Filme de Taylor Swift estreia em 1º lugar e destaca popularidade da cantora nos EUA
Novo projeto da cantora arrecadou US$ 46 milhões no fim de semana e repete o sucesso do documentário da “The Eras Tour” nas bilheterias globais
Taylor Swift vai lançar filme sobre seu novo disco
Produção estreia em 3 de outubro, junto com o álbum “The Life of a Showgirl”, em cinemas de mais de 100 países
Beyoncé faz surpresa e prestigia estreia do filme de Taylor Swift
Taylor Swift contou com a presença surpresa de Beyoncé na estreia mundial de seu filme, “Taylor Swift: The Eras Tour”. O evento ocorreu no cinema The Grove, em Los Angeles. Ao se encontrarem, as duas artistas posaram juntas no tapete vermelho e no interior do cinema. Emocionada, Taylor ainda fez uma homenagem a Beyoncé em uma postagem no Instagram. “Estou tão feliz por nunca saber como seria minha vida sem a influência de @beyonce”, escreveu Swift. “A maneira como ela me ensinou e a todos os artistas aqui a quebrar regras e desafiar as normas da indústria. Sua generosidade de espírito. Sua resiliência e versatilidade. Ela tem sido uma luz orientadora ao longo da minha carreira e o fato de ela ter aparecido hoje à noite foi como um verdadeiro conto de fadas.” As carreiras de Swift e Beyoncé têm seguido trajetórias paralelas neste ano, com ambas liderando turnês mundiais esgotadas que arrecadaram centenas de milhões de dólares. Além disso, Beyoncé anunciou que também lançará um filme de sua turnê, “Renassence”, nos cinemas em todo o mundo. “Taylor Swift: The Eras Tour” estreou nesta quinta-feira (12/10) nos EUA. Já o lançamento no Brasil está marcado apenas para 3 de novembro. Passagem pelo Brasil Os fãs brasileiros também poderão conferir as apresentações de Taylor Swift ao vivo. A turnê “The Eras” tem passagem confirmada no país em novembro, com shows marcados para os dias 17, 18 e 19 no Estádio Nilton Santos (RJ) e nos dias 24, 25 e 26 no Allianz Parque (SP). Todos os ingressos foram esgotados com antecedência e muito rapidamente. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Taylor Swift (@taylorswift)
Depois de Taylor Swift, turnê de Beyoncé também deve virar filme
Após a procura recordista de fãs por ingressos para o filme da turnê de Taylor Swift, um projeto baseado na bem-sucedida turnê mundial “Renaissance” de Beyoncé deve ser o próximo concerto exibido nos cinemas. Segundo apurou o site Deadline, a produção deve incluir elementos dos shows ao vivo de 2023, partes do álbum visual inédito “Renaissance” e um documentário sobre a criação do álbum e da turnê. Negociações e detalhes A apuração revelou que a mega-agência CAA realizou conversas preliminares com grandes estúdios e plataformas de streaming há duas semanas. A negociação com a AMC segue de perto um acordo semelhante feito por Taylor Swift para o filme de concerto baseado em sua “Eras Tour”, que quebrou recordes de pré-venda de ingressos. Esse tipo de negociação direta entre artistas e redes de cinema pode ter sérias repercussões no futuro do mercado cinematográfico. Beyoncé deve receber mais de 50% da bilheteria mundial, segundo fontes internas. Ainda de acordo com o Deadline, a estreia deve acontecer em 1º de dezembro nas redes de cinema AMC nos EUA. Mas, como é comum em projetos relacionados a Beyoncé, um ar de sigilo permeia cada camada do processo. Sem planos para apresentações no Brasil, o filme pode ser a única forma dos fãs brasileiros verem a aclamada turnê, que tem estimativa de faturamento de US$ 560 milhões em vendas de ingressos.
Cinemark fecha acordo para diminuir janela de exibição de cinema
Depois da AMC, a rede Cinemark anunciou que também fechou um acordo com a Universal Pictures para diminuir a janela de exibição dos filmes do estúdio no cinema. O acordo divulgado nesta segunda (16/11) reforça a estratégia da Universal para encolher dramaticamente a tradicional janela que separa um lançamento do circuito cinematográfico e sua disponibilização em locação digital (em PVOD). Anteriormente fixada em três meses, o acordo com a AMC e a Cinemark reduz a exclusividade dos cinemas para três fins de semana nos EUA. O acerto abre exceção para filmes que tiverem uma bilheteria de mais de US$ 50 milhões em sua estreia, que permanecerão exclusivos por pelo menos cinco finais de semana – ou um mês inteiro, dois a menos que o padrão do mercado. Entre as produções do estúdio, filmes com esse potencial incluem os próximos lançamentos das franquias “Velozes e Furiosos” e “Jurassic World”. As redes de cinemas sempre resistiram a negociar a diminuição da janela e já ameaçaram se recusar a exibir filmes que forem lançados muito rapidamente em serviços sob demanda. Isso mudou durante a pandemia de coronavírus, quando reduzir a janela se tornou a única maneira de receber lançamentos inéditos. O contrato com a AMC foi fechado em julho e, após protestos iniciais, a aceitação da Cinemark assinala que a mudança é irreversível. Graças a esse negócio, a Universal se tornou o único estúdio que tem feito estreias seguidas nos cinemas. Os três filmes que lideraram as bilheterias dos EUA nas últimas três semanas são produções do estúdio. Já os outros grandes estúdios suspenderam suas estreias até 25 de dezembro – espera-se, inclusive, que essa margem seja ampliada. Com isso, apenas as produções da Universal, alguns títulos independentes e outros lançados simultaneamente em PVOD estão chegando ao mercado exibidor.
Uma das maiores redes de cinema do Reino Unido e EUA anuncia fechamento
O anúncio do adiamento de “007 – Sem Tempo para Morrer” para 2021 levou uma das maiores redes de cinema do Reino Unido e EUA a anunciar seu fechamento. Com a falta de títulos novos para exibir, a Cineworld decidiu fechar 128 de seus cinemas no Reino Unido e na Irlanda, bem como sua rede Regal nos Estados Unidos já no começo desta semana. A empresa é a primeira grande rede de cinema a fechar desde que o circuito recebeu autorização para reabrir durante a pandemia. Seu fechamento envia uma mensagem perturbadora para o mercado, mostrando que mesmo que alguns locais tenham começado a abrir as salas de exibição, não existe previsão para o lançamento de filmes inéditos capazes de atrair o público de volta. Segundo o jornal britânico Sunday Times, o fechamento da Cineworld terá impacto sobre 5,5 mil empregos no Reino Unido. A revista Variety também relata que a rede Regal vai fechar os cinemas que tinha reaberto nos EUA. Mas em Los Angeles e Nova York apenas oficializará as demissões, já que lá suas principais salas de exibição estão fechadas desde março. A Regal é a segunda maior rede de cinemas dos EUA, com 7,1 mil telas divididas por 543 cinemas em 42 estados. Suas salas reabriram parcialmente para o lançamento de “Tenet”, no começo de setembro, mas não receberam novos lançamentos de impacto desde então. Para completar, as bilheterias do filme da Warner foram desencorajadoras. Já a Cineworld relatou dívidas de US$ 8,2 bilhões em seu último balanço de negócios. Os únicos lançamentos importantes previstos para antes do Natal nos EUA são duas animações: “Soul”, da Disney/Pixar, aguardado em 20 de novembro, e “Os Croods 2: Uma Nova Era”, da Universal, marcado para cinco dias depois. Mas já há boatos sobre um provável adiamento da primeira. Fora esses dois títulos, os filmes menores que se mantém no calendário não animam os exibidores. A rede AMC foi muito criticada pelas concorrentes por ter fechado um acordo com a Universal para diminuir a janela de exibição, permitindo que filmes saiam do cinema diretamente para plataformas digitais após um período de apenas 17 dias. Em troca, a AMC ficou com um percentual das negociações digitais, ganhando dinheiro mesmo quando deixa de exibir as produções. Mas a Cineworld foi totalmente contra o negócio, resistindo a apelos dos estúdios por uma negociação que permitiria manter sua atividade. As empresas que resistem a esse tipo de acordo esperam que uma ajuda do governo caia do céu. Acreditam que o Papai Noel federal pode lhes dar um presentão até o Natal. Para garantir, já mandaram a cartinha com seu pedido para o bom velhinho, também conhecido como Congresso dos EUA. Em uma carta aos líderes do Senado e da Câmara dos Deputados, os proprietários de cinemas fizeram um apelo por ajuda financeira, dizendo temer pelo futuro da indústria, onde afirmam que o fechamento das salas causado pelo coronavírus teve um efeito devastador e que, sem recursos, “os cinemas podem não sobreviver ao impacto da pandemia”.
Universal e maior rede de cinema dos EUA fecham acordo histórico para diminuir janela de exibição
Depois de enfrentar ameaça de boicote das redes de cinema dos EUA por sua decisão de lançar “Trolls 2” em VOD, o estúdio Universal virou o jogo e conseguiu diminuir a janela de exibição nos EUA, fechando um acordo com a maior empresa de distribuição de filmes do país, a AMC. A mudança é histórica. Pelo novo contrato, os filmes do Universal poderão ser lançados em plataformas de vídeo sob demanda (aluguel digital) depois de apenas 17 dias de exibição nas salas. Em termos de mercado, isto representa três fins de semana consecutivos. Um número muito menor que a janela até então vigente, de cerca de três meses, que os filmes precisavam esperar para serem oferecidos de forma digital. “A experiência cinematográfica continua sendo o coração do nosso negócio”, iniciou Donna Langley, diretora da Universal Filmed Entertainment Group, no comunicado. A frase de elogio às salas de cinema, claro, é seguida por um “mas” retórico. “A associação forjada com a AMC é impulsionada por nosso desejo mútuo de assegurar um futuro próspero para o ecossistema de distribuição de filmes e satisfazer a demanda dos consumidores”, acrescentou. As empresas não revelaram detalhes do acordo, mas a AMC, que tem mais de 8 mil salas, receberá parte dos lucros da Universal com a exibição dos vídeos sob demanda. “A AMC abraça com entusiasmo este novo modelo de indústria, tanto porque estamos participando da totalidade da economia da nova estrutura, quanto porque o vídeo premium ‘à la carte’ cria o potencial agregado de aumentar a rentabilidade dos estúdios cinematográficos, o que por sua vez deverá levar à produção de mais filmes”, disse o diretor-executivo da AMC, Adam Aron. “Este acordo plurianual preserva a exclusividade da exibição em salas de cinema durante pelo menos os três primeiros fins de semana de estreia de um filme, quando normalmente é gerada a maior parte da receita de bilheteria”, acrescentou. “Universal e AMC acreditam que isto expandirá o mercado e beneficiará a todos”, concluiu. O acordo é considerado surpreendente, porque a AMC foi uma das primeiras distribuidoras a atacar a Universal Pictures, após o estúdio antecipar “Trolls 2” e outras estreias digitais devido à pandemia de coronavírus, que levou ao fechamento de salas e paralisou produções. Em abril, a AMC anunciou que não projetaria mais nenhum filme da Universal em suas salas enquanto o estúdio mantivesse essa postura. Três meses depois, as salas da AMC ainda continuam fechadas pela pandemia e a Universal comemora lucro surpreendente com as locações digitais. A covid-19 começou a antecipar tendências econômicas que muitos acreditavam inevitáveis, mas nunca que aconteceriam tão rapidamente. O negócio deve ser seguido por outros estúdios e distribuidoras e criar uma nova situação, em que os cinemas terão ciclos menores de exibição e, por consequência, precisarão receber mais filmes. Isto pode estimular a maior produção dos estúdios. Ou baratear os filmes para que mais títulos sejam produzidos pelo mesmo orçamento. Outro efeito é o fortalecimento no mercado de VOD, que parecia destinado a desparecer diante da proliferação das plataformas de streamings por assinatura dos estúdios. Pouco explorado, o VOD ganhou força com a pandemia e transformou “Trolls 2” num fenômeno comercial, que rendeu mais de US$ 100 milhões nos EUA e mostrou à Universal um caminho que agora vai impactar toda a indústria. É a volta das videolocadoras. Agora digitais.
Chefe da Universal diz que o público vê mais filmes em casa que no cinema
Envolvido numa polêmica com as grandes redes de exibição após lançar “Trolls 2” diretamente para locação digital nos EUA, Jeff Shell, o CEO da NBCUniversal, parabenizou nesta quinta (30/4) a iniciativa dos responsáveis pela disponibilização do desenho animado, que rendeu mais de US$ 100 milhões em VOD, e ainda disse que o público vê mais filmes em casa que nas salas do circuito cinematográfico. O comentário de Shell aconteceu durante uma videoconferência com acionistas do estúdio e membros da imprensa. Após salientar que “a distribuição tradicional nos cinemas sem dúvidas voltará a ser a peça central das nossas operações” após a pandemia, Shell concluiu que a disponibilização digital de filmes, seja em plataformas de assinatura, como a Netflix, ou por locação via serviços on demand (VOD), também precisa ser considerada importante. O executivo comentou de forma entusiasmada os resultados obtidos com o lançamento de “Trolls 2” em VOD, que foi o estopim para o conflito entre o estúdio e os exibidores. “Os números que conseguimos foram muito interessantes. O filme estava pronto, e a gente investiu muito dinheiro nele. Além disso, o público estava precisando de uma opção infantil em casa”, argumentou. “Trolls 2” testou o mercado como a primeira sequência de blockbuster lançada direto em streaming – oficialmente, de forma simultânea em VOD e nos cinemas (fechados) – e também o preço que o público estaria disposto a pagar por um produto premium digital. O valor de US$ 19,99 por locação é US$ 10 mais caro que o custo médio de um ingresso de cinema nos EUA. Mas a aposta deu certo. Mais que certo. Disponível há apenas três semanas, a versão digital da continuação rendeu US$ 100 milhões, quase o mesmo que o lançamento cinematográfico do primeiro filme, que durante igual período de exibição, em 2016, gerou US$ 116 milhões nas bilheterias. O detalhe é que os serviços de streaming dão maior retorno financeiro, já que ficam com uma parcela menor da arrecadação. Ao todo, a Universal faturou US$ 77 milhões, deixando apenas 23% do faturamento total com as plataformas. Já as salas de exibição ficam com 50% dos rendimentos. Considerando que a bilheteria norte-americana do primeiro “Trolls” ficou em torno dos US$ 153 milhões, após a divisão com os estabelecimentos o filme rendeu apenas US$ 76,5 milhões para o estúdio. Ou seja, menos do que a Universal já arrecadou com o VOD de “Trolls 2”. O problema é que, ao comemorar esses números e sinalizar que o estúdio deve lançar mais filmes dessa forma, Shell despertou a ira do parque exibidor. Grandes redes de cinema, como AMC Theatres e Regal Cinemas, nos EUA, e Odeon, no Reino Unido, afirmaram que, quando reabrirem para o público, vão boicotar os filmes da Universal. A avaliação do mercado, entretanto, sinaliza como pouco provável que as redes de cinema possam se dar ao luxo de deixar de exibir “Velozes e Furiosos 9”, “Minions: A Origem de Gru” e “Jurassic World 3”, especialmente a maior delas, a AMC, que foi bastante impactada pela pandemia por causa de sua grande carga de dívidas. Após o fechamento de todas as salas da AMC na segunda metade de março, os analistas de Wall Street previram que o circuito seria forçado a declarar falência. “Eu acho que os consumidores voltarão aos cinemas quando puderem, mas o streaming será parte do esquema de distribuição, querendo ou não. Mesmo que seja como uma oferta complementar”, conclui Shell, em sua avaliação do futuro do negócio cinematográfico.
Maiores redes de cinema dos EUA decidem boicotar os filmes da Universal
As duas maiores redes de cinema dos EUA reagiram contra a decisão da Universal de dar mais atenção às plataformas on demand, as “locadoras virtuais”, após o sucesso estrondoso de “Trolls 2” em VOD nos EUA. A AMC Theatres e a Cineworld, dona da rede Regal Cinemas, anunciaram que não vão exibir novos filmes da Universal Pictures enquanto o estúdio não desistir de lançar longas simultaneamente nos cinemas e nos serviços de streaming on demand. “Trolls 2” testou o mercado como a primeira sequência de blockbuster lançada direto em streaming – oficialmente, de forma simultânea em VOD e nos cinemas (fechados) – e também o preço que o público estaria disposto a pagar por um produto premium digital. O valor de US$ 19,99 por locação é US$ 10 mais caro que o custo médio de um ingresso de cinema nos EUA. Mas a aposta deu certo. Mais que certo. Disponível há apenas três semanas, a versão digital da continuação rendeu US$ 100 milhões, quase o mesmo que o lançamento cinematográfico do primeiro filme, que durante igual período de exibição, em 2016, gerou US$ 116 milhões nas bilheterias. O detalhe é que os serviços de streaming dão maior retorno financeiro, já que ficam com uma parcela menor da arrecadação. Ao todo, a Universal faturou US$ 77 milhões, deixando apenas 23% do faturamento total com as plataformas. Já as salas de exibição ficam com 50% dos rendimentos. Considerando que a bilheteria norte-americana do primeiro “Trolls” ficou em torno dos US$ 153 milhões, após a divisão com os estabelecimentos o filme rendeu apenas US$ 76,5 milhões para o estúdio. Ou seja, menos do que a Universal já arrecadou com o VOD de “Trolls 2″. Em entrevista ao Wall Street Journal, o presidente da Universal, Jeff Shell, afirmou que o resultado “superou nossas expectativas e mostrou que o lançamento on demand é viável”. Ele também anunciou que vai materializar o pior pesadelo do parque exibidor. “Quando os estabelecimentos reabrirem, pretendemos lançar filmes nos cinemas e on demand”. “É decepcionante para nós, mas os comentários de Jeff sobre as ações e intenções unilaterais da Universal não nos deixaram escolha. Portanto, com efeito imediato, a AMC não exibirá mais filmes da Universal em nenhum de nossos cinemas nos Estados Unidos, Europa ou Oriente Médio”, disse Adam Aron, presidente e CEO da AMC Theatres, em comunicado sobre o boicote. “Essa política afeta todo e qualquer filme da Universal e entra em vigor hoje, permanecendo quando nossos cinemas reabrem, e não é uma ameaça vazia ou mal considerada”, continuou ele. “Incidentalmente, essa política não visa apenas a Universal… também se estende a qualquer estúdio ou cineasta que abandonar unilateralmente as práticas de janelas atuais, sem negociações de boa fé entre nós, para que eles, como distribuidores, e nós, como o exibidores, possamos nos beneficiar mutuamente sem sermos prejudicados com essas mudanças. Atualmente, com o comentário feito pela imprensa, a Universal é hoje o único estúdio contemplando uma mudança geral no status quo. Portanto, essa comunicação merece uma resposta imediata”. É um “movimento inapropriado” do estúdio, condenou também Mooky Greidinger, CEO da Cineworld. “Nós investimos muito nos nossos cinemas ao redor do mundo, e isso permite que os estúdios deem aos seus clientes a melhor experiência possível. Não há como contestar que a tela grande é a melhor forma de assistir a um filme”, argumentou, em seu próprio comunicado. Além das duas redes, a entidade que reúne os maiores exibidores, a NATO (sigla em inglês da Associação Nacional dos Donos de Cinema) também se pronunciou, chamando atenção sobre a condição excepcional do sucesso de “Trolls 2”. Para ela, a arrecadação do filme em VOD não poderia ser usado pela Universal como uma “desculpa para pular o lançamento” tradicional de seus maiores filmes, pois esse lucro impressionante não é o “novo normal de Hollywood”. “Essa performance é consequência do isolamento de milhões de pessoas que estão em suas casas em busca de entretenimento, não uma mudança na preferência do espectador”, disse a organização em comunicado. A NATO chega a afirmar não ter se surpreendido com os números acima da média do filme, já que as famílias em quarentena estão com opções limitadas para entreter crianças, público-alvo de “Trolls 2″. “A Universal não tem razão para usar circunstâncias incomuns em uma situação sem precedentes como trampolim para pular o lançamento nos cinemas”, segue o texto. “Cinemas trazem uma experiência imersiva e compartilhada que não pode ser reproduzida – uma experiência que muitos consumidores de plataformas digitais viveriam se não estivessem presos em suas casas, desesperados para assistir algo em família”, conclui a NATO. Diante da reação dos exibidores, a Universal distribuiu uma nota de esclarecimento, ressaltando que continua dedicada ao cinema e que os comentários de seu presidente foram mal-interpretados. “Acreditamos absolutamente na experiência cinematográfica e não declaramos o contrário. Como dissemos anteriormente, daqui para frente, esperamos lançar filmes diretamente para os cinemas, bem como no VOD, quando essa via de distribuição fizer sentido. Estamos ansiosos para ter conversas privadas adicionais com nossos parceiros de exibição, mas estamos desapontados com essa tentativa aparentemente coordenada de confundir nossa posição e nossas ações”, afirmou a Universal. “Nosso objetivo ao lançar ‘Trolls 2’ em VOD era oferecer entretenimento a pessoas que estão abrigadas em casa, enquanto os cinemas e outras formas de entretenimento externo não estão disponíveis. Com base na resposta entusiasmada ao filme, acreditamos que fizemos o movimento certo”, acrescenta a declaração. A ameaça dos donos de cinemas, entretanto, não afeta o mercado neste momento em que os cinemas encontram-se fechados devido à crise do novo coronavírus. E tampouco leva em consideração movimentos de outros estúdios, como a Disney e a Warner, que também relocaram filmes destinados ao parque exibidor para lançamentos digitais – “Artemis Fowl: O Mundo Secreto” será disponibilizado em 12 de junho na Disney+ (Disney Plus) e a animação “Scooby! O Filme” ganhará chegará para aluguel e compra digital em 15 de maio nos EUA. A avaliação do mercado, entretanto, sinaliza como pouco provável que as duas redes de cinema possam se dar ao luxo de deixar de exibir “Velozes e Furiosos 9”, “Minions: A Origem de Gru” e “Jurassic World 3”, especialmente a maior delas, a AMC, que foi bastante impactada pela pandemia por causa de sua grande carga de dívidas. Após o fechamento de todas as salas da AMC na segunda metade de março, os analistas de Wall Street previram que o circuito seria forçado a declarar falência. O próprio CEO da empresa, que vociferou em comunicado, encontra-se entre os funcionários licenciados devido à crise sanitária.







