Aquarius, Boi Neon e Cinema Novo vão disputar o Prêmio Platino, o Oscar ibero-americano
A organização do Prêmio Platino, espécie de Oscar do cinema ibero-americano, anunciou os indicados para sua premiação de 2017, e o Brasil emplacou três longa-metragens na seleção, após passar em branco no ano passado. “Aquarius”, de Kebler Mendonça Filho, é o principal destaque, concorrendo em três categorias: Melhor Filme, Direção e Atriz com Sonia Braga – que por sinal ganhou um prêmio especial pela carreira na primeira edição do troféu, em 2014. “Boi Neon”, de Gabriel Mascaro, foi selecionado na categoria de Melhor Fotografia com Diego García. E “Cinema Novo”, de Eryk Rocha, aparece na disputa de Melhor Documentário. Por sinal, “Aquarius” e “Boi Neon” venceram quase todas as categorias em que se encontram indicados em outro “Oscar ibero-americano”, o Prêmio Fênix, realizado em dezembro passado. Kebler Mendonça Filho e Sonia Braga foram premiados como Diretor e Atriz, e o filme de Gabriel Mascaro recebeu os troféus de Roteiro e Fotografia. Além dos citados, o Platino também incluiu na disputa de Melhor Animação uma coprodução entre Brasil e Espanha: “Bruxarias”, inédita no circuito cinematográfico nacional, com direção da espanhola Virginia Curiá. Mas é uma produção falada em inglês, do diretor do próximo “Jurassic World”, que lidera as indicações. Concorrendo a sete prêmios, a fantasia “Sete Minutos Depois da Meia-Noite”, do espanhol Juan Antonio Bayona, entrou na disputa pelos critérios de coprodução, já que foi feita em parceria entre estúdios da Espanha, Estados Unidos e Reino Unido. Logo em seguida, aparece o chileno “Neruda”, de Pablo Larraín com cinco indicações, seguido por cinco filmes selecionados em quatro categorias: o venezuelano “De Longe Te Observo”, de Lorenzo Vigas, o argentino “O Cidadão Ilustre”, de Gastón Duprat e Mariano Cohn, o espanhol “El Hombre de las Mil Caras”, de Alberto Rodríguez, o também espanhol “Julieta”, de Pedro Almodóvar e o mexicano “La Delgada Línea Amarilla”, de Celso García. A cerimônia de premiação vai acontecer em 22 de julho, em Madrid, com transmissão pelo Canal Brasil.
Novo filme de Kleber Mendonça Filho ganha primeiro cartaz
O novo filme de Kleber Mendonça Filho, diretor de “Aquarius”, ganhou seu primeiro pôster, voltado para o mercado internacional. Trata-se de “Bacurau”, codirigido por Juliano Dornelles, que está aproveitando o Festival de Cannes para fechar distribuição em vários países. Mendonça Filho está no Festival também na condição de presidente do júri da mostra paralela Semana da Crítica. Apesar do cartaz, “Bacurau” ainda não começou a ser filmado. A equipe da produção realiza testes de elenco com atores de vários estados, e o início das filmagens está programado para o segundo semestre de 2017. A trama é descrita como um thriller de ficção científica e mostrará um cineasta no interior do Nordeste, que se depara com situações misteriosas durante a filmagem de um documentário. De acordo com uma postagem do produtor do filme, o francês Saïd Ben Saïd, há influências dos longas “O Confronto Final” (1981), de Walter Hill, e “Amargo Pesadelo” (1972), de John Boorman, ambos centrados em confrontos violentos entre viajantes e caipiras no interior dos Estados Unidos.
Kleber Mendonça Filho vai presidir júri de mostra paralela no Festival de Cannes
O diretor Kleber Mendonça Filho vai presidir o júri da Semana da Crítica no Festival de Cannes em 2017. Ele vai suceder a cineasta inglesa Andrea Arnold (“Docinho da América”), que no ano passado presidiu o juri da seção dedicada a cineastas estreantes. Mendonça também esteve em Cannes no ano passado, quando o filme “Aquarius” foi exibido na mostra competitiva. Apesar de ter saído sem prêmios, o cineasta chamou atenção por realizar na ocasião um protesto contra o “golpe de estado” que teria acabado com a democracia no Brasil, segundo os cartazes exibidos por ele, seus atores e sua equipe no tapete vermelho do festival. Além do cineasta pernambucano, a produtora colombiana Diana Bustamante Escobar, o jornalista americano Eric Kohn (do site IndieWire), a diretora do Metropolis Art Cinema libanês Hania Mroué e o ator francês Niels Schneider completam o júri. Dedicada a filmes de diretores que estão no máximo em seu segundo trabalho, a Semana da Crítica é uma mostra paralela do Festival de Cannes, que premia “Melhor Filme” e “Revelação” em longa-metragens, além de “Descoberta” em curtas-metragens.
Estreia do vencedor do Oscar 2017 tem bilheteria fraca no Brasil
O filme “Moonlight”, que venceu o Oscar 2017, estreou com uma bilheteria fraca no Brasil no último fim de semana. Segundo a empresa ComScore, o drama premiado levou 62,4 mil pessoas às salas de cinemas no país e registrou uma renda de R$ 1,1 milhão, o que equivale ao 10º no ranking dos filmes mais assistidos. O resultado não deveria causar espanto. Mesmo na disputa do Oscar, o filme foi lançado em apenas 59 salas, numa avaliação pessimista da distribuidora, após sua performance nos EUA. Com US$ 22 milhões antes do Oscar, “Moonlight” era o filme menos assistido entre os candidatos à premiação da Academia. Mesmo assim, seu desempenho foi muito melhor que o do brasileiro “Aquarius”, lançado em meio a muita mídia espontânea e campanha para representar o país no mesmo Oscar. “Aquarius” abriu em mais salas, 89 ao todo, e em seu primeiro fim de semana foi assistido por 54 mil pessoas, vendendo R$ 880 mil em ingressos. Na época, muitos veículos sem costume de cobrir cinema publicaram que se tratava de um sucesso estrondoso. Mas, assim como “Moonlight”, o filme de Kleber Mendonça Filho estreou apenas em 10º lugar. Nada como colocar as coisas em suas devidas perspectivas. No outro extremo do ranking, o filme mais assistido do fim de semana também foi uma estreia, “A Grande Muralha”, confirmando uma tendência cada vez mais óbvia. No Brasil, o filme com maior distribuição tem sempre a maior bilheteria. O filme chinês estrelado por Matt Damon teve o lançamento mais amplo da última quinta (23/2), em 828 salas, das quais 561 em 3D (68% do total), além de todo o circuito IMAX (12 salas). Acabou sendo visto por 861,7 mil pessoas e arrecadou R$ 14,6 milhões. Confira abaixo as maiores bilheterias do fim de semana. BILHETERIAS: TOP 10 Brasil 1. A Grande Muralha Fim de semana: R$ 14,6 milhões Total: R$ 14,6 milhões 2. Cinquenta Tons Mais Escuros Fim de semana: R$ 7,7 milhões Total: 56 milhões 3. Lego Batman – O Filme Fim de semana: R$ 3,4 milhões Total: R$ 16,3 milhões 4. Internet – O Filme Fim de semana: R$ 2,6 milhões Total: R$ R$ 2,6 milhões 5. Monster Trucks Fim de semana: R$ 2.4 milhão Total: R$ 2.4 milhões 6. John Wick – Um Novo Dia Para Matar Fim de semana: R$ 2,4 milhão Total: R$ 6,6 milhões 7. Aliados Fim de semana: R$ 2 milhões Total: R$ 5,5 milhões 8. La La Land Fim de semana: R$ 1,4 milhões Total: R$ 22,1 milhões 9. Lion Fim de semana: R$ R$ 1,1 milhão Total: R$ 2,4 milhões 10. Moonlight Fim de semana: R$ R$ 1,1 milhão Total: R$ R$ 1,1 milhão
Moonlight é o grande vencedor do “Oscar indie”
O drama “Moonlight” foi o grande vencedor do Independent Spirit Awards, principal premiação do cinema indie, considerado o “Oscar do cinema independente americano”. O filme escrito e dirigido por Barry Jenkins conquistou todos os cinco prêmios que disputava: Melhor Filme, Direção, Roteiro, Edição e Fotografia, além do troféu Robert Altman de melhor elenco. Por causa do troféu Robert Altman, cujo vencedor é definido previamente, nenhum dos atores de “Moonlight” disputou prêmios de interpretação. Assim, Casey Affleck ficou com o troféu de Melhor Ator por “Manchester à Beira-Mar” e Isabelle Huppert com mais uma estatueta de Melhor Atriz por “Elle” – um dia depois de conquistar o César, na França. Entre os coadjuvantes, Ben Foster venceu por “A Qualquer Custo” e Molly Shannon surpreendeu com o reconhecimento a seu trabalho em “The Other People”. Dos três brasileiros que concorriam, apenas um celebrou. O produtor Rodrigo Teixeira compartilhou a vitória do filme “A Bruxa” em duas categorias, Melhor Filme de Estreia e Melhor Roteiro de Estreia. O terror é uma coprodução da empresa brasileira RT Features, de Teixeira, com estúdios americanos. “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, que concorria na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira, perdeu para o alemão “Toni Erdmann”, de Maren Ade. Já “Melhores Amigos”, que concorria a Melhor Roteiro, escrito pelo americano Ira Sachs e o brasileiro Maurício Zacharias, foi um dos longas que perdeu para “Moonlight”. Confira abaixo a lista completa dos premiados. Vencedores do Independent Film Awards 2017 Melhor Filme Moonlight Melhor Diretor Barry Jenkins (Moonlight) Melhor Atriz Isabelle Huppert (Elle) Melhor Ator Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar) Melhor Atriz Coadjuvante Molly Shannon (Other People) Melhor Ator Coadjuvante Ben Foster (A Qualquer Custo) Melhor Roteiro Barry Jenkins (Moonlight) Melhor Filme de Estreia A Bruxa Melhor Roteiro de Estreia Robert Eggers (A Bruxa) Melhor Edição Joi McMillon e Nat Sanders (Moonlight) Melhor Direção de Fotografia James Laxton (Moonlight) Melhor Documentário O.J.: Made in America Melhor Filme Estrangeiro Toni Erdmann (Alemanha e Romênia) Prêmio John Cassavetes (Melhor Filme Feito com Menos de US$ 500 mil) Spa Night Prêmio Robert Altman (Melhor Elenco) Moonlight
Três brasileiros disputam o “Oscar do cinema independente” neste sábado
O principal prêmio do cinema indie americano, o Independent Spirit Awards, que na noite deste sábado (25/2) em Santa Monica, na Califórnia, será transmitido ao vivo pelo canal pago A&E e pode render troféus a brasileiros. Além do diretor Kleber Mendonça Filho, que concorre a Melhor Filme Estrangeiro por “Aquarius”, o produtor Rodrigo Teixeira está representado por dois filmes na disputa: “A Bruxa”, que concorre na categoria de Melhor Filme de Estreia, e “Melhores Amigos”, que disputa o prêmio de Melhor Roteiro. Para completar, este roteiro foi escrito pelo americano Ira Sachs e o brasileiro Maurício Zacharias. Os três brasileiros disputam com filmes de peso, como “Moonlight”, “A Qualquer Custo” e “Manchester à Beira-Mar”, que também estão no Oscar. “A Bruxa”, dirigido por Robert Eggers e produzido por Teixeira, concorre com “A Infância de um Líder”, “The Fits”, “Other People” e “Um Cadáver para Sobreviver”. Zacharias e Ira Sachs disputam com os autores de “Moonlight”, “Manchester à Beira-Mar”, “A Qualquer Custo” e “Mulheres do Século 20”. E “Aquarius” enfrenta “Chevalier” (Grécia), “Três Lembranças da Minha Juventude” (França), “Toni Erdmann” (Alemanha) e “Sob as Sombras” (Irã e Reino Unido). Na categoria de Melhor Filme do ano, a disputa acontece entre “Moonlight”, “Jackie”, “Manchester à Beira-Mar”, “Chronic” e “Docinho da América”. Confira abaixo a lista completa dos indicados. Indicados ao Independent Film Awards 2017 Melhor Filme American Honey Chronic Jackie Manchester à Beira-Mar Moonlight Melhor Diretor Andrea Arnold (American Honey) Pablo Larraín (Jackie) Jeff Nichols (Loving) Kelly Reichardt (Certas Mulheres) Barry Jenkins (Moonlight) Melhor Atriz Annette Bening (20th Century Women) Isabelle Huppert (Elle) Sasha Lane (American Honey) Ruth Negga (Loving) Natalie Portman (Jackie) Melhor Ator Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar) David Harewood (Free In Deed) Viggo Mortensen (Capitão Fantástico) Jesse Plemons (Other People) Tim Roth (Chronic) Melhor Atriz Coadjuvante Edwina Findley (Free In Deed) Paulina Garcia (Melhores Amigos) Lily Gladstone (Certas Mulheres) Riley Keough (American Honey) Molly Shannon (Other People) Melhor Ator Coadjuvante Ralph Fiennes (A Bigger Splash) Ben Foster (A Qualquer Custo) Lucas Hedges (Manchester à Beira-Mar) Shia LaBeouf (American Honey) Craig Robinson (Morris from America) Melhor Roteiro Barry Jenkins (Moonlight) Kenneth Lonergan (Manchester à Beira-Mar) Mike Mills (20th Century Women) Ira Sachs & Mauricio Zacharias (Melhores Amigos) Taylor Sheridan (A Qualquer Custo) Melhor Filme de Estreia The Childhood of a Leader The Fits Other People Swiss Army Man A Bruxa Melhor Roteiro de Estreia Robert Eggers (A Bruxa) Chris Kelly (Other People) Adam Mansbach (Barry) Stella Meghie (Jean of the Joneses) Craig Shilowich (Christine) Melhor Edição Matthew Hannam (Swiss Army Man) Jennifer Lame (Manchester à Beira-Mar) Joi McMillon e Nat Sanders (Moonlight) Jake Roberts (A Qualquer Custo) Sebastián Sepúlveda (Jackie) Melhor Direção de Fotografia Ava Berkofsky (Free In Deed) Lol Crawley (The Childhood of a Leader) Zach Kuperstein (The Eyes of My Mother) James Laxton (Moonlight) Robbie Ryan (American Honey) Melhor Documentário A 13ª Emenda Cameraperson I Am Not Your Negro O.J.: Made in America Sonita, uma Rapper Afegã Sob o Sol Melhor Filme Estrangeiro Aquarius (Brasil) Chevalier (Grécia) Três Lembranças da Minha Juventude (França) Toni Erdmann (Alemanha e Romênia) Sob as Sombras (Irã e Reino Unido) Prêmio John Cassavetes (Melhor Filme Feito com Menos de US$ 500 mil) Free In Deed Hunter Gatherer Lovesong Nakom Spa Night Prêmio Robert Altman (Melhor Elenco) Moonlight
Elle vence o César 2017 e é o Melhor Filme francês do ano
O suspense “Elle” foi o grande vencedor do César 2017, a principal premiação do cinema francês, equivalente ao Oscar americano. Além de vencer como Melhor Filme do ano, o longa do holandês Paul Verhoeven rendeu o César de Melhor Atriz para sua estrela, Isabelle Huppert, em cerimônia realizada na noite desta sexta-feira (24), em Paris. Verhoeven, porém, não levou o troféu de Melhor Diretor. Ele foi superado pelo jovem canadense Xavier Dolan, que venceu por “É Apenas o Fim do Mundo”, drama que divide opiniões da crítica. O cineasta, por sinal, venceu dois César. O segundo foi pela edição do filme. “É Apenas o Fim do Mundo” também premiou o desempenho Gaspard Ulliel com o César de Melhor Ator. Outro filme que também recebeu três troféus foi “Divines”, distribuído pela Netflix: venceu na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Deborah Lukumuena), Revelação Feminina (Oulaya Amamra) e Melhor Filme de Estreia para a diretora Houda Benyamina, que já tinha sido premiada com a Câmera de Ouro (Melhor Filme de Estreia) no Festival de Cannes. Também repetindo Cannes, o Vencedor da Palma de Ouro, o britânico “Eu, Daniel Blake”, de Ken Loach, ficou com a estatueta de Melhor Filme Estrangeiro, superando o brasileiro “Aquarius”. Favorito na premiação, o drama “Frantz”, de François Ozon, acabou decepcionando. Indicado a 11 troféus, o longa só venceu um: de Melhor Fotografia. Perdeu até como Roteiro Adaptado, categoria que foi vencida, de forma surpreendente, por “Minha Vida de Abobrinha”, premiada também como Melhor Animação. Confira abaixo a lista completa dos premiados. Vencedores do César 2017 Melhor Filme “Elle” Melhor Direção Xavier Dolan (“É Apenas o Fim do Mundo”) Melhor Atriz Isabelle Huppert (“Elle”) Melhor Ator Gaspard Ulliel (“É Apenas o Fim do Mundo”) Melhor Atriz Coadjuvante Déborah Lukumuena (“Divines”) Melhor Ator Coadjuvante James Thierrée “Chocolate” Melhor Revelação Feminina Oulaya Amamra (“Divines”) Melhor Revelação Masculina Niels Schneider (“Diamant Noir”) Melhor Roteiro Original Raoul Ruiz (“O Efeito Aquático”) Melhor Roteiro Adaptado Céline Sciamma (“Minha Vida de Abobrinha”) Melhor Filme Estrangeiro “Eu, Daniel Blake” (Reino Unido) Melhor Filme de Estreia “Divines” Melhor Animação “Minha Vida de Abobrinha” Melhor Trilha Sonora Ibrahim Maalouf (“Dans les Forêts de Sibérie”) Melhor Fotografia Pascal Marti (“Frantz”) Melhor Edição Xavier Dolan (“É Apenas o Fim do Mundo”) Melhor Figurino Anaïs Romand (“La Danseuse”) Melhor Cenografia Jérémie D. Lignol (“Chocolate”) Melhor Som Marc Engels, Fred Demolder, Sylvain Réty, Jean-Paul Hurier (“L’odyssée”) Melhor Documentário “Merci Patron”
Associação de críticos franceses elege Aquarius o Melhor Filme Estrangeiro
O drama brasileiro “Aquarius” foi eleito o Melhor Filme Estrangeiro do ano passado pela União Francesa de Críticos de Cinema. O filme dirigido por Kleber Mendonça Filho e protagonizado por Sônia Braga teve sua première mundial na França, exibido no Festival de Cannes, de onde saiu sem prêmios, exatamente como, por coincidência, “Elle”, de Paul Verhoeven, que os críticos franceses consideraram o Melhor Filme de 2016. A produção estrelada por Isabelle Huppert recebeu até uma indicação ao Oscar 2017, na categoria de Melhor Atriz. Por outro lado, a Vitagraphic, que fez a distribuição invisível de “Aquarius” nos EUA, não inscreveu o longa brasileiro no Oscar, deixando-o inelegível. Outro filme indicado pela Academia, a animação “A Tartaruga Vermelha”, também foi destaque e levou o prêmio de Melhor DVD/Blu-ray Recente. Os prêmios da associação de críticos franceses foram criados em 2006 e são concedidos por jornalistas especializados. “Aquarius” também concorre ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no César 2017, maior premiação de cinema da França, comparada ao Oscar no país. A cerimônia está marcada para 24 de fevereiro.
Saiba por que Aquarius não tinha chance nenhuma de ser indicado ao Oscar
A escolha do representante do Brasil para disputar uma vaga no Oscar polarizou a comunidade cinematográfica brasileira. Mesmo tendo sido preterido por “Pequeno Segredo”, muitos ainda apostavam em indicações para a atriz Sonia Braga, inclusive críticos do exterior. Resenhistas do jornal The New York Times chegaram até a defender indicação para o diretor Kleber Mendonça Filho! Mas a Academia não incluiu “Aquarius” em nenhuma categoria, durante a divulgação dos indicados ao Oscar 2017 na terça (24/1). Assim, quando o filme surgiu no César, o Oscar francês, um dia depois, as redes sociais explodiram em protestos contra o “governo ilegítimo” e golpista, que, ao barrar o drama de Kleber Mendonça Filho no Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, arrefeceu suas chances em todas as demais categorias. Como teorias de conspiração não precisam de muita explicação, esta poderia entrar para os anais da História. Não fosse o trabalho básico de jornalismo de Marcelo Bernardes, blogueiro da Folha de S. Paulo, radicado em Nova York. Em seu blog, Baixo Manhattan, ele publicou uma imagem do informativo oficial da Academia, com a lista, em ordem alfabética, de todos os filmes inscritos para concorrer ao Oscar 2017. Veja o detalhe da página que interessa abaixo deste texto. Apenas filmes inscritos podem ser indicados. E até favoritos ao Framboesa de Ouro de Pior Filme, como “Zoolander 2”, “Independence Day: O Ressurgimento” e a comédia “Tirando um Atraso”, foram inscritos na disputa. Entretanto, “Aquarius” não foi. Bastava acessar a lista de inscritos para descobrir o principal motivo da ausência completa de “Aquarius” no Oscar. “Aquarius” jamais poderia ter recebido indicações ao Oscar, porque seus produtores americanos não cumpriram a etapa burocrática de preencher a ficha de inscrição ao prêmio. Quando Kleber Mendonça Filho disse ao site americano Screen Daily que tinha fechado distribuição nos EUA com a Vitagraphic Films e que tentariam indicação de Sônia Braga ao Oscar, a Pipoca Moderna foi o único site brasileiro a chamar atenção para o problema criado pela escolha de parceiro. Na ocasião, escrevemos: “Embora a indicação de Sônia tenha muita torcida, é importante dimensionar a campanha do filme, que não seria muito diferente caso tivesse sido escolhido como representante brasileiro para a categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A distribuidora americana Vitagraph é muito pequena, nem canal tem no YouTube, e não contará com grande orçamento para divulgar a estreia do filme nos cinemas, que dirá bancar corrida ao Oscar”. O texto original ainda destacou o histórico brasileiro na competição: “Vale lembrar que Fernanda Montenegro teve apoio do estúdio Sony Pictures Classics quando conseguiu sua indicação ao Oscar por ‘Central do Brasil’ (1998), enquanto as diversas indicações de ‘Cidade de Deus’ (2002) ocorreram com empurrão da Miramax, dos irmãos Weinsten, que sabem como poucos o que fazer para conquistar Oscars.” Marcelo Bernardes tentou contatar a Vitagraph para ter uma posição oficial, mas a distribuidora não respondeu aos pedidos de informação. Ele buscou, então, a repercussão do fato nos EUA. “É algo bastante insólito. Sou muito fã do filme desde que o assisti pela primeira vez em Cannes”, disse Pete Hammond, editor e principal crítico do site Deadline. Já um produtor de Nova York, especializado em lançamentos de filmes estrangeiros e que pediu para não ser identificado, foi ainda mais incisivo: “Trata-se de um desrespeito total por parte do distribuidor do filme, uma decisão bem atroz, se você quer mesmo minha opinião sincera”. Toda a torcida por “Aquarius” não adiantava nada. Veja para crer, na imagem abaixo.
Aquarius é indicado a Melhor Filme Estrangeiro no César, o Oscar francês
“Aquarius” não foi selecionado pelo Ministério da Cultura para concorrer a uma vaga no Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, mas acabou indicado no equivalente francês. O filme de Kleber Mendonça Filho vai disputar o César de Melhor Filme Estrangeiro. A lista dos indicados foi divulgada na manhã desta quarta (25/1) pela Academia Francesa de Cinema. E a disputa é dominada por “Elle”, de Paul Verhoeven, e “Frantz”, drama em preto e branco de François Ozon, ainda inédito no Brasil. Ambos foram selecionados em 11 categorias. Logo em seguida, aparece “Mistério na Costa Chanel”, de Bruno Dumont, com nove indicações – e que acaba de ser lançado nos cinemas brasileiros. Além destes, também conquistaram destaque “Victoria”, de Justine Triet, “Mal de Perres”, de Nicole Garcia, “La Danseuse”, de Stéphanie Di Giusto, e, principalmente, “Divines”, primeiro filme da cineasta Houda Benyamina, que venceu a Câmera de Ouro de Melhor Filme de Estreante no Festival de Cannes e foi adquirido pela Netflix para distribuição mundial. O filme pode ser visto na Netflix brasileira e confirma a tendência observada nas indicações do Oscar 2017, rumo ao streaming. Por sinal, Isabelle Huppert vai disputar os dois prêmios de Melhor Atriz, o César na França e o Oscar nos EUA, por “Elle”. A indicação francesa é a 16ª da carreira da estrela, que entretanto só venceu em uma oportunidade: em 1996, por “Mulheres Diabólicas”, de Claude Chabrol. É interessante observar o destaque obtido por filmes exibidos no Festival de Cannes do ano passado. Além do já citado “Divines”, o próprio “Elle” é um exemplo, assim como “Mistério na Costa Chanel”, “Mal de Perres” e “La Danseuse”. E fora justamente “Divines”, foram injustamente ignorados no evento de maio, cujo resultado foi recebido com contestação pela imprensa mundial. Mas é na categoria de Filmes Estrangeiros que o reflexo de Cannes se mostra mais evidente. Seis dos sete indicados foram exibidos no festival francês, inclusive “Aquarius” e o vencedor da Palma de Ouro, “Eu, Daniel Blake”. Assim, esta disputa permite uma espécie de tira-teima, revelando se a Academia francesa concorda que o drama político britânico de Ken Loach é realmente o melhor filme. Vale observar que há uma peculiaridade na disputa desta categoria. Ao contrário do Oscar, a seleção dos filmes estrangeiros do César não tem a palavra “Língua”, o que dá uma grande vantagem a filmes de outros países falados em francês, como o canadense “É Apenas o Fim do Mundo”, de Xavier Dolan, que inclusive é interpretado por astros franceses e concorre a vários outros prêmios da Academia. A cerimônia do César 2017 vai acontecer no dia 24 de fevereiro, dois dias antes do Oscar. E não será mais presidida por Roman Polanksi, que optou por recusar o convite da Academia, após a homenagem virar protesto feminista. Confira abaixo a lista completa dos indicados. Indicados ao César 2017 Melhor Filme “Divines” “Elle” “Frantz” “Agnus Dei” “Mistério na Costa Chanel” “Mal de Pierres” “Victoria” Melhor Direção Houda Benyamina (“Divines”) Xavier Dolan (“É Apenas o Fim do Mundo”) Bruno Dumont (“Mistério na Costa Chanel”) Anne Fontaine (“Agunus Dei”) Nicole Garcia (“Mal de Pierres”) François Ozon (“Frantz”) Paul Verhoeven (“Elle”) Melhor Atriz Judith Chemla (“Une Vie”) Marion Cotillard (“Mal de Pierres”) Virginie Efira (“Victoria”) Marina Fois (“Irrepreensível”) Isabelle Huppert (“Elle”) Sidse Babett Knudsen (“La Fille de Brest”) Soko (“La Danseuse”) Melhor Ator Francois Cluzet (“Médecin de Campagne”) Pierre Deladonchamps (“Le Fils de Jean”) Nicolas Duvauchelle (“Não Sou um Canalha”) Fabrice Luchini (“Mistério na Costa Chanel”) Pierre Niney (“Frantz”) Omar Sy (“Chocolate”) Gaspard Ulliel (“É Apenas o Fim do Mundo”) Melhor Atriz Coadjuvante Nathalie Baye (“É Apenas o Fim do Mundo”) Valeria Bruni Tedeschi (“Mistério na Costa Chanel”) Anne Consigny (“Elle”) Déborah Lukumuena (“Divines”) Mélanie Thierry dans (“La Danseuse”) Melhor Ator Coadjuvante Laurent Lafitte (“Elle”) Vincent Lacoste (“Victoria”) Vincent Cassel (“É Apenas o Fim do Mundo”) Gabriel Arcand (“Le Fils De Jean”) James Thierrée (“Chocolate”) Melhor Revelação Feminina Oulaya Amamra (“Divines”) Paula Beer (“Frantz”) Lily-Rose Depp (“La Danseuse”) Noémie Merlant (“Le Ciel Attendra”) Raph (“Mistério na Costa Chanel”) Melhor Revelação Masculina Damien Bonnard (“Na Vertical”) Corentin Fila (“Quando se Tem 17 anos) Kacey Mottet Klein (“Quando se Tem 17 anos”) Jonas Bloquet (“Elle”) Niels Schneider (“Diamant Noir”) Melhor Roteiro Original Houda Benyamina, Romain Compingt e Malik Rumeau (“Divines”) Raoul Ruiz (“L’Effet Aquatique”) Anne Fontaine, Pascal Bonitzer, Sabrina B. Karine e Alice Vial (“Agnus Dei”) Bruno Dumont (“Mistério na Costa Chanel”) Justine Triet (“Victoria”) Melhor Roteiro Adaptado Céline Sciamma (“Minha Vida de Abobrinha”) David Birke (“Elle”) François Ozon e Philippe Piazzo (“Frantz”) Emmanuelle Bercot e Séverine Bosschem (“La Fille de Brest”) Katell Quillévéré e Gilles Taurand (“Réparer les Vivants”) Nicole Garcia e Jacques Fieschi (“Mal de Pierres”) Melhor Filme Estrangeiro “Graduation” (Romênia) “A Garota Sem Nome” (Bélgica) “É Apenas o Fim do Mundo” (Canadá) “Aquarius” (Brasil) “Manchester à Beira-Mar” (Estados Unidos) “Eu, Daniel Blake” (Reino Unido) “Toni Erdmann” (Alemanha) Melhor Filme de Estreia “Cigarette et Chocolat Chaud” “La Danseuse” “Diamant Noir” “Divines” “Rosalie Blum” Melhor Animação “Minha Vida de Abobrinha” “A Tartaruga Vermelha” “La Jeune Fille Sans Main” Melhor Trilha Sonora Sophie Hunger (“Minha Vida de Abobrinha”) Gabriel Yared (“Chocolate”) Ibrahim Maalouf (“Dans les Forêts de Sibérie”) Anne Dudley (“Elle”) Philippe Rombi (“Frantz”) Melhor Fotografia “Elle” “Frantz” “Agnus Dei” “Mistério na Costa Chanel” “Mal de Pierres” Melhor Edição “Divines” “Elle” “Frantz” “É Apenas o Fim do Mundo” “Mal de Pierres” Melhor Figurino “La Danseuse” “Frantz” “Mistério na Costa Chanel” “Mal de Pierres” “Une Vie” Melhor Cenografia “Chocolate” La Danseuse” “Frantz” “Mistério na Costa Chanel” “Planétarium” Melhor Som “Chocolate” “Elle” “Frantz” “Mal de Pierres” “L’odyssée” Melhor Documentário “Dernières Nouvelles du Cosmos” “Merci Patron” “Fogo no Mar” “Voyage à Travers le Cinéma Français” “Swagger”
Ancine celebra 15 anos em comercial com cenas de Aquarius e Pequeno Segredo
A Ancine (Agência Nacional do Cinema) lançou nesta semana uma nova campanha publicitária de incentivo ao consumo de conteúdos audiovisuais brasileiros. Com o conceito “O audiovisual brasileiro é o Brasil assistindo ao Brasil”, a campanha, criada pela agência DM9DDB, mostra uma convivência pacífica entre “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, e “Pequeno Segredo”, de David Schurmann, e traz narração do ator Wagner Moura. Imagens de ambos os filmes, que ilustraram uma polarização política no país em 2016, aparecem no comercial, junto com cenas de outras produções de cinema e TV, ilustrando a variedade de opções disponíveis para o público. Escolhido pelo Ministério da Cultura para representar o país em busca de uma indicação ao Oscar, “Pequeno Segredo” aparece primeiro, mas Kleber Mendonça Filho, apesar de protestar contra o “governo ilegítimo”, também teve sua obra bem destacada no vídeo. O lançamento da campanha valoriza os 15 anos de conquistas da Ancine e as peças publicitárias levam o selo comemorativo da data. Criada em 2001 pelo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, como um órgão gestor da atividade cinematográfica, em substituição à Embrafilme, extinta em 1990 pelo governo de Fernando Collor de Mello, a Ancine ampliou sua atividade para a TV e ajudou o Brasil a alavancar a produção audiovisual, resultando num crescimento extraordinário na quantidade de filmes e séries produzidas no país. Como o comercial lembra, em 2002 apenas 29 títulos brasileiros foram lançados nas salas de cinema. Em 2016, registrou-se recorde de 143 lançamentos. O número de espectadores também cresceu. Os filmes nacionais atraíram, em 2002, 7 milhões de espectadores. Já em 2016, 30,4 milhões de pessoas assistiram às produções nacionais nos cinemas. Todas as peças publicitárias terminam com um convite ao espectador: “Assista. Recomende. Dá orgulho de ver.” A campanha ainda terá uma segunda fase, que prevê a veiculação de um curta documentário, com depoimentos de importantes pessoas do mercado audiovisual, como o animador Alê Abreu, o diretor Cacá Diegues, o ator Caio Blat e a atriz Mariana Ximenes.
Maiores bilheterias do cinema brasileiro em 2016 foram comédias e produtos televisivos
Dados das bilheterias brasileiras, revelados pelo site Filme B, confirmam a manutenção do perfil dos blockbusters nacionais. A tendência vista no ano anterior se repetiu, e as maiores bilheterias do cinema falado em carioquês e paulistano em 2016 foram produtos derivados da TV e comédias besteiróis. Muito acima dos demais, o fenômeno “Os Dez Mandamentos”, uma versão condensada de novela, tornou-se não apenas o filme mais visto do Brasil em 2016, mas em todos os tempos. Milagre, diriam alguns. A tendência ainda inclui a adaptação da novela infantil “Carrossel”, mostrando uma reação da Record e do SBT ao predomínio da Globo Filmes. Mas também chama atenção o sucesso de “Minha Mãe É uma Peça 2”, besteirol em que um comediante do Multishow (da Globosat) se veste de mãe, ao estilo da franquia americana “Madea”, que não é distribuída no país por, ironicamente, medo de fracasso comercial. O primeiro filme já tinha sido a maior bilheteria nacional de 2013. O atual foi lançado no final de 2016 e ainda continua acumulando público – após quatro semanas em cartaz, está em 2º lugar entre os filmes mais vistos do último fim de semana. Entre as curiosidades da apuração, lançamentos que trazem números em seus títulos faturaram mais alto que os demais. À exceção de “Os Dez Mandamentos”, que não é sequência de “Os Nove Mandamentos”, a lista dos blockbusters nacionais inclui diversas continuações, como a já citada “Minha Mãe É uma Peça 2”, “Carrossel 2: O Sumiço de Maria Joaquina, “, “Até que a Sorte nos Separe 3” e “Vai que Dá Certo 2”. Detalhe: “Até que a Sorte nos Separe 3” foi lançado no final de 2015. O roteirista Fil Braz, de “Minha Mãe É uma Peça 2”, também emplacou outro hit, “Tô Ryca”, que tem uma origem controversa, tamanhas são suas similaridades com o filme americano “Chuva de Milhões” (1985). Talvez a cara de pau seja outra característica marcante dos blockbusters nacionais. Três das comédias listadas tem ainda a mesma premissa, acompanhando um pobretão que vira novo rico de uma hora para outra: “Até que a Sorte nos Separe 3”, “Tô Ryca” e “Um Suburbano Sortudo”. O que parece indicar que o público brasileiro não quer ver nada realmente novo. Esta preferência reflete, inclusive, no sucesso de uma novela no cinema e na proliferação de sequências. O tom infantilóide da maioria dos besteiróis listados ainda encontra justificativa no êxito de filmes infantis, como “Carrossel 2” e “É Fada!”. Vale observar que, apesar de ser um longa estrelado por um(a) youtuber, “É Fada!” não chega a marcar uma nova tendência, já que a comédia do Porta do Fundos implodiu e o filme do Christian Figueiredo não fez tanto quanto se imaginava. Há apenas um drama original no Top 10, considerado um dos piores do ano no gênero: “O Vendedor de Sonhos”, baseado num best-seller de escritor de auto-ajuda. Cheio de frases impactantes que não dizem nada, o filme emula a ideia de um guru divino, transformando um sem-teto num Moisés hermano-urbano. Outra característica que salta e arranca os olhos: todos os 10 filmes mais vistos do país foram produzidos no eixo Rio e São Paulo. Sotaques diferentes só no circuito limitado. O pernambucano “Aquarius”, por sinal, foi a única produção da pequena distribuidora Vitrine Filmes, especialista em filmes de maior qualidade, na lista dos 20 longas nacionais mais vistos de 2016. Os chamados “filmes médios” ocuparam do 11º ao 20º lugar, num nicho estendido entre os 600 mil e os 100 mil ingressos vendidos. Nesta faixa, surge a preferência das cinebiografias, entre elas “Mais Forte que o Mundo”, sobre o lutador Zé Aldo, com 565 mil ingressos vendidos, e “Elis”, sobre a cantora Elis Regina, com 538 mil. Por fim, 11 dos 15 maiores campeões de bilheteria do país foram distribuídas pela dobradinha entre Downtown e Paris Filmes, que também monopolizam os grandes lançamentos nacionais, ocupando o maior número de salas disponíveis no parque cinematográfico brasileiro. Acessibilidade é um fator considerável para o sucesso. Confira abaixo a lista com os campeões nacionais de bilheteria. Top 10: Bilheterias do Brasil em 2016 1. Os Dez Mandamentos: 11,3 milhão de ingressos / R$ 116,8 milhões 2. Minha Mãe É uma Peça 2: 2,8 milhões de ingressos / R$ 36,9 milhões* 3. Carrossel 2: 2,5 milhões de ingressos / R$ 28,5 milhões 4. Até que a Sorte nos Separe 3: 2,4 milhões de ingressos / R$ 30,7 milhões 5. É Fada!: 1,7 milhão de ingressos / R$ 20,7 milhões 6. Tô Ryca: 1,1 milhão de ingressos / R$ 14,7 milhões 7. Um Suburbano Sortudo: 1 milhão de ingressos / R$ 14,3 milhões 8. Vai que Dá Certo 2: 923 mil ingressos / R$ 11,9 milhões 9. Um Namorado para Minha Mulher: 662 mil ingressos / R$ 9 milhões 10. O Vendedor de Sonhos: 611 mil ingressos / R$ 8,2 milhões









