Kevin Spacey terá que pagar US$ 31 milhões à produtora de “House of Cards”
O ator Kevin Spacey foi condenado a pagar à MRC Entertainment, produtora da série “House of Cards”, quase US$ 31 milhões por má conduta sexual nos bastidores da série. O veredito foi proferido por uma corte de arbitragem e nesta segunda (22/11) a MRC deu entrada na Corte Superior de Los Angeles para confirmar a sentença. O intérprete de Frank Underwood foi demitido da produção após denúncias de abuso sexual. As acusações, que incluíam tocar um assistente de produção, fizeram com que o MRC conduzisse uma investigação e, por fim, rescindisse seus contratos de atuação e produção. De acordo com a decisão de 19 de outubro, Spacey violou repetidamente as obrigações contratuais de fornecer serviços “de maneira profissional” e “consistente com as orientações, práticas e políticas razoáveis” da produtora. Além disso, a produtora teve que interromper as gravações da 6ª temporada da série, reescrever a temporada e encurtá-la de 13 para oito episódios para cumprir o prazo de entrega. Além disso, a Netflix optou por cancelar a série após o escândalo. Spacey chegou a alegar que tinha direito a uma indenização, porque foi a decisão da MRC e da Netflix de demiti-lo — ou seja, não sua conduta — que causou perdas financeiras. Não conseguiu convencer. A produção de “House of Cards” foi interrompida dois dias após a primeira denúncia, quando o ator Anthony Rapp (“Star Trek: Discovery”) revelou que Spacey tentou abusar dele quando tinha 14 anos, em 1986. Desde então, as denúncias contra o ator se multiplicaram, e até funcionários da atração resolveram acusá-lo. Além de demitir Spacey de “House of Cards”, a Netflix também cancelou o lançamento da cinebiografia de Gore Vidal, “Gore”, estrelada e produzida pelo ator, que já se encontrava em pós-produção. Outro prejuízo causado pelo ator foi a refilmagem de “Todo o Dinheiro do Mundo”. O diretor Ridley Scott decidiu refazer parte do filme para retirar o ator do longa, que já estava finalizado quando o escândalo estourou. Ele foi substituído por Christopher Plummer, que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo desempenho. Spacey também chegou a ser investigado por oficiais do Departamento de Abuso Infantil e Ofensas Sexuais de Los Angeles, que coletaram um total de seis denúncias. Prescrição e falta de provas impediram todos os casos de ir a julgamento. Por conta disso, ele não foi condenado e ainda brincou num vídeo de 2019 que aquele “foi um ano muito bom”. Embora “House of Cards” tenha sido cancelada, Spacey continua postando vídeos caracterizado como seu personagem. No ano passado, comparou sua situação à das pessoas que perderam empregos durante a pandemia.
Dougray Scott nega acusações de abusos em “Batwoman”
Acusado por Ruby Rose de ter comportamento abusivo no set de “Batwoman”, Dougray Scott emitiu uma declaração em que nega as acusações da ex-colega, dizendo que a atriz inventou tudo. “Como a Warner Bros. Television já comunicou, eles decidiram não manter Ruby na 2ª temporada por causa de vários depoimentos sobre seu comportamento no set”, disse Scott em comunicado. “Eu nego as afirmações difamatórias e prejudiciais feitas por ela contra mim. A situações foram completamente inventadas e nunca aconteceram”. A nota foi uma reação a uma série de Stories da atriz publicados nesta quarta (20/10), em que ela lista de assédio sexual à ambiente de trabalho inseguro, revela acidentes, constrangimentos e maus-tratos e mira desde a equipe de produção à colegas de elenco, para explicar porque nunca mais voltaria a trabalhar trabalhar em “Batwoman”. Ela começou sua lista de queixas atacando Peter Roth, ex-presidente do braço televisivo da Warner Bros., afirmando que ele assediava sexualmente as jovens mulheres da equipe, além de tê-la ameaçado logo no começo do trabalho, quando sofreu um acidente que a levou a passar por cirurgia, forçando-a a voltar ao set em 10 dias. Rose listou outros acidentes graves para descrever um ambiente de trabalho inseguro, criado pela pressa da showrunner Caroline Dries de terminar a 1ª temporada em meio à pandemia de coronavírus, enquanto outras séries da Warner tinham optado por suspender as gravações. Também acusou colegas de elenco: Dougray Scott de comportamento não profissional, por ferir uma dublê e gritar com a equipe, e Camrus Johnson, por ter espalhado o boato de que ela era uma “atriz-problema”. Sobre Dougray Scott, que saiu da série ao final da 2ª temporada, ela disse especificamente: “Feriu uma dublê e gritava como uma cadela com as mulheres. Ele era um pesadelo, chegava e ia embora quando queria, e abusava das mulheres. Como protagonista, mandei um e-mail pedindo que proibissem gritos no set, mas negaram”. Em resposta às acusações, a Warner Bros. TV oficializou, com outras palavras, que ela era realmente uma “atriz-problema”. “Apesar da história revisionista que Ruby Rose está agora compartilhando online contra os produtores, elenco e equipe, a rede e o estúdio, a verdade é que a Warner Bros. Television decidiu não exercer sua opção de manter contratada Ruby para a 2ª temporada de ‘Batwoman’ com base em várias reclamações sobre seu comportamento no local de trabalho, que foram extensivamente revisadas e tratadas em particular por respeito a todos os envolvidos”, disse o comunicado oficial do estúdio, que foi mencionado por Scott em seu próprio depoimento.
Warner diz que Ruby Rose foi demitida de “Batwoman” por mau comportamento
A Warner Bros. TV, estúdio responsável pela produção de “Batwoman”, divulgou uma declaração com palavras fortes em resposta às denúncias graves feitas por Ruby Rose, ex-estrela da série, que acusou nesta quarta (20/10) os produtores de criar um ambiente tóxico e perigoso. No comunicado, a Warner Bros. TV corrobora a afirmação de Rose de que ela foi demitida do programa, mas diz que a ação foi o resultado de uma investigação interna sobre “reclamações sobre comportamento no local de trabalho” contra a atriz. Essa investigação sobre o comportamento de Rose circulou como boato por muito tempo, mas só foi oficialmente confirmada agora. “Apesar da história revisionista que Ruby Rose está agora compartilhando online contra os produtores, elenco e equipe, a rede e o estúdio, a verdade é que a Warner Bros. Television decidiu não exercer sua opção de manter contratada Ruby para a 2ª temporada de ‘Batwoman’ com base em várias reclamações sobre seu comportamento no local de trabalho que foram extensivamente revisadas e tratadas em particular por respeito a todos os envolvidos”, diz o comunicado. A nota foi uma reação a uma série de Stories da atriz publicados no Instagram, em que ela lista de assédio sexual à ambiente de trabalho inseguro, revela acidentes, constrangimentos e maus-tratos e mira desde a equipe de produção à colegas de elenco, para explicar porque nunca mais voltaria a trabalhar trabalhar em “Batwoman”. Ela começou sua lista de queixas atacando Peter Roth, ex-presidente do braço televisivo da Warner Bros., afirmando que ele assediava sexualmente as jovens mulheres da equipe, além de tê-la ameaçado logo no começo do trabalho, quando sofreu um acidente que a levou a passar por cirurgia, forçando-a a voltar ao set em 10 dias. Rose listou outros acidentes graves para descrever um ambiente de trabalho inseguro, criado pela pressa da showrunner Caroline Dries de terminar a 1ª temporada em meio à pandemia de coronavírus, enquanto outras séries da Warner tinham optado por suspender as gravações. Também acusou colegas de elenco: Dougray Scott de comportamento não profissional, por ferir uma dublê e gritar com a equipe, e Camrus Johnson, por ter espalhado o boato de que ela era uma “atriz-problema”. Segundo a Warner Bros. TV, ela era realmente uma “atriz-problema”. Agora, oficialmente.
Ruby Rose faz denúncias graves sobre bastidores de “Batwoman”
A atriz Ruby Rose publicou uma série de denúncias graves sobre os bastidores de “Batwoman” no Stories de seu Instagram nesta quarta (20/10). A lista tem de tudo, de assédio sexual à ambiente de trabalho inseguro, revela acidentes, constrangimentos e maus-tratos e mira desde a equipe de produção à colegas de elenco. Revelando que não pediu para sair, mas foi demitida da série em maio de 2020, ela se dirige em seu desabafo à showrunner Caroline Dries, a quem chama de “sem coração”, e aos produtores executivos Greg Berlanti e Sarah Schechter, afirmando que eles “deviam se envergonhar”. “Por favor, aos meus queridos fãs, parem de perguntar se eu vou retornar a essa série terrível. Eu não voltaria por nenhum dinheiro no mundo, nem se apontassem uma arma para a minha cabeça. E eu não me demiti! Eu não desisto. Foram eles que arruinaram a Kate Kane e destruíram a Batwoman, não eu”, escreveu. Ela começa sua lista de queixas atacando Peter Roth, ex-presidente do braço televisivo da Warner Bros., afirmando que ele assediava sexualmente as jovens mulheres da equipe. Rose relembra que o executivo usava sua posição de poder para obrigá-las a realizarem tarefas constrangedoras, como tocarem sua virilha sob o pretexto de arrumar suas roupas. Além disso, ele também a ameaçou. Rose mostrou a cirurgia a que precisou se submeter após sofrer um acidente grave no set. Na ocasião, ela quase teve danos na sua medula espinhal. Com dores crônicas e correndo o risco de ficar paraplégica, ela passou por uma cirurgia de emergência para reparar as contusões. Agora, acrescenta que foi ameaçada por Roth para voltar ao trabalho em dez dias “ou ele demitiria toda a equipe e elenco, e eu decepcionaria todo mundo”. Listando outros acidentes no set, ela lembrou que “um membro da equipe teve queimaduras de terceiro grau pelo corpo todo, e não nos ofereceram terapia após vermos a pele caindo de seu rosto. Eu fui a única que enviou flores e cartões”. Citou também o caso da assistente de produção Amanda Smith, de 30 anos, que ficou tetraplégica após ser atropelada por um guindaste, para acusar a showrunner Caroline Dries por acelerar o ritmo de produção quando todas as outras séries simplesmente interromperam os trabalhos durante a pandemia de coronavírus. “O acidente só aconteceu porque nossa série se recusou a parar quando todas as outras pararam”, apontou a atriz. “Caroline Dries não tem coração e queria terminar a temporada em plena pandemia, e eu disse que isso era uma má ideia… Todo mundo estava distraído, checando amigos e colegas e vendo os sets de ‘Riverdale’, ‘The Flash’ e ‘Supergirl’ fechando… Senti que algo ruim aconteceria… E agora uma pessoa nunca mais voltará a caminhar. E nós fechamos no dia seguinte, por ordem do governo”. Rose acusa a rede The CW de inicialmente se recusar a pagar os custos hospitalares da assistente de produção, que precisou recorrer ao financiamento coletivo do GoFundMe. A atriz também diz que brigou com pessoas no set pela falta de segurança. “Pergunte ao pessoal de cabelos e maquiagem o que eu fiz por eles, depois que dois foram hospitalizados”. Em sua denúncia, ela ainda cita que “disseram que eu precisava fazer uma cena de sexo sem um minuto sequer para processar tudo”. Sobre o elenco, acusa o ator Dougray Scott de comportamento não profissional: “Feriu uma dublê e gritava como uma cadela com as mulheres. Ele era um pesadelo, chegava e ia embora quando queria, e abusava das mulheres. Como protagonista, mandei um e-mail pedindo que proibissem gritos no set, mas negaram”. Reclamou até de Camrus Johnson, que teria ironizado o fato dela ter chegado atrasada um dia, após ficar internada no hospital, acusando-o de ser responsável por boatos que circularam na época de sua saída da série, que a taxaram de “atriz-problema”, e do fato da produção não providenciar um motorista para ela ir ao trabalho após ser proibida de dirigir devido a cirurgia. “‘Pegue um táxi’, me disseram”. Não ficou claro o que motivou o desabafo desta quarta, mas Ruby Rose já tinha insinuado que teve bons motivos para deixar “Batwoman” e não quis torná-los públicos na ocasião por decisão própria. Alguns meses após sair da série, ela mencionou os problemas de bastidores. “Não foi uma escolha fácil, mas aqueles que sabem, sabem… Eu não queria passar sem reconhecer todos os envolvidos, e como esta série foi importante para a TV e a nossa comunidade [LGBTQIA+]. Eu fiquei quieta por enquanto, porque esta foi a minha escolha. Adoro vocês”, escreveu. Na época de sua saía, o editor do site TVLine, Michael Ausiello, ouviu de suas fontes que a decisão não teria sido exclusiva da atriz, como ela finalmente admitiu agora. “Não foi 100% decisão dela. Foi um término. Ela não estava feliz trabalhando na série. Isso a tornava alguém divertida com que se trabalhar? Não. Então, todo mundo decidiu que seria do interesse da série e de todos os envolvidos que eles seguissem caminhos diferentes”, disse a fonte na produção. A saía de Rose no final da 1ª temporada pegou os fãs da série de surpresa. Mas a atração continuou a ser produzida com uma nova protagonista. Javicia Leslie assinou contrato para virar uma nova Batwoman, diferente da personagem de Rose. Leslie interpreta Ryan Wilder, que assume o manto de Batwoman após o desaparecimento repentino de Kate Kane, a personagem de Rose. Em meio a todo esse drama, Wallis Day acabou sendo introduzida no final da 2ª temporada como uma “versão alterada” de Kate, após passar por uma cirurgia plástica de reconstrução facial devido a um acidente de avião. Sua performance agradou aos fãs, que esperam vê-la novamente em breve, no papel que Ruby Rose perdeu ou abandonou.
Emily Ratajkowski acusa Robin Thicke de assédio na gravação do clipe de “Blurred Lines”
A modelo e atriz Emily Ratajkowski (“Privacidade Violada”), que participou do clipe da música “Blurred Lines”, maior sucesso de Robin Thicke, acusou o cantor de assédio sexual durante as gravações em sua biografia “My Body”, que teve alguns trechos adiantados pela revista americana Rolling Stone. No texto, Emily explicou que aceitou aparecer pelada no clipe, pois confiava na diretora do projeto, Diana Martel. Entretanto, o cantor chegou bêbado no set. “De repente, do nada, eu senti a pele gelada das mãos de alguém envolvendo meus seios nus. Eu instintivamente me afastei, olhei para trás, e vi que era Robin Thicke. Ele deu um sorriso debochado e alguns passos para trás, os olhos escondidos pelos óculos escuros. Minha cabeça se virou para o outro lado quando ouvi a voz de Diane gritando: ‘Você está bem?'”, descreve o texto. Ela acrescentou que evita pensar naquele momento, por isso demorou tanto para acusar o artista, e também queria proteger a reputação da diretora, que sempre tentou manter um lugar seguro para as modelos. A diretora confirmou o relato de Ratajkowski em entrevista recente ao jornal britânico The Sunday Times. “Eu me lembro do momento em que ele fez isso, pegou um seio dela em cada mão. Eu gritei com o meu sotaque do Brooklyn: ‘Que merd* você está fazendo? Acabou por hoje, chega!’. Robin se desculpou depois”, Martel revelou. Um dos maiores sucessos de 2013, “Blurred Lines” impulsionou a carreira do cantor. O clipe atingiu mais de 760 milhões de visualizações no YouTube. Mas a música se tornou amaldiçoada para o futuro de Thicke. Meses depois do lançamento, ele fez um dueto com Miley Cyrus no Video Music Awards (VMA) que deu muito o que falar. A performance de Miley, que espontaneamente decidiu simular sexo ao vivo com o cantor durante a apresentação de “Blurred Lines”, teria sido responsável pelo fim de seu casamento de nove anos. Após a apresentação, o cantor e a esposa, a atriz Paula Patton, entraram em uma discussão acalorada e, para piorar a situação, fotos flagraram Thicke apalpando uma moça durante uma das festas pós-VMA. Em seguida, Patton entrou com pedido de divórcio. Passados mais cinco anos, Thicke e o produtor-compositor Pharrell Williams foram condenados por plágio na gravação de “Blurred Lines” e precisaram indenizar em quase US$ 5 milhões a família de Marvin Gaye por copiarem no hit a música “Got to Give it Up”, lançada por Gaye em 1977. Veja abaixo o clipe original da canção, na versão liberada para menores.
Marcius Melhem se manifesta sobre acusação de censura da revista Piauí
A assessoria de Marcius Melhem, ex-diretor da Globo que a revista Piauí acusa de entrar na Justiça para censurar uma reportagem sobre desdobramentos de denúncias de assédio que supostamente teria cometido, emitiu uma nota em que o comediante rebate as acusações. “Não é verdade que meus advogados pediram à Justiça para censurar uma reportagem da Piauí”, diz Melhem na nota. “Meu pedido foi tão somente para que fosse apurado o vazamento de informações sigilosas e para que eu pudesse me defender com as provas que tenho. Não pedi segredo de justiça em nenhum processo. A Piauí, sim, pediu sigilo sobre um processo que movo contra a revista”. “O repórter João Batista alegou que fazia uma matéria sobre os ‘desdobramentos jurídicos’ do caso, apesar de não ter publicado uma linha sobre os 6 (seis) processos que abri após as mentiras publicadas. Como a investigação aberta no MP corre sob sigilo judicial, ele sabe que não posso comentar. Mesmo se tivesse acesso às minhas respostas e provas de minha inocência, João Batista não publicaria, pois algumas delas já vieram a público e foram cobertas amplamente pela imprensa – menos pela Piauí”, acrescenta Melhem. Ele ainda destaca: “Meus advogados jamais pediram censura à revista. Pedi tempo para responder porque tinha que consultar a juíza sobre quais fatos eu poderia mencionar em minha defesa, como mensagens trocadas com as supostas vítimas”. Neste ponto, vale lembrar que, no passado, ao se defender na imprensa com a revelação de mensagens privadas, Melhem sofreu novos processos por violação de privacidade. Entretanto, ele confirma que “a Juíza tomou as medidas de preservação do sigilo que julgou necessárias”. O ex-diretor da Globo ainda diz que a decisão judicial o mantém “proibido de divulgar provas a meu favor”, por isso comunicou que não poderia responder as perguntas enviadas pelo repórter. O tempo em que ele demorou para dar esta resposta foi registrado no texto da Piauí como sendo o suficiente para entrar com uma ação e barrar a reportagem. Na prática, o resultado da ação dos advogados de Melhem foi censura, já que a revista foi proibida de publicar a reportagem. Com ou sem intenção, o resultado foi denunciado pela Piauí. A alegação utilizada para impedir a publicação é que a reportagem contém informações sigilosas, vazadas de um processo que corre em segredo na Justiça com denúncias de assédio de diversas atrizes da Globo. No texto que chamou atenção para a censura judicial, João Batista lembrou que a imprensa não tem compromisso com sigilo judicial, pelo contrário. “No direito criminal, a guarda de sigilo judicial cabe aos funcionários da Justiça e às partes envolvidas no processo, e não aos jornalistas”, escreveu o repórter. De fato, algumas das principais reportagens da imprensa mundial foram feitas a partir de vazamentos de documentos sigilosos, situação que tem se repetido bastante na história recente do Brasil. Melhem, porém, acusa João Batista de divulgar “trechos ao pedaços” de documentos, ressaltando sua suposta “parcialidade” na cobertura do caso. O comediante também criticou o fato de a revista não ter se retratado ou mencionado os fatos que teriam sido comprovados como inverídicos na primeira reportagem-denúncia publicada contra ele em suas páginas. “Não escreveu uma linha para informar o público da Piauí sobre as provas que deixam claras as mentiras da primeira matéria”, ressaltou. Para completar, ele compara a posição da revista em duas situações similares como sendo contraditória – em relação ao inquérito em que é investigado, a Piauí se vale de vazamento, e no processo em que Melhem abriu contra a publicação, ela pede sigilo. “Por que a revista Piauí quer vazar um inquérito antes de ter minha defesa lá, ao mesmo tempo em que pede segredo de Justiça no processo que movi contra ela? Afinal, a Piauí é contra ou a favor do sigilo?”, conclui o texto. Veja abaixo a íntegra do comunicado enviado pela assessoria e assinado por Melhem. “Piauí pede segredo de justiça e mente sobre censura. Não é verdade que meus advogados pediram à Justiça para censurar uma reportagem da Piauí. Meu pedido foi tão somente para que fosse apurado o vazamento de informações sigilosas e para que eu pudesse me defender com as provas que tenho. Não pedi segredo de justiça em nenhum processo. A Piauí, sim, pediu sigilo sobre um processo que movo contra a revista. Eu luto por transparência e verdade e, por mim, este processo não teria segredo algum. Seria aberto a qualquer jornalista. Mas sou obrigado a obedecer a Justiça, inclusive pelo sigilo pedido pela Piauí. Assim que for possível, virei a público mostrar a verdade. Piauí, suponho, não publicará. O repórter João Batista alegou que fazia uma matéria sobre os “desdobramentos jurídicos” do caso, apesar de não ter publicado uma linha sobre os 6 (seis) processos que abri após as mentiras publicadas. Como a investigação aberta no MP corre sob sigilo judicial, ele sabe que não posso comentar. Mesmo se tivesse acesso às minhas respostas e provas de minha inocência, João Batista não publicaria, pois algumas delas já vieram a público e foram cobertas amplamente pela imprensa – menos pela Piauí. Meus advogados jamais pediram censura à revista. Pedi tempo para responder porque tinha que consultar a juíza sobre quais fatos eu poderia mencionar em minha defesa, como mensagens trocadas com as supostas vítimas. A Juíza tomou as medidas de preservação do sigilo que julgou necessárias e me manteve proibido de divulgar provas a meu favor. Se a revista se julga censurada por não poder quebrar um segredo de Justiça, por que não me considera também vítima da censura? O repórter divulgou trechos aos pedaços, como sempre fez em sua parcialidade. Omitiu por qual motivo ele não escreveu uma linha para informar o público da Piauí sobre as provas que deixam claras as mentiras da primeira matéria. Por que a revista Piauí quer vazar um inquérito antes de ter minha defesa lá, ao mesmo tempo em que pede segredo de Justiça no processo que movi contra ela? Afinal, a Piauí é contra ou a favor do sigilo?”
Revista Piauí sofre censura judicial ao apurar novas denúncias de assédio contra Marcius Melhem
A revista Piauí revelou que foi proibida de publicar uma nova reportagem sobre os desdobramentos do caso Marcius Melhem, ex-diretor da Globo acusado de assediar sexualmente pelo menos oito mulheres, todas funcionárias da emissora. O jornalista João Batista Jr. revelou no site da publicação que, enquanto negociava uma entrevista com Melhem, informando novas apurações feitas sobre o caso para sua assessoria de imprensa, os advogados do humorista entraram na Justiça para que a revista fosse submetida à censura prévia e, assim, impedida de publicar a reportagem. Segundo informa o jornalista, no dia 12 de agosto, a juíza Tula Corrêa de Mello, da 20ª Vara Criminal da Justiça do Rio de Janeiro, acatou o pedido de Melhem e determinou “a suspensão, pelo tempo que durarem as investigações, da publicação de matéria na revista Piauí ou seu respectivo site”. Em caso de descumprimento da medida judicial, a juíza estabeleceu multa de US$ 500 mil, além do recolhimento dos exemplares da revista nas bancas e da remoção da reportagem do seu site. Também mandou investigar o vazamento de informações da investigação em andamento sobre o caso. João Batista Jr. foi o autor da impactante reportagem publicada em dezembro de 2020 na Piauí, contestada publicamente por Melhem e que levou o ex-chefe do Humor da Globo a processar a revista. Ele questionou a credibilidade da apuração, feita apenas com declarações em “off”, sem ninguém assumir os relatos, e apontou erros simples, como o acusação de que ele teria ido aos camarins “dar uma conferida” em Dani Calabresa numa gravação que, segundo a reportagem, teria acontecido nos estúdios da Globo, mas que ele aponta que na verdade foi na praia de Grumari sem sua presença. Outro episódio rumoroso, lembrou o próprio jornalista no texto sobre a censura, envolvia um ataque à Calabresa ocorrido no bar Vizinha 123, em Botafogo, quando Melhem teria tentado beijá-la à força à saída do banheiro com a genitália exposta, forçando-a contra a parede. “Eu nunca imobilizei ninguém na vida, essa descrição é nojenta, é o que está me causando problemas. Essa descrição é um delírio, é de alguém que quer muito me prejudicar”, disse o humorista em uma entrevista a Roberto Cabrini, exibida no “Domingo Espetacular” logo após a circulação da revista. O juiz Eduardo Tobias de Aguiar Moeller, da 2ª Vara Cível do Foro Regional de Pinheiros, em São Paulo, julgou o processo do comediante contra a revista improcedente. Melhem está recorrendo contra a sentença. Após a publicação da Piauí, o jornal Folha de S. Paulo revelou que oito mulheres relataram casos de assédio de Melhem para a promotora Gabriela Manssur, da Ouvidoria Nacional do Ministério Público. Os relatos foram posteriormente remetidos ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Mas a Piauí apurou que pelo menos três mulheres, que fizeram queixas à Globo, decidiram não falar com o MP por razões diversas. Uma delas havia decidido contar seu caso à promotora Manssur, mas, na última hora, voltou atrás com receio de sofrer represálias jurídicas. Investigado pela compliance da Globo durante meses, Melhem tirou uma licença da emissora em março de 2020 e acabou definitivamente afastado em agosto do mesmo ano. A Globo jamais admitiu publicamente que o rompimento do contrato aconteceu devido às denúncias contra o humorista. O Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro também pediu uma investigação sobre a conduta da Globo. A nova reportagem que Melhem conseguiu censurar na Justiça trazia mais acusações de assédio e revelava detalhes da investigação em andamento contra o comediante. A Piauí está contestando a decisão judicial que submete a revista à censura. O caso de censura prévia é o terceiro nos últimos dias determinado por juízes de primeira instância. O jornal O Globo também teve duas reportagens proibidas de serem publicadas sobre temas diferentes, a mais recente sobre movimentações financeiras de uma empresa investigada pela CPI da Covid por corrupção no Ministério da Saúde. Falando sobre a censura sofrida por O Globo, o presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, alertou que a escalada de censura prévia judicial é autoritária e inconstitucional. “É lamentável que alguns magistrados ignorem preceitos básicos da Constituição, que não admite censura. A censura não existe no Brasil. A ANJ defende que, no âmbito da liberdade da imprensa, seja revisada a decisão o quanto antes, pois ela não afeta só o jornal O Globo mas também toda a imprensa brasileira. É um atentado à liberdade de imprensa e ao jornalismo investigativo. A população tem o direito de tomar conhecimento de todos os fatos de interesse público”, afirmou Rech.
“The Chi” é renovada para 5ª temporada
O canal pago americano Showtime anunciou a renovação de “The Chi”, série dramática estrelada pelo ator-mirim Alex R. Hibbert, revelação de “Moonlight”, para sua 5ª temporada. A renovação vem um dia após o final do quarto ano da produção, que se encerrou com uma média de 4,2 milhões de telespectadores semanais, uma das maiores audiências da história do canal. A 5ª temporada está programada para estrear em 2022. A grande sintonia reforça como a série lidou bem com a demissão de Jason Mitchell (“Straight Outta Compton”) ao final da 2ª temporada. Seu personagem, um dos protagonistas das primeiras temporadas, sumiu da trama após denúncias contra o comportamento do ator nos sets em relação às mulheres. Ele foi acusado de ser desrespeitoso com as colegas e até com as chefes. Criada por Lena Waithe, vencedora do Emmy 2017 de Melhor Roteiro de Comédia por “Master of None”, “The Chi” também tem produção do rapper Common (“Selma”), de Elwood Reid (criador de “The Bridge”) e do cineasta Rick Famuyiwa (“Dope – Um Deslize Perigoso”). A serie estreou em janeiro de 2018 nos Estados Unidos, com 87% de aprovação da crítica. O título é uma abreviatura de Chicago e a série se passa na região mais pobre daquela cidade, acompanhando um grupo de residentes que se vê ligados por acaso. Além do menino de “Moonlight”, o elenco ainda inclui Jacob Latimore (“Sleight”), Birgundi Baker (“Black Lightning”), Yolanda Ross (“The Get Down”), Curtiss Cook (“House of Cards”), Luke James (“Star”) e os estreantes Michael V. Epps e Shamon Brown Jr. Inédita no Brasil, a série não chegou com a disponibilização do conteúdo do Showtime na plataforma Paramount+ no país. Veja abaixo o trailer da temporada mais recente da atração.
Sylvester Stallone revela preparativos para “Os Mercenários 4”
Sylvester Stallone revelou que já está se preparando para “Os Mercenários 4″. Ele postou no Instagram uma foto de anel de caveira dourada, que deve ser usado por seu personagem no filme. Ao lado da foto, escreveu: “Acabei de desenhar o novo anel para ‘Os Mercenários 4’. É um pouco pesado, mas com certeza vai colocar alguns músculos nas pontas dos dedos”. Stallone estrelou, escreveu e dirigiu o primeiro “Os Mercenários” em 2010, juntando vários astros do cinema de ação dos anos 1980 e 1990. O filme arrecadou um total de US$ 274,5 milhões de bilheteria, levando à produção de mais duas sequências. O último foi lançado em 2014, e desde então há conversas sobre retomar a franquia – e até mesmo lançar uma versão feminina. Em 2017, ele chegou a brigar com o produtor Avi Lerner, da Millennium Films, e anunciou que não faria mais continuações da franquia. A briga girou em torno do nome do diretor, o roteiro e alguns “elementos qualitativos” do filme, com ênfase para os efeitos visuais. Lerner queria usar sua empresa de efeitos para a realizar a produção e Stallone contestou a qualidade do serviço. Um ano depois, os dois fizeram as pazes e Stallone anunciou que o filme tinha voltado a ser desenvolvido. “Barney estará de volta, mais a equipe e um par de novos membros”, ele escreveu em 2018, referindo-se à seu personagem e ao elenco grandioso da franquia. A produção de “Mercenários 4” ainda não anunciou nenhum nome de sua equipe, mas é possível resumir que Stallone possa reprisar todas as funções que exerceu no primeiro filme. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Sly Stallone (@officialslystallone)
Cuba Gooding Jr. é condenado em processo por estupro
O ator Cuba Gooding Jr. (o O.J. Simpson de “American Crime Story”) foi considerado culpado em um processo civil aberto por uma mulher não identificada no ano passado, que o acusou de estuprá-la duas vezes em um hotel em Manhattan em 2013. O juiz distrital Paul Crotty de Manhattan realizou um julgamento à revelia, após o ator ignorar dois chamamentos seguidos do tribunal, sem abordar os méritos das acusações da vítima. “O réu falhou completamente em participar deste caso”, tornando sua não participação “intencional”, disse o juiz nos autos. Condenado a pagar a indenização, Gooding agora só tem chance de argumentar sobre a sentença: no caso, uma compensação de US$ 6 milhões por danos físicos, psicológicos e morais. Gooding Jr. tem até 7 de setembro para se pronunciar sobre o valor. A autora da denúncia afirmou que o ator de 52 anos a levou a um hotel depois de conhecê-la em um bar de Manhattan. De acordo com o processo, ele disse que lá se encontrariam com amigos. Mas a levou para o quarto em que estava hospedado, alegando que iria trocar de roupa, aproveitando a oportunidade, segundo o documento, para estuprá-la duas vezes. No ano passado, Cuba Gooding Jr. foi alvo de três denúncias de agressão sexual, mas ainda não há data para estes julgamentos. O ator foi acusado de apalpar uma mulher em um restaurante de Nova York em setembro de 2018, beliscar as nádegas de uma segunda mulher um mês depois em uma boate e tocar os seios de uma terceira mulher em um bar, em junho de 2019. Mas há outras queixas contra o ator – pelo menos 21 mulheres se pronunciaram contra ele nas redes sociais. Nenhum desse casos, porém, tratava de estupro. A vítima não identificada de Manhattan também foi a única que buscou uma compensação financeira na justiça civil, em vez de um processo criminal.
Justiça suspende indenização de Felipe Castanhari a Marcius Melhem
Felipe Castanhari não vai mais pagar indenização a Marcius Melhem. O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) atendeu ao pedido da defesa do Youtuber e suspendeu o pagamento de R$ 100 mil. Em junho, o órgão havia determinado que Castanhari pagasse o valor, com correção monetária e juros, além de fazer uma publicação em suas redes sociais retratando-se de acusações contra o ex-diretor da TV Globo. Melhem abriu o processo em janeiro, após uma publicação de Catanhari no Twitter que dizia: “Não caiam nesse discursinho de merda do Marcius Melhem. Esse cara é um criminoso, um escroto, um assediador que merece cadeia por todo sofrimento que causou”. No mesmo mês, o TJ-SP determinou que Castanhari retirasse a publicação do ar. Mas o Youtuber acusou Melhem de promover “censura e intimidação” em novo post, o que originou nova ação. Castanhari recorreu e, na segunda-feira (19/7), houve revisão da sentença pelo juiz Valentino Aparecido de Andrade, que aceitou a apelação da defesa de Castanhari e suspendeu os efeitos da decisão em primeira instância. Marcius Melhem também abriu processos na Justiça de São Paulo e do Rio de Janeiro contra a revista Piauí, Danilo Gentili, Rafinha Bastos, Marcos Veras e Dani Calabresa. No caso da revista, por publicar reportagem supostamente caluniosa e sem identificar fontes, enquanto os comediantes foram processados por repercutir as denúncias. Gentili teve ganho de causa por ter feito piadas de duplo sentido. Já a ação contra Dani Calabresa é de indenização por danos morais e materiais, considerando-a responsável pela denúncia que originou tudo. O ex-diretor do departamento de humor da Globo nega o assédio, que foi detalhado pela revista Piauí e trazido à imprensa por uma advogada que representa Calabresa e outras atrizes supostamente assediadas pelo humorista. Ao todo, oito funcionárias da Globo acusaram Melhem num processo que corre na Justiça. Tudo isso veio à tona logo após a demissão de Melhem da Globo, que encerrou uma “parceria de 17 anos de sucesso”, segundo comunicado da emissora. Melhem era responsável pela coordenação de todos os conteúdos de humor da Globo desde 2018 e, com sua saída, todos os programas humorísticos da Globo foram cancelados.
James Franco vai pagar US$ 2,2 milhões para encerrar processo de abuso sexual
O ator James Franco fez um acordo financeiro para encerrar um processo de abuso sexual aberto por duas ex-alunas de seu curso de interpretação, Sarah Tither-Kaplan e Toni Gaal. As partes se acertaram em fevereiro deste ano, mas os documentos só se tornaram públicos nesta quarta (30/6), revelando que ele ofereceu US$ 2,2 milhões de indenização. Pelo acordo proposto, Sarah Tither-Kaplan receberá US$ 670.500, enquanto Toni Gaal ficará com US$ 223.500. Além disso, os demais estudantes do curso de Franco, que também entraram como partes na ação, dividirão os US$ 1,3 milhão restantes. A proposta ainda precisa ser submetida à aprovação de um juiz de Los Angeles para o encerramento do processo, que alega que todas as alunas de Franco na Studio 4 Film School em Nova York e Los Angeles foram vítimas de fraude. O curso seria uma desculpa para exploração sexual, onde Franco supostamente forçava suas alunas a realizar cenas de nudez e sexo diante das câmeras, no que as denunciantes descreveram como “cenário de orgia” durante as aulas. As acusadoras também alegaram que Franco levou os alunos a acreditar que ele daria papéis em seus filmes para aqueles que se sujeitassem a participar mais ativamente das “aulas” desinibidas. Tither-Kaplan começou a denunciar a má conduta sexual de Franco no início de 2018, depois que ele venceu um Globo de Ouro por seu papel em “O Artista do Disastre”. Ela também foi uma das cinco mulheres que apresentaram acusações contra o ator em um artigo publicado em janeiro de 2018 no Los Angeles Times. Na época, até a atriz Ally Sheedy, estrela do clássico adolescente “Clube dos Cinco” (1985), manifestou-se com tuítes sobre supostos abusos de Franco, mas os apagou e não quis comentar mais sobre o assunto. “James Franco acaba de ganhar. Por favor, nunca me perguntem por que eu deixei a indústria de cinema/TV”, ela escreveu, enigmaticamente, acrescentando: “Por o James Franco foi autorizado a entrar? Já falei demais. Boa noite, amo vocês”. Graças à repercussão das denúncias, o ator acabou ficando fora do Oscar, mesmo sendo considerado forte candidato pelo desempenho em “O Artista do Disastre”. Após o surgimento das acusações, James Franco só atuou nas temporadas finais da série “The Deuce”, que ele já estrelava quando o escândalo veio à tona. Com o fim da série em 2019, ele vem se mantendo fora dos holofotes.











