Morre Tom Stoppard, roteirista de “Shakespeare Apaixonado”, aos 88 anos
Dramaturgo venceu o Oscar por filme que desbancou "Central do Brasil" e foi premiado com cinco Tony Awards
Morre Lea Massari, estrela de “A Aventura” e ícone do cinema europeu
Atriz italiana, que faleceu aos 91 anos, trabalhou em clássicos de Michelangelo Antonioni, Louis Malle e Dino Risi
Paul Geoffrey, ator de “Excalibur” e “Greystoke”, morre aos 68 anos
O ator inglês Paul Geoffrey, conhecido por papéis em “Excalibur” e “Better Call Saul”, faleceu no sábado passado (3/6) em Santa Fé, Novo México (EUA), aos 68 anos. Sua morte aconteceu após uma batalha contra o câncer. Ele deixou sua esposa Sue Taylor e seus três filhos, Alex, Oliver e Daisy. “Ele amava vinhos e pratos franceses, tinha grande conhecimento de história e era um torcedor fiel do Arsenal, além de ser extremamente bem-sucedido como o cara mais gentil do mundo”, diz o obituário divulgado pela família ao jornal local Santa Fe New Mexican. Excalibur Nascido na Inglaterra, Geoffrey começou sua carreira nas telas britânicas em 1977. Durante os primeiros anos, fez participações pequenas em filmes e séries. Foi em 1981 que ganhou notoriedade ao estrelar o filme de fantasia medieval “Excalibur”. Ele interpretou o cavaleiro Perceval na trama que retrata a lenda do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda. Seu personagem recebeu destaque no filme cultuado de John Boorman (“Esperança e Glória”), que trouxe Nigel Terry (“Caravaggio”) como o Rei Arthur e também contou com Patrick Stewart (“Star Trek: Picard”) e Liam Neeson (“Assassino Sem Rastro”) no elenco. Elogiado pelo público e pela crítica, “Excalibur” ganhou o prêmio de Melhor Contribuição Artística em Cannes em 1981 e foi indicado ao Oscar na categoria de Melhor Fotografia. Greystoke – A Lenda de Tarzan Em 1983, Geoffrey atuou na minissérie “Spyship”, do canal britânico BBC e, no ano seguinte, estrelou sua próxima grande produção: “Greystoke – A Lenda de Tarzan”, dirigida por Hugh Hudson (“Carruagens de Fogo”). Na trama, Geoffrey interpretou o Lord John “Jack” Clayton, o pai de Tarzan (vivido por Christopher Lambert). Considerado a melhor adaptação da obra de Edgar Rice Burroughs, o longa foi aclamado pela crítica e recebeu 3 indicações ao Oscar. Mas os papéis diminuíram drasticamente depois disso, e ele se viu obrigado a dividir seu tempo entre filmes, séries e o trabalho de corretor de imóveis. Um de seus últimos destaques foi como o Sr. Lockwood na adaptação de 1992 do clássico “O Morro dos Ventos Uivantes”, da autora Emily Brontë. O longa foi dirigido por Peter Kosminsky (“A Promessa”) e foi estrelado pelo ator Ralph Fiennes (“O Menu”) ao lado da atriz francesa Juliette Binoche (“Acima das Nuvens”). Séries Geoffrey também fez aparições em produções televisivas, como “The Jewel in the Crown” (1984), “Zina” (1985), “Anna Karenina” (1985), “Napoleon and Josephine: A Love Story” (1987), “The Manageress” (1989), “Acapulco HEAT” (1993) e “The Staircase” (1998), e voltou ao cinema na comédia “Thomas Crown, a Arte do Crime” (1999), estrelada por Pierce Brosnan (“Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo!”). Após um período de mais de 10 anos longe das telas, o ator reapareceu em 2015, num papel em “Better Call Saul”, série derivada do sucesso “Breaking Bad”, como o alfaiate do personagem principal, interpretado pelo ator Bob Odenkirk. Depois disso, ainda atuou nas séries “Get Shorty: A Máfia do Cinema” (2017) e “Perpetual Grace, LTD” (2019), seus últimos trabalhos.
Novas imagens revelam “casas dos sonhos” do filme da Barbie
A Warner Bros. divulgou as primeiras imagens das “Casas dos Sonhos” do filme “Barbie”, dirigida por Greta Gerwig (“Adoráveis Mulheres”). O cenário é inspirado nas populares mansões de plástico cor-de-rosa da famosa boneca. Agora em tamanho real, a casa conta com três andares e foi construída nos estúdios da produção, em Londres, pela designer Sarah Greenwood e a cenógrafa Katie Spencer. A dupla indicada ao Oscar de Melhor Direção de Arte, já foi responsável por criar os cenários dos filmes “Orgulho e Preconceito” (2005) e “Anna Karenina” (2012). Em entrevista para a revista de design de interiores Architectural Digest, a equipe comentou sobre a casa “sem paredes e sem portas”, imitando os brinquedos da Mattel. Segundo elas, o cenário foi inspirado nos traços modernistas do século passado, mais especificamente da cidade americana Palm Springs, conhecida pelo clima de verão e resorts de férias. “Tudo naquela época era perfeito”, afirma Greenwood, que se esforçou para “tornar a Barbie real nesse mundo irreal”. Durante a pré-produção, a dupla usou uma “casa dos sonhos” de brinquedo como inspiração para concluir o desafio de transformar o cenário em tamanho real. “A escala era bastante estranha”, brinca Spencer, explicando que as proporções exatas dos cômodos ficaram 23% menores que o tamanho humano do set. “Na verdade, o teto fica bem perto da cabeça e são necessários apenas alguns passos para atravessar a sala. Isso cria o estranho efeito de fazer os atores parecerem grandes no espaço, mas pequenos no geral”, comenta Gerwig. “Eu queria capturar o que havia de tão ridiculamente divertido nas ‘casas dos sonhos'”. Com um escorregador que desemboca na piscina, o quarto da Barbie ainda é enfeitado com uma cabeceira estofada em veludo e uma colcha de lantejoulas. O closet da personagem de Margot Robbie (“O Esquadrão Suicida”) tem roupas distribuídas em caixas de brinquedos. “Por que descer escadas quando você pode deslizar para dentro da piscina? Por que subir escadas quando você pode usar um elevador que combina com seu vestido?”, indaga Gerwig. A diretora ainda explica que tudo precisava ser rosa para manter a essência infantil no cenário, já que ela não queria “esquecer o que me fez amar a Barbie quando eu era uma garotinha”. Com essa busca pela “autêntica artificialidade”, ela revelou que a produção usou um pano de fundo pintado a mão ao invés de efeitos especiais para capturar a imagem do céu e das montanhas. “Estávamos literalmente criando o universo alternativo da Terra da Barbie”, afirma Gerwig. “Tudo precisava ser tátil, porque brinquedos são, acima de tudo, coisas que você toca”. Além disso, a designer ainda observou um detalhe curioso da primeira “casa dos sonhos” lançada no mercado dos brinquedos pela Mattel em 1962, ainda em papelão. “Definitivamente, é uma casa para uma mulher solteira”, observou Greenwood. “Ela é o ícone feminista definitivo”. Na semana passada, a cantora Dua Lipa, que dará vida a uma Barbie no longa, lançou a primeira música da trilha sonora. O video de “Dance The Night” conta com a participação da diretora e os cenários já ilustram um pouco do que o público pode esperar para ver no filme, destacando a discoteca das bonecas. Além de Robbie no papel principal, o grandioso elenco também destaca Ryan Gosling (“Blade Runner 2049”) no papel do Ken que foge com ela, Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”) como executivo de brinquedos e Helen Mirren (“A Rainha”) como narradora. A lista de famosos na produção ainda inclui Simu Liu (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”), Kate McKinnon (“Caça-Fantasmas”), Alexandra Shipp (“X-Men: Fênix Negra”), Kingsley Ben-Adir (“Uma Noite em Miami”), Emma Mackey (“Sex Education”), Michael Cera (“Scott Pilgrim Contra o Mundo”), Alexandra Shipp (“X-Men: Apocalipse”), Hari Nef (“País da Violência”), Nicola Coughlan (“Bridgerton”), Emerald Fennell (“The Crown”), Issa Rae (“Insecure”), Ncuti Gatwa (“Sex Education”), Ritu Arya (“The Umbrella Academy”) e John Cena (“Velozes e Furiosos 10”). O filme tem o roteiro de Gerwig em parceria com o marido Noah Baumbach (“História de um Casamento”). “Barbie” tem estreia marcada para 20 de julho nos cinemas brasileiros, um dia antes de seu lançamento nos EUA.
Sally Ann Howes (1930–2021)
A atriz e cantora britânica Sally Ann Howes, que estrelou o musical “O Calhambeque Mágico” (1968), morreu no domingo passado (19/12) aos 91 anos, “pacificamente enquanto dormia”, segundo informou seu sobrinho no Twitter. Howes nasceu em Londres numa família de atores, e começou sua carreira aos 13 anos com o papel principal no filme “Thursday’s Child” (1943). Sua juventude foi repleta de sucessos do cinema britânico, mas não se prendeu às comédias infantis. Com 15 anos encarou o terror da célebre antologia “Na Solidão da Noite” (1945). Ela também integrou o elenco da versão de “Anna Karenina” estrelada por Vivan Leigh em 1948, antes de viver a Cinderella de um telefilme de 1950. Após se consagrar no cinema, Howes virou estrela do West End e da Broadway, chegando a concorrer ao prêmio Tony de Melhor Atriz em Musical pela montagem de “Brigadoon”, em 1963. Três anos depois, ela estrelou a versão televisiva da peça. O melhor da experiência com música e dança, porém, foi o convite para estrelar seu filme mais conhecido, “O Calhambeque Mágico”, contracenando com Dick Van Dyke. Algumas músicas daquele filme são lembradas até hoje. O sucesso de “O Calhambeque Mágico”, entretanto, não foi explorado em novos filmes. Ela só fez mais um longa na carreira: o terror “O Navio Assassino” em 1980. E abandonou as telas de vez em 1992 com a minissérie “Segredos”. Sempre convidada a participar de programas televisivas e até a se apresentar em eventos oficiais da Casa Branca, Howes passou a se dedicar cada vez mais aos musicais de teatro, excursionando com montagens de “O Rei e Eu” e “A Noviça Rebelde”, antes de lançar seu primeiro show solo, “From This Moment On”, em 1990. Longe das telas, ela continuou excursionando com montagens teatrais até recentemente. Relembre abaixo uma cena de “O Calhambeque Mágico” com uma das canções mais famosas de sua trilha sonora.
Helen McCrory (1968-2021)
A atriz britânica Helen McCrory, estrela da série “Peaky Blinders”, morreu nesta sexta (16/4) aos 52 anos. A notícia foi compartilhada por seu marido, o ator Damian Lewis (de “Homeland” e “Billions”), citando que ela travou “uma longa batalha contra o câncer”. “Ela morreu como viveu: destemidamente. Por Deus, nós a amamos e sabemos quão sortudos fomos de tê-la em nossas vidas. Ela brilhou tão intensamente. Vá adiante, pequena, em direção ao ar. Obrigado”, escreveu Lewis ao anunciar sua morte no Twitter. Filha de um diplomata e estrela premiada dos palcos britânicos, McCrory estrelou nas telas em 1994, como figurante de “Entrevista com o Vampiro”, e veio se destacar pela primeira vez na TV em 2000, no papel-título de uma minissérie adaptada do célebre romance russo “Anna Karenina”, de Lev Tolstoy. A partir daí, sua carreira deslanchou, com participações em “O Conde de Monte Cristo” (2002), “A Rainha” (2006, vivendo Cherie Blair, mulher do ex-primeiro ministro Tony Blair) e “A Invenção de Hugo Cabret” (2011), entre muitos outros filmes e séries. McCrory chegou a contracenar com o marido da vida real na série “Life”, antes de viver Narcisa Malfoy, mãe de Draco (Tom Felton), irmã de Belatriz Lestrange (Helena Bonham Carter) e uma das Comensais da Morte da franquia “Harry Potter”. As participações em “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” (2009) e nas duas partes de “Harry Potter e as Relíquias da Morte” (2010 e 11) a tornaram conhecida mundialmente. Mas ela também apareceu no mais bem-sucedido filme de James Bond, “007 – Operação Skyfall” (2012), como uma burocrata que pegava no pé de M (Judi Dench), antes de voltar à TV, onde continuou a destacar – primeiro como a bruxa Madame Kali na série “Penny Dreadful” e depois, marcando época, como a Tia Polly de “Peaky Blinders”. Como Polly Gray, ela dominou o drama histórico sobre uma família de criminosos que enriqueceu durante as duas grandes guerras, tornando-se um dos focos da trama, muitas vezes em disputa com o sobrinho e líder da gangue, Tommy Shelby (Cillian Murphy). Lançada em 2013, “Peaky Blinders” se tornou um dos maiores e mais premiados sucessos da rede BBC, vencendo o BAFTA (o Oscar e o Emmy britânicos) de Melhor Série. A atração criada por Steven Knight tinha começado a gravar sua 6ª e última temporada em janeiro e a esta altura não há notícias sobre o tamanho da participação de McCrory. “Helen foi uma das grandes atrizes de sua geração. Ela era tão poderosa e controlada e isso é tão triste”, escreveu Knight, ao se pronunciar sobre a morte da atriz nas redes sociais. “Ela era uma atriz maravilhosa e uma amiga muito querida. Os fãs de ‘Harry Potter’ vão sentir muito a sua falta”, acrescentou Tom Felton, que foi seu filho no cinema.
Versão teen de Anna Karenina vai virar série da HBO Max
O estúdio canadense eOne adquiriu os direitos de “Anna K: A Love Story”, livro ainda inédito de Jenny Lee que reimagina a história clássica de “Anna Karenina”, de Leon Tolstoy, como um romance adolescente. A produção será desenvolvida para a vindoura plataforma HBO Max em parceria da eOne com a WBTV (Warner Bros Television) e a SB Projects, de Scooter Braun (o empresário de Justin Bieber e Ariana Grande). A trama de “Anna K” é descrita como uma mistura de “Gossip Girl”, “13 Reasons Why” e “Podres de Ricos”, e acompanha uma adolescente rica e descendente de coreanos, dividida entre seu namorado perfeito, aprovado por sua família, e o cara que pode ser seu amor verdadeiro. A própria Jenny Lee vai adaptar seu livro como roteirista e showrunner da série, que foi aprovada sem necessidade de piloto. Ela já tem experiência como produtora-roteirista, tendo trabalhado nestas funções em séries como “Boomerang”, “Jovem e Gourmet” (Young & Hungry) e “No Ritmo” (Shake It Up). “Anna K: A Love Story” será publicado em março nos Estados Unidos. Veja abaixo a capa do livro.
BBC vai produzir nova minissérie baseada no clássico Anna Karenina
A rede BBC prepara mais uma versão do romance “Anna Karenina”, de Leon Tolstói, para a televisão. A adaptação do clássico literário será realizada pela roteirista Gwyneth Hughes, responsável pela recente minissérie de “Vanity Fair” (Feira das Vaidades), outro marco da literatura com excesso de filmagens. “Anna Karenina” foi publicado pela primeira vez em 1878 e não demorou a virar filme. A primeira adaptação é de 1910. Desde então, inspirou quase uma centena de adaptações para o cinema e televisão, de produções russas à filipinas. A própria BBC já tinha adaptado a obra anteriormente, uma característica da maioria de suas minisséries de época recentes, dedicadas a clássicos muitíssimos conhecidos como “Os Miseráveis”, “Adoráveis Mulheres” e “Feira das Vaidades”. A história que a maioria sabe de cor acompanha o caso extraconjugal de uma aristocrata russa, que escandaliza os círculos sociais de São Petersburgo, conduzindo a uma tragédia. Entre as muitas atrizes que interpretaram a personagem do título estão Greta Garbo em 1935, Vivien Leigh em 1948, Claire Bloom em 1961, Lea Massari em 1974, Sophie Marceau em 1997 e Keira Kngithley em 2012. A nova adaptação ainda não tem elenco definido nem previsão de estreia.
História de Anna Karenina ganha “continuação” russa em clima de guerra
“Anna Karenina”, o romance de Liev Tolstói, se prestou a várias adaptações cinematográficas de sucesso e a produções bem cuidadas, caprichadas. A forte personagem feminina que encara o seu desejo, enfrenta os homens que ama ou que a amam e recebe a reprovação da sociedade, levando a um destino trágico, é muito atraente e sempre deu margem a reflexões sobre a questão de gênero, nas várias épocas em que foi encenada. Grandes atrizes viveram a personagem, começando por ninguém menos do que Greta Garbo, em filme de Clarence Brown, de 1935. A também grande Vivian Leigh a viveu no filme de 1948, dirigido por Julien Duvivier. Jacqueline Bisset oi Anna Karenina em filme de Simon Langton, de 1985. Em tempos mais recentes, Sophie Marceau encarnou-a, no filme dirigido por Bernard Rose em 1997, e Keira Knightley, no filme de Joe Wright, em 2013. Uma nova versão vem da Rússia, dirigida por Karen Shakhnazarov, o cineasta que fez “Tigre Branco”, em 2012, um espetáculo de suspense e guerra, com cenas muito bem construídas, de grande impacto cinematográfico. Com um talento para esse tipo de sequências, o drama intimista de Anna Karenina não ofereceria grandes oportunidades para a exploração de cenas em campo aberto, vistosas, como ele sabe fazer. Shakhnazarov inovou, fundindo a história de Tolstói com um outro conto russo, que se passa no acampamento militar/hospital, em plena guerra Rússia-Japão, de 1905: a história de Vronsky. Ali, dois personagens, seu filho e seu amante, tentam entender a tragédia vivida por Anna Karenina, em meio às providências de guerra, ataques, explosões, e o filme fica com a cara de Shakhnazarov. O recurso permite pensar a posteriori sobre o drama, mas acrescenta pouco à situação dramática e até confunde um pouco o entendimento da trama. Penduricalhos como a da órfã de guerra chinesa, que circula pelo acampamento militar, não se justificam. Em contrapartida, o filme adquire uma beleza visual admirável. “Anna Karenina: A História de Vronsky” vale pelas sequências externas, não só da guerra, mas também da corrida de cavalos no Jóquei: brilhante. O baile é muito bem encenado, com riqueza na direção de arte, figurinos. Enfim, é uma produção muito bonita e bem cuidada, sob a batuta de um cineasta muito competente, em que pesem as restrições que se possam fazer à sua estruturação dramática.








