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  • Filme

    Festival do Rio traz mais de 200 filmes para fãs de cinema

    6 de outubro de 2023 /

    O Festival do Rio abre suas bilheterias para o público nesta sexta-feira (6/10), após reunir convidados na quinta para sua abertura com a animação espanhola “Atiraram no Pianista”, de Fernando Trueba e Javier Mariscal (do premiado desenho “Chico & Rita”). Até 15 de outubro, o festival exibirá mais de 200 filmes nacionais e internacionais para os fãs de cinema, encerrando-se com a première nacional de “Priscilla”, novo filme da diretora Sofia Coppola (“Maria Antonieta”) sobre o namoro e o casamento de Priscilla e Elvis Presley. O filme rendeu à Cailee Spaeny (“Mare of Eastown”) o prêmio de Melhor Atriz no recente Festival de Veneza deste ano. O principal destaque internacional da programação é “Pobres Criaturas”, novo filme de Yorgos Lanthimos estrelado por Emma Stone, que repetem a parceria em “A Favorita”. O filme foi o vencedor do Leão de Ouro no recente Festival de Veneza e é considerado um dos favoritos ao Oscar 2023. O evento ainda terá “Monster”, filme de Hirokazu Kore-eda que recebeu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes, assim como “Os Delinquentes”, de Rodrigo Moreno, “Cobweb”, de Jee-woon Kim, e “Segredos de um Escândalo”, feito por Todd Haynes, todos exibidos em Cannes. A programação também apresenta a estreia internacional do cineasta brasileiro Karim Aïnouz: o drama de época “Firebrand”, estrelado por Jude Law (“Sherlock Homes”) e Alicia Vikander (“A Garota Dinamarquesa”). Só entre as produções brasileiras, selecionadas para a Première Brasil, o evento reúne 90 filmes (incluindo curtas-metragens), que competem pelo troféu Redentor. A lista traz títulos “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião, exibido em Veneza, e “Pedágio”, de Carolina Markowicz, que foi selecionado pelos festivais de Toronto e San Sebastián. Além destes, as obras biográficas de Gal Costa (“Meu Nome É Gal”) e de Sidney Magal (“Meu Sangue Ferve por Você”) farão suas estreias mundiais no festival, que também exibirá “Mussum – O Filmis”, vencedor do Festival de Gramado, e novas obras de cineastas consagrados como João Jardim (“As Polacas”), André Novais Oliveira (“O Dia que te Conheci”), Lírio Ferreira (“Onoff”) e Lúcia Murat (“O Mensageiro”). Confira a programação completa, com horários e locais de exibição, no site oficial: https://www.festivaldorio.com.br.

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  • Filme

    Priscilla, filme premiado de Sofia Coppola, vai encerrar Festival do Rio

    15 de setembro de 2023 /

    A 25ª edição do Festival do Rio 2023, que acontece entre os dias 5 e 15 de outubro, anunciou seus filmes de abertura e encerramento. A abertura vai acontecer com animação espanhola “Atiraram no Pianista”, de Fernando Trueba e Javier Mariscal (do premiado desenho “Chico & Rita”). A produção conta a história do músico Francisco Tenório Jr., que integrava a banda de Vinicius de Moraes e Toquinho e desapareceu em Buenos Aires, em 1976, numa história que combina a leveza da bossa nova com a brutalidade das ditaduras militares. Já o encerramento ficará por conta de “Priscilla”, novo filme da diretora Sofia Coppola (“Maria Antonieta”). A cinebiografia conta a história do namoro e do casamento de Priscilla e Elvis Presley, e rendeu à Cailee Spaeny (“Mare of Eastown”) o prêmio de Melhor Atriz no recente Festival de Veneza. O elenco também destaca Jacob Elordi (“Euphoria”) como Elvis. O longa será exibido no dia 14 de outubro, cerca de dois meses antes de entrar oficialmente em cartaz no Brasil. Para completar, o encerramento do evento também contará com a exibição de “O Sequestro do Voo 375”, de Marcus Baldini (“Bruna Surfistinha”), que narra a história real do pior sequestro de avião do país, quando um terrorista tentou usar a aeronave num ataque suicida à Brasília.

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  • Filme,  Música

    Assassinato de pianista da bossa nova será tema de animação internacional dos diretores de Chico & Rita

    5 de novembro de 2019 /

    A nova animação da dupla espanhola Fernando Trueba e Javier Mariscal, indicados ao Oscar de 2012 por “Chico & Rita”, vai contar uma história brasileira que mistura personagens reais, ditadura e bossa nova. Intitulada, em inglês, “They Shot The Piano Player”, a produção foi definida, em comunicado da produtora britânica Film Constellation, como “uma história comemorativa de origem” da bossa nova, que “captura um tempo fugaz repleto de liberdade criativa em um momento decisivo na história da América Latina nas décadas de 1960 e 1970, pouco antes de o continente ser tomado por regimes totalitários”. O personagem principal é um jornalista musical de Nova York, que investiga o desaparecimento do talentoso pianista brasileiro Tenório Jr. No dia 18 de março de 1976, quando acompanhava os artistas Toquinho e Vinícius de Moraes em show na Argentina, Tenório desapareceu misteriosamente em Buenos Aires, depois de deixar no hotel um bilhete dizendo que ia “comer um sanduíche e comprar um remédio. Volto logo.”. Nunca mais voltou. Segundo testemunhas, Tenório Jr. teria sido sequestrado pelo serviço secreto da Marinha da Argentina e torturado durante nove dias. Após ter ficado claro que o pianista não tinha envolvimento em atividades políticas, foi morto com um tiro na cabeça. O ator Jeff Goldblum (de “Jurassic Park” e “Independence Day”) foi escalado como dublador do jornalista que apura essa história. A animação também prestará homenagens a João Gilberto (1931-2019), Caetano Veloso, Gilberto Gil, Vinicius de Moraes (1913-1980) e Paulo Moura (1932-2010). “They Shot The Piano Player” ainda não tem previsão de estreia.

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  • Filme

    Klaus: Animação da Neflix ganha trailer com dublagem de Rodrigo Santoro

    7 de outubro de 2019 /

    A Netflix divulgou o pôster, as fotos e o trailer dublado em português de “Klaus”, animação espanhola sobre a “origem” do Natal, que no Brasil terá as vozes de Rodrigo Santoro (“Westworld”), Daniel Boaventura (“Hebe: A Estrela do Brasil”) e Fernanda Vasconcellos (“Coisa Mais Linda”). Santoro dublará Jesper, um jovem carteiro que conhece Klaus (Boaventura), misterioso carpinteiro que vive sozinho em uma casa cheia de brinquedos feitos à mão. Vendo a facilidade do velho para fabricar brinquedos, Jesper se propõe a distribuir suas criações às crianças da cidade, causando uma revolução da pequena Smeerensburg, cidade fria e triste em que os vizinhos não se falam. Vasconcellos interpretará a professora Alva, que une os personagens. Por curiosidade, na versão em inglês os personagens são dublados por Jason Schwartzman (“O Grande Hotel Budapeste”), J.K Simmons (“Whiplash”) e Rashida Jones (“Angie Tribeca”). O filme marca a estreia na direção de Sergio Pablos, que é o autor da história original de “Meu Malvado Favorito” (2010) e chegou a trabalhar em “Rio” (2011). Ele também assina o roteiro com os americanos Zach Lewis e Jim Mahoney (autores do curta “The Hobbit: Kingdoms of Middle-earth – Dance Battle”). “Klaus” estreia em 15 de novembro em streaming.

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  • Série

    Netflix anuncia novas séries espanholas do criador de Elite e do diretor de Colossal

    6 de fevereiro de 2019 /

    A Netflix anunciou cinco novos projetos espanhóis, e o destaque é uma série de super-heróis de Nacho Vigalongo, diretor de filmes cultuados como “Crimes Temporais” (2007), “Extraterrestre” (2011) e o recente “Colossal”, com Anne Hathaway. Trata-se de “El Vecino”, adaptação dos quadrinhos de Santiago Garcia e Pepo Perez, que é sucesso no mercado espanhol. Vigalondo vai assinar alguns episódios que contam como um cara comum se transforma em herói após um alienígena pousar em sua casa e transferir para ele suas habilidades sobrenaturais. Mas ele que não se entusiasma com esta história de origem roubada de Lanterna Verde e acaba sendo incentivado pelo vizinho José, fã de quadrinhos que o faz assumir o alter ego do herói Titan. A produção é da Zeta, mesmo produtora que fez “Elite”. Por sinal, entre os projetos anunciados, “El Desorden Que Deseas” é uma nova série do cocriador de “Elite”, Carlos Montero, e também se passa numa escola. É um suspense em que uma professora descobre que algo sinistro se esconde por trás de sua nova escola. Há também “Dias de Navidad”, focado no Natal de quatro irmãs. Criada por Pau Freixas (da “Red Band Society” original), a série conta com as atrizes Verónica Echergui (“Fortitude”), Anna Moliner (“Las Chicas Del Cable”) e ninguém menos que Victoria Abril (“De Salto Alto”) no elenco. “Valeria” adapta os romances de Elísabet Benavent sobre uma escritora em crise, tanto com seus livros quanto com seu marido emocionalmente distante. A criação é de María López Castaño (de “Diablo Guardián”). Por fim, “Memorias de Idhún” vai adaptar a trilogia de fantasia da escritora Laura Gallego Garcia como uma série animada.

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  • Filme

    Estreias europeias são destaques da semana, de animação para crianças ao vencedor do Festival de Berlim

    21 de dezembro de 2017 /

    A maior aposta dos cinemas no feriadão de Natal é uma animação espanhola, visando o público infantil, que superou a concorrência do musical circense de Hugh Jackman (“Logan”) e da tentativa de George Clooney (“Ave César”) de se tornar um dos irmãos Coen (“Ave César”), para vir ocupar mais de 400 telas nesta quinta-feira (21/12). Apesar disso, os cinéfilos não ficarão sem presente de Papai Noel. A programação do circuito limitado traz um dos melhores filmes de 2017 – para incluir naquelas listas obrigatórias de fim de ano. Leia abaixo para saber mais detalhes e clique nos títulos para ver os trailers de cada estreia. “As Aventuras de Tadeo 2: O Segredo do Rei Midas” traz aos cinemas a continuação da simpática animação espanhola de 2012 sobre o herói Tadeo Jones, inspirado em Indiana Jones. Criado por Enrique Gato, Tadeo sonhava virar arqueólogo, mas acabou se tornando pedreiro, até embarcar numa viagem ao Peru, onde reencontrou sua vocação – em luta contra um grupo de mercenários, ao lado de uma exploradora e com a descoberta do tesouro de uma cidade perdida. A história continua com uma nova aventura mirabolante, envolvendo uma relíquia mística, sua parceira favorita, bichinhos de estimação e a múmia com quem ele fez amizade no primeiro filme. As duas outras produções com distribuição ampla não entusiasmam tanto a crítica, apesar de terem sido feitas com pretensões sérias para a temporada de premiações. “O Rei do Show”, que estreia simultaneamente na América do Norte, ficou com 48% de aprovação no Rotten Tomatoes. Curiosamente, os maiores elogios e os comentários mais negativos tiveram o mesmo alvo: o clima de exaltação otimista, a energia positiva e a cafonice conservadora, sem matizes, do longa. Com roteiro escrito por Jenny Bicks (“Sex and the City”) e revisado por Bill Condon (“A Bela e a Fera”), o filme gira em torno da figura controvertida de P.T. Barnum (papel de Hugh Jackman), empresário que começou a trabalhar com shows de variedades em Nova York em 1834 e ficou conhecido por apresentar freaks – anões, mulher barbada, etc – como se fosse um espetáculo. Ele também criou um novo formato de circo itinerante, com um picadeiro e bichos exóticos, que revolucionou os shows circenses – e o maltrato aos animais. A isso ele dava o nome de “O Maior Espetáculo da Terra”. A história é transformada num musical alegre, ao mesmo tempo revisionista e anacrônico, e com composições inéditas de Justin Paul e Benj Pasek, vencedores do Oscar 2017 por “La La Land”, e direção de Michael Gracey, que faz sua estreia no cinema após se destacar na publicidade. O elenco ainda inclui Michelle Williams (“Manchete à Beira-Mar”), Zac Efron (“Baywatch”), Zendaya (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), Rebecca Ferguson (“Missão Impossível: Nação Fantasma”) e Keala Settle (“Ricki and the Flash: De Volta Para Casa”). “Suburbicon – Bem-Vindos ao Paraíso” fez mais barulho ao fracassar. Tentativa de criar um noir de humor negro, o filme foi incluído em vários festivais importantes e acabou ridicularizado pela crítica – 29% de aprovação no Rotten Tomatoes. E olha que George Clooney chegou a chamar os irmãos Coen para ajudar no roteiro. A trama se passa num bairro tranquilo de subúrbio, durante o verão de 1959, e envolve o assassinato misterioso da mulher de Matt Damon (“Perdido em Marte”), a máfia, a cunhada pronta para ajudar o viúvo e um agente de seguros cheio de suspeitas. E é para o meio disso que se muda a primeira família negra da vizinhança. Oscar Isaac (“Star Wars: O Despertar da Força”) e Julianne Moore (“Para Sempre Alice”) estão no elenco. Em compensação, o circuito limitado tem um filme que atingiu 92% de aprovação. O grande destaque entre os lançamentos da semana é o romance húngaro “Corpo e Alma”, que venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim e está na disputa por uma indicação ao Oscar 2018, na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira. “Corpo e Alma” é o sétimo longa da diretora Ildiko Enyedi, a quinta mulher a ganhar o Urso de Ouro, e seu trabalho mais sensual desde que venceu a Câmera de Ouro do Festival de Cannes por “My Twientieth Century” em 1989. A trama é um romance inusual, com toques de surrealismo, muito erotismo e violência animal. Uma bela mulher com síndrome de Asperger descobre que tem os mesmos sonhos de seu chefe, um homem mais velho e solitário que sofre sintomas de AVC. Ambos se veem como cervos apaixonados em seus sonhos, interagindo numa floresta nevada, e isto faz com que se aproximem, mesmo não tendo nada em comum. A simbologia ainda inclui um detalhe: os dois trabalham num matadouro, e as imagens explicitam a brutalidade do ambiente. O circuito limitado também inclui duas produções francesas completamente diferentes entre si. Cinemão comercial, “Assim É a Vida” é a nova comédia dos diretores do blockbuster “Intocáveis” (2011), Olivier Nakache e Eric Toledano, passada nos bastidores de um casamento milionário onde tudo dá errado. Apesar de convencional, supera os similares americanos. Já “Jovem Mulher” representa a nova geração do cinema de arte francês. Rendeu a Câmera de Ouro no Festival de Cannes para a diretora estreante Léonor Serraille, mas sua grande revelação é a atriz Laetitia Dosch, que vive uma “Frances Ha” francesa e energética. Sua personagem não é tão jovem quanto acredita ser, nem tem dinheiro, planos ou mesmo um teto, mas está decidida a não se deixar abalar e recomeçar do zero após sair de um relacionamento. Sem se preocupar em resolver totalmente a trama, o filme é um estudo de personagem apaixonante. Por fim, “Todas as Meninas Reunidas Vamos Lá” apresenta um projeto de resistência roqueira e feminista nacional: o Girls Rock Camp Brasil, um acampamento só para meninas em Sorocaba, interior de São Paulo, em que elas aprendem a tocar instrumentos, formam bandas, desenvolvem a criatividade, exploram a autoestima e experimentam o empoderamento. Bacana. Mas pena que pareça mais um infomercial do curso do que um documentário de verdade.

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  • Filme

    Animação As Aventuras de Tadeo 2 ganha trailer dublado, fotos e pôster nacional

    16 de novembro de 2017 /

    A Paramount divulgou fotos o pôster nacional e o primeiro trailer dublado de “As Aventuras de Tadeo 2: O Segredo do Rei Midas”. Trata-se da continuação da animação espanhola de 2012 sobre o herói Tadeo Jones, que desde a infância queria ser arqueólogo, mas se contentava com uma vida de pedreiro, até ir no lugar de um amigo numa viagem ao Peru, onde reencontrou sua vocação – em luta contra um grupo de mercenários, ao lado de uma exploradora de verdade e com a descoberta do tesouro de uma cidade perdida. A história continua, mostrando que ele voltou à construção civil e não percebe que a jovem heroína de seus sonhos o adora. Mas graças a uma nova aventura mirabolante, envolvendo uma relíquia mística, ele volta a entrar em ritmo de aventura, com sua parceira favorita, animais de estimação e a múmia latina com quem fez amizade no primeiro filme. Tadeo Jones apareceu pela primeira vez em 2006, num curta espanhol animado que levava seu nome, inspirado nas aventuras hollywoodianas do herói Indiana Jones. O personagem é simpaticíssimo e suas animações muito bem feitas, com ação suficiente para contentar os fãs de Tintim, o herói de quadrinhos mais famoso da Europa. Novamente dirigido por Enrique Gato, criador do personagem – desta vez em parceria com David Alonso, animador do primeiro filme – , a animação estreia em 21 de dezembro no Brasil.

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  • Mate-Me por Favor
    Filme

    Desculpe o transtorno, mas sete filmes nacionais estreiam nesta semana

    15 de setembro de 2016 /

    Um terror é o principal lançamento no circuito nacional pela segunda semana consecutiva. Retomando a franquia que popularizou a estética dos vídeos encontrados (found footage) em 1999, “Bruxa de Blair” dará sustos no escuro de 734 cinemas pelo Brasil. A continuação acompanha uma nova equipe de documentaristas na floresta onde os integrantes do filme original desapareceram, e foi rodado em segredo por Adam Wingard (“Você É o Próximo”), um dos diretores mais incensados da nova geração do terror/suspense. A surpresa dividiu opiniões, com 53% de aprovação no site Rotten Tomatoes – bem melhor que a primeira sequência, lançada em 2000 com apenas 13%. O segundo filme americano nos shoppings é “Conexão Escobar”, que traz Bryan Cranston (série “Breaking Bad) como um agente da alfândega que enfrenta o cartel do narcotraficante colombiano Pablo Escobar. Chega em 119 salas após implodir nas bilheterias dos EUA e sem ter gerado um terço do hype da série “Narcos” sobre o mesmo tema. Mas a crítica gringa gostou (67% de aprovação). De todo modo, o que chama atenção na semana é a quantidade de estreias nacionais. São nada menos que sete longas: dois documentários e cinco obras de ficção, com destaque para um drama adolescente absolutamente imperdível. Apesar disso, apenas um dos lançamentos conta com distribuição ampla. “Desculpe o Transtorno” leva a 318 telas a tentativa de Gregório Duvivier emplacar como protagonista de comédia romântica, na esteira do colega de Porta dos Fundos Fábio Porchat. Nesta missão, ele contou com ajuda dos incautos que tornaram viral um texto de propaganda, publicado em sua coluna num grande jornal, supostamente como declaração de amor à ex-esposa, que, “por coincidência”, é seu interesse amoroso no filme. Houve quem achasse o texto profundo. Mas a comédia não passa de uma versão besteirol de “O Médico e o Monstro”, em que Duvivier faz o público sofrer com suas duas personalidades, um estereótipo de paulista e um clichê de carioca. O roteiro foi escrito por Adriana Falcão e Tatiana Maciel, que assinaram juntas “Fica Comigo Esta Noite” (2006), e a direção é de Thomas Portella, que retorna ao humor de sua estreia, “Qualquer Gato Vira-Lata” (2011), após o terror banal “Isolados” (2014) e o ótimo policial “Operações Especiais” (2015). O contraste é brutal com o outro lançamento do gênero, “Turbulência”, que chega em apenas quatro salas no interior do Rio. Acompanhando os encontros e desencontros de dois casais, o filme tem uma história de aeroporto como pano de fundo, como em “Ponte Aérea” (2014), mas é muito amador, com elenco de coadjuvantes de novela, cenografia “Casas Bahia”, falta de timing humorístico e tom histérico permanente. A equipe vem da produção de séries da TV Rio Sul, braço da Globo no interior carioca, e é sub-Globo em tudo. Igualmente televisivo, “Os Senhores da Guerra” tem ambição épica, porém suas cenas de batalha são encenadas como minissérie da Globo – ou, no caso, da RBS TV, cujo padrão é bem mais elevado que o da TV Rio Sul. Assim como nos longas anteriores de Tabajara Ruas (“Netto Perde Sua Alma”), a produção foca conflitos históricos do Rio Grande do Sul, desta vez a Revolução Federalista do século 19. A carga dramática ganha contornos folhetinescos com a divisão política de uma família, que coloca irmão maragato contra irmão ximango. A distribuidora não revelou o circuito, mas o lançamento chega, além do RS, ao menos em São Paulo. Também rodado no Sul do país, “Lua em Sagitário” é um drama adolescente que acompanha uma garota entediada com seu cotidiano, numa cidadezinha catarinense na fronteira com a Argentina. Em busca de novidades, ela descobre o amor, o rock e os últimos hippies brasileiros. Um deles, claro, é Sergei. A outra é a recém-falecida Elke Maravilha, em seu derradeiro papel. Mas vale prestar atenção na jovem protagonista, a estreante Manuela Campagna, que passa meiguice extrema. Com vivência em documentários, a diretora Marcia Paraiso faz uma boa estreia na ficção, apesar de alguns problemas de dicção de seu elenco. Já o melhor da lista é, disparado, “Mate-me por Favor”, filme de estreantes, que mesmo assim rendeu os prêmios de Melhor Atriz e Direção para a Valentina Herszage e Anita Rocha da Silveira, respectivamente. Interessante como as melhores estreias da semana são dois primeiros filmes de novas diretoras, focados em adolescentes e sem atores globais. “Mate-Me por Favor”, inclusive, seguiu carreira internacional, exibido nos festivais de Veneza, Munique, IndieLisboa e SXSW, arrancando elogios da imprensa internacional – mas não foi submetido à comissão do Oscar. Escrito pela própria diretora, “Mate-me por Favor” explora medo e desejo, manifestando as pulsões de eros e thanatos na descoberta da sexualidade de um grupo de adolescentes numa região violenta, marcada pelo assassinato de meninas da sua idade, com reflexo na repressão feminina. Redondinho, rende várias leituras, prende a atenção do começo ao fim e já tem lugar garantido na seleção de melhores do ano da Pipoca Moderna. Mas pode ser difícil vê-lo, pois a distribuição é limitada e não teve seu circuito divulgado. Por falar em pulsão, há ainda um documentário nacional, “Hestórias da Psicanálise – Leitores de Freud”, que chega em 20 telas, dedicado a refletir a leitura de Sigmund Freud no Freud. Bem feito e convencional. O outro documentário é parte ficção. “Olympia” reflete sobre a realização das Olimpíadas no Rio e seu impacto, repisando o pisoteado tema da corrupção. O diretor Rodrigo Mac Niven (“O Estopim”) parte da construção do campo de golfe num terreno de reserva ambiental, mas o escândalo se passa numa cidade fictícia chamada Olympia, onde as pessoas nascem com asas, que logo são cortadas. A alegoria dilui a denúncia, colateralmente lembrando que no Rio tudo inspira carnaval. A programação se completa com dois lançamentos europeus em circuito limitado. Apesar da popularidade dos personagens, a animação espanhola “Mortadelo & Salaminho – Em Missão Inacreditável” estará disponível em cerca de 20 salas com exclusividade na rede Cinépolis. A produção usa computação gráfica para dar novas dimensões à obra clássica de Francisco Ibáñez e terá, inclusive, algumas exibições em 3D, mas seu humor não reflete a graça dos quadrinhos originais. Por fim, o francês “Meu Rei” chega a oito salas do Rio de Janeiro. Sorte dos cariocas, pois é o melhor filme internacional da semana. Dirigido pela bela atriz, que virou brilhante cineasta Maïween (vejam também “Polissia”), acompanha um romance que se torna um relacionamento abusivo, com cenas de amor e violência doméstica, estendendo-se por anos. Emmanuelle Bercot foi premiada como Melhor Atriz do Festival de Cannes por seu papel, e o elenco ainda inclui Vincent Cassel e Louis Garrel – todos, mais a diretora, indicados ao César, o “Oscar francês”. A expectativa é que o circuito se expanda nas próximas semanas para outras cidades.

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  • Filme

    O Caçador e a Rainha do Gelo é o maior lançamento e também o pior filme da semana

    21 de abril de 2016 /

    “O Caçador e a Rainha do Gelo” é o lançamento mais amplo da semana, distribuído em 920 salas pelo país. Espécie de quimera, que junta prólogo e sequência na mesma criatura, o filme retoma os personagens de Chris Hemsworth e Charlize Theron em “Branca de Neve e o Caçador” (2012), mas em vez de aprofundar a fábula de Branca de Neve leva sua trama para o mundo de “Frozen – Uma Aventura Congelante” (2013). O resultado parece um episódio de “Once Upon a Time” mal escrito e obcecado por efeitos visuais dourados. O longa também estreia neste fim de semana nos EUA, onde foi eviscerado pela crítica (19% de aprovação no site Rotten Tomatoes). A outra estreia infantil, a animação “No Mundo da Lua”, é mais criativa, ao acompanhar um adolescente, filho e neto de astronautas, em sua luta para preservar o programa espacial americano e impedir um bilionário excêntrico de virar dono da lua. A produção mantém o espírito aventureiro do primeiro longa do diretor espanhol Enrique Gato, “As Aventuras de Tadeo” (2012), com exibição em 290 salas (126 em 3D). “Milagres do Paraíso” também foca famílias com sua história, sobre uma criança doente que consegue uma cura milagrosa. Típica produção religiosa, sua trama reforça a insignificância da ciência, desautoriza coincidências e prega que Deus sempre atende aos que acreditam. A crítica americana considerou medíocre, com 47% de aprovação. A diretora mexicana Patricia Riggen é a mesma do drama “Os 33” (2015) e o elenco destaca Jennifer Garner (“Clube de Compra Dallas”) como a mãe que padece no paraíso. Chega em 180 salas do circuito. Dois filmes nacionais completam a programação dos shoppings. E, por incrível que pareça, nenhum deles é uma comédia boba. Com maior alcance, “Em Nome da Lei” marca a volta do diretor Sergio Rezende ao gênero policial, sete anos após seu último longa, “Salve Geral” (2009). O lançamento em 380 salas sinaliza a expectativa positiva do estúdio à história de um juiz federal incorruptível, que evoca esses dias de operação Lava Jato (dá-lhe zeitgeist). Mas o personagem de Mateus Solano (“Confia em Mim”) não é Sergio Moro nem a trama enfrenta a corrupção política, optando por situações clichês de máfia de fronteira, narradas de forma novelesca, com direito a “núcleo romântico”. Não prende sequer a atenção. A melhor opção nacional é o drama “Nise – O Coração da Loucura”, fruto de um roteiro mais maduro (escrito a 14 mãos!), que encontra um meio-termo entre o didatismo e o desenvolvimento de personagem. Glória Pires (“Flores Raras”) se destaca no papel central, a doutora Nise da Silveira, figura importante da psiquiatria brasileira, que merecia mesmo virar filme. O longa dirigido por Roberto Berliner (do péssimo “Julio Sumiu”) mostra seu confronto com os tratamentos violentos dos anos 1940 e a bem-sucedida adoção da terapia ocupacional, que passa a humanizar os doentes de um hospício público. Além de competente cinebiografia, o filme possuiu uma bela mensagem contra a intolerância. Em apenas 59 telas. Intolerância também é o tema de “Amor por Direito”, drama indie americano que ocupa uma faixa intermediária, em pouco menos de 50 salas. Baseado em fatos reais, a história mostra a batalha jurídica de uma policial (Julianne Moore, de “Para Sempre Alice”), diagnosticada com uma doença terminal, que enfrenta preconceitos para deixar sua pensão para sua parceira de vida (Ellen Page, de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”). O caso teve repercussão nacional nos EUA, mas, apesar das boas intenções, a trama cinematográfica não ressoa como “Filadélfia” (1993), do mesmo roteirista. Ironicamente, o drama lésbico teve a mesma nota do drama crente da semana, 47% de aprovação no Rotten Tomatoes. Dois dramas europeus e dois documentários brasileiros ocupam o circuito limitado. O principal título europeu é o romeno “O Tesouro”, de Corneliu Porumboiu (“Polícia, Adjetivo”), em que dois vizinhos enfrentam a amarga realidade da crise econômica com um sonho infantil, de encontrar um suposto tesouro escondido. Venceu vários prêmios em festivais internacionais, inclusive Cannes. O outro lançamento é o francês “Uma História de Loucura”, de Robert Guédiguian (“As Neves do Kilimanjaro”), que acompanha as histórias dois jovens: um terrorista e sua vítima colateral num atentado contra o embaixador da Turquia em Paris, nos anos 1980. Ambos chegam em quatro salas. Entre os documentários, o destaque pertence a “O Futebol”, de Sergio Oksman, vencedor do recente festival É Tudo Verdade. O diretor tem uma longa lista de prêmios no currículo. Já tinha vencido até o Goya (o Oscar espanhol) e o prêmio de Melhor Documentário do festival Karlovy Vary com o curta “A Story for the Modlins” (2012). “O Futebol”, por sua vez, foi exibido também nos festivais de Locarno e Mar Del Plata. E, apesar do título, tem o futebol apenas como pano de fundo para um reencontro entre um pai e um filho que não se viam a 20 anos, e que marcam de passar um mês juntos para acompanhar os jogos da Copa do Mundo de 2014. Os planos, porém, não se realizam como previsto. A estreia também acontece em quatro salas. Por fim, “Meu Nome É Jacque”, de Angela Zoé (“Nossas Histórias”) foca uma mulher transexual, portadora do vírus da aids, que precisa superar grandes obstáculos para viver sua vida da melhor forma possível. Chega em apenas uma sala no Rio.

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