Cantora Angie Stone morre em acidente de carro nos Estados Unidos
Artista foi pioneira no hip-hop feminino e um dos principais nomes do neo-soul
Ex-ator de “Malhação” revela que virou diplomata
Gabriel Falcão, que também fez "Julie e os Fantasmas" e "Juacas", foi aprovado no concorrido concurso do Itamaraty
Ralf pausa carreira dois meses após perda do irmão, Chrystian
O cantor sertanejo afirmou que "não conseguia mais cantar" nos shows recentes
Bill Cobbs, ator da franquia “Uma Noite no Museu”, morre aos 90 anos
Ator foi o gerente de Whitney Houston em "O Guarda-Costas" e um dos vigias do museu encantado dos filmes de Ben Stiller
Adele pausa apresentações em Las Vegas por orientações médicas
A cantora ficou doente durante a última remessa de shows realizados no The Colosseum Theater, localizado no Caesars Palace, onde ela faz residência atualmente
Rage Against the Machine não voltará a fazer shows, diz baterista
O baterista Brad Wilk confirmou na noite de quarta-feira (3/1) que a banda Rage Against the Machine não voltará mais aos palcos. A notícia foi compartilhada no perfil oficial do músico no Instagram. “Sei que muitas pessoas estão esperando de nós o anúncio de novas datas de turnê para todos os shows cancelados do RATM. Não quero mais aprisionar as pessoas ou a mim mesmo. Então, embora tenha havido alguma comunicação de que isso poderia acontecer no futuro… Quero que vocês saibam que o RATM (Tim, Zack, Tom e eu) não estará em turnê ou tocando ao vivo novamente. Sinto muito por aqueles que estavam esperando que isso acontecesse. Eu realmente gostaria que acontecesse…”, lamentou o músico, que também já integrou o grupo Audioslave. A incerteza sobre o status de Rage Against the Machine vem desde outubro de 2022, quando a banda cancelou todas as apresentações marcadas para o ano seguinte. O motivo foi uma lesão sofrida pelo vocalista Zack De La Rocha em seu tendão de Aquiles, que já havia forçado o cantor a se apresentar sentado no restante da turnê. Recentemente, o guitarrista Tom Morello chegou a comentar sobre um possível retorno da banda: “Veremos. Se houver mais shows, anunciaremos como uma banda. Não sei. Eu sei tanto quanto você, honestamente. Agora estamos em um momento de cura. Estou em um momento de fazer música e mais um monte de coisas. Se nunca mais houver outro show nosso, acho que essa turnê cumpriu a missão.” Ainda em 2023, a banda foi uma das indicadas ao Rock and Roll Hall of Fame, mas somente Tom Morello compareceu na cerimônia para aceitar o prêmio.
MC Ryan fará pausa na carreira para cuidar da filha recém-nascida
MC Ryan anunciou que fará uma pausa na carreira em janeiro para se dedicar à filha recém-nascida, Zoe, fruto da relação com Giovanna Roque. “Virei pai há pouco tempo. É uma fase nova para mim. Não quero perder os primeiros momentos da minha filha”, explicou o funkeiro sobre a pausa temporária. “Deixando bem claro que travei a agenda somente de janeiro. Não vou fazer show em janeiro, vou cuidar da minha filha.” Ryan também aproveitou para explicar que sua ausência não tem nenhuma relação com a estreia do “BBB 24”, marcada para dia 8 de janeiro. “O motivo de eu ter travado o mês de janeiro inteiro foi por causa da minha filha mesmo. Quero estar do lado no primeiro banho e das primeiras coisas… Mas é o mês mais fraco de shows também, mas de fevereiro em diante, estou na pista”, ele garantiu. Depois de colocar fim aos rumores, Ryan aproveitou para rebater as críticas que passou a receber por priorizar a chegada da bebê: “Para os fãs que não entenderam, não posso fazer nada. O dia de vocês vai chegar, vocês vão um dia ser pais e vão entender a importância de estar ao lado do filho.” “Posso ser o louquinho que vocês veem aqui, posso estar ou não com a mãe da minha filha, mas meu compromisso como pai nunca vai faltar. Minha filha vai estar em primeiro lugar. Se tiver dez shows e a minha filha estiver doente, eu não vou nos dez shows.” O funkeiro ainda respondeu um fã que alegou que ele ficaria quebrado financeiramente por não trabalhar nesse período. “Fica tranquilo, gente. Vai cair o meu. Se eu não estou fazendo show aqui, Daniel está fazendo do outro lado. Tenho um restaurante e vai cair o meu”, finalizou MC Ryan, que é empresário do funkeiro MC Daniel.
Chitãozinho e Xororó farão “experiência única” na turnê de 50 anos
A dupla Chitãozinho e Xororó estão prestes a apresentar a turnê de 50 anos de carreira para o público brasiliense. O evento será realizado no dia 28 de outubro com uma estrutura inédita e uma setlit ainda mais especial. A apresentação dos sertanejos terá a inclusão de lançamentos recentes junto com as faixas clássicas de “Evidências”, “Fio de Cabelo”, “Alô” e “No Rancho Fundo”. O show ainda terá painéis de led e uma linha cronológica sobre a carreira dos irmãos José de Lima e Durval. “Essa será uma experiência única de uma das turnês mais lindas que a dupla já produziu. Será um evento que vai reunir gerações e gerações, então é uma oportunidade dos brasilienses se reunirem e levarem seus avós, pais e filhos. Estamos trabalhando para deixar tudo impecável, com acessibilidade, estacionamento privativo, público, seguranças, garçons e equipe de atendimento”, explicou a produtora Ana Carla, uma das responsáveis pelo evento em Brasília, ao Metrópoles. Chitãozinho e Xororó vão se apresentar no próximo 28 de outubro, a partir das 20h, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade (BSB). A turnê de 50 anos também terá passagens pelo interior de São Paulo, em São José do Rio Preto (21/10) e São José dos Campos (14/11), além de Sinop, no Mato Grosso (28/10), e em Palmas, no Tocantins (25/11).
MC Daniel promove demissão em massa após sumiço de dinheiro e itens pessoais
MC Daniel revelou na terça-feira (12/9) que promoveu a demissão de 18 funcionários após perceber a ausência de itens pessoais, dinheiro e exposição pessoal. O desligamento aconteceu no período de um ano para tentar contornar a situação do funkeiro. Em conversa com o “TV Fama”, o cantor afirmou que teve vários problemas na carreira por conta de sua confiança com a própria equipe. “Eu acredito muito nas pessoas e sou muito inocente”, ele avaliou. “Na minha equipe, hoje, trabalham comigo 153 pessoas entre rua, assessoria, publicidade, empresas. De rua, show, trabalham comigo 19 [funcionários]. Em um ano, tiveram que ser demitidos 18 pessoas devido a expor minha vida [pessoal], sumiu um dinheiro, um tênis, uma camisa. É muito doido, é complicado confiar nas pessoas”. Daniel ainda revelou que o controle financeiro é feito por ele e seus pais, que largaram o próprio emprego para gerenciar a vida do artista. “Eu já tenho muita coisa para cuidar na cabeça, não quero ficar a par disso. Eu tirei meu pai e minha mãe do emprego deles, coloquei uma pessoa para ensinar eles e hoje eles trabalham comigo”, explicou. Carreira de MC Daniel A carreira de MC Daniel estourou no ano passado com o sucesso de “Tubarão Te Amo”, faixa que viralizou com coreografias publicadas no TikTok. Desde então, o funkeiro tem lançado outros hits, como “Dentro da Hilux”, “Renasci das Cinzas”, “Revoada” e “Love Absurdo”. Recentemente, o cantor realizou shows inéditos na Europa e nos Estados Unidos, porém ficou ainda mais em evidência devido ao relacionamento conturbado com a atriz Mel Maia (“Vai na Fé”). Eles anunciaram o término do namoro em agosto deste ano após inúmeras idas e vindas.
Nicole Bahls defende Marlene Mattos: “Me ensina muito”
A empresária Marlene Mattos, famosa por ter gerenciado a carreira de Xuxa Meneghel, ainda atua no mercado de agenciados e é responsável pelos projetos de Nicole Bahls. Segundo a modelo, o trabalho com a ex-diretora da Rainha dos Baixinhos é digna de elogios. “Ela tem sido há alguns anos a grande responsável pelo amadurecimento da minha carreira”, afirmou a ex-panicat no Instagram. “O que eu sei estará sempre a tua disposição em qualquer situação! Obrigada pelo carinho de sempre”, respondeu Marlene. Nicole Bahls tem se reinventado depois de virar meme nas redes sociais, e Marlene Mattos pode estar por trás dessa mudança. Recentemente, a modelo criou um canal no YouTube para entrevistar famosos em sua residência de luxo. Mas diante das críticas de várias personalidades, Nicole foi questionada por um fã para saber se teria problemas profissionais com a empresária: “A Marlene te trata bem, Nicole?”, perguntou. “Muito bem, me ensina muito”, respondeu a modelo. Polêmicas de Marlene Mattos Na quinta-feira (3/8), um dos episódios mais aguardados de “Xuxa, O Documentário” foi ao ar com novas acusações contra Marlene Mattos. A apresentadora relembrou o final de sua parceria de 19 anos com a empresária, em meio a uma troca de falas polêmicas. No episódio, Xuxa afirmou que Marlene teria dito que “odiava criança” e pressionado suas paquitas para “pintar o cabelo” de loiro. “Pode ser, se eu disse aquilo eu quis encher o saco”, amenizou Marlene no documentário. “Eu realmente devia estar em um momento muito ruim. Eu estava esgotada, não estava cansada, estava esgotada de tanto trabalho.” Além de Nicole Bahls, a empresária também cuida da carreira do influencer mirim Kael Sturne e já gerenciou nomes como Kléber Bambam (“BBB 1”), Monique Evans e Zilu Godoi. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Nicole Bahls (@nicolebahls)
Frederic Forrest, ator de “Apocalypse Now” e “A Rosa”, morre aos 86 anos
O ator americano Frederic Forrest faleceu na sexta-feira (23/6) em sua casa em Santa Mônica, aos 86 anos. Ele era conhecido por filmes clássicos como “Apocalypse Now” (1979), “A Rosa” (1979), “O Fundo do Coração” (1981) e “Hammett – Mistério em Chinatown” (1982). Sua morte foi revelada pela atriz Bette Midler (“Abracadabra 2”), com quem o ator contracenou em “A Rosa”, através de uma publicação nas redes sociais. “O grande e amado Frederic Forrest faleceu. Agradeço a todos os seus fãs e amigos por todo o apoio nesses últimos meses. Ele foi um ator notável e um ser humano brilhante, e tive a sorte de tê-lo em minha vida. Ele estava em paz”, escreveu Midler no Twitter. De acordo com o The Hollywood Reporter, seu amigo e ator Barry Primus (“A Amante”) confirmou que ele faleceu após uma longa batalha contra uma doença não revelada. Em setembro do ano passado, haviam criado duas páginas na GoFoundMe, plataforma americana que permite arrecadação de dinheiro pelos usuários, para auxiliar Forrest com as despesas do tratamento. Ao longo da carreira, o ator ganhou notoriedade por papeis como coadjuvante. Embora raramente tenha sido escalado para o papel principal, ele acumulou elogios da crítica, o que já rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Seu maior reconhecimento veio pelo papel como Huston Dyer, um sargento do exército, em “A Rosa”. Na trama, ele fez par romântico com Bette Midler, com quem construiu uma grande amizade. Forrest também apareceu em grandes filmes de Francis Ford Coppola como “A Conversação” (1974) e “Tucker: Um Homem e seu Sonho” (1988). Além de outros longas como “Duelo de Gigantes” (1976), “A Volta do Monstro” (1978), “Sonhos Rebeldes” (1983), “O Menino de Pedra” (1984), “A Chave do Enigma” (1990), “Uma Loira em Apuros” (1994), “Lassie” (1994), “Vingança à Queima-Roupa” (1998) e “The Quality of Light” (2003). Início no teatro com Al Pacino Frederic Fenimore Forrest Jr. nasceu em 23 de dezembro de 1936, em Waxahachie, no Texas. Sua mãe, Virginia, era dona de casa, e seu pai possuía uma loja de móveis. Na infância, ele jogava futebol americano, praticava atletismo e ia ao cinema. Foi quando assistiu ao ator James Dean em “Vidas Amargas” (1955) que decidiu correr atrás da carreira como ator. Em 1957, ele se mudou para Nova York a procura de papéis no teatro. Ele estudou na Academia de Artes Dramáticas de Nova York e no HB Studio, antes de se tornar um membro fundador da já extinta companhia de teatro Circle Repertory Company. No início dos anos 1960, apareceu em várias produções teatrais, fazendo sua estreia na Broadway em 1965 com a peça “The Indian Wants the Bronx”, ao lado de Al Pacino (“O Irlandês”). A produção foi aclamada pela crítica e rendeu indicações para Pacino e Forrest no Tony Award. Com a recepção positiva, o ator começou a fazer participações em filmes e séries. Na década seguinte, ele apareceu em produções maiores como “Quando Morrem as Lendas” (1972) e “A Morte do Chefão” (1973). Foi em 1974 que Forrest começou sua parceria com o renomado diretor Francis Coppola, no longa “A Conversação”. Em seguida, o ator chamou a atenção na televisão americana no telefilme “Larry”, produzido pelo canal CBS naquele mesmo ano. Na trama, ele interpretou o personagem-título em uma história real sobre um homem com inteligência mediana institucionalizado por ser considerado mentalmente deficiente. Parceria com Francis Ford Coppola Após fazer pequenas aparições em seriados e estrelar outras produções, Forrest voltou a trabalhar com Coppola no longa “Apocalypse Now”, um de seus maiores feitos ao longo da carreira. A história da trama era uma crítica do diretor a Guerra do Vietnã, onde Forrest interpretou Jay “Chef” Hicks, um nativo de Nova Orleans despretensioso que vai parar no meio da selva no sudeste asiático, a bordo de um pequeno barco numa missão para acabar com guerrilheiros comandados por um desertor, o terrível Coronel Kurtz (Marlon Brando). É uma jornada rumo ao inferno, com vários encontros e situações desconcertantes ao longo do caminho. O sucesso de “Apocalypse Now” o levou a protagonizar o romance “A Rosa”, dirigido por Mark Rydell. O ator estrelou o longa ao lado de Bette Midler, que na ocasião fazia sua estreia no cinema como Mary Rose Foster, uma diva do rock viciada em excessos, álcool e drogas – uma personagem inspirada em Janis Joplin. Na trama, Forrest interpretou Huston Dyer, o motorista de limusine que se apaixona perdidamente pela estrela. Com a estreia do longa, o ator foi aclamado pela crítica, o que rendeu uma indicação ao Globo de Ouro e ao Oscar pelo papel. Isso o encaminhou para seu terceiro trabalho com Coppola, no polêmico musical “O Fundo do Coração”, lançado em 1981. Desta vez, o ator viveu o protagonista, formando um casal com Teri Garr, que se separa após uma briga em Las Vegas. Os dois passam a buscar companhia de um novo parceiro para passar o feriado de 4 de julho. A nova mulher na vida de Forrest era ninguém menos que a belíssima Nastassja Kinski (recém-saída do sucesso de “Tess”, último filme de Roman Polanski nos EUA), mas ele não conseguia esquecer sua antiga paixão. O romance foi concebido como um musical com trilha de Tom Waits e vários recursos teatrais da Broadway, o que custou uma fábula. Na tentativa de recriar cenários inteiramente dentro de seu recém-lançado estúdio em São Francisco, o cineasta acabou estourando o orçamento da produção. Diante do alto custo do filme, a Paramount desistiu de apoiar o projeto, o que rendeu um grande prejuízo a Coppola, especialmente quando as baixas bilheterias não justificaram o investimento. Com o tempo, porém, o filme se tornou cultuadíssimo. Pouco tempo depois, Forrest se envolveu em mais uma produção problemática. Em 1982, ele estrelou o drama noir “Hammett – Mistério em Chinatown”, produzido por Coppola e dirigido por Wim Wenders (“Perfect Days”). Na trama, ele interpretou o lendário escritor Dashiell Hammett, que usava das suas habilidades de detetive para resolver mistérios. Mas assim como aconteceu com “O Fundo do Coração”, os bastidores do filme foram repletos de intrigas com a Warner Bros., o que resultou em refilmagens da maior parte das cenas, sem o aval de Wenders. Últimos papéis Os problemas nos filmes que protagonizou impediram Forrest de se tornar uma das grandes estrelas da época. Dessa forma, ele procurou investir mais em produções televisivas, o que resultou em aparições na série “Anjos da Lei” (1987), além de destaque em minisséries como “Quo Vadis?” (1985) e “Die Kinder” (1990). Nesse meio tempo, o ator fez sua última colaboração com Coppola, no longa “Tucker: Um Homem e seu Sonho” (1988). O longa foi aclamado pela crítica e rendeu indicações no Oscar daquele ano, embora nenhuma tenha sido para Forrest. Nos anos seguintes, ele participou de longas de qualidades variadas como “O Menino de Pedra” (1984), “A Chave do Enigma” (1990), “Uma Loira em Apuros” (1994), “Lassie” (1994), “Vingança à Queima-Roupa” (1998) e “The Quality of Light” (2003). Sua última aparição nas telas foi no drama político “A Grande Ilusão”, dirigido por Steven Zaillian. A história acompanha a vida do político Willie Stark, interpretado por Sean Penn (“O Franco-Atirador”). Na trama, Forrest deu vida ao personagem de Penn Mesmo que nunca tenha alcançado um grande estrelato, o ator deixou sua marca na indústria cinematográfica e na televisão pelas suas atuações memoráveis. Fora das telas, Forrest foi casado três vezes, sempre com atrizes famosas. Sua primeira esposa foi com Marilu Henner (“L.A. Story”), com quem teve dois filhos. Seu segundo casamento foi com Christine Hendricks (“Mad Men”), e seu terceiro casamento foi com Elan Oberon (“Reação Mortal”). Ele também teve um relacionamento de longa data com a atriz Valerie Perrine (“Superman – O Filme”). The great and beloved Frederic Forrest has died. Thank you to all of his fans and friends for all their support these last few months. He was a remarkable actor, and a brilliant human being, and I was lucky to have him in my life. He was at peace.” — bettemidler (@BetteMidler) June 24, 2023
Norman Lloyd (1914-2021)
O ator, produtor e diretor norte-americano Norman Lloyd, que em mais de 80 anos de carreira colaborou com lendas do cinema como Charles Chaplin e Alfred Hitchcock, morreu dormindo aos 106 anos de idade nesta terça-feira (11/5), em sua casa em Los Angeles. O ator era uma parte da história de Hollywood. Ele adorava entreter colegas e o público de festivais com histórias de suas partidas de tênis com Chaplin, sua amizade com Alfred Hitchcock, o trabalho com o diretor francês Jean Renoir, a beleza da atriz Ingrid Bergman, e sobre com deu a Stanley Kubrick um de seus primeiros empregos na TV. Lloyd começou a se destacar como ator na conhecida Mercury Theatre, companhia de teatro fundada em 1937 pelo ator e diretor Orson Welles. Ele chegou a ser convidado a estrear no cinema em “Cidadão Kane” (1941), primeiro filme dirigido por Welles, mas recusou. Em vez disso, chegou às telas como o personagem-título de “Sabotador”, filme de espionagem dirigido pelo mestre Hitchcock em 1942, onde representou uma cena icônica, ao pular da Estátua da Liberdade no clímax da história. Ele foi outro vilão logo em seguida, em “Amor à Terra” (1945), co-escrito pelo lendário escritor William Faulkner e dirigido por Jean Renoir. Ainda voltou a trabalhar com Hitchcock no clássico noir “Quando Fala o Coração” (Spellbound, 1945), vivendo um paciente na clínica psiquiátrica de Ingrid Bergman. Também foi um soldado no célebre drama de guerra “Um Passeio ao Sol” (1945), de Lewis Milestone. E isso apenas em 1945. Nos anos seguintes, foi dirigido por outros mestres do cinema, como Jules Dassin (“Uma Carta para Eva”, 1946), Anthony Mann (“A Sombra da Guilhotina”, 1949), Jacques Tourneur (“O Gavião e a Flecha”), Joseph Losey (“O Maldito”, 1951), Richard Brooks (“O Milagre do Quadro”, 1951) e, claro, Chaplin. Ele interpretou um coreógrafo em “Luzes da Ribalta” (1952), o segundo longa falado de Chaplin. Inquieto, Lloyd não queria apenas atuar. Depois de participar de mais um filme dirigido por Lewis Milestone, “O Pintor de Almas” (1948), convenceu o cineasta a contratá-lo como assistente de produção, vindo a trabalhar nos bastidores de dois filmes do diretor, “Arco do Triunfo” (1948) e “O Vale da Ternura” (1949). Ao migrar para a TV nos anos 1950, decidiu começar a dirigir. Mas se sentia inseguro na nova função. Por isso, convocou um jovem estagiário para virar diretor de segunda unidade e ajudá-lo a gravar uma minissérie sobre Abraham Lincoln. O rapaz se chamava Stanley Kubrick. Depois disso, ele foi atrás de outro diretor amigo, Alfred Hichcock, para entrar na equipe da série que levava o nome do cineasta. Lloyd acabou virando produtor de “Alfred Hitchcock Apresenta”. Não só isso. Ele dirigiu 19 episódios da série de suspense, consolidando sua carreira de diretor de TV, que se estendeu até os anos 1980. Lloyd também foi o showrunner da série “Alfred Hitchcock Hour” nos anos 1960 e chegou a desenvolver a produção de um filme do diretor, “Short Night”, que Hitchcock filmaria após “Trama Macabra” (1976), mas uma piora na saúde do cineasta nunca permitiu que o projeto saísse do papel. Hitchcock morreu em 1980. Paralelamente a seus trabalhos atrás das câmeras, Lloyd continuou atuando em séries e filmes. Na TV, pareceu em “Galeria do Terror”, “Kojak”, “O Homem da Máfia” e “Jornada nas Estrelas: A Próxima Geração”, além de ter integrado o elenco central da série médica “St. Elsewhere”, responsável por popularizar Denzel Washington. No papel do Dr. Daniel Auschlander, Lloyd participou de todas as seis temporadas da atração, exibidas entre 1982 e 1988. No cinema, continuou colecionando grandes filmes e cineastas maiores, vivendo um médico no terror “As Duas Vidas de Audrey Rose” (1977), de Robert Wise, o diretor da escola do cultuadíssimo “A Sociedade dos Poetas Mortos” (1990), de Peter Weir, o dono de uma firma jurídica em “A Época da Inocência” (1993), de Martin Scorsese, etc. Até se despedir das telas com uma participação em “Descompensada”, de Judd Apatow, em 2015. “Lloyd acendia cada momento em que estivesse presente”, escreveu Apatow na revista Vanity Fair à época. Apesar dessa carreira tão ilustre, Norman Lloyd nunca virou um astro do primeiro time, tanto que um documentário de 2007 sobre sua vida chegou às telas com o título de “Who Is Norman Lloyd?” (Quem é Norman Lloyd).











