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Judi Dench está cega, mas não quer se aposentar
A aclamada atriz britânica Judi Dench, de 88 anos, revelou que sua visão se deteriorou a tal ponto que ela não consegue mais enxergar nos sets de filmagem. A atriz, que sofre de degeneração macular relacionada à idade (AMD), compartilhou no domingo (30/7) que, apesar das dificuldades, ela continua a buscar maneiras de trabalhar com sua condição. Em entrevista ao Sunday Mirror, Dench explicou que, embora não consiga mais ver nos sets de filmagem ou ler os roteiros, ela simplesmente lida com a situação. “É difícil se eu tiver um papel maior. Mas tenho muitos amigos que me ensinam o roteiro e tenho uma memória fotográfica”, disse a atriz. A atriz veterana, que já venceu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel como Elizabeth I no filme “Shakespeare Apaixonado” de 1998, revelou em 2012 que havia sido diagnosticada com AMD. Apesar dessas dificuldades, Dench disse que continua tentando trabalhar “o máximo que puder”, sem fazer planos para se aposentar. Memória fotográfica e tatuagem Dench também compartilhou que, por causa de sua condição, ela desenvolveu uma memória fotográfica impressionante. Ela disse que é capaz de recitar toda a peça “Noite de Reis”, de William Shakespeare. A atriz conclui afirmando que tenta viver cada dia ao máximo. “Tenho um medo irracional do tédio”, disse ela. “É por isso que agora tenho essa tatuagem que diz carpe diem [aproveite o dia]. É por isso que devemos viver”. Dench fez a tatuagem em 2016, aos 81 anos, como um presente de sua filha. “Esse é o meu lema: ‘Aproveite o dia.’ Finty (sua filha) me deu de presente no meu 81º aniversário. Ela é maravilhosa com surpresas”, disse Dench à revista Surrey Life na época. Carreira contínua Apesar de sua condição, Dench continua a atuar em filmes de destaque, como “Belfast” (2021), pelo qual recebeu uma indicação ao Oscar, “Allelujah” (2022), adaptação da peça de Alan Bennett, e o musical “Spirited: Um Conto Natalino” (2022), estrelado por Ryan Reynolds e Will Ferrell. Ela também é conhecida por seus papéis em oito filmes de James Bond e por sua carreira de sucesso no teatro, que lhe rendeu um Tony e oito prêmios Olivier.
Por Trás dos Seus Olhos enfatiza aspecto visual para disfarçar que não há o que ver
No filme “Por Trás dos Seus Olhos”, o diretor Marc Foster aproveita a trama sobre uma mulher que ficou cega num acidente de infância, mas pode voltar a enxergar com as novas possibilidades da medicina atual, para realizar uma experimentação visual bem interessante. Mais do que a história, as imagens é que fazem a força do filme. Em excesso, até. A câmera de Foster leva o público a enxergar embaçado, perder o foco, nublar, sofrer variações e desequilíbrios, que tentam mimetizar a experiência da cegueira, com sua vulnerabilidade, inseguranças e medos. A percepção das luzes, da água, do vento, do movimento e dos ambientes traz grandes sensações e induz à imaginação. Retomar a visão ou parte dela, recuperando a magia das cores e o colorido da vida, produz um efeito deslumbrante. Para isso, é especialmente favorável a locação vibrante de Bangkok, na Tailândia, onde o personagem James (Jason Clarke), marido de Gina (Blake Lively), a portadora da deficiência visual, trabalha no ramo de seguros. A variedade de flores por lá é uma festa! O casal formado por James e Gina, vivendo num país estrangeiro, parece caminhar muito bem, já que a dependência afetiva que ela tem dele é bem resolvida e acolhida por ambos. Só estariam faltando filhos. Mas, com o retorno à visão, aquilo que estava na mente, na imaginação dela, nem sempre se apresenta do modo esperado e nem de forma a ser bem recebido. O conflito, então, tende a se estabelecer, exigindo novos comportamentos e soluções. Um novo relacionamento tem de ser construído. Assim como novas relações vão se estabelecer. A atriz Blake Lively tem um desafio e tanto, no papel da mulher que, de cega, passa progressivamente a ver, e que pode ter recaídas. A câmera se esbalda ao explorar esse universo visual inconstante. Há um tanto de maneirismo nessa exploração visual, ela acaba se colocando à frente dos personagens e da trama. Ou seja, a técnica se torna visível demais. As imagens são bonitas, sedutoras. O ambiente psicológico que se transforma com a visão também prende a atenção do espectador. Enfim, tudo muda. Para chegar a quê? Uma trama previsível de suspense doméstico.


