foi convidada por Hitchcock para voltar a Hollywood como estrela de “Marnie Confissões de uma Ladra” (1964), mas se viu impedida pela obrigação de desempenhar outro papel na vida real, como Princesa de Mônaco. Por isso, a questão da atuação permeia todo o filme. No roteiro, até o Príncipe Rainier (Tim Roth, de “O Incrível Hulk”) evidencia que não casou com Grace por amor, mas porque ela seria a pessoa ideal, racionalmente falando. Naquele lugar, falar o que se pensa é um ato perigoso, e todos interpretam seus papeis. Do mesmo modo, a solução encontrada pela Princesa para salvar seu casamento e seu reino também se dá por meio de seus dotes de atriz. E, nessa inserção de metalinguagem, destaca-se a interpretação de Nicole Kidman. Ela está adorável. Grande atriz que é, compensa o fato de já não ser tão bela e jovem quanto Grace Kelly na época retratada com muita sensibilidade. Além do mais, o diretor Olivier Dahan (“Piaf: Um Hino ao Amor”) capricha no emolduramento de seu rosto, ora aproximando o close em seus olhos, ora aproximando a boca, demonstrando encanto com a personagem/atriz, ao mesmo tempo em que também sinaliza o seu nervosismo e apreensão em cena. O fato de ser um filme sobre os bastidores de Hollywood, pelo menos marginalmente, ajuda a manter o interesse dos cinéfilos, a começar pela visita de Hitchcock à Princesa em 1961. Claro que, depois, os bastidores passam a ser outros: da política, da delicada rixa envolvendo Mônaco e França. Mas também nesse circuito há lugar para nomes famosos, como Onassis (Robert Lindsay, da série “Atlântida”) e Maria Callas (Paz Veja, de “Não Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho”). Por sinal, o momento em que Callas canta “O Mio Babbino Caro”, mágica por si só, tem grande importância na narrativa, antecedendo uma das melhores cenas. A esta altura, o filme já adentrou a pura ficção, com direito à descoberta de uma espiã na corte, um complô para uma invasão da França, sob o comando de Charles De Gaulle, resultando numa história que parece saída de um thriller de espionagem do mestre Hitchcock. Como a homenagem faz sentido e funciona na tela, torna-se difícil entender a repercussão negativa do filme. Talvez a resposta para essa má vontade esteja numa cena específica, no rápido debate entre a Princesa e um representante da França sobre a guerra na Argélia e a questão do colonialismo. Os franceses podem ter torcido o nariz para o puxão de orelha, e contaminado com seus ataques iniciais, a partir de Cannes, o resto da crítica mundial – num mundo tão conectado, todas as unanimidades são ainda mais burras.
Vencedor da Palma de Ouro, Dheepan – O Refúgio aborda o drama dos refugiados
Um mundo marcado por conflitos e guerras de toda espécie está gerando uma questão humanitária de extrema gravidade, como é o drama dos refugiados na Europa. Escapar da fome, da perseguição e da morte, é algo a se buscar a qualquer preço. Adaptar-se a lugares estranhos, em que não se tem domínio nem da língua, nem dos hábitos, sujeitar-se a condições de sobrevivência precárias e de exploração, sem falar da miséria e dos riscos diários que o simples existir exige desses imigrantes, geralmente indesejados, tornam-se imperativos. “Dheepan, o Refúgio”, novo filme de Jacques Audiard (“Ferrugem e Osso”), entra nessa questão com uma história curiosa. Para conseguir entrar na França, fugindo da guerra do Sri Lanka, um homem, ex-soldado, o Dheepan do título, se junta a uma jovem mulher solteira e uma menina de 9 anos que perdeu seus pais, para se passarem por uma falsa família e assim cruzar a barreira da imigração, visando arrumar trabalho e moradia, ainda que precários. Na verdade, eles não se conhecem e a situação de fingimento é um desafio e tanto. Chega a soar engraçado, mas é muito difícil e complicado. Viver em família já não é fácil, uma família falsa, então, nem se fale. Mas é possível descobrir, de algum modo, o afeto que une os excluídos. Esse é o centro da narrativa, na primeira parte do filme, mostrada com muito talento pelos intérpretes do Sri Lanka e Índia, sob a mão segura do diretor Audiard, que constrói belos enquadramentos e explora visualmente muito bem o ambiente. Algo pior, porém, está por vir e Jacques Audiard, atento ao terrível papel da violência nos dias atuais, sabe valer-se dela para obrigar o espectador a pensar nesses tempos obscuros em que vivemos. Ele expõe a violência, não para explorá-la como meio de atrair plateias, mas como condição indispensável para entender o que está acontecendo à nossa volta, ao nosso lado, perto de nós, onde já estamos metidos. Não há como escapar. O filme chega aos cinemas brasileiros após vencer a Palma de Ouro do Festival de Cannes 2015 e abrir a programação da 39ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. É realmente uma grande obra, tocada por um realizador que já nos deu “O Profeta” (2009), outro trabalho forte e denso, e garantido pelo elenco estrangeiro admirável. Os protagonistas que formam a falsa família, Dheepan (Jesuthasan Antonythasan), Yalini (Kalleaswari Srinivasan) e a pequena Illayaal (Claudine Vinasthamby), estão excelentes. Destaque para a garota de 9 anos, que tem desempenho de veterana.
Rihanna vai estrelar nova sci-fi do director de O Quinto Elemento
A cantora Rihanna vai voltar ao cinema. Ela entrou no elenco da sci-fi “Valérian and the City of a Thousand Planets”, do cineasta francês Luc Besson (“O Quinto Elemento”). O diretor usou seu perfil no Instagram para anunciar a novidade. De acordo com ele, Rihanna terá um “papel grande” no longa, juntando-se a Dane DeHaan (“O Espetacular Homem-Aranha 2”), Cara Delevingne (“Cidades de Papel”) e Clive Owen (série “The Knick”) na produção. Rihanna, que estreou no cinema com papel de coadjuvante em “Battleship – A Batalha dos Mares” (2011), também figurou nas comédias “É o Fim” (2013) e “Annie” (2014), além de ter dublado a protagonista da animação “Cada Um na Sua Casa”. Adaptação dos cultuados quadrinhos franceses criados por Pierre Christin e Jean-Claude Mézières em 1967, o filme vai acompanhar os exploradores espaciais Valérian (Dane DeHaan) e Laureline (Cara Delevingne) em missão no planeta Sirte, para descobrir se seus habitantes representam um risco para a Terra. Besson também assina o roteiro do filme, que será o mais caro já produzido por sua empresa, a EuropaCorp, responsável pela franquia “Busca Implacável”.
Kristen Stewart terá poderes paranormais no novo filme do diretor de Acima das Nuvens
A atriz Kristen Stewart tentará se comunicar com o além no novo longa de Olivier Assayas, intitulado “Personal Shopper”. O longa marcará o reencontro da atriz com o diretor francês, após a parceria anterior, em “Acima das Nuvens”, a tornar a primeira americana a vencer um prêmio César (o Oscar francês). Ela foi eleita Melhor Atriz Coajuvante de 2015. Segundo o site Variety, o novo projeto é uma história de fantasmas no submundo da moda. Kristen vai interpretar uma personal stylist com poderes paranormais, que tenta contatar seu irmão gêmeo morto. Na produção, ela vai contracenar com dois atores de “Acima das Nuvens”, o alemão Lars Eidinger e a austríaca Nora von Waldstätten. Também participam do elenco internacional a francesa Sigrid Bouaziz (série “The Tunnel”) e o norueguês Anders Danielsen Lie (“Oslo, 31 de Agosto”). As filmagens começam na terça, dia 27 de outubro, em Paris e depois ainda seguirão para Praga, Londres e Mascate, em Omã. Ainda não há previsão para o lançamento.
Respire destaca direção inspirada de Mélanie Laurent
Mélanie Laurent é uma artista multifacetada. Além de ser aquela atriz fantástica que vem chamando atenção desde, pelo menos, “Bastardos Inglórios” (2009), ela também é excelente cantora e diretora de cinema. “Respire” já é o seu segundo longa-metragem, tendo participado, inclusive, do Festival de Cannes. Ela também assina o roteiro do filme que, por sua vez, é baseado no romance de uma escritora, Anne-Sophie Brasme. O longa precisava mesmo de um toque feminino para abordar com tanta segurança o universo íntimo de duas jovens garotas colegiais. Na trama, Charlie (Joséphine Japy) é uma jovem relativamente popular na escola, embora se perceba logo no início que lhe falta entusiasmo no trato com suas amigas, bem como na rotina de sua vida, seja na escola, seja em casa. Essa vontade de viver com mais intensidade surge quando ela conhece Sarah (Lou de Laâge), recém-chegada na escola e já demonstrando muito charme e um brilho todo próprio. Aos poucos, as duas viram melhores amigas. E essa amizade também passa a se tornar algo a mais, principalmente na cabeça de Charlie, que vai se mostrando cada vez mais apegada a Sarah, que por sua vez vai revelando uma faceta um tanto sádica. Pode-se dizer que “Respire” é um filme dividido em dois registros complementares: a delicadeza de um filme de amizade e intimidade entre duas garotas e também a tensão de um suspense de tirar o fôlego. O fato de Charlie ser asmática ajuda bastante na composição desse segundo momento, e é o motivo mais óbvio para o título desse trabalho de Laurent, embora haja outros motivos também. E por isso é importante ter cuidado para não entregar o impactante final. “Respire” ainda chama atenção pela forma como retrata as mães das protagonistas, que ou moram sozinhas ou são mal-tratadas por seus maridos. No caso do pai de Charlie, ele é pintado como um sujeito mau caráter que a mãe teima em amar. Esse tipo de relação acaba por se refletir na relação entre as duas adolescentes, em meio à humilhações e tudo o mais que envolve a narrativa. A maior parte do elenco é de estreantes, o que destaca o modo como Laurent extrai de suas atrizes momentos de forte carga dramática, como se elas tivessem nascido para aqueles papéis. O trabalho foi reconhecido com indicações ao Cesar (o Oscar francês) e o prêmio Lumiere para as jovens Joséphine Japy e Lou de Laâge, na categoria de Atrizes Mais Promissoras do ano. Além disso, a obra também registra um uso extremamente elegante da movimentação de câmera, entre vários outros. Por isso, que venham os próximos filmes dirigidos por esta moça talentosa.










