Thriller de ação Ponto de Vista vai virar série
A rede NBC encomendou o piloto de uma série baseada no filme “Ponto de Vista” (Vantage Point), trama de suspense sobre uma tentativa de assassinato do Presidente dos Estados Unidos. Estrelado por Dennis Quaid, Matthew Fox, Forest Whitaker, William Hurt e Sigourney Weaver, o thriller de 2008 apresentava seu mistério por partes, reunindo testemunhas com diferentes visões do atentado, até que todas peças juntas formassem um quadro inesperado. Segundo a sinopse divulgada, a série vai adaptar essa premissa para a “era das notícias falsas”, em que “a verdade pode parecer inadequada na melhor das hipóteses e distorcida na pior”. “Ao abraçar uma infinidade de perspectivas diferentes – que vão desde agentes do governo a informantes civis a espectadores inocentes – os espectadores se encontrarão na posição única de decidir o que realmente aconteceu”, completa o texto. A adaptação está a cargo do próprio roteirista do filme, Barry L. Levy, que trabalhará em conjunto com seu produtor de 2008, Neil H. Moriz. O projeto é o terceiro filme que a Sony TV está tentando transformar em série na rede NBC. O estúdio também emplacou pilotos baseados nos longas “Encontrando Forrester” (2000) e “Tomates Verdes Fritos” (1991). Veja abaixo o trailer eletrizante do filme original, com várias reviravoltas que se prestam à ganchos de episódios semanais.
Terrorista pede testemunho de Clint Eastwood em julgamento na França
A defesa do terrorista marroquino Ayoub el Khazzani, que tentou cometer um atentado armado, disparando a bordo de um trem europeu em agosto de 2015, tentou convocar o veterano cineasta Clint Eastwood como testemunho de seu julgamento, que começou na segunda-feira (16/11) em Paris. A advogada de Khazzani pediu à corte que Eastwood fosse intimado a comparecer como testemunha, alegando que ele poderia “lançar alguma luz” sobre a autenticidade das cenas de seu filme “15h17: Trem para Paris”, que retrata o atentado. O filme de Eastwood se baseia em um livro escrito por três militares americanos que estavam a passeio no trem e impediram o atentado. Os próprios heróis da vida real interpretaram a si mesmos no longa, que, por conta disso, teria bastante veracidade. Só que em seu depoimento, Khazzani disse que tinha decidido desistir do ataque no último segundo, mas que acabou sendo tarde demais para evitar o confronto com os militares, segundo uma fonte judicial ouvida pela agência Reuters. O filme de Eastwood não mostra esta suposta mudança de opinião, e a advogada de defesa teme que isso possa influenciar o júri durante o julgamento. Ela queria questionar Eastwood sobre quais instruções deu sobre a cena ao dirigi-la. O pedido para intimar o cineasta americano acabou rejeitado pela procuradoria francesa, com a alegação de que ele não testemunhou o incidente e que não faria sentido convocar um homem de 90 anos a viajar dos EUA até Paris para dizer exatamente isto durante uma pandemia. Veja o trailer do filme abaixo.
Porchat vence prêmio por Especial de Natal e afirma: “Se Jesus voltasse, voltaria gay”
O comediante Fabio Porchat recebeu o prêmio de Melhor Roteiro de Comédia da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA) pelo especial de Natal do Porta dos Fundos, “A Primeira Tentação de Cristo”, produzido pela Netflix. Ao receber o prêmio (compartilhado com o roteirista Gustavo Martins), Porchat recordou por videochamada a tentativa de censura e o atentado praticado contra a sede do Porta dos Fundos em decorrência do roteiro retratar Jesus como um homem gay. “No Porta dos Fundos, a gente não vê polêmica neste especial. Ser gay não é um problema, não é uma falha, não é uma questão de caráter. Ser gay é uma característica. Então, Jesus ser gay não depõe contra Jesus. Ao contrário”, iniciou ele. Porchat ainda defendeu que, se Jesus voltasse hoje, ele provavelmente seria homossexual. “Tenho certeza que se Jesus voltasse, e tenho certeza que já tentou, ele teria voltado gay, travesti, mulher, preta e teria morrido em três dias, e não em 33 anos”, acrescentou. Ele também lembrou que o Porta dos Fundos fará outro especial de Natal em 2020. “E se tentam nos intimidar falando que a gente não pode falar nada, que a gente não deve tocar neste assunto, fique sabendo que dia 10 de dezembro estreia o especial de Natal do Porta dos Fundos no YouTube chamado ‘Teocracia em Vertigem’. Fiquem atentos porque a gente não se cala. A gente não vai se calar”, enfatizou. O novo especial não será exibido na Netflix, que, ao contrário de Porchat, não demonstrou disposição para enfrentar outra leva de reações conservadoras. Neste ano, a produção será destaque do canal do YouTube do Porta dos Fundos.
Paulo Betti cria polêmica ao dizer que facada em Bolsonaro foi “mais ou menos correta”
O ator Paulo Betti criou polêmica ao afirmar na quarta (30/9), durante uma entrevista ao UOL, que a facada em Bolsonaro, quando ele ainda era candidato à presidência, foi “mais ou menos correta, mas não total”. “No meio da multidão, isso não estava previsto. Ninguém tinha previsto que ia aparecer um maluco a golpear a camisa amarela onde estava escrito ‘Brasil acima de tudo’ ali e cravar uma faca ainda de maneira mais ou menos correta, mas não total. Desgraçado!”, disse Paulo Betti, condenando a inépcia do autor do crime e também o resultado do atentado – a eleição de Bolsonaro. A fala foi uma resposta de Betti sobre uma pergunta a respeito da vitória de Bolsonaro, que o ator ligou ao “imponderável”, citando o episódio da facada. Vários perfis de direita divulgaram a frase fora do contexto. Carlos Bolsonaro, filho do presidente, chegou a tuitar: “Quem mandou matar Bolsonaro? Qualquer um sabe que foi um ex-integrante do PSOL, então, outros vão surgindo e mostrando todo seu ‘amor’, como Álvaro Dias e afins. Hoje, surge mais um, cujo passado dispensa qualquer comentário a mais! Autoridades, os senhores estão por aí?”. O apresentador do “Morning Show” da Jovem Pan, Paulo Mathias, também se manifestou chamando Paulo de “personificação do delírio da ultraesquerda brasileira”. Atacado pela “ultradireita brasileira”, Paulo Betti ainda não voltou a se manifestar sobre o assunto.
Responsável pelo atentado contra Porta dos Fundos vira réu por tentativa de homicídio
Eduardo Fauzi Richard Cerquise, o homem identificado como um dos responsáveis pelo atentado à bomba contra a sede da produtora Porta dos Fundos em dezembro do ano passado, vai responder por tentativa de homicídio. Ele se tornou réu nesta terça-feira (22/9), quando a 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ). Após fugir para o exterior, ele foi preso pela Interpol em Moscou, na Rússia, no começo de setembro e aguarda a extradição para o Brasil. A mesma decisão que tornou Fauzi réu também determinou sua prisão preventiva, de modo que ele desembarcará no aeroporto e irá diretamente para um presídio. Após ser identificado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como um dos cinco homens que jogaram coquetéis molotov na sede da produtora, na véspera de Natal, o próprio suspeito assumiu a autoria do crime em postagens nas redes sociais. Em sua denúncia, o MP-RJ considera que, ao lançar os artefatos explosivos, Fauzi assumiu o risco de matar o vigilante que estava trabalhando na portaria do edifício. Como a porta de acesso ao edifício é de vidro, o vigilante podia ser visto pelo lado externo. Ainda segundo o Ministério Público, o vigilante só não morreu porque teve pronta reação, conseguindo controlar o incêndio causado e fugir do imóvel, apesar de a portaria ser pequena, com apenas uma saída. De acordo com a acusação, o delito tem o agravante de ter sido praticado por motivo fútil. O ataque aconteceu porque o grupo do qual Fauzi fazia parte não gostou do especial de fim de ano produzido pelo Porta dos Fundos para a Netflix, em que Jesus foi retratado como gay. Além do crime, os responsáveis pelo atentado divulgaram um vídeo de teor similar ao de organizações terroristas, usando máscaras, fazendo ameaças e incentivando o ódio contra os humoristas. Ao aceitar a denúncia, o juiz Alexandre Abrahão, da 3ª Vara Criminal do Rio, concluiu haver indícios de autoria, com base no relato da vítima e de testemunhas, assim como risco à garantia da ordem pública caso o acusado seja mantido em liberdade. Já a defesa do agora réu, em nota à imprensa, afirmou que Fauzi não arremessou qualquer artefato contra a produtora e diz que “recebeu com surpresa” a decisão judicial de aceitar a denúncia. “Soa absurdo que, mesmo havendo um laudo pericial extenso” e “vários estudos do Instituto de Criminalística da Polícia do RJ afirmando que não houve explosão e risco contra a vida de qualquer pessoa”, Fauzi seja julgado “como um homicida”. O escritório ROR Advocacia Criminal, que defende Fauzi, afirma ainda que “demonstrará a desnecessidade da decretação da prisão preventiva” e provará a inocência de seu cliente “de forma cristalina”. O MP espera que, para provar que não arremessou o conteúdo explosivo, o réu nomeie os comparsas responsáveis pelo ato criminoso, até agora não identificados.
Responsável pelo atentado contra Porta dos Fundos é preso na Rússia
Eduardo Fauzi Richard Cerquise, o homem identificado como um dos responsáveis pelo atentado à bomba contra a sede da produtora Porta dos Fundos em dezembro do ano passado, foi preso pela Interpol em Moscou, na Rússia. Segundo o jornal O Globo, o Ministério da Justiça já foi avisado e começou os trâmites para sua extradição para o Brasil. Após ser identificado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como um dos cinco homens que jogaram coquetéis molotov na seda da produtora, na véspera de Natal, o próprio suspeito assumiu a autoria do crime em postagens nas redes sociais. O motivo do ataque foi uma reação ao especial de fim de ano produzido pelo Porta dos Fundos para a Netflix, em que Jesus foi retratado como gay. Segundo a investigação, o integrante do movimento integralista, da extrema direita brasileira, embarcou para a Rússia, onde moram sua namorada e seu filho, no dia 29 de dezembro. Seu mandado de prisão foi expedido no dia seguinte, o que o fez pedir asilo político. Não conseguiu e agora poderá revelar os nomes de seus cúmplices no ataque, inclusive quem o avisou para fugir. “Achavam que fui muito estúpido pra não cobrir o rosto e não alterar a voz, mas fui conectado o suficiente pra ser avisado do mandado [de prisão] a tempo de viajar pra fora do país”, afirmou Fauzi em sua primeira entrevista após chegar na Rússia, quando também, ao vangloriar-se de sua esperteza, confessou o crime.
Porta dos Fundos sai da Netflix e negocia novo Especial de Natal com a Amazon
Depois de criar muita polêmica, o especial de Natal do Porta dos Fundos vai mudar de plataforma de exibição. Em vez de causar confusão para a Netflix, o grupo negocia com a Amazon para disponibilizar a edição de 2020 no serviço Prime Video. Ainda há proposta de outra plataforma de streaming, segundo apurou o colunista Fefito, do UOL, mas o que está certo é que ele não será mais exibido pela Netflix. Vale lembrar que a Amazon já disponibilizada a série “Homens”, estrelada por Fábio Porchat e originalmente transmitida pelo canal pago Comedy Central. Ou seja, existe uma relação comercial entre as partes. Independente disso, o plano é gravar o especial no próximo mês, no Rio de Janeiro. O roteiro já estaria finalizado. Os dois últimos especiais deram muito o que falar. “Se Beber, Não Ceie” gerou protestos de grupos religiosos por mostrar os apóstolos bêbados em 2018. Mas o confronto se ampliou exponencialmente no ano seguinte, com “A Primeira Tentação de Cristo”, que insinuava a homossexualidade de Jesus e juntou religiosos, políticos e extremistas de direita numa campanha de ódio, que culminou com atentado à bomba contra a sede do Porta dos Fundos. Em meio aos protestos, a Netflix teve que recorrer ao Supremo Tribunal Federal para manter o programa no ar, porque houve até ordem judicial para que o conteúdo fosse removido de seu catálogo.
Primeira mulher a dirigir filmes no Afeganistão é baleada em atentado
A atriz e cineasta Saba Sahar, primeira mulher a dirigir filmes no Afeganistão, foi baleada em Cabul, capital do país, num ataque planejado para matá-la. De acordo com a BBC, Sahar estava viajando a trabalho na terça (25/8), quando três homens armados abriram fogo contra o seu carro. Ela foi levada a um hospital e passou por uma cirurgia. A gravidade dos ferimentos, porém, ainda não foi informada. Além de Sahar, haviam outras pessoas no carro: dois seguranças, o motorista e uma criança. Os seguranças também foram atingidos, mas o motorista e a criança foram poupados. “Cheguei ao local e encontrei todos eles feridos”, disse Emal Zaki, marido de Sahar, à BBC. “Ela recebeu os primeiros socorros e nós a transferimos para o hospital de emergência e depois para o hospital da polícia”, acrescentou. Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, mas Sahar enfrentava ameaças de fundamentalistas talibãs, que proíbem mulheres de estudar e trabalhar, ao se tornar uma importante ativista dos direitos femininos no país. Ela fez a transição de estrela do cinema afegão da era pré-talibã para cineasta em 2004 com “The Law”, filme sobre justiça e corrupção na instável democracia afegã, estabelecida após a derrota dos talibãs pelas forças dos EUA, e também assinou o documentário “Traumfabrik Kabul” (2011), sobre a importância de divulgar a luta feminina no país. Na ocasião, ela deu uma impactante entrevista ao jornal britânico The Guardian. “Quero mostrar que as mulheres afegãs são capazes de fazer qualquer coisa que os homens fazem. Quero mostrar aos conservadores que trancam suas filhas e esposas em casa que devem deixá-las sair para estudar, ganhar algum dinheiro e ajudar a reconstruir o Afeganistão”, declarou, contando que, por causa disso, tinha sido marcada para morrer. . Sahar revelou que recebia várias ameaças de morte por meio de ligações anônimas. “Eles me dizem para dizer adeus aos meus entes queridos, porque eu logo estarei morta.” A diretora não se intimidou e denunciou as ligações às autoridades. O resultado? “Eles me ligaram novamente e perguntaram por que eu fui às autoridades”, disse ao Guardian. “Eles falaram que, mesmo que todo o governo esteja me apoiando, ainda iam me matar. ‘Vamos matá-la na rua, em público’.” “Fazer filmes é minha paixão”, ela continuou. “Eu amo meu país. Quero mostrar às pessoas que há mais no Afeganistão do que guerra, drogas e terrorismo. Se eu morrer por exigir meus direitos e inspirar outras mulheres a lutar pelos delas, então estou pronta para perder minha vida. ” Após o atentado, a Anistia Internacional afirmou que tem ocorrido um aumento “extremamente preocupante” de atos contra personalidades culturais e ativistas no Afeganistão, após a decisão de Donald Trump de promover um “acordo de paz” com os guerrilheiros fundamentalistas, inimigos declarados dos direitos humanos.
Polícia prende suspeito de incendiar estúdio de animação e matar 36 pessoas no Japão
A polícia japonesa anunciou nesta quarta-feira (27/5) que prendeu oficialmente o principal suspeito do incêndio criminoso de um estúdio de animação em Kyoto, que causou 36 mortes e deixou cerca 30 feridos no ano passado, incluindo o próprio suspeito, que permaneceu hospitalizado por um longo tempo. “Prendemos Shinji Aoba, 42, por suspeita de ter matado 36 pessoas por incendiar” o Kyoto Animation (Kyoani) em 18 de julho de 2019, disse um porta-voz da polícia. Shinji Aoba foi preso logo após o incêndio, mas, por ter sofrido queimaduras graves, foi hospitalizado e passou várias semanas em coma. Ele ainda está se recuperando, mas a polícia montou um centro médico em uma delegacia para interrogatório, esperando ele despertar para determinar sua prisão, revelou a rede de TV NHK. De acordo com várias testemunhas, o suspeito invadiu o prédio do estúdio, derramou gasolina e lançou fogo, gritando “Você vai morrer”. O motivo do ataque é desconhecido. O que se sabe é que Aoba nunca teve contato com o Kyoto Animation, mas supostamente acusou o estúdio de roubar a ideia de um roteiro que ele estava desenvolvendo. Segundo a imprensa, ele sofre de uma doença mental e, em 2012, cometeu um assalto num supermercado pelo qual foi condenado a mais de três anos de prisão. A tragédia do Kyoani repercutiu no Japão e no exterior, pois o estúdio tinha muitos funcionários jovens, especialmente mulheres. Esses profissionais carregavam “a indústria de animação japonesa nos ombros …”, disse o presidente da empresa, Hideaki Hatta, após o ataque. O estúdio de três andares era um dos mais tradicionais da animação japonesa. Foi criado em 1981 e produz animações de cinema e televisão. Entre suas produções, estão o clássico “Robotech”, “A Voz do Silêncio”, “Full Metal Panic”, “K-On”, “Violet Evergarden”, “Clannad” e “A Melancolia de Haruhi Suzumiya”. Depois do atentado com dezenas de mortos, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, classificou o crime como “assombroso demais para as palavras”.
Charlie Sheen nega ter abusado de Corey Haim e recebe apoio da mãe do ator
Charlie Sheen está negando de forma veemente a acusação feita por Corey Feldman em seu documentário, “(My) Truth: The Rape of Two Coreys”, que alega que a estrela de “Dois Homens e Meio” estuprou o falecido Corey Haim quando este era menor. Um porta-voz do ator emitiu um comunicado sucinto em que afirma: “Essas alegações doentes, distorcidas e estranhas nunca ocorreram. Ponto final. Peço a todos que considerem a fonte e leiam o que a mãe de Corey, Judy Haim, tem a dizer”. Judy, por sua vez, disse: “Eu sinto que essa é uma grande acusação sem nenhuma prova e sem o meu filho estar aqui para se defender. Eu estou firme em dizer que Charlie NÃO fez isso. Isso, é claro, nunca aconteceu. Infelizmente, Feldman perdeu a cabeça e o pior é que ele acha que essa é uma ótima maneira de comemorar os dez anos da morte do meu filho”. Corey Haim morreu em 2010 aos 38 anos. No documentário, Feldman alega que ele sofreu abuso de Sheen durante as filmagens de “A Inocência do Primeiro Amor” (1986), que ambos protagonizaram. Na época, Sheen tinha 19 anos, enquanto Haim tinha 13. A primeira vez que essas acusações surgiram foi em 2017, mas em outro contexto – teria sido por vontade própria de Haim. Na época, Sheen também negou as alegações e instaurou processos legais por difamação contra o responsável pela declaração – o ator Dominick Brascia (“Sexta-Feira 13 – Parte 5: Um Novo Começo”), que acabou morrendo em 2018. Judy Haim acredita que Dominick Brascia foi quem, na verdade, abusou de seu filho, e teria lançado essa cortina de fumaça para escapar da acusação. Brascia também é nomeado como suposto molestador de Haim no documentário de Feldman, lançado em Los Angeles na segunda-feira. Feldman ainda afirma ter sido, ele próprio, abusado sexualmente por outros três homens quando jovem: o ator Jon Grissom, o dono de boate Alphy Dominick e o empresário de jovens talentos Marty Weiss. “(My) Truth: The Rape of Two Coreys” deveria ter sido disponibilizado online para o grande público, mas isso não aconteceu.
Corey Feldman acusa Charlie Sheen de estuprar Corey Haim quando este era menor
Corey Feldman, que foi um dos atores mirins mais famosos dos anos 1980 – estrela de “Os Goonies”, “Conta Comigo”, “Garotos Perdidos”, etc – , lançou na noite de segunda (9/3) o documentário “My Truth: The Rape of Two Coreys”, em que ele denuncia os homens que supostamente teriam abusado sexualmente dele e do amigo Corey Haim, seu colega em “Garotos Perdidos” e “Sem Licença para Dirigir”, quando ainda eram menores. O nome do astro Charlie Sheen aparece entre os acusados. Segundo Feldman, Sheen estuprou Haim durante as gravações do filme “A Inocência do Primeiro Amor” (1986), que ambos protagonizaram. No documentário, ele alega que seu amigo, falecido em 2010, lhe contou tudo o que teria acontecido na época. “Isso não foi uma coisa do tipo que aconteceu uma vez. Isso não foi como: ‘Ah, por falar nisso, isso aconteceu’. Ele deu muitos detalhes sobre isso”, alega Feldman no documentário. E, em seguida, cita os detalhes. “Ele me disse: ‘Charlie me curvou entre dois carros, passou óleo nas minhas nádegas e me estuprou em plena luz do dia’. Qualquer pessoa poderia ter passado, qualquer um poderia ter visto.” A ex-mulher de Feldman, Susannah Sprague, reforçou a acusação em seu depoimento. “Ele me contou que foi estuprado no set do filme quando ainda era um garoto”, disse. “Ele me contou que Charlie Sheen foi o responsável”, apontou. Haim tinha 13 anos durante as gravações de “A Inocência do Primeiro Amor” (1986), enquanto Charlie Sheen estava com 19 anos. Procurado pela revista Entertainment Weekly, Sheen negou de forma categórica qualquer envolvimento no caso. Não é a primeira vez que esta história vem à tona. Em 2017, no começo do movimento #MeToo, o ator Dominick Brascia (“Sexta-Feira 13 – Parte 5: Um Novo Começo”) tornou-se o primeiro a contar ter ouvido de Corey Haim que ele e Sheen fizeram sexo durante a filmagem de “A Inocência do Primeiro Amor”. Mas sua versão tinha detalhes diferentes. “Ele me disse que eles fumaram maconha e transaram. Ele disse que eles fizeram sexo anal. Haim me contou que, depois, Sheen ficou muito distante e o rejeitou. Quando Corey quis ficar de novo, Charlie não teve interesse.” Na época, Sheen também negou as alegações e instaurou processos legais por difamação contra o responsável pela declaração, que acabou morrendo em 2018. Judy Haim acredita que Dominick Brascia foi quem, na verdade, abusou de seu filho, e teria lançado essa cortina de fumaça para escapar da acusação. Brascia também é nomeado como suposto molestador de Haim no documentário de Feldman, lançado em Los Angeles na segunda-feira. Em seu documentário, Feldman ainda afirma ter sido, ele próprio, abusado sexualmente por outros três homens quando jovem: o ator Jon Grissom, o dono de boate Alphy Dominick e o empresário de jovens talentos Marty Weiss. “Eu já disse que não fui eu. Eu estou cansado de dizer e de ninguém me ouvir. Eu não vou mais repetir isso”, afirmou Grissom, ao negar as acusações. Feldman, que também era amigo pessoal de Michael Jackson, não nomeou o cantor em seu filme. Com comportamento considerado bizarro, o ator tem se apresentado como vítima de ameaças desde que anunciou o projeto, inclusive alegando ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato. A polícia não encontrou evidências do ataque, nem mesmo do ferimento à faca supostamente sofrido pelo ator. Durante a première do documentário, na noite passada, Feldman chegou a interromper a projeção do documentário, acompanhada por amigos pessoais e integrantes da imprensa, para anunciar que o streaming simultâneo da produção estava sendo sabotado. Ele ameaçou até não mostrar o resto do filme – a parte em que nomeava as pessoas citadas acima. Mas, depois da performance, retomou a sessão.
STF derruba censura ao Especial de Natal do Porta dos Fundos
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli derrubou nesta quinta (9/1) a liminar que censurava a exibição do Especial de Natal do Porta dos Fundos, “A Primeira Tentação de Cristo”. Em sua decisão, Toffoli avaliou que “uma sátira humorística” não teria o “condão de abalar valores da fé cristã”, como alegado pelo desembargador Benedicto Abicair, do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) para justificar sua ordem de censura. Foi a Netflix que acionou o STF para manter o especial no ar. O vídeo, que não chegou a sair do ar, é indexado no serviço como sátira e possuiu classificação indicativa para maiores de 18 anos. A plataforma também se manifestou sobre o caso em seu Twitter oficial. “Sobre o especial do Porta dos Fundos: apoio fortemente a expressão artística e vou lutar para defender esse importante princípio, que é o coração de grandes histórias”, postou a empresa. Um pouco antes de Toffoli proibir a censura, o autor confesso do atentado incendiário contra a sede do Porta dos Fundos, Eduardo Fauzi Richard Cerquise, chegou a comemorar a atitude “de homem” do desembargador carioca. “O Brasil tem homem, o Brasil tem macho para defender igreja de Cristo e a pátria brasileira”, ele exclamou em vídeo gravado na Rússia, onde encontra-se escondido, após fugir do país para não ser preso. Cerquise já assumiu a autoria do atentado e também sua participação na gravação de um vídeo em que mascarados identificados como uma célula integralista revolucionária assumiam a responsabilidade pelo ataque. “Alguém tinha que tomar alguma atitude”, disse, numa entrevista publicada no início do ano pelo site Projeto Colabora. Em sua decisão em favor da censura, Benedicto Abicair praticamente defendeu o ataque contra os comediantes, que seria justificado pela “agressividade e deboche” com que eles reagiram às críticas da direita. “Toda ação provoca uma reação”, ele considerou, e o autor do crime se disse “muito feliz” no vídeo, completando o agradecimento ao desembargador carioca com a saudação “Anauê”, a versão dos integralistas (grupo fascista brasileiro) para o “Heil Hitler” nazista. Mas a censura permanece proibida pela Constituição do Brasil, assim como a justiça dos coquetéis molotov.










