Paul Geoffrey, ator de “Excalibur” e “Greystoke”, morre aos 68 anos

O ator inglês Paul Geoffrey, conhecido por papéis em “Excalibur” e “Better Call Saul”, faleceu no sábado passado (3/6) em Santa Fé, Novo México (EUA), aos 68 anos. Sua morte aconteceu após […]

Divulgação/Warner Bros.

O ator inglês Paul Geoffrey, conhecido por papéis em “Excalibur” e “Better Call Saul”, faleceu no sábado passado (3/6) em Santa Fé, Novo México (EUA), aos 68 anos. Sua morte aconteceu após uma batalha contra o câncer.

Ele deixou sua esposa Sue Taylor e seus três filhos, Alex, Oliver e Daisy. “Ele amava vinhos e pratos franceses, tinha grande conhecimento de história e era um torcedor fiel do Arsenal, além de ser extremamente bem-sucedido como o cara mais gentil do mundo”, diz o obituário divulgado pela família ao jornal local Santa Fe New Mexican.

 
Excalibur

Nascido na Inglaterra, Geoffrey começou sua carreira nas telas britânicas em 1977. Durante os primeiros anos, fez participações pequenas em filmes e séries. Foi em 1981 que ganhou notoriedade ao estrelar o filme de fantasia medieval “Excalibur”. Ele interpretou o cavaleiro Perceval na trama que retrata a lenda do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda.

Seu personagem recebeu destaque no filme cultuado de John Boorman (“Esperança e Glória”), que trouxe Nigel Terry (“Caravaggio”) como o Rei Arthur e também contou com Patrick Stewart (“Star Trek: Picard”) e Liam Neeson (“Assassino Sem Rastro”) no elenco. Elogiado pelo público e pela crítica, “Excalibur” ganhou o prêmio de Melhor Contribuição Artística em Cannes em 1981 e foi indicado ao Oscar na categoria de Melhor Fotografia.

 
Greystoke – A Lenda de Tarzan

Em 1983, Geoffrey atuou na minissérie “Spyship”, do canal britânico BBC e, no ano seguinte, estrelou sua próxima grande produção: “Greystoke – A Lenda de Tarzan”, dirigida por Hugh Hudson (“Carruagens de Fogo”). Na trama, Geoffrey interpretou o Lord John “Jack” Clayton, o pai de Tarzan (vivido por Christopher Lambert). Considerado a melhor adaptação da obra de Edgar Rice Burroughs, o longa foi aclamado pela crítica e recebeu 3 indicações ao Oscar.

Mas os papéis diminuíram drasticamente depois disso, e ele se viu obrigado a dividir seu tempo entre filmes, séries e o trabalho de corretor de imóveis.

Um de seus últimos destaques foi como o Sr. Lockwood na adaptação de 1992 do clássico “O Morro dos Ventos Uivantes”, da autora Emily Brontë. O longa foi dirigido por Peter Kosminsky (“A Promessa”) e foi estrelado pelo ator Ralph Fiennes (“O Menu”) ao lado da atriz francesa Juliette Binoche (“Acima das Nuvens”).

 
Séries

Geoffrey também fez aparições em produções televisivas, como “The Jewel in the Crown” (1984), “Zina” (1985), “Anna Karenina” (1985), “Napoleon and Josephine: A Love Story” (1987), “The Manageress” (1989), “Acapulco HEAT” (1993) e “The Staircase” (1998), e voltou ao cinema na comédia “Thomas Crown, a Arte do Crime” (1999), estrelada por Pierce Brosnan (“Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo!”).

Após um período de mais de 10 anos longe das telas, o ator reapareceu em 2015, num papel em “Better Call Saul”, série derivada do sucesso “Breaking Bad”, como o alfaiate do personagem principal, interpretado pelo ator Bob Odenkirk.

Depois disso, ainda atuou nas séries “Get Shorty: A Máfia do Cinema” (2017) e “Perpetual Grace, LTD” (2019), seus últimos trabalhos.