TV paga perde mais da metade dos assinantes no Brasil
Em 10 anos, negócio perdeu 10 milhões de clientes sob impacto do crescimento do streaming e mudanças econômicas
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O prazo estabelecido pelo ministro já encerrou e a plataforma pode ser suspensa aos poucos no país
Anatel decide que streaming não está sujeito às leis da TV paga no Brasil
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) decidiu nesta quarta-feira (9/9) que a oferta de conteúdo de canais de TV pela internet (serviço de “streaming”) não é serviço de TV por assinatura. Parece uma decisão simples e até óbvia, mas isso mudo tudo, tendo grande impacto sobre o negócio da TV paga no Brasil. Com a decisão da Anatel, os canais de TV poderão oferecer conteúdo diretamente aos espectadores pela internet. Algumas empresas, como a Globo via Globoplay, já vinham fazendo isso. Mas uma denúncia da Claro, empresa provadora de assinaturas de TV, questionou a atividade quando a Fox quis lançar seus canais online, com assinatura independente pela internet. A Anatel aceitou a denúncia e proibiu a Fox de comercializar a Fox+, mas a Justiça suspendeu a medida. A agência recorreu, perdeu o recurso, depois ganhou novamente, mas teve a liminar suspensa, até que, em julho, ela própria revogou a cautelar que proibia a Fox de vender assinaturas na internet diretamente ao consumidor. O entendimento que prevaleceu entre os conselheiros da agência é que, como é preciso contratar um serviço de telecomunicação — como a internet banda larga — para usufruir do acesso aos canais pela internet, o serviço não pode ser considerado TV por assinatura. Por não ser TV, os serviços de streaming também não estão sujeitos às leis que regulam o setor. A Claro (outra vez ela) tentou impedir o lançamento da Disney+ (Disney Plus) no Brasil usando justamente o argumento de que a plataforma não seguia as cotas de produção de conteúdo nacional determinadas para a TV paga brasileira. A discussão foi superada com o atual entendimento. A decisão da Anatel é o sinal verde que as empresas estrangeiras esperavam para programar os lançamentos de seus serviços do streaming no Brasil – como a HBO Max da WarnerMedia, CBS All Access da ViacomCBS e Peacock da Comcast/NBCUniversal. Mas também serve de sinalização para o mercado de TV nacional, liberando os canais para vender assinaturas de seus conteúdos na internet. De fato, até as operadoras devem migrar seus modelos de negócios. Uma das principais motivações das operadoras para trocar ofertas de assinaturas da TV paga por serviços baseados na internet é a diferença tributária: o serviço televisivo paga ICMS, Fust, Funttel e Condecine, enquanto a única taxa que atualmente incide sobre os serviços online é o ISS. Além disso, o streaming é isento de obrigações, como cotas de conteúdo e de canais obrigatórios. A própria Claro, que criou tanto caso, já prepara uma alternativa a TV por assinatura. A companhia irá comercializar novos planos para acessar conteúdo sob demanda, canais de esporte e canais abertos. Além dela, a operadora Oi também já mostrou interesse em lançar um serviço de streaming com canais lineares, mas isso deixou de ser prioridade no momento, em que empresa tem sua venda negociada no mercado.
Claro tenta impedir lançamento da Disney+ (Disney Plus) no Brasil
A Claro está tentando impedir o lançamento nacional da plataforma Disney+ (Disney Plus), responsável por “The Mandalorian”, uma das séries com mais indicações ao prêmios Emmy 2020, e pelo musical “Black Is King”, de Beyoncé, além de várias séries de super-heróis da Marvel atualmente em desenvolvimento. Prevista para novembro no Brasil, a inauguração do serviço de streaming está sendo contestada pela operadora de telefonia e TV paga porque não possui conteúdo nacional em seu catálogo. De acordo com o jornal O Globo, a denúncia foi feita na Anatel e conselheiros irão deliberar sobre o caso em agosto. Se a decisão for no sentido de que a Disney+ (Disney Plus) precisará de conteúdo nacional para seu lançamento, o Brasil pode ser o único país da América Latina a ficar sem o serviço em 2020. O objetivo da Claro é enquadrar a Disney+ (Disney Plus) na chamada Lei da TV Paga, que obriga canais por assinatura a trazer conteúdo nacional como parte da programação. A empresa alega que, caso isso não aconteça, estará sofrendo concorrência desleal. Atualmente, a Netflix, que é uma empresa equivalente à Disney+ (Disney Plus) em atividade no Brasil, não é enquadrada como TV paga. Mas o lobby da Claro e outras operadoras quer mudar essa situação. Um projeto de lei que tramita na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados discute sujeitar os serviços similares aos da TV por, como os distribuídos pela internet, às mesmas regras da TV paga – que estabelece, entre outros pontos, cotas de conteúdo nacional para os canais e pacotes. Esta discussão se estende desde o ano passado e já recebeu emendas e substitutivos com propostas que sugerem o contrário – isto é, legislação diferente para a internet. A Lei da TV paga é de 2011 e ainda dispõe sobre uma programação tipicamente televisiva, estabelecida em horários fixos de exibição, algo que não acontece na internet. De todo modo, ela não foi adotada do dia para noite, mas de forma gradual e com um período de adequação após sua vigência, que se estendeu por até três anos para atingir os padrões requisitados. Imagina-se que, mesmo que a equiparação pedida seja atendida, o mesmo período de transição seria estendido ao streaming, o que não impediria a estreia imediata de novos serviços. Além da Disney+ (Disney Plus), o Brasil também deve receber em breve as plataformas HBO Max, Peacock, Hulu e CBS All Access. Todas aguardam uma solução desse impasse.
TV paga brasileira perde quase 1 milhão de assinantes em 2017
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgou dados preocupantes sobre o mercado de TV por assinatura no Brasil. Entre dezembro de 2016 e dezembro de 2017, o setor perdeu 938,7 mil assinantes – cerca de 5% do total, a maior queda de todos os tempos. O número total de assinantes caiu para 17,85 milhões – contra 18,79 milhões do ano anterior. A base de assinantes já teve 19,58 milhões de assinantes em outubro de 2014. Projeções otimistas da época, apontavam que o mercado cresceria para 30 milhões em cinco anos. Mas aconteceu o contrário. Desde então, o encolhimento vem se intensificado. No ano passado, foram 673 mil assinantes a menos. Com cada ano menos assinantes, o mercado regrediu para o tamanho atingido em 2013. A empresa que mais perdeu assinantes no ano foi a Claro, que engloba também a Net – 832 mil clientes. Mas ela segue como líder do mercado, logo à frente da Sky, que, ao contrário das demais, cresceu, ganhando 109 mil clientes no ano passado. Caçula no mercado, a Oi TV também cresceu, ganhando 205 mil assinantes. As operadoras atribuem o mau resultado à crise econômica e à pirataria, desconsiderando em suas avaliações a chegada da TV digital, a crise de cinco meses com a Simba (Record, SBT e Redetv), o impacto dos serviços de streaming, como a Netflix, e a oferta cada vez maior de opções de assinaturas a la carte pela internet, como a HBO Go.








