David Fincher anuncia fim de Mindhunter
O diretor David Fincher confirmou ter encerrado a série “Mindhunter”, que ele produzia para a Netflix. Em entrevista ao site Vulture, o cineasta afirmou que o drama criminal, baseada em fatos reais, sobre a formação de uma unidade do FBI especializada na caça de serial killers, não terá 3ª temporada. Ele justificou o fim da série pelo excesso de trabalho e tempo que demandava sua produção. “Nós vivemos por lá [Pittsburgh] por quase três anos”, disse Fincher. “Não ano após ano, provavelmente seis ou sete meses no ano… Foi muito para mim”. Fincher explicou que fez a 1ª temporada sem um showrunner, “só comigo resolvendo tudo, semana a semana”. E que isso quase implodiu a série já na 2ª temporada. “Começamos a receber os roteiros para a 2ª temporada, e quando vi o que estava escrito decidi que não gostava de nada. Então, jogamos fora e começamos de novo”. Só que, em vez de contratar showrunner experiente, ele preferiu uma assistente de direção, Courtenay Miles, e acabou coproduzindo a série com ela. “Era uma semana de trabalho de 90 horas. A série absorve tudo em sua vida. Quando terminei, estava bastante exausto e disse: ‘Não sei se tenho forças para fazer a 3ª temporada”, continuou. Além do grande esforço, ele considera que a série é muita cara para a audiência que atingiu, e confidenciou ter falado sobre isso com a Netflix. Mas os responsáveis pela plataforma não concordaram imediatamente em encerrar a produção. “Termine ‘Mank’ e depois veja como você se sente”, teriam dito, segundo Fincher. “Mas, honestamente, não acho que conseguiremos fazer a série por menos do que custou a 2ª temporada. E em algum nível, você tem que ser realista quanto ao fato de que os dólares têm que atrair público suficiente”, completou. A declaração de Fincher confirma boatos que circulavam desde janeiro, quando veio à toa que o diretor não tinha agendado o retorno da produção, preferindo se dedicar a outros projetos na própria plataforma de streaming. Anteriormente, Holt McCallany tinha dito que Fincher planejava cinco temporadas de “Mindhunter” e que pretendia continuar na série enquanto o cineasta estivesse envolvido. A 2ª temporada foi disponibilizada em agosto de 2019 e atingiu impressionantes 99% de aprovação no Rotten Tomatoes. De acordo com o Vulture, apesar da baixa audiência, a Netflix estaria aberta a retomar e concluir a série. A ideia é deixar Fincher descansar. O diretor vai lançar seu novo filme, “Mank”, pela Netflix em dezembro. E pode muito bem retomar “Mindhunter” mais adiante, já que realmente continua envolvido em outras produções da plataforma. Um porta-voz da Netflix, ouvido pelo site, acrescentou: “Talvez em cinco anos.”
Away: Série sci-fi de Hilary Swank é cancelada na 1ª temporada
A Netflix cancelou “Away”, série de ficção científica estrelada por Hilary Swank, vencedora de dois Oscars, após apenas uma temporada. A decisão foi anunciada seis semanas depois da estreia da série, em 4 de setembro. O detalhe é que “Away” ficou no Top 10 de audiência semanal de séries dos serviços de streaming nos Estados Unidos durante suas primeiras três semanas. A lista é feita pela Nielsen, empresa especializada em pesquisas de mercado. A plataforma de streaming, que não revela números de audiência, costuma decidir sobre renovações e cancelamentos a partir de um comparação entre o custo de um programa e seu alcance global de público. Mas às vezes a conta é desequilibrada por políticas empresariais. Recentemente, a Netflix sofreu mudanças importantes de bastidores. A executiva Channing Dungey, que aprovou a produção de “Away”, acaba de trocar de empresa, anunciada como nova diretora de conteúdo da divisão de séries e programas televisivos da Warner Media. Criada pelo roteirista Andrew Hinderaker (“Penny Dreadful”), a série trazia a vencedora do Oscar por “Meninos Não Choram” (1999) e “Menina de Ouro” (2004) como uma astronauta americana, que deixa seu marido e sua filha adolescente para comandar uma tripulação internacional numa missão arriscada: a primeira expedição humana para o planeta Marte. O tema já tinha sido explorado em outras séries rapidamente canceladas, como “The First”, em que Sean Penn era o astronauta rumo à Marte, e a pioneira “Defying Gravity”, que tinha o mesmo tom de novela de “Away” e, ao tentar chegar a Vênus em 2009, também ficou no meio do caminho na 1ª temporada. A equipe de produção de “Away” ainda juntava o cineasta Matt Reeves (do novo “Batman”), o produtor Jason Katims (“Parenthood”) e a roteirista Jessica Goldberg (criadora de “The Path”), que servia como showrunner.
LA’s Finest é cancelada após duas temporadas
A companhia de TV paga americana Spectrum anunciou o cancelamento de “LA’s Finest”, sua primeira série original, após duas temporadas. Derivada da franquia cinematográfica “Bad Boys” e estrelada por Gabrielle Union e Jessica Alba, a série foi o programa escolhido para lançar a plataforma Spectrum Originals em 2019. A trama era centrada na personagem Syd Burnett, irmã do detetive Marcus Burnett (Martin Lawrence), introduzida em “Bad Boys 2” (2003), que assim como no filme é interpretada por Gabrielle Union. Replicando a dinâmica do cinema, ela ganhou uma parceira na série, propiciando o retorno de Jessica Alba à TV, 17 anos após o final da série sci-fi “Dark Angel” (2000–2002). A decisão de encerrar a produção vem cinco semanas depois do lançamento da 2ª temporada, que teve todos os seus episódios disponibilizados em estilo de maratona na plataforma, e enquanto a 1ª temporada era exibida na Fox, licenciada para a TV aberta para suprir a falta de novos programas, devido à pandemia de coronavírus. A verdade é que “LA’s Finest” teve um histórico problemático desde seu começo. O piloto original chegou a ser rejeitado pela rede americana NBC. Mas a Sony acreditava tanto em seu potencial que foi atrás de parceiros pouco convencionais para reverter a rejeição. Para começar, fechou acordo de coprodução com a Bell Media, dona da rede canadense CTV, e buscou um nova mídia para exibir o programa nos Estados Unidos. As negociações acabaram originando a primeira série da Spectrum, terceira maior empresa provedora de acesso à TV paga, telefonia e banda larga nos Estados Unidos. Desde então, a Spectrum já encomendou mais duas produções. Encontrar um lar não encerrou os problemas da atração, que continuaram durante as gravações da 1ª temporada. Um acidente trágico no set, quando um carro usado numa cena de ação perdeu o controle, levou um dos criadores da série, Brandon Sonnier, a passar por cirurgia de emergência e precisar amputar uma de suas pernas. A tragédia não emocionou a crítica, que odiou a produção. Com apenas 24% de aprovação, “LA’s Finest” tornou-se uma das séries pior avaliadas da história do Rotten Tomatoes. A série é exibida no Brasil pelo canal pago AXN, que pertence à Sony.
Last Man Standing vai acabar na próxima temporada
A Fox anunciou que a 9ª temporada de “Last Man Standing” será a última da série de comédia estrelada por Tim Allen. Os episódios começaram a ser gravados nesta semana e têm estreia marcada para janeiro. “Tive a sorte de ter feito parte de ‘Last Man Standing'”, disse Allen em comunicado. “Agradeço muito ao apoio incrível de nossos fãs nesta quase década de trabalho. À medida que nos aproximamos da 9ª temporada, eu simplesmente admiro e me sinto grato por todo o trabalho árduo que nosso elenco e equipe realizaram. Todos nós tínhamos pensado em encerrar a série após a última temporada, mas, junto com a Fox, decidimos adicionar um ano para que pudéssemos produzir uma temporada completa e assim criar um adeus gentil e divertido. Estou ansioso por uma temporada final memorável e hilária.” A próxima temporada será apenas a terceira de “Last Man Standing” na Fox, que se mudou para a rede depois de seis temporadas na ABC. Muitos críticos comentaram, na época, que a ABC tinha cometido um erro estratégico ao cancelar a série criada por Jack Burditt (roteirista das clássicas “Mad About You” e “Just Shoot Me”), visto que ela era muito popular na demografia dos eleitores de Donald Trump, perfil raro entre as séries exibidas nos Estados Unidos – porque os produtores de TV tendem a priorizar uma agenda progressista, evitando ao máximo ideais reacionários, como as preocupações machistas do personagem de Allen em sua sitcom. Na série, Tim Allen (a voz de Buzz Lightyear em “Toy Story”) interpreta Mike Baxter, o único homem numa família repleta de mulheres – esposa e três filhas – , que se sente extremamente incomodado pelo crescente empoderamento feminino do mundo atual – ou, como diz a descrição oficial, ele é um homem “que tenta manter sua masculinidade em um mundo cada vez mais dominado por mulheres”. Com o ator principal, também voltaram quase todas as mulheres de sua família televisiva: Nancy Travis (a esposa Vanessa), Amanda Fuller (a filha mais velha Kristin) e Kaitlyn Dever (a caçula Eve), mas Molly Ephraim (a filha do meio Mandy) preferiu não participar do resgate – e foi substituída por Molly McCook (a Darlene da série “The Ranch”). Além delas, também retornaram Jonathan Adams (Chuck), Christoph Sanders (Kyle), Jordan Masterson (Ryan) e Hector Elizondo (Ed). A 7ª temporada manteve uma média de 5,8 milhões de telespectadores ao vivo, excelente para o padrão das comédias da Fox, mas a 8ª caiu para 4,2 milhões. Não deixa de ser simbólico que a decisão de encerrar a produção aconteça na véspera de uma eleição presidencial que demonstra uma nova mudança de rumo nos EUA, com o provável fim do governo Trump. Com o encerramento de “Last Man Standing”, a Fox ficará com apenas duas comédias live-action em sua programação: “The Moodys”, estrelada por Denis Leary e Elizabeth Perkins, e a vindoura “Call Me Kat”, estrelada por Mayim Bialik (“The Big Bang Theory).
Elenco de GLOW lança campanha para encerrar a série com filme
O elenco completo de “GLOW” se reuniu num evento virtual no sábado (10/11) para relembrar os melhores momentos da série. O encontro, que deveria ser festivo, acabou tendo clima de velório, porque a série foi cancelada pela Netflix na semana passada, após ter sido renovada para sua 4ª temporada. A plataforma justificou a decisão pelas dificuldades criadas para gravar cenas de lutas em meio à pandemia de coronavírus. Ao introduzir a reunião, a atriz Betty Gilpin ressaltou que ela foi programada antes do cancelamento ser anunciado. “A gente ainda achava que teríamos uma 4ª temporada, então parece que a gente convidou vocês para o nosso casamento e daí o noivo fez sexo com uma garçonete e agora só estamos bêbadas no salão de festa gritando ‘aproveitem os quiches porque acabou!'” Durante a conversa, o ator Marc Maron defendeu que a Netflix fizesse um filme para concluir a história de “GLOW” e dar um encerramento mais respeitoso à série. “Seria uma coisa muito divertida, e me parece algo que a Netflix poderia fazer. Seria simples e resolveria o problema. Mas quem sabe o que eles vão fazer? Eu acho uma ótima ideia e eu espero que as pessoas apoiem o suficiente para levantar o interesse dos executivos lá”. Com o cancelamento, a trama da atração ficará sem o final planejado por seus produtores. O fim da série passa a ser o último capítulo da 3ª temporada, exibido há mais de um ano, em agosto de 2019. Detalhe: esse final passa longe de ser definitivo, pois preparava a história para um novo recomeço. No fundo, porém, a decisão da plataforma apenas apressou o cancelamento, já que os planos previam encerrar a série no quarto ano da produção. Inspirado em fatos reais, a atração acompanhava as aventuras de um grupo de mulheres reunido pelo produtor Sam Sylvia (Marc Maron) para estrelar um pioneiro programa de TV de luta livre feminina nos anos 1980. No final do terceiro ano, a estrela das lutas, Debbie (Betty Gilpin), resolveu criar sua própria produtora e profissionalizar o negócio, causando um racha. O elenco também incluía Alison Brie (“Community”), Sunita Mani (“Mr. Robot”), Ellen Wong (“The Carrie Diaries”), Sydelle Noel (“De Repente um Bebê”), Britt Baron (“Criminal Minds: Beyond Borders”), Jackie Tohn (“CHiPS”), Chris Lowell (“Veronica Mars”) e a cantora irlandesa Kate Nash, entre outros. “GLOW” foi indicada a 15 Emmys e venceu três estatuetas da Academia da Televisão.
Elenco de GLOW reage com tristeza ao cancelamento da série
O elenco de “GLOW” lamentou nas redes sociais a forma como aconteceu o cancelamento inesperado da série, anunciado pela Netflix na segunda-feira (5/10). A plataforma considerou que a produção tinha ficado inviabilizada, após seguidos adiamentos de gravações da 4ª temporada, devido à pandemia de coronavírus, e deixou a trama sem o final prometido. Alison Brie, Marc Maron e outras estrelas declararam-se tristes e desapontados com a decisão. “Vou sentir falta disso… Mas serei sempre grata à minha família ‘GLOW’ por mudar minha vida para sempre”, escreveu Brie no Instagram, compartilhando uma foto com suas colegas de elenco no set da produção, fazendo caretas estúpidas em seus trajes de luta. Rebekka Johnson, por sua vez, reagiu à notícia pedindo aos seguidores do Twitter que usassem suas máscaras, já que a covid-19 continua impedindo gravações de diversos outros títulos. Veja as reações das estrelas abaixo. Ver essa foto no Instagram Going to miss this… Forever grateful to my GLOW family for changing my life forever. ❤️ #glownetflix Uma publicação compartilhada por Alison Brie (@alisonbrie) em 5 de Out, 2020 às 4:32 PDT WEAR A MASK! 😭😭😭😭 https://t.co/nqTE7Rcirz — rebekka johnson (@HelloRebekka) October 5, 2020 devastated. #saveglow https://t.co/4eOhFlmTrG — Kimmy Gatewood (@kimmygatewood) October 6, 2020 No more GLOW. Sorry. Stinks. — marc maron (@marcmaron) October 5, 2020 My heart. pic.twitter.com/JCaQwTpfC3 — Britt Baron (@brittbaron) October 5, 2020 So glad to have been a tiny part of this show. I will play Betty Gilpin’s husband or ex-husband or mail carrier or anything, anytime anyone ever asks me to. She’s one of my favorite scene partners of all time, and I was beyond lucky to get to stand toe-to-toe with her. https://t.co/RgoPjZRJU0 — Rich Sommer (@richsommer) October 5, 2020 Thank you for changing my life Liz. https://t.co/ochd0m7LSw — Shakira Barrera (@Shakirax3) October 5, 2020
GLOW: Pandemia impede 4ª temporada e série é cancelada
A Netflix decidiu cancelar a série “GLOW” após vários adiamentos do começo das gravações de sua 4ª temporada. As restrições impostas pelos protocolos de higiene e segurança para a retomada dos trabalhos durante a pandemia tornaram muito difícil a continuidade da produção, graças ao contato físico constante exigido pelas cenas que retratam lutas livres femininas. “Tomamos a difícil decisão de não fazer uma 4ª temporada de ‘GLOW’ devido ao coronavírus, que tornou a gravação desta série fisicamente íntima com seu grande elenco especialmente desafiadora”, disse a Netflix em um comunicado. “Somos muito gratos aos criadores Liz Flahive e Carly Mensch, Jenji Kohan e todos os escritores, elenco e equipe por compartilhar esta história sobre as mulheres incríveis de ‘GLOW’ conosco e com o mundo.” A série tinha sido renovada no ano passado e a produção chegou a começar os trabalhos da 4ª temporada nos primeiros meses do ano, mas foi interrompida em seu início devido à pandemia. Segundo apurou a revista Variety, os atores foram pagos integralmente pela 4ª temporada. “O coronavírus matou seres humanos reais. É uma tragédia nacional e deve ser nosso foco. O coronavírus também aparentemente tirou nosso programa do ar”, disseram os criadores da série, Liz Flahive e Carly Mensch, em um comunicado. “A Netflix decidiu não terminar as gravações da última temporada de ‘GLOW’. Recebemos liberdade criativa para fazer uma comédia complicada sobre mulheres e contar suas histórias. E lutas. E agora isso se foi. Há um monte de coisas ruins acontecendo no mundo que são muito maiores do que isso agora. Mas ainda é uma pena que não possamos ver essas 15 mulheres juntas novamente. Sentiremos falta de nosso elenco de palhaços estranhos e de nossa equipe heroica. Foi o melhor trabalho”. Com o cancelamento, a trama da atração ficará sem o final planejado por seus produtores. O fim da série passa a ser o último capítulo da 3ª temporada, exibido há mais de um ano, em agosto de 2019. Detalhe: esse final passa longe de ser definitivo, pois preparava a história para um novo recomeço. No fundo, porém, a decisão da plataforma apenas apressou o cancelamento, já que os planos previam encerrar a série no quarto ano da produção. Inspirado em fatos reais, a atração acompanhava as aventuras de um grupo de mulheres reunido pelo produtor Sam Sylvia (Marc Maron) para estrelar um pioneiro programa de TV de luta livre feminina nos anos 1980. No final do terceiro ano, a estrela das lutas, Debbie (Betty Gilpin), resolveu criar sua própria produtora e profissionalizar o negócio, causando um racha. O elenco também incluía Alison Brie (“Community”), Sunita Mani (“Mr. Robot”), Ellen Wong (“The Carrie Diaries”), Sydelle Noel (“De Repente um Bebê”), Britt Baron (“Criminal Minds: Beyond Borders”), Jackie Tohn (“CHiPS”), Chris Lowell (“Veronica Mars”) e a cantora irlandesa Kate Nash, entre outros. “GLOW” foi indicada a 15 Emmys e venceu três estatuetas da Academia da Televisão. A notícia é especialmente ruim para a produtora Jenji Kohan, que, além de “GLOW”, ainda perdeu sua nova série, “Caçadora de Recompensas”, também cancelada pela Netflix nesta segunda (5/10).
Netflix cancela Caçadoras de Recompensas na 1ª temporada
A Netflix cancelou a série “Caçadoras de Recompensas”, que no Brasil eliminou parte de seu título original. A série era na verdade sobre caçadoras de recompensa adolescentes e a palavra eliminada do título original, “Teenage Bounty Hunters”, é que fazia a diferença – e dava o tom – da produção. O cancelamento foi confirmado cerca de dois meses após a estreia da produção, que disponibilizou seus 10 episódios no dia 14 de agosto. A série girava em torno de duas irmãs gêmeas que levam a rebeldia adolescente a outro nível, ao descobrir que são capazes de surpreender e prender criminosos, porque ninguém desconfia que adolescentes possam fazer isso, e decidem se juntar a um caçador de recompensas veterano para aprender os truques do negócio. Os episódios mostravam as duas equilibrando os riscos de sua profissão secreta com os problemas de sua vida no ensino médio, incluindo romance, sexo, aulas e, claro, as terríveis meninas populares da escola. O elenco era encabeçado por Maddie Phillips (“Ghost Wars”) e Anjelica Bette Fellini (“The Gifted”) como as irmãs caçadoras de recompensa, Kadeem Hardison (“Agente K.C.”) como seu mentor, Virginia Williams (“Charmed”) e Mackenzie Astin (“Homeland”) como os pais sem noção e Spencer House (“The Society”) como o bonitão da classe. Primeira série criada por Kathleen Jordan (roteirista de “American Princess”), “Caçadoras de Recompensas” contava com os experientes Jenji Kohan (criadora de “Weeds” e “Orange Is the New Black”) e Jesse Peretz (diretor de “Juliet, Nua e Crua”) entre os produtores. Peretz também dirigiu o primeiro episódio.
F Is For Family é renovada para 5ª e última temporada
A Netflix renovou “F Is for Family” para sua 5ª e última temporada. A série animada, que lembra uma mistura de “Os Simpsons” e “O Rei do Pedaço”, acompanha a família Murphy, bem mais desbocada que os personagens das animações da Fox. E também politicamente incorretos, já que a trama se passa nos anos 1970. A série é uma criação de Michael Price, produtor-roteirista de “Os Simpsons”, e Bill Burr, humorista americano de stand-up que participou das comédias “Uma Noite Fora de Série” (2010), “As Bem-Armadas” (2014) e “Pai em Dose Dupla” (2015). Além de escrever os episódios, Burr dubla Frank Murphy, o patriarca de uma família dos anos 1970, época em que “você podia bater no seu filho, beber ao volante, fumar em restaurantes e levar uma arma para o aeroporto”, segundo o criador. O elenco de vozes ainda inclui Laura Dern (“Big Little Lies”) como Sue, a esposa de Frank, e Justin Long (“Amor à Distância”) como o filho mais velho, Kevin, além de incluir participações do comediante Vince Vaughn (“Os Estagiários”), que também é produtor da atração. “Trabalhar neste programa com o grande Bill Burr, Vince Vaughn e nosso incrível elenco, escritores, produtores e equipe foi a maior alegria da minha vida, e estou muito feliz por podermos fazer mais uma temporada com os Murphys, disse o co-criador e produtor executivo Price em comunicado. “Serei eternamente grato a todos na Netflix, Gaumont e Wild West que nos deixaram compartilhar essa família estressada, desbocada e amorosa com o mundo.” A 4ª temporada foi disponibilizada em junho passado e não há previsão para a estreia dos novos/últimos episódios.
Netflix cancela O Cristal Encantado e deixa série sem fim
A Netflix decidiu cancelar “O Cristal Encantado: A Era da Resistência”. O cancelamento foi comunicado após a série ganhar o Emmy de Melhor Programa Infantil na semana passada, e um ano após a estreia da atração. “Podemos confirmar que não teremos mais temporadas de ‘O Cristal Encantado: A Era da Resistência”, disse a produtora Lisa Henson, em comunicado divulgado à imprensa nesta segunda (21/9). “Sabemos que os fãs gostariam de saber como esse capítulo da saga se encerra, por isso nós procuraremos formas de contar essa história no futuro”, ela acrescentou. “Agradecemos à Netflix por ter acreditado na gente e realizado uma série tão ambiciosa. Estamos muito orgulhosos pelo trabalho feito em ‘A Era da Resistência’, que foi aclamado pelos fãs, pela crítica e por nossos colegas”, encerrou a produtora. Com a decisão, a série ficou sem final, já que acabou num cliffhanger. Não está claro porque exatamente a produção não foi renovada ou o que levou a Netflix a se manifestar apenas após um ano, mas o site The Hollywood Reporter apurou que “O Cristal Encantado: A Era da Resistência” foi considerada um fracasso para a plataforma de streaming, a ponto de ser citada como um dos motivos do afastamento da executiva de longa data Cindy Holland, que ajudou a dar vida à série. Uma “decepção cara”, de acordo com uma fonte não identificada. Ao falar sobre a série com o site Gizmodo, no início deste ano, o produtor executivo Javier Grillo-Marxuach observou que o programa não era apenas caro como também apresentou a produção mais longa da história da Netflix. “Esta série não é uma franquia que você pode dizer ‘Ok, vamos contratar um monte de novos escritores para desenvolver a primeira temporada’. Este é um trabalho dinástico de amor artesanal. Para fazer direito, você precisa de todos. Você precisa dos Hensons, você precisa dos Frouds. Você precisa de um certo compromisso financeiro e também aceitar o fato de que leva tempo. E é difícil acertar. De tudo em que trabalhei, este era provavelmente a série mais difícil de acertar. E todas as condições precisam ser reunidas para que seja exatamente o que precisa ser”, explicou o produtor. A série era um prólogo do clássico infantil “O Cristal Encantado” (1982), de Jim Henson, que foi o primeiro filme de fantasia feito inteiramente com bonecos. Além disso, os bichos não são fantoches, como os Muppets, mas animatronics, que se movimentavam por meio de comandos eletrônicos, e isso foi mantido na série, aliado a efeitos visuais modernos. O comando da produção ficou nas mãos do cineasta francês Louis Leterrier (“O Incrível Hulk”, “Truque de Mestre”), que produziu e dirigiu os episódios para a Jim Henson Company e a Netflix, com roteiros de Jeffrey Addiss, Will Matthews (ambos do vindouro filme “Life in a Year”) e Javier Grillo-Marxuach (série “The 100”). Já o elenco de dubladores reuniu uma constelação de estrelas, como Taron Egerton (“Robin Hood: A Origem”), Anya Taylor-Joy (“Fragmentado”) e Nathalie Emmanuel (“Game of Thrones”), que deram vida aos heróis Rian, Brea e Deet, protagonistas da série. Além deles, o elenco coadjuvante era igualmente impressionante, incluindo Mark Hamill (“Star Wars”), Helena Bonham-Carter (“Oito Mulheres e um Segredo”), Alicia Vikander (“Tomb Raider”), Lena Headey (“Game of Thrones”), Natalie Dormer (também de “Game of Thrones”), Simon Pegg (“Missão Impossível: Efeito Fallout”), Toby Jones (“Jurassic World: Reino Ameaçado”), Andy Samberg (“Brooklyn Nine-Nine”), Caitriona Balfe (“Outlander”), Theo James (“Divergente”), Shazad Latif (“Star Trek: Discovery”), Gugu Mbatha-Raw (“O Paradoxo Cloverfield”), Mark Strong (“Kingsman”), Jason Isaacs (“Star Trek: Discovery”), Keegan-Michael Key (“Key and Peele”), Eddie Izzard (“Powers”) e Harris Dickinson (“Malévola 2”).
Younger vai acabar na 7ª temporada
O criador de “Younger”, Darren Star, revelou que a vindoura temporada será o final da série. Ele deu a notícia durante entrevista promocional de sua nova atração na Netflix, “Emily in Paris”, para o site TVLine. “Estamos planejando não oficialmente [a 7ª temporada] como uma temporada final”, disse o produtor. A série do canal pago americano TV Land que está fora do ar desde que concluiu sua 6ª temporada em setembro de 2019. A atração estava prestes a começar a rodar sua 7ª temporada em Nova York quando a pandemia paralisou todas as produções. Com as gravações agora marcadas para começar “em algumas semanas”, Star atualmente pondera sobre como irá integrar a crise do coronavírus na história – mas isso não deve acontecer no início da 7ª temporada. “Muitos episódios foram escritos” antes da pandemia, o produtor contou ao TVLine. Além disso, “a ação de ‘Younger’ meio que começa de onde parou a última temporada, que foi antes da pandemia. Mas acho que estamos ansiosos para incorporá-la à ação conforme a temporada avançar”. E mesmo que a próxima temporada seja de fato o canto do cisne do show, o mundo de “Younger” pode continuar em uma série derivada. Star confirmou que um spin-off centrado na personagem Kelsey Peters, vivida por Hilary Duff (a eterna “Lizzie McGuire”), está em desenvolvimento. A comédia romântica idealizada pelo criador de “Sex And The City” adapta o romance homônimo de Pamela Redmond Satran e acompanha Liza (Sutton Foster), uma mãe solteira de 40 anos que finge ter menos de 30 para conseguir e manter um emprego. Mas além de se esforçar para parecer mais nova, ela também tem que se adaptar à juventude dos dias de hoje. Além de Foster e Duff, o elenco ainda conta com Miriam Shor (série “The Good Wife”), Peter Hermann (série “Law & Order: SVU”), Molly Bernard (“Sully”), Charles Michael Davis (série “The Originals”), Nico Tortorella (série “The Following”) e Debi Mazar (série “Entourage”).
J.K. Rowling é “cancelada” ao lançar livro sobre assassino travesti
Longe de querer encerrar a polêmica que lhe rendeu fama de transfóbica, a escritora J.K. Rowling, criadora de Harry Potter, resolveu acirrar ainda mais os ânimos da comunidade LGBTQIA+ com o lançamento de um livro sobre um assassino travesti. Intitulado “Troubled Blood”, o livro faz parte da coleção de mistérios do detetive Cormoran Strike, que Rowling escreve sob o – contraditório, no contexto – pseudônimo masculino de Robert Galbraith. O lançamento acontece nesta terça-feira (15/9), mas bastou sua sinopse para diversas manifestações negativas originarem a hashtag #RIPJKRowling, decretando a morte – ou o cancelamento definitivo – da escritora. O jornalista Jake Kerridge, que resenhou o livro para o jornal britânico The Telegaph, foi um dos primeiros a alertar que “Troubled Blood” tem uma “subtrama de fazer os críticos de Rowling fumegarem de raiva”. A moral do livro, de acordo com a avaliação de Kerridge, é “nunca confie em um homem de vestido”. Na história, Cormoran Strike investiga um caso ocorrido em 1974, em que o desaparecimento de uma mulher parece relacionado a um serial killer que se veste de mulher. A descrição remete a um dos argumentos utilizados por Rowling para atacar o que ela chama de “ativismo trans”. Dizendo que seu ponto de vista era feminista, ela escreveu em junho no seu blog: “Eu me recuso a me curvar a um movimento que eu acredito estar causando um dano demonstrável ao tentar erodir a ‘mulher’ como uma classe política e biológica e oferecer cobertura a predadores como poucos antes dele… Quando você abre as portas dos banheiros e dos vestiários para qualquer homem que acredite ser ou se sinta mulher – e, como já disse, os certificados de confirmação de gênero agora podem ser concedidos sem a necessidade de cirurgia ou hormônios -, você abre a porta a todo e qualquer homem que deseje entrar. Essa é a verdade simples”. Por conta dessas posições, ela foi criticada pelos três astros dos filmes de “Harry Potter”, Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, bem como pelo protagonista do prólogo “Animais Fantásticos”, Eddie Redmayne, e ainda ganhou uma lição de Nicole Maines, estrela de “Supergirl” que vive a primeira super-heroína transexual da TV. Maines, que aos 15 anos foi proibida de frequentar o banheiro de sua escola, escreveu um longo ensaio para demonstrar que a falta de fundamento dos argumentos de Rowling expressavam apenas preconceito. Amanda Arnold, do site The Cut, sintetizou o problema, num artigo publicado nesta segunda (14/9). “Depois de escrever a série de livros infantis mais vendidos da História, poderia-se imaginar que JK Rowling sairia dos holofotes para buscar uma vida mais tranquila e confortável. Em vez disso, nos últimos nove meses, a autora de Harry Potter decidiu direcionar sua energia para multiplicar suas opiniões não solicitadas sobre mulheres trans – ou seja, sua crença de que mulheres trans não se qualificam de fato como mulheres”. Os maiores fã-clubes de Harry Potter já tinham renegado a autora, afirmando que não divulgaria nenhuma de suas ações que não tivessem relação ao universo do bruxinho. Em julho, os sites da MuggleNet e The Leaky Cauldron, duas das maiores e mais bem estabelecidas comunidades de fãs do universo infantil da autora, divulgaram um comunicado conjunto em apoio a pessoas trans e rejeitando os comentários transfóbicos reiterados por Rowling. “Embora seja difícil falar contra alguém cujo trabalho há tanto tempo admiramos, seria errado não usar nossas plataformas para combater os danos que ela causou”, diz o texto. Como a escritora se mantem obcecada em alimentar cada vez mais a polêmica, a Warner não sabe o que fazer em relação a “Animais Fantásticos 3”, que perdeu cronograma de filmagens, embora estivesse em pré-produção quando a pandemia paralisou seus trabalhos. Para complicar, o filme pode ser estrelado por Johnny Depp, que é outro que insiste em jogar sua imagem na lama, levando escândalos pessoais para julgamentos públicos. A pandemia pode ser uma boa desculpa para o estúdio cancelar a produção.











