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    Academia Ucraniana de Cinema pede boicote mundial de filmes russos

    26 de fevereiro de 2022 /

    A Academia Ucraniana de Cinema, que reúne os principais profissionais do cinema da Ucrânia, divulgou uma petição pedindo um boicote mundial ao cinema russo. No texto, a organização cinematográfica aponta que, apesar de governos de todo o mundo imporem sanções à Rússia, o país continua sem ressalvas no campo cultural. “Vários filmes feitos pela Rússia são regularmente admitidos nos programas da maioria dos festivais mundiais de cinema, e recursos significativos são gastos em sua promoção. O resultado dessa atividade não é apenas a disseminação de mensagens de propaganda e fatos distorcidos. Também incentiva a lealdade cultural a um estado agressor, que desencadeou uma guerra injustificada e não provocada na Europa central”, diz o texto. A Academia pede aos festivais internacionais de cinema que não permitam filmes russos em suas programações, que os produtores de cinema encerrem negócios com o país e parem de contribuir com a arrecadação de impostos para o governo russo, e que os distribuidores não lancem filmes na Rússia. A iniciativa acrescenta alguns pedidos específicos para o Conselho da Europa, visando excluir a Rússia do organismo de financiamento Eurimages, para a Convenção Europeia de Coprodução Cinematográfica, para barrar coproduções com filmes russos, e para a Federação Internacional de Associações de Produtores de Cinema, pedindo que retire o credenciamento do Festival Internacional de Cinema de Moscou de seu circuito de eventos. Por fim, pede à Associação Europeia de Produção Audiovisual e à Federação Europeia de Produtores de Filmes Comerciais que cessem toda a cooperação com “produtores audiovisuais que apoiam a agressão contra a Ucrânia”. A petição foi enviada pela assessoria de imprensa da Agência Ucraniana de Cinema, entidade estatal sediada em Kiev, e publicada como carta aberta no site Change.org.

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    WarnerMedia reforça boicote ao Globo de Ouro

    10 de maio de 2021 /

    A WarnerMedia é o novo conglomerado a protestar contra a associação encarregada da premiação do Globo de Ouro. A empresa que contém os estúdios Warner Bros., o canal pago HBO e a plataforma de streaming HBO Max se juntou à Netflix e à Amazon num boicote à Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês) até que “mudanças sejam implementadas”. “Embora elogiemos a aprovação dos membros do HFPA do plano para avançar em direção a uma reforma radical, não acreditamos que o plano vá longe o suficiente para abordar a amplitude de nossas preocupações, nem seu cronograma captura a necessidade urgente com a qual essas questões devem ser abordadas”, declarou o alto escalão da WarnerMedia em uma carta aberta endereçada ao presidente da HFPA, Ali Sar. “Os estúdios e canais da WarnerMedia vão se abster de envolvimento direto com a HFPA, incluindo entrevistas coletivas sancionadas pela associação e convites para seus jornalistas cubram outros eventos da indústria, até que as mudanças sejam implementadas”, continua a correspondência. “Isso abrange todas as produções da HBO, HBO Max, Warner Bros. Pictures Group, Warner Bros. Television, TNT e TBS.” Em sua declaração à imprensa, a WarnerMedia apontou: “Por muito tempo, exigências de ‘mimos’, favores especiais e pedidos pouco profissionais foram feitos [pelo time do Globo de Ouro] a nós e a outros em nossa indústria. Nos arrependemos de ter apenas reclamado, mas tolerado esse comportamento, até agora”. O poderoso conglomerado ainda “sugeriu” que as mudanças na HFPA deveriam incluir “um código de conduta específico e bem vigiado, que inclua uma política de tolerância zero a incidentes de contato físico não consentido com atores e equipe”. A sugestão leva em conta uma denúncia de Brendan Fraser (“A Múmia”), que acusou um ex-presidente da HFPA de assédio sexual durante um evento do Globo de Ouro. Sério. Mais detalhes dessa história estão incluídos em outra polêmica da HFPA abordada mais abaixo. A carta foi enviada pela WarnerMedia antes da rede NBC anunciar que não transmitirá o Globo de Ouro de 2022. A credibilidade da associação responsável pelo Globo de Ouro foi colocada em cheque após um escândalo de corrupção e racismo em seus quadros vir à tona no começo do ano. Tudo começou com uma das seleções mais controversas de indicados ao Globo de Ouro de todos os tempos, que originou acusações de “falta de representatividade” (eufemismo de racismo) em fevereiro. “Um constrangimento completo e absoluto”, escreveu Scott Feinberg, o respeitado crítico de cinema da revista The Hollywood Reporter, sobre os indicados. Dias depois, uma reportagem-denúncia do jornal Los Angeles Times revelou que a HFPA não tinha nenhum integrante negro. Para piorar, a reportagem ainda demonstrou que o costume de aceitar presentes dos estúdios influenciava votos na premiação. Um exemplo citado foi uma viagem totalmente paga para membros da HFPA para o set de “Emily em Paris” na França, que acabou revertida em indicação para a série da Netflix disputar o Globo de Ouro, na vaga de produções de maior qualidade. A polêmica gerou vários protestos online e chegou a ofuscar a cerimônia do Globo de Ouro deste ano, que teve sua pior audiência de todos os tempos. Na ocasião, o presidente da entidade se comprometeu a rever o modelo de funcionamento da HFPA. Mas, por via das dúvidas, vários setores da indústria anunciaram que cobrariam para que isso não ficasse no discurso, ameaçando proibir seus contratados (todos os grandes atores de cinema e TV) de participarem do Globo de Ouro de 2022 – o que, na prática, representaria o fim do prêmio. Como se não precisasse de mais confusão, em abril um ex-presidente da entidade, Philip Berk, de 88 anos e ainda membro da HFPA, encaminhou um e-mail aos colegas chamando o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), criado para protestar contra o extermínio de negros pela polícia dos EUA, de “um movimento de ódio racista”. Não satisfeito, ainda comparou uma das líderes do movimento ao psicopata Charles Manson. No texto, ele criticou uma das fundadoras do Black Lives Matter, Patrisse Cullors, por supostamente comprar uma casa no Topango Canyon. “A propriedade se localiza na mesma rua de uma das casas envolvidas nos assassinatos de Charles Manson, o que é apropriado, já que o objetivo dele era começar uma guerra racial. Este trabalho é continuado pelo Black Lives Matter hoje em dia”, disparou Berk. O conteúdo do e-mail foi revelado pelo jornal Los Angeles Times e serviu, aos olhos do mundo, para explicar o motivo da falta de integrantes negros na HFPA. Embora tenha sido rapidamente condenado por outros membros da organização como racista, “vil” e “não apropriada”, a opinião de Berk acendeu o sinal amarelo para o cancelamento do Globo de Ouro. Após mais um escândalo, a rede NBC se manifestou prontamente e começou a considerar encerrar seu contrato para exibir a premiação. Berk foi afastado, mas sua manifestação despropositada ainda lembrou que a HFPA tem o hábito de anunciar medidas que nunca toma. O e-mail foi o terceiro problema criado pelo sul-africano para a associação. Anteriormente, ele chegou a tirar licença após a repercussão de um livro de memórias que lançou em 2014 e que deixou a organização mal com vários artistas. E foi ele quem foi denunciado por assédio sexual pelo ator Brendan Fraser. Segundo o astro de “A Múmia”, Berk apalpou seu bumbum sem permissão durante um evento do Globo de Ouro. A HFPA chegou a dizer que estava investigando a acusação, mas nenhuma ação foi tomada contra seu ex-presidente. Berk continuou votando no Globo de Ouro e influenciando a premiação até este ano. Sem tempo para refletir o estrago, o anúncio das mudanças esperadas para os próximos Globos de Ouro aconteceu na quinta-feira passada (6/5), incluindo a promessa de acrescentar 20 novos membros, a maioria composta por jornalistas negros, a partir de setembro, e mais 20 até o fim do ano que vem. Ao perceber que isto não traria as alterações profundas que muitos esperavam, além de manter o predomínio dos membros atuais, várias empresas e artistas de Hollywood iniciaram protestos que, num efeito em cadeia, colocou em cheque a continuidade do Globo de Ouro. Juntando-se aos protestos, a organização Time’s Up, criada durante o movimento #MeToo para defender minorias de abusos da indústria, resumiu os questionamentos, num comunicado divulgado na sexta. “Infelizmente, a lista de ‘reformas’ adotada ontem e endossada pela NBCUniversal [dona da NBC] e pela Dick Clark Productions [produtora da cerimônia televisiva] é muito insuficiente e dificilmente transformadora. Em vez disso, essas medidas garantem que os atuais membros do HFPA permaneçam em maioria e que o próximo Globo de Ouro seja decidido com os mesmos problemas fundamentais que existem há anos. A lista de recomendações da HFPA em grande parte não contém especificações, nenhum compromisso com responsabilidade real ou mudança, e nenhum cronograma real para implementar essas mudanças. O prazo proposto pela HFPA para 1 de setembro para as primeiras – mas não todas – reformas localiza-se já no próximo ciclo de premiação”, escreveu Tina Chen, presidente e CEO da Time’s Up. “Os chavões de fachada adotados ontem não são nem a transformação que foi prometida nem o que nossa comunidade criativa merece. Qualquer organização que se propõe a julgar nossa vibrante comunidade de criadores e talentos deve fazer melhor”, acrescentou. A coalisão das agências de talento foi na mesma linha. “Temos preocupações específicas sobre o cronograma para mudanças, já que o calendário de premiação tradicional de 2022 se aproxima, e não queremos enfrentar outro ciclo de premiação do Globo de Ouro com a problemática estrutura existente da HFPA”, diz o comunicado conjunto dos empresários, que faz uma ressalva preocupante para a associação: “A menos que o Globo de Ouro seja adiado até 2023…” A indicação favorável ao boicote é reforçada em outro trecho, que encerra o texto: “Continuaremos a nos abster de quaisquer eventos sancionados pela HFPA, incluindo entrevistas coletivas de imprensa, até que essas questões sejam esclarecidas em detalhes com um firme compromisso com um cronograma que respeite a realidade iminente da temporada de 2022. Estamos prontos para colaborar com o HFPA para garantir que o próximo Globo de Ouro – seja em 2022 ou 2023 – represente os valores de nossa comunidade criativa”. A Netflix também não escondeu sua decepção com o plano da HFPA. “Como muitos em nosso setor, esperávamos pelo anúncio na esperança de que vocês reconhecessem a amplitude dos problemas enfrentados pela HFPA e oferecessem um roteiro claro para a mudança”, escreveu Ted Sarandos, chefe de conteúdo da plataforma, considerando o cronograma do plano da HFPA inaceitável. “Portanto, estamos interrompendo todas as atividades com sua organização até que mudanças mais significativas sejam feitas.” A Amazon fez coro. “Não estamos trabalhando com a HFPA desde que essas questões foram levantadas pela primeira vez e, como o resto da indústria, estamos aguardando uma resolução sincera e significativa antes de prosseguirmos”, disse a chefe do Amazon Studios Jennifer Salke. Atores como Mark Ruffalo e Scarlett Johansson expressaram suas frustrações e sugeriram o boicote, enquanto Tom Cruise foi além e devolveu as três estatuetas que tinha conquistado no Globo de Ouro. Pressionado, o comitê responsável por mudar a postura da HFPA terá agora que se desdobrar, acelerar seu cronograma e convencer a indústria de que seu prêmio ainda é viável. Caso contrário, arrisca-se a perder seu contrato milionário com a rede NBC – que ao tirar o Globo de Ouro do calendário de 2022, deu um prazo amplo, mas específico para a organização resolver seus problemas e entrar em sintonia com aquilo que os representantes de Hollywood esperam. O fato é que se os artistas decidirem não participar mais do prêmio, o Globo de Ouro deixa de ter viabilidade como programa de televisão e simplesmente acabará.

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    NBC não exibirá o Globo de Ouro em 2022

    10 de maio de 2021 /

    O Globo de Ouro recebeu seu golpe mais mortal. A rede NBC anunciou que não vai transmitir a premiação em 2022. O contrato milionário com o canal, pelos direitos de transmissão da cerimônia, é que sustenta a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês). Sem esse negócio, não só o Globo de Ouro, mas a própria entidade corre o risco de se tornar inviável. A NBC divulgou a seguinte declaração nesta segunda-feira (10/5): “Continuamos a acreditar que o HFPA está comprometida com uma reforma significativa. No entanto, uma mudança dessa magnitude exige tempo e trabalho, e acreditamos fortemente que o HFPA precisa de tempo para fazê-lo da maneira certa. Como tal, a NBC não irá transmitir o Globo de Ouro de 2022. Supondo que a organização execute seu plano, temos esperança de estar em posição de transmitir o programa em janeiro de 2023”. A decisão ecoa a pressão das plataformas Amazon e Netflix, de uma coalizão de 100 agências de talentos, que representam as principais estrelas do cinema e da televisão dos EUA e do Reino Unido, e, nas últimas horas, também da WarnerMedia. Todos anunciaram rompimento com a HFPA. As agências ainda chegaram a sugerir especificamente o cancelamento do Globo de Ouro em 2022, diante da falta de pressa da associação para promover as mudanças esperadas pela indústria do entretenimento. A credibilidade da HFPA foi colocada em cheque após um escândalo de corrupção e racismo em seus quadros vir à tona no começo do ano. Tudo começou com uma das seleções mais controversas de indicados ao Globo de Ouro de todos os tempos, que originou acusações de “falta de representatividade” (eufemismo de racismo) em fevereiro. “Um constrangimento completo e absoluto”, escreveu Scott Feinberg, o respeitado crítico de cinema da revista The Hollywood Reporter, sobre os indicados. Dias depois, uma reportagem-denúncia do jornal Los Angeles Times revelou que a HFPA não tinha nenhum integrante negro. Para piorar, a reportagem ainda demonstrou que o costume de aceitar presentes dos estúdios influenciava votos na premiação. Um exemplo citado foi uma viagem totalmente paga para membros da HFPA para o set de “Emily em Paris” na França, que acabou revertida em indicação para a série da Netflix disputar o Globo de Ouro, na vaga de produções de maior qualidade. A polêmica gerou vários protestos online e chegou a ofuscar a cerimônia do Globo de Ouro deste ano, que teve sua pior audiência de todos os tempos. Na ocasião, o presidente da entidade se comprometeu a rever o modelo de funcionamento da HFPA. Mas, por via das dúvidas, vários setores da indústria anunciaram que cobrariam para que isso não ficasse no discurso, ameaçando proibir seus contratados (todos os grandes atores de cinema e TV) de participarem do Globo de Ouro de 2022 – o que, na prática, representaria o fim do prêmio. Como se não precisasse de mais confusão, em abril um ex-presidente da entidade, Philip Berk, de 88 anos e ainda membro da HFPA, encaminhou um e-mail aos colegas chamando o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), criado para protestar contra o extermínio de negros pela polícia dos EUA, de “um movimento de ódio racista”. Não satisfeito, ainda comparou uma das líderes do movimento ao psicopata Charles Manson. No texto, ele criticou uma das fundadoras do Black Lives Matter, Patrisse Cullors, por supostamente comprar uma casa no Topango Canyon. “A propriedade se localiza na mesma rua de uma das casas envolvidas nos assassinatos de Charles Manson, o que é apropriado, já que o objetivo dele era começar uma guerra racial. Este trabalho é continuado pelo Black Lives Matter hoje em dia”, disparou Berk. O conteúdo do e-mail foi revelado pelo jornal Los Angeles Times e serviu, aos olhos do mundo, para explicar o motivo da falta de integrantes negros na HFPA. Embora tenha sido rapidamente condenado por outros membros da organização como racista, “vil” e “não apropriada”, a opinião de Berk acendeu o sinal amarelo para o cancelamento do Globo de Ouro. Após mais um escândalo, a rede NBC se manifestou prontamente e começou a considerar encerrar seu contrato para exibir a premiação. Berk foi afastado, mas sua manifestação despropositada ainda lembrou que a HFPA tem o hábito de anunciar medidas que nunca toma. O e-mail foi o terceiro problema criado pelo sul-africano para a associação. Anteriormente, ele chegou a tirar licença após a repercussão de um livro de memórias que lançou em 2014 e que deixou a organização mal com vários artistas. E em 2018 ele foi denunciado por assédio sexual pelo ator Brendan Fraser. Segundo o astro de “A Múmia”, Berk apalpou seu bumbum sem permissão durante um evento do Globo de Ouro. A HFPA chegou a dizer que estava investigando a acusação, mas nenhuma ação foi tomada contra seu ex-presidente. Ele continuou votando no Globo de Ouro e influenciando a premiação até este ano. Sem tempo para refletir o estrago, o anúncio das mudanças esperadas para os próximos Globos de Ouro aconteceu na quinta-feira passada (6/5), incluindo a promessa de acrescentar 20 novos membros, a maioria composta por jornalistas negros, a partir de setembro, e mais 20 até o fim do ano que vem. Ao perceber que isto não traria as alterações profundas que muitos esperavam, além de manter o predomínio dos membros atuais, várias empresas e artistas de Hollywood iniciaram protestos que, num efeito em cadeia, colocou em cheque a continuidade do Globo de Ouro. Juntando-se aos protestos, a organização Time’s Up, criada durante o movimento #MeToo para defender minorias de abusos da indústria, resumiu os questionamentos, num comunicado divulgado na sexta. “Infelizmente, a lista de ‘reformas’ adotada ontem e endossada pela NBCUniversal [dona da NBC] e pela Dick Clark Productions [produtora da cerimônia televisiva] é muito insuficiente e dificilmente transformadora. Em vez disso, essas medidas garantem que os atuais membros do HFPA permaneçam em maioria e que o próximo Globo de Ouro seja decidido com os mesmos problemas fundamentais que existem há anos. A lista de recomendações da HFPA em grande parte não contém especificações, nenhum compromisso com responsabilidade real ou mudança, e nenhum cronograma real para implementar essas mudanças. O prazo proposto pela HFPA para 1 de setembro para as primeiras – mas não todas – reformas localiza-se já no próximo ciclo de premiação”, escreveu Tina Chen, presidente e CEO da Time’s Up. “Os chavões de fachada adotados ontem não são nem a transformação que foi prometida nem o que nossa comunidade criativa merece. Qualquer organização que se propõe a julgar nossa vibrante comunidade de criadores e talentos deve fazer melhor”, acrescentou. A coalisão das agências de talento foi na mesma linha. “Temos preocupações específicas sobre o cronograma para mudanças, já que o calendário de premiação tradicional de 2022 se aproxima, e não queremos enfrentar outro ciclo de premiação do Globo de Ouro com a problemática estrutura existente da HFPA”, diz o comunicado conjunto dos empresários, que faz uma ressalva preocupante para a associação: “A menos que o Globo de Ouro seja adiado até 2023…” A indicação favorável ao boicote é reforçada em outro trecho, que encerra o texto: “Continuaremos a nos abster de quaisquer eventos sancionados pela HFPA, incluindo entrevistas coletivas de imprensa, até que essas questões sejam esclarecidas em detalhes com um firme compromisso com um cronograma que respeite a realidade iminente da temporada de 2022. Estamos prontos para colaborar com o HFPA para garantir que o próximo Globo de Ouro – seja em 2022 ou 2023 – represente os valores de nossa comunidade criativa”. A Netflix também não escondeu sua decepção com o plano da HFPA. “Como muitos em nosso setor, esperávamos pelo anúncio na esperança de que vocês reconhecessem a amplitude dos problemas enfrentados pela HFPA e oferecessem um roteiro claro para a mudança”, escreveu Ted Sarandos, chefe de conteúdo da plataforma, considerando o cronograma do plano da HFPA inaceitável. “Portanto, estamos interrompendo todas as atividades com sua organização até que mudanças mais significativas sejam feitas.” A Amazon fez coro. “Não estamos trabalhando com a HFPA desde que essas questões foram levantadas pela primeira vez e, como o resto da indústria, estamos aguardando uma resolução sincera e significativa antes de prosseguirmos”, disse a chefe do Amazon Studios Jennifer Salke. Atores como Mark Ruffalo e Scarlett Johansson expressaram suas frustrações e sugeriram o boicote, enquanto Tom Cruise foi além e devolveu as três estatuetas que tinha conquistado no Globo de Ouro. Pressionado, o comitê responsável por mudar a postura da HFPA terá agora que se desdobrar, acelerar seu cronograma e convencer a indústria de que seu prêmio ainda é viável. Caso contrário, arrisca-se a perder seu contrato milionário com a rede NBC – que ao tirar o Globo de Ouro do calendário de 2022, deu um prazo amplo, mas específico para a organização resolver seus problemas e entrar em sintonia com aquilo que os representantes de Hollywood esperam. O fato é que se os artistas decidirem não participar mais do prêmio, o Globo de Ouro deixa de ter viabilidade como programa de televisão e simplesmente acabará.

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    Tom Cruise devolve troféus do Globo de Ouro em protesto

    10 de maio de 2021 /

    O astro Tom Cruise devolveu suas três estatuetas do Globo de Ouro para a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês). Ele tinha troféus de Melhor Ator por “Nascido em 4 de Julho” (1989) e “Jerry Maguire” (1996), além de Melhor Ator Coadjuvante por “Magnólia” (1999). O gesto foi o protesto mais claro de um astro de Hollywood contra a associação responsável pela tradicional premiação de cinema e TV dos EUA, e acontece após Scarlett Johansson defender boicote contra a HFPA e a Amazon, Netflix e uma coalizão de 100 agências de talentos (responsáveis pelas carreiras das estrelas da indústria do entretenimento) ameaçarem não trabalhar mais com os jornalistas estrangeiros responsáveis pelo Globo de Ouro. A credibilidade da HFPA foi colocada em cheque após realizar uma das seleções mais controversas de indicados ao Globo de Ouro de todos os tempos, que originou acusações de “falta de representatividade” (eufemismo de racismo) em fevereiro. “Um constrangimento completo e absoluto”, escreveu Scott Feinberg, o respeitado crítico de cinema da revista The Hollywood Reporter, sobre os indicados. Dias depois, uma reportagem-denúncia do jornal Los Angeles Times revelou que a HFPA não tinha nenhum integrante negro. Para piorar, a reportagem ainda demonstrou que o costume de aceitar presentes dos estúdios influenciava votos na premiação. Um exemplo citado foi uma viagem totalmente paga para membros da HFPA para o set de “Emily em Paris” na França, que acabou revertida em indicação para a série da Netflix disputar o Globo de Ouro, na vaga de produções de maior qualidade. A polêmica gerou vários protestos online e chegou a ofuscar a cerimônia do Globo de Ouro deste ano, que teve sua pior audiência de todos os tempos. Na ocasião, o presidente da entidade se comprometeu a rever o modelo de funcionamento da HFPA. Mas, por via das dúvidas, vários setores da indústria anunciaram que cobrariam para que isso não ficasse no discurso, ameaçando proibir seus contratados (todos os grandes atores de cinema e TV) de participarem do Globo de Ouro de 2022 – o que, na prática, representaria o fim do prêmio. O anúncio das mudanças aconteceu na quinta-feira passada (6/5), incluindo a promessa de acrescentar 20 novos membros, a maioria composta por jornalistas negros, mas apenas a partir de setembro, quando a temporada de premiação estiver começando. Ao perceber que isto não traria as alterações profundas que muitos esperavam, além de manter o predomínio dos membros atuais, várias empresas e artistas de Hollywood iniciaram protestos que, num efeito em cadeia, ameaça a continuidade do Globo de Ouro.

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    Scarlett Johansson defende boicote contra o Globo de Ouro

    8 de maio de 2021 /

    Scarlett Johansson se tornou uma das primeiras estrelas de Hollywood a se manifestar claramente a favor de um boicote contra o Globo de Ouro. Em um comunicado divulgado à imprensa neste sábado (8/5), a intérprete de Viúva Negra destacou que cansou de enfrentar “perguntas e comentários sexistas” de jornalistas da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês), organização responsável pela premiação do Globo de Ouro, e sugeriu que a indústria do cinema e da televisão se juntasse, após as iniciativas da Netflix, da Amazon e de 100 agências de talentos, que decidiram boicotar o Globo de Ouro pela dificuldade da entidade de adotar medidas para sanar seus problemas crônicos de falta de ética e representatividade. “Espera-se que uma atriz que promova um filme participe da temporada de premiações, o que inclui entrevistas coletivas e de cerimônias de premiação”, disse Johansson em seu comunicado. “No passado, isso geralmente significava enfrentar perguntas e comentários sexistas de certos membros da HFPA que beiravam o assédio sexual. Foi também a razão exata pela qual eu, por muitos anos, me recusei a participar de suas coletivas. A HFPA é uma organização que foi legitimada por nomes como Harvey Weinstein para ganhar impulso como prévia do reconhecimento da Academia e a indústria os seguiu. A menos que haja uma reforma fundamental necessária dentro da organização, acredito que é hora de dar um passo atrás em relação à HFPA e nos concentrar na importância e na força da unidade dentro de nossos sindicatos e da indústria como um todo”, ela concluiu. A declaração foi a mais contundente, mas não a única entre os astros de cinema dos EUA. Seu colega da Marvel, Mark Ruffalo, que venceu um Globo de Ouro neste ano (por seu papel na minissérie “I Know This Much Is True”), manifestou-se na noite de sexta (7/5) dizendo que era hora de “corrigir os erros do passado” da premiação, dizendo-se desanimado com a falta de empenho da entidade para mudar. “É desanimador ver a HFPA, que ganhou destaque e lucrou muito com seu envolvimento com cineastas e atores, resistir à mudança que está sendo pedida por muitos dos grupos que foram os mais privados de direitos por sua cultura de sigilo e exclusão. Agora é a hora de intensificar e corrigir os erros do passado”, ele declarou. “Nossa indústria está abraçando a oportunidade de maior igualdade neste belo momento. Não é perfeito ou exagerado, mas é claro o que deve acontecer e como. O Movimento de Justiça está oferecendo a todos nós, à HFPA e a todas as outras entidades de entretenimento, um bom caminho a seguir. Todos nós devemos seguir o exemplo. É nosso público e nosso maior senso de decência que estamos servindo com essas mudanças. Ambos são merecedores.” Os comentários refletem a frustração da indústria do entretenimento com as mudanças anunciadas pela HFPA na quinta-feira (6/5), como parte de um esforço para salvar o Globo de Ouro. A HFPA foi forçada a reavaliar seu funcionamento após realizar uma das seleções mais controversas de indicados ao Globo de Ouro de todos os tempos, que originou acusações de “falta de representatividade” (eufemismo de racismo) em fevereiro. “Um constrangimento completo e absoluto”, escreveu Scott Feinberg, o respeitado crítico de cinema da revista The Hollywood Reporter, sobre os indicados. Dias depois, uma reportagem-denúncia do jornal Los Angeles Times revelou que a HFPA não tinha nenhum integrante negro. Para piorar, a reportagem ainda demonstrou que o costume de aceitar presentes dos estúdios influenciava votos na premiação. Um exemplo citado foi uma viagem totalmente paga para membros da HFPA para o set de “Emily em Paris” na França, que acabou revertida em indicação para a série da Netflix disputar o Globo de Ouro, na vaga de produções de maior qualidade. A polêmica gerou vários protestos online e chegou a ofuscar a cerimônia do Globo de Ouro deste ano, que teve sua pior audiência de todos os tempos. Na ocasião, o presidente da entidade se comprometeu a rever o modelo de funcionamento da HFPA. Mas, por via das dúvidas, vários setores da indústria anunciaram que cobrariam para que isso não ficasse no discurso, ameaçando proibir seus contratados (todos os grandes atores de cinema e TV) de participarem do Globo de Ouro de 2022 – o que, na prática, representaria o fim do prêmio. O anúncio das mudanças aconteceu nesta semana, incluindo a promessa de acrescentar 20 novos membros, a maioria composta por jornalistas negros, mas apenas a partir de setembro, quando a temporada de premiação estiver começando. Ao perceber que isto não traria as alterações profundas que muitos esperavam, além de manter o predomínio dos membros atuais, plataformas como Amazon e Netflix, representantes de 100 agências de talentos (que cuidam da carreira das estrelas de Hollywood) e até os próprios artistas começaram a reagir com decepção, anunciando um boicote à premiação. “Infelizmente, a lista de ‘reformas’ adotada ontem e endossada pela NBCUniversal [dona da NBC] e pela Dick Clark Productions [produtora da cerimônia televisiva] é muito insuficiente e dificilmente transformadora. Em vez disso, essas medidas garantem que os atuais membros do HFPA permaneçam em maioria e que o próximo Globo de Ouro seja decidido com os mesmos problemas fundamentais que existem há anos. A lista de recomendações da HFPA em grande parte não contém especificações, nenhum compromisso com responsabilidade real ou mudança, e nenhum cronograma real para implementar essas mudanças. O prazo proposto pela HFPA para 1 de setembro para as primeiras – mas não todas – reformas localiza-se já no próximo ciclo de premiação”, escreveu Tina Chen, presidente e CEO da Time’s Up. “Os chavões de fachada adotados ontem não são nem a transformação que foi prometida nem o que nossa comunidade criativa merece. Qualquer organização que se propõe a julgar nossa vibrante comunidade de criadores e talentos deve fazer melhor”, acrescentou. A coalisão das agências de talento foi na mesma linha. “Temos preocupações específicas sobre o cronograma para mudanças, já que o calendário de premiação tradicional de 2022 se aproxima, e não queremos enfrentar outro ciclo de premiação do Globo de Ouro com a problemática estrutura existente da HFPA”, diz o comunicado conjunto dos empresários, que faz uma ressalva preocupante para a associação: “A menos que o Globo de Ouro seja adiado até 2023…” A Netflix também não escondeu sua decepção com o plano da HFPA. “Como muitos em nosso setor, esperávamos pelo anúncio na esperança de que vocês reconhecessem a amplitude dos problemas enfrentados pela HFPA e oferecessem um roteiro claro para a mudança”, escreveu Ted Sarandos, chefe de conteúdo da plataforma, considerando o cronograma do plano da HFPA inaceitável. “Portanto, estamos interrompendo todas as atividades com sua organização até que mudanças mais significativas sejam feitas.” A Amazon fez coro. “Não estamos trabalhando com a HFPA desde que essas questões foram levantadas pela primeira vez e, como o resto da indústria, estamos aguardando uma resolução sincera e significativa antes de prosseguirmos”, disse a chefe do Amazon Studios Jennifer Salke. Pressionado, o comitê agora terá que mostrar serviço, acelerar seu cronograma e convencer a indústria de que seu prêmio ainda é viável. Caso contrário, arrisca-se a perder seu contrato milionário com a rede NBC, que viabiliza o Globo de Ouro em troca da transmissão televisiva, pagando os polpudos salários dos membros da associação. O fato é que se os artistas não aparecerem, a cerimônia do Globo de Ouro deixa de ter atrativo como programa de televisão.

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    Amazon se junta à Netflix em boicote ao Globo de Ouro

    8 de maio de 2021 /

    A Amazon se aliou à Netflix na ameaça de boicote ao Globo de Ouro 2022. Após o chefe de conteúdo da Netflix, Ted Sarandos, anunciar que está “interrompendo todas as atividades” da plataforma com a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês), grupo responsável pela distribuição anual dos prêmios do Globo de Ouro, Jennifer Salke, sua equivalente da Amazon, também emitiu um comunicado reafirmando o mesmo. “Não estamos trabalhando com a HFPA desde que essas questões foram levantadas pela primeira vez e, como o resto da indústria, estamos aguardando uma resolução sincera e significativa antes de prosseguirmos”, disse a chefe do Amazon Studios na sexta-feira (7/5) à noite. Além das duas maiores plataformas de streaming, representantes de 100 agências de talentos, responsáveis por cuidar dos interesses dos principais artistas de cinema e TV dos EUA e Reino Unido, avisaram que não haverá Globo de Ouro em 2022 se a HFPA não alterar as regras da entidade para acelerar a inclusão de minorias e eliminar problemas éticos do prêmio antes da próxima votação. A HFPA foi forçada a reavaliar seu funcionamento após realizar uma das seleções mais controversas de indicados ao Globo de Ouro de todos os tempos, que originou acusações de “falta de representatividade” (eufemismo de racismo) em fevereiro. “Um constrangimento completo e absoluto”, escreveu Scott Feinberg, o respeitado crítico de cinema da revista The Hollywood Reporter, sobre os indicados. Dias depois, uma reportagem-denúncia do jornal Los Angeles Times revelou que a HFPA não tinha nenhum integrante negro. Para piorar, a reportagem ainda demonstrou que o costume de aceitar presentes dos estúdios influenciava votos na premiação. Um exemplo citado foi uma viagem totalmente paga para membros da HFPA para o set de “Emily em Paris” na França, que acabou revertida em indicação para a série da Netflix disputar o Globo de Ouro, na vaga de produções de maior qualidade. A polêmica gerou vários protestos online e chegou a ofuscar a cerimônia do Globo de Ouro deste ano, que teve sua pior audiência de todos os tempos. Na ocasião, o presidente da entidade se comprometeu a rever o modelo de funcionamento da HFPA. Mas, por via das dúvidas, vários setores da indústria anunciaram que cobrariam para que isso não ficasse no discurso, ameaçando proibir seus contratados (todos os grandes atores de cinema e TV) de participarem do Globo de Ouro de 2022 – o que, na prática, representa o fim do prêmio. Para impedir o boicote, a HFPA anunciou na quinta uma proposta que previa a contratação de um diretor de diversidade e a ampliação do alcance da Associação para incluir correspondentes internacionais de todos os EUA e não apenas de Los Angeles, com ênfase no recrutamento de jornalistas negros. Entretanto, isso só começaria em setembro e provavelmente não afetaria a próxima premiação. A transição começaria com a adição de 20 novos membros, que se somariam aos atuais 87 ainda neste ano, com o compromisso de acrescentar pelo menos outros 20 membros até o fim de 2022. Outra mudança estabelecida foi a proibição de convites para viagens gratuitas e outras formas de suborno (denominadas de “itens promocionais”) por parte dos estúdios de Hollywood, com a obrigação dos membros de seguir normas de condutas que seriam melhor elaboradas mais adiante. A proposta do conselho da HFPA contou com apoio da rede NBC, que exibe o Globo de Ouro nos EUA, e dos produtores do show, mas ficou muito aquém da mudança esperada pelo mercado. Juntando-se aos protestos, a organização Time’s Up, criada durante o movimento #MeToo para defender minorias de abusos da indústria, resumiu o questionamento que juntou Netflix, Amazon e agências de talento na ameaça de boicote, que inviabilizaria a realização da premiação em 2022. “Infelizmente, a lista de ‘reformas’ adotada ontem e endossada pela NBCUniversal [dona da NBC] e pela Dick Clark Productions [produtora da cerimônia televisiva] é muito insuficiente e dificilmente transformadora. Em vez disso, essas medidas garantem que os atuais membros do HFPA permaneçam em maioria e que o próximo Globo de Ouro seja decidido com os mesmos problemas fundamentais que existem há anos. A lista de recomendações da HFPA em grande parte não contém especificações, nenhum compromisso com responsabilidade real ou mudança, e nenhum cronograma real para implementar essas mudanças. O prazo proposto pela HFPA para 1 de setembro para as primeiras – mas não todas – reformas localiza-se já no próximo ciclo de premiação”, escreveu Tina Chen, presidente e CEO da Time’s Up. “Os chavões de fachada adotados ontem não são nem a transformação que foi prometida nem o que nossa comunidade criativa merece. Qualquer organização que se propõe a julgar nossa vibrante comunidade de criadores e talentos deve fazer melhor”, acrescentou. A coalisão das agências de talento foi na mesma linha. “Temos preocupações específicas sobre o cronograma para mudanças, já que o calendário de premiação tradicional de 2022 se aproxima, e não queremos enfrentar outro ciclo de premiação do Globo de Ouro com a problemática estrutura existente da HFPA”, diz o comunicado conjunto dos empresários, que faz uma ressalva preocupante para a associação: “A menos que o Globo de Ouro seja adiado até 2023…” A indicação favorável ao boicote é reforçada em outro trecho, que encerra o texto: “Continuaremos a nos abster de quaisquer eventos sancionados pela HFPA, incluindo entrevistas coletivas de imprensa, até que essas questões sejam esclarecidas em detalhes com um firme compromisso com um cronograma que respeite a realidade iminente da temporada de 2022. Estamos prontos para colaborar com o HFPA para garantir que o próximo Globo de Ouro – seja em 2022 ou 2023 – represente os valores de nossa comunidade criativa”. A Netflix também não escondeu sua decepção com o plano da HFPA. “Como muitos em nosso setor, esperávamos pelo anúncio na esperança de que vocês reconhecessem a amplitude dos problemas enfrentados pela HFPA e oferecessem um roteiro claro para a mudança”, escreveu Ted Sarandos, considerando o cronograma do plano da HFPA inaceitável. “Portanto, estamos interrompendo todas as atividades com sua organização até que mudanças mais significativas sejam feitas.” Pressionado, o comitê agora terá que mostrar serviço, acelerar seu cronograma e convencer os contrariados da HFPA que precisarão ceder os anéis para não ficar sem os dedos. Ou melhor, ficar sem o Globo de Ouro, que, no atual ritmo, certamente perderá apoio da indústria e de artistas, colocando em risco seu contrato milionário com a rede NBC – que é quem paga os polpudos salários dos membros da associação.

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  • Etc

    Netflix e representantes de artistas anunciam boicote ao Globo de Ouro

    8 de maio de 2021 /

    As mudanças anunciadas na quinta (6/5) pelo comitê da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês), grupo responsável pela distribuição anual dos prêmios do Globo de Ouro, foram consideradas insuficientes por vários integrantes da indústria do entretenimento. Uma coalisão de mais de 100 agências de talentos, o grupo de pressão Time’s Up e até a Netflix anunciaram na sexta que irão boicotar eventos da HFPA, incluindo o Globo de Ouro, até que mudanças mais substanciais sejam implantadas. Os agentes de talento, representando os principais artistas de cinema e TV dos EUA e Reino Unido, chegaram a dizer que não haverá Globo de Ouro em 2022 se a HFPA seguir adiante com o plano anunciado, que começaria a ser implantado apenas em setembro e ainda deixa várias iniciativas sem cronograma. Qualquer premiação votada pelos atuais membros da associação será boicotada pelos astros de Hollywood. A HFPA foi forçada a reavaliar seu funcionamento após realizar uma das seleções mais controversas de indicados ao Globo de Ouro de todos os tempos, que originou acusações de “falta de representatividade” (eufemismo de racismo) em fevereiro. “Um constrangimento completo e absoluto”, escreveu Scott Feinberg, o respeitado crítico de cinema da revista The Hollywood Reporter, sobre os indicados. Dias depois, uma reportagem-denúncia do jornal Los Angeles Times revelou que a HFPA não tinha nenhum integrante negro. Para piorar, a reportagem ainda demonstrou que o costume de aceitar presentes dos estúdios influenciava votos na premiação. Um exemplo citado foi uma viagem totalmente paga para membros da HFPA para o set de “Emily em Paris” na França, que acabou revertida em indicação para a série da Netflix disputar o Globo de Ouro, na vaga de produções de maior qualidade. A polêmica gerou vários protestos online e chegou a ofuscar a cerimônia do Globo de Ouro deste ano, que teve sua pior audiência de todos os tempos. Na ocasião, o presidente da entidade se comprometeu a rever o modelo de funcionamento da HFPA. Mas, por via das dúvidas, vários setores da indústria anunciaram que cobrariam para que isso não ficasse no discurso, ameaçando proibir seus contratados (todos os grandes atores de cinema e TV) de participarem do Globo de Ouro de 2022 – o que, na prática, representa o fim do prêmio. Para impedir o boicote, a HFPA anunciou na quinta uma proposta que previa a contratação de um diretor de diversidade e a ampliação do alcance da Associação para incluir correspondentes internacionais de todos os EUA e não apenas de Los Angeles, com ênfase no recrutamento de jornalistas negros. Entretanto, isso só começaria em setembro e provavelmente não afetaria a próxima premiação. A transição começaria com a adição de 20 novos membros, que se somariam aos atuais 87 ainda neste ano, com o compromisso de acrescentar pelo menos outros 20 membros até o fim de 2022. Outra mudança estabelecida foi a proibição de convites para viagens gratuitas e outras formas de suborno (denominadas de “itens promocionais”) por parte dos estúdios de Hollywood, com a obrigação dos membros de seguir normas de condutas que seriam melhor elaboradas mais adiante. A proposta do conselho da HFPA contou com apoio da rede NBC, que exibe o Globo de Ouro nos EUA, e dos produtores do show, mas ficou muito aquém da mudança esperada pelo mercado. A Netflix foi bem clara nesse sentido, em comunicado assinado por seu chefe de conteúdo, Ted Sarandos, nesta sexta. “Como muitos em nosso setor, esperávamos pelo anúncio na esperança de que vocês reconhecessem a amplitude dos problemas enfrentados pela HFPA e oferecessem um roteiro claro para a mudança”, escreveu Sarandos. Mas o cronograma do plano da HFPA foi considerado inaceitável. “Portanto, estamos interrompendo todas as atividades com sua organização até que mudanças mais significativas sejam feitas.” “Sabemos que você tem muitos membros bem-intencionados que desejam uma mudança real”, continuou Sarandos, “e que todos nós temos mais trabalho a fazer para criar uma indústria igualitária e inclusiva. Mas a Netflix e muitos dos talentos e criadores com que trabalhamos não podem ignorar o fracasso coletivo da HFPA em abordar essas questões cruciais com urgência e rigor”. A revista The Hollywood Reporter apurou que Sarandos ficou particularmente descontente com o fato de que cerca de 10% dos atuais membros do HFPA votaram contra as mudanças – ou se abstiveram de votar durante a discussão do tema. A coalisão das agências de talento foi na mesma linha. “Temos preocupações específicas sobre o cronograma para mudanças, já que o calendário de premiação tradicional de 2022 se aproxima, e não queremos enfrentar outro ciclo de premiação do Globo de Ouro com a problemática estrutura existente da HFPA”, diz o comunicado conjunto das empresas, que faz uma ressalva preocupante para a associação: “A menos que o Globo de Ouro seja adiado até 2023…” A sugestão de boicote, que não permitiria a realização do Globo de Ouro em 2022, é reforçada em outro trecho, que encerra o texto: “Continuaremos a nos abster de quaisquer eventos sancionados pela HFPA, incluindo entrevistas coletivas de imprensa, até que essas questões sejam esclarecidas em detalhes com um firme compromisso com um cronograma que respeite a realidade iminente da temporada de 2022. Estamos prontos para colaborar com o HFPA para garantir que o próximo Globo de Ouro – seja em 2022 ou 2023 – represente os valores de nossa comunidade criativa”. Juntando-se aos protestos, a organização Time’s Up, criada durante o movimento #MeToo para defender minorias de abusos da indústria, também reclamou das generalizações da proposta do comitê, exigindo ações mais claras. “Infelizmente, a lista de ‘reformas’ adotada ontem e endossada pela NBCUniversal [dona da NBC] e pela Dick Clark Productions [produtora da cerimônia televisiva] é muito insuficiente e dificilmente transformadora. Em vez disso, essas medidas garantem que os atuais membros do HFPA permaneçam em maioria e que o próximo Globo de Ouro seja decidido com os mesmos problemas fundamentais que existem há anos. A lista de recomendações da HFPA em grande parte não contém especificações, nenhum compromisso com responsabilidade real ou mudança, e nenhum cronograma real para implementar essas mudanças. O prazo proposto pela HFPA para 1 de setembro para as primeiras – mas não todas – reformas localiza-se já no próximo ciclo de premiação”, escreveu Tina Chen, presidente e CEO da Time’s Up. “Os chavões de fachada adotados ontem não são nem a transformação que foi prometida nem o que nossa comunidade criativa merece. Qualquer organização que se propõe a julgar nossa vibrante comunidade de criadores e talentos deve fazer melhor”, acrescentou. Pressionado, o comitê agora terá que mostrar serviço, acelerar seu cronograma e convencer os contrariados da HFPA que precisarão ceder os anéis para não ficar sem os dedos. Ou melhor, ficar sem o Globo de Ouro, que, no atual ritmo, certamente perderá apoio da indústria e de artistas, colocando em risco seu contrato milionário com a rede NBC – que é quem paga os polpudos salários dos membros da associação.

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  • Música

    Grammy anuncia fim dos polêmicos comitês secretos para seleção de indicados

    1 de maio de 2021 /

    A Academia Fonográfica dos EUA anunciou na sexta-feira (30/4) o fim dos comitês secretos que selecionam as obras indicadas para o prêmio Grammy (o Oscar da música), após diversas críticas de artistas e acusações de manipulação que abalaram a premiação deste ano. A organização do Grammy afirmou que os mais de 11 mil membros da Academia decidirão, em conjunto, os indicados para o prêmio de 2022. A decisão marca o fim das cartas marcadas da premiação, tirando a seleção dos indicados dos comitês formados por entre 15 e 30 supostos especialistas cujas identidades são desconhecidas. Em comunicado, a Academia afirmou que as “mudanças significativas” refletem seu “compromisso contínuo de evoluir com o panorama musical e garantir que as regras e diretrizes dos prêmios Grammy sejam transparentes e justas”. A próxima edição do Grammy terá 86 categorias — com a criação de duas novas, uma delas para a música latina. As mudanças acontecem depois que o cantor The Weeknd acusou os organizadores do Grammy de “corrupção”. Apesar do sucesso comercial e de crítica de seu novo álbum, ele não recebeu nenhuma indicação à premiação deste ano. “A corrupção do Grammy continua. Eles devem a mim, aos meus fãs e à indústria, transparência”, declarou o artista canadense em novembro passado. Esnobado pelo Grammy, ele foi premiado no American Music Awards, MTV Video Music Awards e lidera as nomeações do Billboard Awards. The Weeknd chegou a anunciar que boicotaria a premiação “para sempre”. “Por causa dos comitês secretos, não permitirei mais que minha gravadora envie minha música ao Grammy”, reiterou em um comunicado enviado à imprensa em março passado. O fim agora anunciado dos comitês foi precedido por acusações até da ex-presidente da Academia. O desfecho aconteceu mais de um ano depois de Deborah Dugan ser demitida da função, justamente por fazer várias denúncias internas sobre corrupção e abusos – incluindo sexuais – de membros da instituição. Em sua saída, ela tornou algumas das denúncias públicas, inclusive que os comitês secretos eram formados por pessoas que representam ou têm relacionamentos com os artistas indicados, e que a própria Academia forçava os comitês a escolherem artistas que gostaria que se apresentassem ao vivo no evento. Dugan processou a Academia e, por isso, a discussão sobre os bastidores da organização se tornaram segredo de Justiça. As mudanças, porém, mostram que as acusações de corrupção começaram a abalar a credibilidade do prêmio e Harvey Mason Jr, presidente interino que substituiu Dugan, precisou tomar medidas drásticas para evitar que o Grammy perdesse seu prestígio e caísse no mesmo descrédito que o Globo de Ouro passou a enfrentar neste ano. Mason disse que este foi “um ano de mudanças transformadoras sem precedentes para a Academia Fonográfica”. Ao comentar as mudanças, ele resumiu: “Esta é uma nova Academia, que dobrou seu compromisso de atender às necessidades da comunidade musical”.

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  • Música

    Grammy enfrenta polêmicas com muitos shows neste domingo

    14 de março de 2021 /

    A cerimônia de entrega do Grammy, o “Oscar da música”, acontece neste domingo (14/3) nos EUA, com transmissão ao vivo no Brasil pelo canal pago TNT a partir das 21h. Além dos indicados aos prêmios da Academia Fonográfica, o evento, que terá apresentação do comediante Trevor Noah (do “Daily Show”), contará com shows de artistas como Harry Styles, Billie Eilish, Dua Lipa, Cardi B, BTS e Taylor Swift. A seleção musical é menos eclética que nos anos anteriores, mas em compensação traz mais artistas populares. Trata-se mesmo de compensação, após as recusas de The Weeknd, Beyoncé, Zayn Malik e Justin Bieber a convites para se apresentarem na premiação. Bieber justificou sua ausência com uma desculpa fraquinha, reclamando que seu novo disco vai disputar categorias de música pop e não R&B, como ele acha que deveria. Beyoncé não disse nada, embora tenha deixado subentendido um protesto contra a falta de indicações a artistas negros em categorias que não sejam de artistas negros (rap e R&B). Zayn soltou um palavrão para definir o prêmio. Mas The Weeknd foi incisivo, ao avisar que nunca mais participará do Grammy devido à falta de transparência dos “comitês secretos” que definem os prêmios. A decisão do cantor canadense aconteceu após ele ser completamente esnobado pela Academia. Apesar do sucesso de seu mais recente álbum, “After Hours”, considerado um dos melhores discos do ano passado pela crítica especializada e celebrado nos últimos MTV Music Video Awards e American Music Awards, The Weeknd não foi indicado em nenhuma categoria no Grammy 2021. Vários músicos consideraram o protesto de The Weeknd justo, pois seu disco dominou 2020. Em uma declaração à imprensa, o próprio presidente interino da Academia Fonográfica, Harvey Mason Jr., também se disse surpreso: “Sua música este ano foi excelente, e suas contribuições para a comunidade musical e o mundo em geral são dignas da admiração de todos. Ficamos emocionados quando descobrimos que ele se apresentaria no Super Bowl e adoraríamos tê-lo também no palco do Grammy”. Com seu protesto, The Weeknd resgatou o escândalo por trás da surpreendente demissão de Deborah Dugan, que perdeu o cargo de presidente da Academia em 2020, após fazer várias denúncias internas sobre corrupção e abusos – incluindo sexuais – de membros da instituição. Em sua saída, ela tornou algumas das denúncias públicas, inclusive que os “comitês secretos” mencionados por The Weeknd são formados por pessoas que representam ou têm relacionamentos com os artistas indicados, e que a própria Academia força esses comitês a escolher artistas que gostaria que se apresentassem ao vivo no evento. “Os Grammys continuam corruptos. Vocês devem para mim e para meus fãs uma maior transparência da indústria…”, tuitou The Weeknd. Na época em que os indicados foram revelados sem The Weeknd, em novembro do ano passado, a rapper Nicki Minaj aproveitou para lembrar como as realizações de artistas negros eram ignoradas no evento. “Nunca se esqueçam que o Grammy não me deu o prêmio de Artista Revelação quando eu tinha 7 músicas simultaneamente nas paradas da Billboard e a melhor semana de lançamento que qualquer mulher rapper em uma década, o que inspirou uma geração. Eles deram para o homem branco, Bon Iver”, ela tuitou. Neste domingo, a revista Variety publicou um editorial exigindo mudanças na premiação, intitulado “Hora de consertar o Grammy”. Os problemas, por sinal, não vem de hoje. Houve um escândalo em cada uma das últimas cinco edições da premiação. Em 2018, o então presidente Neil Portnow teve a audácia de dizer que as artistas femininas precisavam “melhorar” para serem mais reconhecidas pela premiação. A culpa, portanto, não seria do machismo dos comitês formados apenas por homens… Tem mais. Neste ano, Fiona Apple, que disputa três prêmios, apontou a hipocrisia da Academia por indicar o produtor Dr. Luke, acusado pela cantora Kesha de abuso, na categoria de Gravação do Ano. Luke produziu o hit “Say So”, de Doja Cat, sob o pseudônimo Tyson Trax. Em conversa com o The Guardian, Fiona lembrou que Kesha foi convidada em 2018 para fazer uma performance da música “Praying”, que é justamente sobre abuso. “Eu fico pensando neles colocando Kesha no palco tipo ‘nós acreditamos em você’, e dois anos depois, a p**** do Tyson Trax. Não queria voltar a usar essa palavra, mas é…”. Além do machismo, a falta de reconhecimento de artistas negros, com a escandalosa omissão de Beyoncé, Jay-Z e Kendrick Lamar dos prêmios principais dos últimos anos, também diz muito sobre a formação dos comitês. Beyoncé, por sinal, já devia ter se tornado há muito tempo a artista mais premiada da Academia, mas costuma ser confinada nas “categorias negras”. Mesmo assim, pode conquistar este recorde neste domingo. Depois do #OscarSoWhite de alguns anos atrás e do #TIMESUPGlobes deste ano, a mídia e os artistas já viram que é possível enquadrar antigas premiações que deixam de refletir seus tempos. Muitos encaram a pressão atual com esperança de mudanças. Mas falta uma campanha insistente como a organizada pela ONG Time’s Up contra o Globo de Ouro, exigindo maior representatividade entre seus eleitores. Falta uma reportagem-denúncia como a do Los Angeles Times, que escancarou os bastidores da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, em inglês) responsável pelos Globos, revelando a falta de integrantes negros e até mesmo de “imprensa” na instituição. Sem isso, dificilmente integrantes da Academia Fonográfica repetirão o mea culpa da HFPA, que se curvou e prometeu mudanças durante sua premiação. Em vez disso, o Grammy pretende oferecer distrações. Muitos shows de artistas populares. Em cinco palcos, com transmissão ao vivo pela TV. E expectativa de grande audiência, para não correr riscos de sofrer pressão também dos patrocinadores. E para mudar o foco, o plano é destacar o impacto econômico causado pela pandemia, com participação simbólica de donos e funcionários de lojas de discos e casas de espetáculos na entrega dos prêmios no palco do evento. Falta saber, ao vivo, se Trevor Noah, geralmente muito politizado, apresentará a cerimônia sem comentar seus bastidores. Ou se os discursos dos vencedores serão todos em homenagem a Deus, empresários, gravadoras e à mãe.

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  • Música

    The Weeknd anuncia boicote eterno ao Grammy

    11 de março de 2021 /

    O cantor canadense The Weeknd (nome artístico de Abel Tesfaye) anunciou que boicotará os Grammy Awards pelo resto da vida. Ele disse não vai não mais participar como artista, comparecer à cerimônia como convidado ou submeter suas músicas para a premiação, após ser boicotado pela Academia Fonográfica no Grammy de 2021. “Por causa dos comitês secretos, não permitirei mais que minha gravadora envie minha música ao Grammy”, disse The Weeknd em um comunicado enviado à imprensa nesta quinta-feira (11/3). Apesar do sucesso do mais recente álbum do artista, “After Hours”, considerado um dos melhores discos do ano passado pela crítica especializada e celebrado nos últimos MTV Music Video Awards e American Music Awards, The Weeknd não foi indicado em nenhuma categoria na premiação da indústria. “Os Grammys continuam corruptos. Vocês devem para mim e para meus fãs uma maior transparência da indústria…”, ele tuitou após o anúncio das nomeações em novembro passado. Em janeiro, ele fez uma alusão ao boicote no clipe da música “Save Your Tears”, onde apareceu cantando numa festa esquisita e sendo completamente ignorado. A certa altura, ele segura um balde de champanhe com aparência de troféu e o joga fora. Não se trata de atitude de “mau perdedor”. Vários artistas se juntaram a The Weeknd durante seu desabafo original, afirmando que ele estava coberto de razão. Em sua declaração à imprensa, o próprio presidente da Academia Fonográfica, Harvey Mason Jr. (substituto de uma presidente demitida no ano passado), também se disse surpreso por o disco de The Weeknd ter sido ignorado: “Sua música este ano foi excelente, e suas contribuições para a comunidade musical e o mundo em geral são dignas da admiração de todos. Ficamos emocionados quando descobrimos que ele se apresentaria no Super Bowl e adoraríamos tê-lo também no palco do Grammy”. Em resposta, The Weeknd contou que vinha planejando sua apresentação no Grammy “por semanas” antes de descobrir que não tinha recebido nenhuma indicação. “Planejando uma apresentação de forma colaborativa por semanas para não ser convidado? Na minha opinião, zero nomeações = você não foi convidado!”, ele tuitou. A rejeição do cantor aconteceu no ano em que sua música “Blinding Lights” dominou as paradas de sucesso e ele se apresentou como atração principal do show do intervalo do Super Bowl. A apresentação repercutiu tanto que vai ganhar documentário. Aconteceu também depois de Deborah Dugan ser demitida como presidente da Academia, após fazer várias denúncias internas sobre corrupção e abusos – incluindo sexuais – de membros da instituição. Em sua saída, ela tornou algumas das denúncias públicas, inclusive que os “comitês secretos” mencionados por The Weeknd são formados por pessoas que representam ou têm relacionamentos com os artistas indicados, e que a própria Academia força esses comitês a escolher artistas que gostaria que se apresentassem ao vivo no evento. Dugan processou a Academia e, por isso, a discussão sobre os bastidores da organização se tornaram segredo de Justiça. Wassim Slaiby, o empresário de The Weeknd, disse à revista Variety que espera que a atitude do cantor inspire outros artistas a fazer o mesmo, forçando a Academia a adotar maior transparência e acabar com os “comitês secretos” e indicações por interesse comercial. “O Grammy deve cuidar de seu legado e limpá-lo para elevar seu prêmio a um nível em que todos possam se orgulhar de vencê-lo”, disse ele. A premiação de 2021 vai acontecer no domingo (14/3), a partir das 22h, com transmissão ao vivo no Brasil pelo canal pago TNT.

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  • Filme

    Cinemark fecha acordo para diminuir janela de exibição de cinema

    16 de novembro de 2020 /

    Depois da AMC, a rede Cinemark anunciou que também fechou um acordo com a Universal Pictures para diminuir a janela de exibição dos filmes do estúdio no cinema. O acordo divulgado nesta segunda (16/11) reforça a estratégia da Universal para encolher dramaticamente a tradicional janela que separa um lançamento do circuito cinematográfico e sua disponibilização em locação digital (em PVOD). Anteriormente fixada em três meses, o acordo com a AMC e a Cinemark reduz a exclusividade dos cinemas para três fins de semana nos EUA. O acerto abre exceção para filmes que tiverem uma bilheteria de mais de US$ 50 milhões em sua estreia, que permanecerão exclusivos por pelo menos cinco finais de semana – ou um mês inteiro, dois a menos que o padrão do mercado. Entre as produções do estúdio, filmes com esse potencial incluem os próximos lançamentos das franquias “Velozes e Furiosos” e “Jurassic World”. As redes de cinemas sempre resistiram a negociar a diminuição da janela e já ameaçaram se recusar a exibir filmes que forem lançados muito rapidamente em serviços sob demanda. Isso mudou durante a pandemia de coronavírus, quando reduzir a janela se tornou a única maneira de receber lançamentos inéditos. O contrato com a AMC foi fechado em julho e, após protestos iniciais, a aceitação da Cinemark assinala que a mudança é irreversível. Graças a esse negócio, a Universal se tornou o único estúdio que tem feito estreias seguidas nos cinemas. Os três filmes que lideraram as bilheterias dos EUA nas últimas três semanas são produções do estúdio. Já os outros grandes estúdios suspenderam suas estreias até 25 de dezembro – espera-se, inclusive, que essa margem seja ampliada. Com isso, apenas as produções da Universal, alguns títulos independentes e outros lançados simultaneamente em PVOD estão chegando ao mercado exibidor.

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  • Etc

    Uma das maiores redes de cinema do Reino Unido e EUA anuncia fechamento

    4 de outubro de 2020 /

    O anúncio do adiamento de “007 – Sem Tempo para Morrer” para 2021 levou uma das maiores redes de cinema do Reino Unido e EUA a anunciar seu fechamento. Com a falta de títulos novos para exibir, a Cineworld decidiu fechar 128 de seus cinemas no Reino Unido e na Irlanda, bem como sua rede Regal nos Estados Unidos já no começo desta semana. A empresa é a primeira grande rede de cinema a fechar desde que o circuito recebeu autorização para reabrir durante a pandemia. Seu fechamento envia uma mensagem perturbadora para o mercado, mostrando que mesmo que alguns locais tenham começado a abrir as salas de exibição, não existe previsão para o lançamento de filmes inéditos capazes de atrair o público de volta. Segundo o jornal britânico Sunday Times, o fechamento da Cineworld terá impacto sobre 5,5 mil empregos no Reino Unido. A revista Variety também relata que a rede Regal vai fechar os cinemas que tinha reaberto nos EUA. Mas em Los Angeles e Nova York apenas oficializará as demissões, já que lá suas principais salas de exibição estão fechadas desde março. A Regal é a segunda maior rede de cinemas dos EUA, com 7,1 mil telas divididas por 543 cinemas em 42 estados. Suas salas reabriram parcialmente para o lançamento de “Tenet”, no começo de setembro, mas não receberam novos lançamentos de impacto desde então. Para completar, as bilheterias do filme da Warner foram desencorajadoras. Já a Cineworld relatou dívidas de US$ 8,2 bilhões em seu último balanço de negócios. Os únicos lançamentos importantes previstos para antes do Natal nos EUA são duas animações: “Soul”, da Disney/Pixar, aguardado em 20 de novembro, e “Os Croods 2: Uma Nova Era”, da Universal, marcado para cinco dias depois. Mas já há boatos sobre um provável adiamento da primeira. Fora esses dois títulos, os filmes menores que se mantém no calendário não animam os exibidores. A rede AMC foi muito criticada pelas concorrentes por ter fechado um acordo com a Universal para diminuir a janela de exibição, permitindo que filmes saiam do cinema diretamente para plataformas digitais após um período de apenas 17 dias. Em troca, a AMC ficou com um percentual das negociações digitais, ganhando dinheiro mesmo quando deixa de exibir as produções. Mas a Cineworld foi totalmente contra o negócio, resistindo a apelos dos estúdios por uma negociação que permitiria manter sua atividade. As empresas que resistem a esse tipo de acordo esperam que uma ajuda do governo caia do céu. Acreditam que o Papai Noel federal pode lhes dar um presentão até o Natal. Para garantir, já mandaram a cartinha com seu pedido para o bom velhinho, também conhecido como Congresso dos EUA. Em uma carta aos líderes do Senado e da Câmara dos Deputados, os proprietários de cinemas fizeram um apelo por ajuda financeira, dizendo temer pelo futuro da indústria, onde afirmam que o fechamento das salas causado pelo coronavírus teve um efeito devastador e que, sem recursos, “os cinemas podem não sobreviver ao impacto da pandemia”.

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