Atriz de “Euphoria” vai estrelar série “Blade Runner 2099”
Hunter Schafer junta-se a Michelle Yeoh na produção da Prime Video derivada dos filmes de sci-fi
Michelle Yeoh vai estrelar “Blade Runner 2099”
A atriz vencedora do Oscar assumirá papel central na nova sequência da franquia sci-fi "Blade Runner"
M. Emmet Walsh, ator de “Sabor de Sangue” e “Blade Runner”, morre aos 88 anos
Conhecido por papéis marcantes, o ator apareceu em mais de 230 projetos de cinema e séries ao longo da carreira
“Deveria ter feito ‘Blade Runner 2′”, lamenta Ridley Scott
Em uma revelação surpreendente, o diretor Ridley Scott afirmou ter se arrependido de abrir mão de dirigir a sequência de “Blade Runner”. O cineasta, que dirigiu o original de 1982, chegou a ser anunciado pela Alcon Entertainment em 2011 à frente da continuação. No entanto, devido a um conflito de agenda, teve que se afastar das funções de diretor, permitindo que Denis Villeneuve assumisse “Blade Runner 2049”. “Não deveria ter que tomar essa decisão”, disse ele em entrevista à revista Empire nesta segunda-feira (7/8). “Eu deveria ter feito ‘Blade Runner 2′”. Em vez da sequência de “Blade Runner”, Scott dirigiu na mesma época “Alien: Covenant”, prólogo de outra franquia que ele lançou em 1979. Enquanto “Blade Runner 2049” teve repercussão positiva, “Alien: Covenant” dividiu a crítica. De volta ao futuro de “Blade Runner 2099” O assunto veio à tona porque o diretor está retornando ao futuro distópico que criou nos anos 1980 na série “Blade Runner 2099” da Amazon Studios. “Sou um dos produtores”, ele confirmou na entrevista. “Está tudo definido para se passar anos à frente [de ‘Blade Runner 2049’]. Para mim, circula a ideia do ‘Admirável Mundo Novo’ de Aldous Huxley”. A série foi mencionada pela primeira vez em novembro de 2021 pelo próprio Ridley Scott, que na ocasião deu poucos detalhes, mas mencionou que o piloto já estava completamente escrito. O primeiro “Blade Runner” é a adaptação de um conto do escritor Philip K. Dick e se passa numa Los Angeles distópica, onde humanos sintéticos de curta vida útil, conhecidos como replicantes, são criados para trabalhar em colônias espaciais. Quando um grupo de replicantes escapa de volta à Terra na esperança de “viver” mais, um policial (interpretado por Harrison Ford) aceita o trabalho de caçá-los e destruí-los. Já a sequência, “Blade Runner 2049”, acompanha um replicante (interpretado por Ryan Gosling) que descobre um segredo que ameaça desestabilizar a sociedade. O filme trouxe de volta o ator Harrison Ford e ainda contou com as adições de Ana de Armas (“Blonde”), Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”) e Jared Leto (“Esquadrão Suicida”). Criada por Silka Luisa (“Iluminadas”), que também vai produzir a atração, “Blade Runner 2099” vai se passar 50 anos após os eventos mostrados no segundo filme. A Amazon adquiriu a série em fevereiro deste ano, com Scott anexado como produtor executivo e com Jeremy Podeswa, diretor de “Game of Thrones”, contratado para comandar o primeiro episódio Entretanto, as gravações foram adiadas até a primavera norte-americana de 2024 devido à greve dos roteiristas e dos atores. Veja o trailer de “Blade Runner 2049”.
Diretor de “Game of Thrones” vai comandar série de “Blade Runner”
O diretor de “Game of Thrones” Jeremy Podeswa foi contratado para comandar o primeiro episódio de “Blade Runner 2099”, minissérie derivada dos filmes de “Blade Runner”, em desenvolvimento na Amazon Prime Video. Indicado ao Emmy quatro vezes por seu trabalho nas séries “Boardwalk Empire”, “Game of Thrones” e “The Pacific”, Podeswa vai trabalhar com o cineasta Ridley Scott. O projeto marcará o retorno do cineasta ao universo de “Blade Runner” depois de dirigir o clássico “Blade Runner: O Caçador de Androides” (1982) e produzir a continuação, “Blade Runner 2049” (2017) – que foi comandada por Denis Villeneuve. A série foi mencionada pela primeira vez em novembro de 2021 pelo próprio Ridley Scott, que na ocasião deu poucos detalhes, mas mencionou que o piloto já estava completamente escrito. O primeiro “Blade Runner” é a adaptação de um conto do escritor Philip K. Dick e se passa numa Los Angeles distópica, onde humanos sintéticos, conhecidos como replicantes, são criados para trabalhar em colônias espaciais. Quando um grupo de replicantes escapa de volta à Terra, um policial (interpretado por Harrison Ford) aceita o trabalho de caçá-los e destruí-los. Já a sequência, “Blade Runner 2049”, acompanha um replicante (interpretado por Ryan Gosling) que descobre um segredo que ameaça desestabilizar a sociedade. O filme trouxe de volta o ator Harrison Ford e ainda contou com as adições de Ana de Armas (“Blonde”), Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”) e Jared Leto (“Esquadrão Suicida”). Criada por Silka Luisa (“Iluminadas”), que também vai produzir a atração, “Blade Runner 2099” vai se passar 50 anos após os eventos mostrados no segundo filme. Até o momento, não se sabe se algum dos atores envolvidos nos filmes anteriores vai retornar para a série ou se a atração vai contar uma história nova, como fez a animação “Blade Runner: Black Lotus”, do canal Adult Swim. “Blade Runner 2099” ainda não tem cronograma de filmagem e nem data de estreia definidos. A nova série será o segundo longa-metragem dirigido por Scott a ganhar adaptação para o streaming. O criador de “Fargo” e “Legion”, Noah Hawley, está desenvolvendo há mais de um ano uma série baseada em “Alien” para a plataforma Hulu (Star+ no Brasil), igualmente com produção da Scott Free, a produtora do cineasta. Assista abaixo aos trailers de “Blade Runner: O Caçador de Androides” e “Blade Runner 2049”.
Gary Friedkin, de “Star Wars”, morre aos 70 anos de complicações da covid-19
O ator Gary Friedkin, que viveu um ewok em “Star Wars: O Retorno de Jedi”, morreu aos 70 anos em decorrência de complicações da covid-19. Ele passou três semanas e meia na UTI antes de morrer na sexta-feira passada (2/12) em Youngstown, Ohio, nos Estados Unidos, mas sua família só comunicou o falecimento neste sábado (10/12), fazendo um apelo: “Nós encorajamos todos a tomar a vacina e as doses adicionais para proteger suas famílias e suas comunidades.” Friedkin tinha nanismo e antes de aparecer como um “ursinhos alienígenas” do planeta Endor, presentes no final da trilogia original de “Star Wars”, filmou as comédias “Hotel das Confusões” (1981) e “Médicos Loucos e Apaixonados” (1982), e outra sci-fi clássica, “Blade Runner” (1982). Ele também participou das séries “Happy Days”, “Além da Imaginação”, “O Desafio” e “Chicago Hope”, interpretou um dos sete anões da versão de 1987 de “Branca de Neve” – em que Diana Rigg (“Game of Thrones”) viveu a Rainha Má – e contracenou com Brad Pitt (“Trem-Bala”) no híbrido animado “Mundo Perdido” (1992). Seu último trabalho foi a comédia romântica “O Maior Amor do Mundo” em 2016, estrelada por Jennifer Aniston, Kate Hudson, Julia Roberts e Jason Sudeikis. Com problemas de saúde, Gary viveu em uma causa de repouso nos últimos cinco anos.
Ridley Scott vai produzir série de “Blade Runner” para a Amazon
O cineasta Ridley Scott (“Casa Gucci”) vai produzir a série “Blade Runner 2099”, que foi oficializada nesta quinta (15/9) pelo serviço de streaming Amazon Prime Video. O projeto marcará o retorno do cineasta ao universo de “Blade Runner” depois de dirigir o clássico “Blade Runner: O Caçador de Androides” (1982) e produzir a continuação, “Blade Runner 2049” (2017) – que foi comandada por Denis Villeneuve. O projeto foi mencionado pela primeira vez em novembro do ano passado pelo próprio Ridley Scott, que na ocasião deu poucos detalhes, mas mencionou que o piloto já estava completamente escrito. Criada por Silka Luisa (“Iluminadas”), que também vai produzir a atração, “Blade Runner 2099” vai se passar 50 anos após os eventos mostrados no filme de Villeneuve. “O ‘Blade Runner’ original, dirigido por Ridley Scott, é considerado um dos maiores e mais influentes filmes de ficção científica de todos os tempos, e estamos empolgados em apresentar ‘Blade Runner 2099’ aos nossos clientes globais do Prime Video”, disse Vernon Sanders, chefe da divisão global de televisão da Amazon Studios, em comunicado oficial. “Estamos honrados em poder apresentar esta continuação da franquia ‘Blade Runner’ e estamos confiantes de que, com a união de Ridley, Alcon Entertainment, Scott Free Productions e a incrivelmente talentosa Silka Luisa, ‘Blade Runner 2099’ manterá o intelecto, os temas e o espírito dos seus filmes antecessores.” O primeiro “Blade Runner” é a adaptação de um conto do escritor Philip K. Dick e se passa numa Los Angeles distópica, onde humanos sintéticos, conhecidos como replicantes, são criados para trabalhar em colônias espaciais. Quando um grupo de replicantes escapa de volta à Terra, um policial (interpretado por Harrison Ford) aceita o trabalho de caçá-los e destruí-los. Já a sequência, “Blade Runner 2049”, acompanha um replicante (interpretado por Ryan Gosling) que descobre um segredo que ameaça desestabilizar a sociedade. O filme trouxe de volta o ator Harrison Ford e ainda contou com as adições de Ana de Armas (“Blonde”), Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”) e Jared Leto (“Esquadrão Suicida”). Até o momento, não se sabe se algum dos atores envolvidos nos filmes anteriores vai retornar para a série ou se a atração vai contar uma história nova, como fez a animação “Blade Runner: Black Lotus”, do canal Adult Swim. “Blade Runner 2099” ainda não tem cronograma de filmagem e nem data de estreia definidos. A nova série será o segundo longa-metragem dirigido por Scott a ganhar adaptação para o streaming. O criador de “Fargo” e “Legion”, Noah Hawley, está desenvolvendo há mais de um ano uma série baseada em “Alien” para a plataforma Hulu, igualmente com produção da Scott Free, a produtora do cineasta. Ridley Scott atualmente está envolvido na pós-produção de “Napoleon” (produzido com o título de trabalho de “Kitbag”), cinebiografia do imperador Napoleão Bonaparte estrelada por Joaquin Phoenix (“Coringa”), que ainda não tem previsão de lançamento. Assista abaixo ao trailer de “Blade Runner: O Caçador de Androides”.
Joe Turkel: Ator de “O Iluminado” e “Blade Runner” morre aos 94 anos
O ator Joe Turkel, lembrado por participações marcantes nos filmes “O Iluminado” (1980) e “Blade Runner” (1982), morreu aos 94 anos durante a última segunda-feira (27/6) na Califórnia. A notícia foi revelada na noite de sexta (1/7) por um representante do artista em nota à imprensa. A causa da morte não foi revelada, mas o ator estava internado no Hospital St. John em Santa Monica. Ele participou de mais de 100 filmes e séries, numa carreira iniciada no auge do ciclo do cinema noir no final da década de 1940, quase sempre no papel de capanga secundário. Foi num noir que Turkel iniciou sua parceria com Stanley Kubrick, vivendo um atirador no tiroteio climático de “O Grande Golpe” (1956). Seu desempenho no pequeno papel agradou e ele foi convocado a ter uma participação maior no drama de guerra “Glória Feita de Sangue” (1957), como um soldado enviado para o pelotão de fuzilamento. Este foi o trabalho favorito de Turkell, que considerava a obra de Kubrick o melhor filme de sua carreira. O magricela nascido em 1927 no Brooklyn, Nova York, continuou fazendo filmes noir até o gênero sair de moda e daí foi viver gângsteres na televisão. Interpretou cinco capangas diferentes só na série “Os Intocáveis”, entre 1960 e 1963. E então foi lembrado por Roger Corman para ser um dos mafiosos de “O Massacre de Chicago” (1967). Outro diretor famoso com quem trabalhou foi Robert Wise, que o escalou em “O Canhoneiro do Yang-Tsé” (1965), ao lado de Steve McQueen, e no filme de desastre “O Dirigível Hindenburg” (1975). Kubrick voltou a chamá-lo em 1980 para viver o papel do barman fantasma de “O Iluminado” (1980), que servia bebidas imaginárias para o alucinado personagem de Jack Nicholson. Com essa participação, Turkel se tornou um dos poucos atores a trabalhar três vezes com o celebrado diretor. Turkel participou apenas de duas cenas de “O Iluminado”, mas disse 96 palavras e ficou semanas trabalhando na produção, às vezes mais de 13 horas por dia. No livro “Science Fiction Film Directors” (2000), de Dennis Fischer, ele contou que perguntou a Kubrick por que ele pediu uma 17ª tomada de um ator simplesmente andando por um corredor. “Eu trabalhei quatro anos preparando este filme, eu quero que seja perfeito pra caral*o”, foi a resposta. O impacto de “O Iluminado” nos cinemas convenceu Ridley Scott que Turkel seria o ator perfeito para viver o gênio da cibernética Eldon Tyrell, fundador da Tyrell Corporation e responsável pela criação dos replicantes na sci-fi “Blade Runner” (1982). Foi novamente uma participação breve, mas muito mais emblemática, com frases marcantes e uma morte memorável, esmagado após um beijo pelo replicante Roy Batty (Rutger Hauer). Ele voltou ao papel no videogame de “Blade Runner”, lançado em 1997. A dublagem de Tyrell no jogo foi seu último trabalho como ator.
Philip K. Dick, autor de “Blade Runner”, vai ganhar cinebiografia
Escritor de obras clássicas da ficção científica, que resultaram em filmes e séries como “Blade Runner”, “Vingador do Futuro” e “O Homem do Castelo Alto”, Philip K. Dick vai ter sua vida transformada em filme. O produtor Jon Shestack (“Força Aérea Um”) adquiriu os direitos de uma biografia escrita por Paul Williams, amigo e executor do espólio do escritor. Intitulado “Only Apparent Real”, o filme terá como foco a vida bizarra de Philip K. Dick, mostrando especialmente um episódio de invasão em sua casa no início dos anos 1970, tão nebuloso que pode ter ocorrido realmente ou não. Nesta ocasião, alguns de seus manuscritos teriam sido roubados. Dick estava no meio do quarto divórcio, tentando deixar o vício em anfetaminas e enfrentando um bloqueio criativo. Além disso, segundo a biografia, ele poderia estar sob vigilância do governo americano. Em meio a todo este caos, acontece a suposta invasão e o roubo de seus manuscritos. Qualquer relato sobre a vida do escritor, morto em 1982, aos 53 anos, precisa lidar com o fato de que ele parecia viver em uma realidade alternativa, ou melhor, entre algumas realidades. Após vários anos lidando com problemas de ansiedade e uso de drogas, vieram alucinações, delírios paranoicos e a certeza de que estava entre duas realidades, uma no presente e outra… no Império Romano. Com mais de 40 livros e 100 contos publicados, o trabalho de Dick costuma ser baseado numa visão paranoica em que há, quase sempre, um duelo entre realidade e percepção, o que se traduziu em sua própria vida pessoal. Um de seus trabalhos mais famosos trata, justamente, de realidade paralela: “O Homem do Castelo Alto”, que venceu o prêmio Hugo (o Oscar da sci-fi) de Melhor Livro em 1963 e foi adaptado em 2015 numa das séries de maior audiência da Amazon Prime Video. Já a primeira adaptação para as telas aconteceu em 1982, quando Ridley Scott dirigiu “Blade Runner”, baseado num conto dos anos 1960. Outros longas famosos inspirados nas publicações de Dick incluem “O Vingador do Futuro” (1990), com Arnold Schwarzenegger, e “Minority Report” (2002), estrelado por Tom Cruise. Vários de seus contos também inspiraram a série de antologia “Electric Dreams”, dedicada a sua obra na plataforma da Amazon. Ainda em estágio inicial, “Only Apparent Real” está sendo escrito por Michael Richter (“Torn”, premiado em festivais indies), mas ainda não tem estúdio ou previsão de estreia. Vale observar que o produtor Jon Shestack vem desenvolvendo projetos para a Netflix, como o vindouro thriller de ficção científica “Old Man’s War”. A produção já planeja filmar as primeiras cenas em San Rafael, na Califórnia, onde Dick viveu, no segundo semestre de 2022.
Vangelis (1943–2022)
O compositor grego Vangelis, vencedor do Oscar pelo clássico “Carruagens de Fogo” (1981), morreu na terça-feira (17/5) num hospital da França, aos 79 anos, de causa não divulgada. Vangelis era nome artístico de Evángelos Odysséas Papathanassíu, que ele assumiu ao iniciar a carreira como tecladista de bandas de rock progressivo, como Forminx e Aphrodite’s Child (cujo vocalista era Demis Roussos). Ele começou a compor trilhas nos anos 1960, quando ainda era roqueiro, mas logo se viu cheio de trabalho neste segmento, tanto no cinema quanto na TV grega. Em 1976, fez sua primeira trilha internacional, para a produção britânica “O Jogo da Trapaça”, o que o levou a trocar de vez os palcos pelos estúdios de cinema. Apesar da longa carreira, ele só foi estourar em Hollywood após o drama esportivo “Carruagens de Fogo” (1981), de Hugh Hudson, impressionar o público mundial. A história da equipe de atletismo britânica nas Olimpíadas de Paris, de 1924, venceu o Oscar de Melhor Filme, mas foi o Oscar de Trilha Sonora que ficou marcado até hoje, tamanha a popularidade atingida pelo trabalho do compositor grego. A música-tema de “Carruagens de Fogo” acabou se tornando hino esportivo, sendo usada em transmissões de eventos de atletismo em todo o mundo, inclusive na cobertura televisiva das Olimpíadas de Los Angeles e Londres, e a corrida de São Silvestre no Brasil. O sucesso fez Vangelis ser contratado para seu primeiro projeto americano. E foi outro fenômeno: a trilha de “Blade Runner” (1982). As músicas do filme de Ridley Scott passaram a embalar todo o tipo de comercial televisivo e serviram de base para outros trabalhos baseados na franquia, lançados nos últimos anos. O músico voltou a trabalhar com Ridley Scott dez anos depois, em “1492: A Conquista do Paraíso” (1992), e se juntou a vários outros mestres do cinema mundial. Os destaques de sua filmografia incluem “Desaparecido” (1982), que rendeu um Oscar para seu conterrâneo Costra Gavras, “Antártica” (1983), do japonês Koreyoshi Kurahara, “Rebelião em Alto Mar” (1984), do australiano Roger Donaldson, “Francesco: A História de São Francisco de Assis” (1989), da italiana Liliana Cavani, “Lua de Fel” (1994), do franco-polonês Roman Polanski, e “Alexandre” (2004), do americano Oliver Stone. Nos últimos tempos, Vangelis vinha se especializando em músicas para documentários. Chegou a fazer até a trilha do registro da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, conhecida como Rio 92, acompanhando o lendário oceanógrafo-cineasta Jacques-Yves Cousteau. Ele também compôs músicas para missões espaciais da NASA em 2001 e em 2013, trabalho que lhe rendeu uma Medalha de Serviço Público Excepcional. Lembra abaixo os hits mais famosos do compositor.
Alan Ladd Jr. (1937–2022)
O produtor vencedor do Oscar Alan Ladd Jr. morreu nesta quarta-feira (2/3) aos 84 anos. Filho do lendário Alan Ladd, ator de clássicos dos anos 1940 e 1950 como “Alma Torturada” e “Os Brutos Também Amam”, o produtor foi um dos executivos mais influentes de Hollywood, responsável por lançar “Star Wars” e vários blockbusters que ganham continuações até hoje. Ladd Jr. raramente falava de seu pai, que morreu de aparente suicídio aos 50 anos, e foi criado por sua mãe longe de Hollywood. Seu primeiro emprego foi na imobiliária de seu padrasto. Mas sempre foi cinéfilo e, numa viagem a Londres, encontrou abertura para investir em produções independentes, lançado filmes britânicos no começo dos anos 1970: “O Preço de Amar”, “O Vilão”, “Amantes Infieis” e “Os que Chegam com a Noite”, estrelado por Marlon Brando, que fez sucesso nos EUA e o levou a Los Angeles. Em 1973, ele ingressou na 20th Century Fox como vice-presidente de produção, chegando a chefe de produção em 1974 e a presidente do estúdio em 1976. Embora a ascensão tenha sido rápida, ela se deu por meio de escolhas decisivas para a empresa, como o investimento em projetos controversos como “A Profecia”, “O Jovem Frankenstein”, “A Última Loucura de Mel Brooks” e “Guerra nas Estrelas”. Só este último filme rendeu US$ 500 milhões em seu lançamento, uma quantia nunca antes vista, fazendo com que, em cinco anos, Ladd quadruplicasse a receita e os lucros líquidos da Fox – de 1974 até sua saída em 1979. O detalhe é que ele foi considerado louco por bancar a visão do cineasta George Lucas. Ladd precisou colocar subalternos em seus lugares e contrariar o mercado cinematográfico inteiro para aprovar a produção de “Guerra nas Estrelas”, que, com orçamento de US$ 10 milhões, tinha sido recusado por todos os outros estúdios por ser considerado caro demais para valer o risco. A História mostrou quem tinha razão. O lançamento do filme em 1977 criou a era dos blockbusters modernos e dividiu o cinema em antes e depois de “Star Wars”. O Instagram oficial da Lucasfilm reconheceu a importância do produtor para a franquia numa homenagem póstuma, destacando que o “amigo querido” “ficou do lado de George [Lucas] naqueles dias iniciais, e seu impacto em ‘Star Wars’ não pode ser subestimado”. Carinhosamente conhecido na indústria como Laddie, Alan Ladd Jr. era respeitado por muitos e desdenhado por outros ao utilizar seu gosto como fator para fechar contratos, investir em projetos visionários e manter um perfil discreto e cordial em meio às suas conquistas, o que o distinguia do estilo extravagante, falastrão e processado por assédio que se tornou padrão em Hollywood nos últimos anos. Ele chegou a surpreender a indústria ao abandonar seu emprego de US$ 2 milhões por ano como chefe da 20th Century Fox porque sua equipe não estava sendo compensada o suficiente pelo sucesso de blockbusters como “Star Wars” e “Alien”. Poucos lembram, mas “Alien” também foi uma batalha pessoal de Ladd, que entendeu a importância de transformar Ripley (personagem masculino no roteiro original) em mulher, atendendo uma mudança solicitada pelo diretor Ridley Scott. Interpretada por Sigourney Weaver, a personagem foi a primeira heroína de ação moderna, inovando os blockbusters americanos. Após sair da Fox, o estúdio afundou com vários fracassos consecutivos, só voltando a se recuperar no final dos anos 1980. Já Ladd fundou sua própria produtora, a Ladd Co., que se tornou pioneira das produtoras “boutique”, empresas de cinema que atuam de forma independente, mas em aliança contratual com grandes estúdios – em seu caso, em parceria com a Warner Bros. Entre os diversos lançamentos históricos da Ladd Co., encontram-se filmes como “Corpos Ardentes”, “Era uma vez na América”, “Os Eleitos”, “Blade Runner”, “Loucademia de Polícia” e “Carruagens de Fogo”, que surpreendeu expectativas ao vencer o Oscar de Melhor Filme em 1981. Mas muitos de seus filmes de prestígio acabaram dando prejuízo. Hoje cultuadíssimo, “Blade Runner” de Ridley Scott foi um fracasso caríssimo em 1982. Isso fez com que ele voltasse aos grandes estúdios em meados dos anos 1980, virando presidente da MGM, por onde lançou “Feitiço da Lua”, que rendeu o Oscar para Cher, “Um Peixe Chamado Wanda” e “Rain Man”, vencedor do Oscar em 1989. Mas Ladd não ficou muito tempo à frente da MGM, saindo antes de conquistar o Oscar por “Rain Man”, quando o estúdio foi vendido. Em nova incursão independente, o produtor mostrou que continuava atento às novas tendências, lançando o hit “Thelma e Louise”, nova parceria com Ridley Scott, que revigorou o cinema de ação feminista em 1991 e o ajudou a reformar a Ladd Co, por onde produziu “Coração Valente”, épico estrelado e dirigido por Mel Gibson, que venceu o Oscar em 1996. Ladd se aposentou com o lançamento de “Medo da Verdade” em 2007, suspense que inaugurou a carreira de Ben Affleck como diretor. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Industrial Light & Magic (@ilmvfx)
“Blade Runner” vai virar série da Amazon
O Amazon Studios está trabalhando em uma série live-action passada no universo de “Blade Runner”. Intitulada “Blade Runner 2099”, a atração será uma sequência do último filme da franquia, “Blade Runner 2049”. O título também indica que a trama se passará 50 anos após o último filme, justificando assim uma troca completa de elenco. A adaptação está sendo desenvolvida por Silka Luisa, criadora da vindoura série “Shining Girls”, estrelada por Elizabeth Moss e Wagner Moura, que estreia em abril na Apple TV+. Já a produção é compartilhada pela Alcon Entertainment, que produziu o último filme, e a Scott Free, empresa do cineasta Ridley Scott, diretor do primeiro “Blade Runner” de 1982. Segundo apurou o site Deadline, Scott também estaria disposto a dirigir alguns episódios – como fez recentemente na série “Raised by Wolves”. O projeto foi mencionado pela primeira vez em novembro do ano passado pelo próprio Ridley Scott, que na ocasião deu poucos detalhes, mas mencionou que o piloto já estava completamente escrito. Segundo o Deadline, “Blade Runner 2099” é tido como prioridade para a plataforma da Amazon. Por isso, o estúdio já faz o acompanhamento dos roteiros, embora a equipe ainda não esteja completa, e começa a programar datas para iniciar a produção. Além dos dois longas-metragens exibidos no cinema, a franquia inspirada num conto do escritor Philip K. Dick também é base para uma recente série animada, “Blade Runner: Black Lotus”, que encerrou sua 1ª temporada no domingo passado (6/2) nos EUA, onde foi exibida pelo Adult Swim. A nova série será o segundo longa-metragem dirigido por Scott a ganhar adaptação para o streaming. O criador de “Fargo” e “Legion”, Noah Hawley, está desenvolvendo há mais de um ano uma série baseada em “Alien” para a plataforma Hulu, igualmente com produção da Scott Free.









