Christian Bale surpreende com transformação física para viver vice-presidente dos Estados Unidos
O ator Christian Bale voltou a surpreender o público com uma nova transformação física. Ele apareceu no Festival de Telluride inchado, com muitos quilos acima do peso e as sobrancelhas descoloridas, no processo de incorporação do personagem de seu próximo filme. Bale vai estrelar a cinebiografia de Dick Cheney, vice-presidente dos Estados Unidos durante o governo de George W. Bush entre 2001 e 2009. Intitulado em inglês “Backseat”, o filme irá acompanhar Cheney durante os governos republicanos de Richard Nixon, Gerald Ford e George W. Bush, e como ele administrou a política externa americana depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Para incorporar o papel, o ator perdeu a definição física dos tempos em que vestia a roupa do Batman. Embora seja conhecido por se transformar fisicamente, Bale vinha evitando ganhar peso. Chegou a abandonar o projeto de um filme sobre Enzo Ferrari, após conselhos médicos. No começo do século, quando ainda era jovem, ele apareceu esquelético num par de filmes brilhantes, “O Operário” (2004) e “O Sobrevivente” (2006). Seu papel mais encorpado, até o momento, era o do golpista careca e barrigudo de “Trapaça” (2013) “Backseat” tem roteiro e direção de Adam McKay, que dirigiu Bale no premiado “A Grande Aposta” (2015), e o elenco da produção permite mais dois reencontros: com Steve Carell (também presente em “A Grande Aposta”) e Amy Adams (parceira do ator em “Trapaça”). Por sinal, Bale foi a Telluride para promover o western “Hostiles”, que marca seu reencontro com outro diretor: Scott Cooper. Os dois trabalharam juntos no thriller “Tudo por Justiça” (2013).
Criadora de Girls negocia escrever o remake de Toni Erdmann
A Paramount estaria negociando com Lena Dunham, criadora da série “Girls”, para escrever o roteiro do remake de “Toni Erdmann”, comédia premiada da cineasta alemã Mare Ade. Segundo o site Deadline, a negociação se encontra em estágios iniciais e Dunham trabalharia com Jenni Konner, produtora-roteirista de “Girls”. A versão americana deve ser estrelada por Jack Nicholson (“Melhor É Impossível”) no papel vivido pelo austríaco Peter Simonischek, como o pai de uma executiva bem-sucedida, que chega inesperadamente para uma visita questionando se ela era feliz. A atriz Kristen Wiig (“Caça-Fantasmas”) está cotada para viver a filha, interpretada no original pela alemã Sandra Hüller. A refilmagem terá produção da companhia Gary Sanchez Productions, comandada por Adam McKay (diretor e roteirista vencedor do Oscar 2016 por “A Grande Aposta”) e o comediante Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”). “Toni Erdmann” teve sua première mundial no Festival de Cannes 2016 e, apesar de ser ignorado pelo juri presidido por George Miller (“Mad Max: Estrada da Fúria”), venceu o Prêmio da Crítica e não parou mais de acumular conquistas, entre elas cinco troféus da Academia Europeia de Cinema, inclusive Melhor Filme Europeu do ano. O longa também foi indicado ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira.
LA to Vegas: Trailer de nova série de comédia traz Dylan McDermott como piloto de avião
A Fox divulgou as fotos e o primeiro trailer de “LA to Vegas”, sitcom de ambiente de trabalho da produtora Gary Sanchez (do comediante Will Ferrell e do diretor Adam McKay) Criada por Lon Zimmet (produtor-roteirista de “Unbreakable Kimmy Schmidt”), a série acompanha a tripulação e os passageiros de um avião, num voo comercial de ida e volta entre Los Angeles e Las Vegas. A maior parte da prévia se passa a bordo do jato, mas há também cenas na noite e no aeroporto de Vegas. O elenco destaca Dylan McDermott (série “American Horror Story”) como o Capitão Dave, Amir Talai (“O Círculo”) como o copiloto, e Kim Matula (série “UnReal”) e Nathan Lee Graham (“Zoolander 2”) como comissários de bordo. As piadas parecem ficar entre o besteirol de “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu” (1980) e o humor debochado de “Os Amantes Passageiros” (2013). O piloto tem direção de Steven Levitan, criador do sucesso “Modern Family”, que também participa da produção. A estreia é aguardada para a midseason, no começo de 2018.
Christian Bale e Steve Carell vão voltar a trabalhar com o diretor de A Grande Aposta em drama político
Christian Bale e Steve Carell vão voltar a trabalhar com Adam McKay, que os dirigiu no premiado “A Grande Aposta” (2015). A dupla será reforçada por Amy Adams (“A Chegada”) no novo filme do diretor, que será uma cinebiografia de Dick Cheney, vice-presidente dos EUA entre 2001 e 2009. Bale deve dar vida a Cheney, Adams viveria sua esposa Lynne Cheney, enquanto Carrell é cotado para interpretar o secretário de defesa Donald Rumsfeld. O filme irá acompanhar Cheney durante os governos de Richard Nixon, Gerald Ford e George W. Bush, e como ele administrou a política externa americana depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. O próprio McKay está escrevendo o roteiro. Ele venceu o Oscar na categoria de Melhor Roteiro Adaptado por “A Grande Aposta”. Brad Pitt também está envolvido no projeto com a sua produtora Plan B, que produziu “A Grande Aposta”. As filmagens devem começar em maio.
Bill Murray era primeira opção do remake de Toni Erdmann que será estrelado por Jack Nicholson
A volta de Jack Nicholson ao cinema, após sete anos sem filmar, não foi comemorada por Bill Murray. Em entrevista ao canal de notícias CNBC, o ator revelou que foi trocado pelo astro de “O Iluminado” no remake de “Toni Erdmann”. “Kristen Wiig, a quem considero maravilhosa, me mandou algo dizendo: ‘você daria uma olhada nisso?’ E eu não sou muito organizado, por um tempo eu perdi, depois encontrei, mas eu não dediquei um tempo a assistir a essa coisa que ela queria que eu assistisse. E então ela disse: ‘bem, Jack Nicholson assumiu o papel’”, contou Murray, sobre a filmagem americana do longa alemão. Indicado ao Oscar 2017 de Melhor Filme de Língua Estrangeira,“Toni Erdmann”conta a história do piadista Winfried Conradi, que quase não vê sua filha Ines, que trabalha em Bucareste. Até que decide ir à Romênia sem avisar e descobre que ela se dedica demais ao trabalho. Decidido a fazê-la compreender que está desperdiçando a vida, ele passa a incorporar um personagem chamado Toni Erdmann e a realizar uma sucessão de pegadinhas. O remake será realizado pela Paramount Pictures com produção do cineasta Adam McKay (vencedor do Oscar 2016 de Melhor Roteiro por “A Grande Aposta”) e seus sócios, o comediante Will Ferrell e a produtora Jessica Elbaum, junto com diretora do longa original, Maren Ade.
Jack Nicholson vai voltar a atuar no remake da premiadíssima comédia alemã Toni Erdmann
Menos de um mês após ser “aposentado” pelo amigo Peter Fonda, Jack Nicholson topou voltar a Hollywood. Sem filmar desde “Como Você Sabe” (2010), ele estrelará o remake da comédia alemã “Toni Erdmann”, um dos longas europeus mais premiados de 2016 e candidato ao Oscar 2017 de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Segundo o site da revista Variety, o estúdio Paramount Pictures adquiriu os direitos cinematográficos da produção alemã após um pedido do próprio Nicholson, que seria um grande do filme. No remake, Nicholson terá o papel vivido pelo austríaco Peter Simonischek, como o pai de uma executiva bem-sucedida, que chega inesperadamente para uma visita questionando se ela era feliz. A atriz Kristen Wiig (“Caça-Fantasmas”) está cotada para viver a filha, interpretada no original pela alemã Sandra Hüller. A refilmagem terá produção da companhia Gary Sanchez Productions, comandada por Adam McKay (diretor e roteirista vencedor do Oscar 2016 por “A Grande Aposta”), pelo comediante Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”) e pela produtora Jessica Elbaum, em parceria com a diretora do filme alemão, Maren Ade. “Toni Erdmann” teve sua première mundial no Festival de Cannes 2016 e, apesar de ser ignorado pelo juri presidido por George Miller (“Mad Max: Estrada da Fúria”), venceu o Prêmio da Crítica e não parou mais de acumular conquistas, entre elas cinco troféus da Academia Europeia de Cinema, inclusive Melhor Filme Europeu do ano.
Jennifer Lawrence vai viver bilionária no novo filme do diretor de A Grande Aposta
Conhecido por comédias ligeiras, Adam McKay deu uma reviravolta na carreira com o risco calculado de “A Grande Aposta”, filme repleto de atores famosos (Christian Bale, Brad Pitt, Ryan Gosling) que lhe rendeu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. E pretende repetir a aposta em seu próximo longa-metragem. Novamente baseado numa história real sobre o mundo das finanças, o filme será estrelado por Jennifer Lawrence (“X-Men: Apocalipse”), a atriz mais bem-sucedida do século. Jennifer vai interpretar a história de Elizabeth Holmes, jovem que largou a faculdade de Engenharia para fundar a startup Theranos, especializada em rápidos diagnósticos médicos a partir de apenas uma gota de sangue. A revolucionária promessa atraiu muitos investidores e, em pouquíssimo tempo, Holmes se tornou a mais jovem bilionária dos Estados Unidos a atingir sucesso sem o respaldo de uma grande herança. Trata-se de mais uma história de empreendedorismo, como a atriz estrelou em “Joy – O Nome do Sucesso” (2015). Mas o final feliz, desta vez, não é garantido. Após uma década de atividade e de atingir o valor de mercado de US$ 9 bilhões, o sucesso do empreendimento logo se provou controvertido, levando o negócio a se desvalorizar de forma vertiginosa, passando a valer US$ 800 milhões no início deste mês. Resultados equivocados, profissionais desqualificados e laboratórios fora dos padrões aceitáveis derrubaram o prestígio da Theranos, que atualmente corre o risco de ficar proibida de atuar no mercado. Holmes nega os problemas e a investigação continua. Após passar por duas franquias de sucesso (“Jogos Vorazes” e “X-Men”), Lawrence entrou em nova fase de sua carreira, e irá emendar a seguir alguns projetos de prestígio, trabalhando com os cineastas Darren Aronofsky e Steven Spielberg. Antes disso, ela estrela uma nova sci-fi, “Passengers”, que estreia no Brasil em janeiro.
HBO encomenda pilotos dos diretores de A Grande Aposta e Guerra ao Terror
O canal pago americano HBO encomendou os pilotos de duas novas séries de cineastas premiados: Adam McKay, que venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por “A Grande Aposta” (2015), e Kathryn Bigelow, premiada com os Oscars de Melhor Filme e Direção por “Guerra ao Terror” (2008). Intitulada “Succession”, a criação de McKay vai juntar uma equipe de peso, com coprodução do ator Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”) e roteiro do inglês Jesse Armstrong (criador de “Fresh Meat” e escritor de comédias politizadas como “Conversa Truncada” e “Quatro Leões”). Além de produzir, McKay vai dirigir o piloto. O projeto foi descrito pelo site da revista Variety como um “drama familiar que acompanha uma família americana dona de um grande conglomerado de mídia, que não é apenas rica e poderosa, mas também poderosamente disfuncional”. Se aprovada, a série vai explorar “a lealdade familiar, negócios internacionais e os perigos do poder no século 21”. Já o piloto de Bigelow se chama “Mogadishu, Minnesota” e será escrito e dirigido por K’naan Warsame, um rapper nascido na Somália e que reside no Canadá. A descrição do projeto fala em “drama provocativo”, que vai “lidar com o que significa ser americano entre os somalis de Minneapolis”. Mas, em seus estágios iniciais, o pitch prometia “dar um vislumbre do mundo do recrutamento jihadista”. Ambos os pilotos precisarão ser aprovados pelos executivos do canal para virarem séries.
Diretor de A Grande Aposta filmará adaptação de quadrinhos premiados de super-heróis
O sucesso dos filmes dos mutantes da Marvel inspirou a 20th Century Fox a apostar num novo universo de super-heróis. O estúdio comprou os direitos de “The Irredeemable” (O irredimível, em tradução literal), revista de super-heróis da Boom! Studios, a terceira maior editora de quadrinhos dos EUA, e a adaptação será dirigida por Adam McKay, cineasta de “A Grande Aposta”, que venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado deste ano. A história de “The Irredeemable” foi criada em 2009 por Mark Waid (autor da célebre graphic novel “Reino do Amanhã”, da DC Comics) e publicada em 37 edições, girando em torno de Plutonian, o maior super-herói do mundo, que um dia decide massacrar, impiedosamente, toda a população da Terra. Para combatê-lo, é formada uma liga de super-heróis conhecida como Paradigma. Todos são ex-colegas de Plutonian, mas nenhum deles tem um poder equivalente ao do rival. Sem outra opção, o grupo decide então procurar um famoso supervilão, que pode ser o único capaz de deter a carnificina. Pela conclusão da trama, Waid foi premiado com o Eisner, o Oscar dos quadrinhos, em 2012. O roteiro está a cargo do norueguês Tommy Wirkola (“João e Maria: Caçadores de Bruxas”). Caso o filme seja sucesso, a Fox tem um acordo para produzir novas adaptações dos quadrinhos da Boom! Studios. Anteriormente, a Universal havia levado aos cinemas, com êxito, a adaptação dos quadrinhos de “2 Guns”, da mesma editora, no filme “Dose Dupla” (2013), estrelado por Denzel Washington e Mark Wahlberg. Ainda não foram divulgados o cronograma da produção nem a previsão da estreia do filme.
Adam McKay confirma que escreverá a continuação de Homem-Formiga
O cineasta Adam McKay, que está disputando dois Oscars, como diretor e roteirista do filme “A Grande Aposta”, confirmou que vai trabalhar no roteiro da sequência de “Homem-Formiga” (2015). McKay foi trazido pelo diretor Peyton Reed para ajudar a reescrever o roteiro do primeiro filme do herói, após Edgar Wright abandonar o projeto alegando intromissões da Marvel. Ele trabalhou na história ao lado do ator Paul Rudd, intérprete do super-herói. “Eu não sei se estarei presente desde a primeira página. Mas com certeza estarei envolvido”, contou McKay ao site Nerdist, sobre seu trabalho em “Homem-Formiga e a Vespa”. Na sequência, McKay vai novamente trabalhar com Rudd, fazendo uma revisão do roteiro. O esboço inicial está sendo escrito por Andrew Barrer e Gabriel Ferrari, dupla que trabalhou no primeiro filme sem ganhar créditos, e cujas modificações na história concebida por Edgar Wright serviram de justificativa do diretor para abandonar o projeto. Novamente dirigido por Peyton Reed, “Homem-Formiga e a Vespa” tem estreia marcada apenas para julho de 2018.
Johnny Depp interpreta Donald Trump em vídeo cômico
O ator Johnny Depp (“Aliança do Crime”) está irreconhecível como Donald Trump, o milionário que é pré-candidato à Presidência dos EUA, num vídeo lançado pelo site de humor “Funny or Die”. Criado pelo ator Will Ferrel (“Pai em Dose Dupla”) e os diretores Adam Mckay (“A Grande Aposta”) e Judd Apatow (“Descompensada”), o site produz esquetes curtas sobre temas diversos, sempre chamando atenção por sua irreverência. Desta vez, a piada imita um trailer em VHS, de baixa definição, de um telefilme baseado na autobiografia de Trump, “The Art of the Deal: The Movie”. A ironia já aparece nos créditos iniciais, que apresentam o filme como produzido, escrito e dirigido pelo próprio Trump. Baseado no best-seller escrito pelo ricaço em 1987, a telebiografia seria uma relíquia filmada na década de 1980, que ficou perdida até o cineasta Ron Howard (“No Coração do Mar”) localizar o VHS em uma feira de quintal. Johnny Depp gravou sua participação em quatro dias de dezembro, após aceitar o convite de Mckay. Em entrevista ao jornal The New Tork Times, o diretor disse esperar que o vídeo, lançado na quarta-feira (10/2), irrite o pré-candidato. Funny Or Die Presents Donald Trump's The Art Of The Deal: The Movie from Funny Or Die
A Grande Aposta confunde para explicar e atordoa ao concluir
“A Grande Aposta”, de Adam McKay, lida com os bastidores do mercado financeiro com humor, mas de forma bem diferente do provocativo “O Lobo de Wall Street” (2013), de Martin Scorsese. Desta vez, não são golpistas que pretendem lucrar com a bolsa de valores. O golpe é a próprio mercado de valores imobiliários. Além disso, o diretor de “Tudo por um Furo” (2013), “Quase Irmãos” (2008) e outras comédias bobas surpreende ao optar por um registro contido e nervoso, ao abordar o colapso econômico de 2008, que levou não só os EUA ao buraco, mas todo o mundo. Baseado no livro de Michael Lewis (autor também de “O Homem que Mudou o Jogo”), o filme conta a história de quem se antecipou ao apocalipse financeiro. Enquanto os supostos especialistas reagiram com surpresa ao quebra-quebra dos bancos, atingidos pela crise especulativa e a inadimplência das hipotecas, uma pessoa olhou os números, fez as contas e antecipou o desastre: um médico de olho de vidro, fã de heavy metal, chamado Michael Bury (papel de Christian Bale), que administrava um fundo de investimentos milionário. Ao perceber a podridão dos ativos negociados na bolsa, a inclinação de Bury foi, imediatamente, apostar contra o sistema, investindo os milhões de seu fundo na criação de um seguro contra a falência do mercado. Foi taxado de louco, virou piada na bolsa, perdeu fortunas, credibilidade e recebeu ameaças de processo dos clientes cujo dinheiro ele investiu, antes de tudo vir abaixo e seu lucro se tornar bilionário. Essa é a grande aposta do título. Assim que Wall Street soube do negócio, abriu as portas para o louco, criando o seguro contra o que jamais, na opinião dos operadores, aconteceria. Mas a criação desse seguro permitiu que outros copiassem a iniciativa de Bury, após sua dica os levar a pesquisar o mercado. É onde entram os personagens de Steve Carell, Ryan Gosling e Brad Pitt, entre outros. Mas apostar contra a casa que controla o jogo é sempre arriscado. O filme também mostra o quanto os bancos tentaram disfarçar a crise do mercado imobiliário, apelando até mesmo para a fraude quando a profecia de Bury começou a se cumprir. A vitória desta aposta, porém, teve um saldo cruel. Como diz o personagem de Brad Pitt a certa altura, a fortuna obtida pelos que investiram na falência do sistema econômico foi diretamente proporcional à escalada do desemprego, perdas de lares e difusão da miséria. O filme lembra que não é apenas o lucro que está em jogo. E a lembrança do lado humanitário da crise ajuda a enquadrar todas as gracinhas do roteiro numa história que jamais esconde ser uma autêntica tragédia. Adam McKay fala muito sério com seu humor, repleto de recursos metalinguísticos. Ele usa o personagem de Ryan Gosling como comentarista da trama, fazendo-o quebrar a quarta parede para se dirigir ao público e explicar jargões técnicos, visando construir um contexto para a narrativa. Mas também chama celebridades para ajudar a montar o quadro, o que torna seu filme um exercício de edição, com influência de reality show, documentário e até da MTV. O caso mais emblemático é a participação de Margot Robbie, estrela do “Lobo”, que é convidada a dar explicações econômicas numa sequência didática da trama. Ela aparece dentro de uma banheira, detalhando o funcionamento dos negócios imobiliários. Mas quem consegue prestar atenção a algo mais que seu banho de espumas? Esta é a razão pela qual ninguém sairá do filme expert no mercado financeiro. McKay finge que explica, o público se diverte fingindo que entendeu, e tudo vira bolha de sabão. Acostumado a dirigir as comédias estúpidas de Will Ferrell, o cineasta parece temer um resultado dramaticamente mais profundo. Mas isso não impede que a cacofonia de “A Grande Aposta” tenha subtexto. As dissonâncias da trama, que visam mais confundir que esclarecer, lembram as táticas do velho Chacrinha, de divertir as massas, enquanto passa mensagens cifradas. O atordoamento é a sensação dominante e faz sentido que seja, pois a conclusão é que a corrupção e a falta de limites para a ganância sempre ficarão impunes. Afinal, independente do tamanho da aposta, mesmo quebrando a banca, a casa jamais perderá – com apoio político e econômico do governo. Ao menos, o filme permite uma compreensão básica do mercado financeiro, ajudando a expressá-lo em termos populares, com merecidos palavrões.











