Apple TV+ aumenta preço no Brasil e assinatura sobe para R$ 29,90
Serviço de streaming da Apple reajusta valores em 37% no Brasil e em 30% nos EUA em meio a prejuízo bilionário
Emmy 2025: “Ruptura” lidera indicações e Apple TV+ domina disputa
Nas categorias de atuação, Owen Cooper, de 15 anos, se tornou o mais jovem a disputar o prêmio como Ator Coadjuvante por "Adolescência"
Retrospectiva | As 50 melhores séries de 2024
Algumas das melhores séries do século foram lançadas em 2024. A guerra dos streamings pode ter arrefecido, com a diminuição na quantidade de lançamentos, mas a qualidade foi reforçada, culminando numa disputa por prêmios que mudou paradigmas. A fusão com a Star+ no Brasil transformou a Disney+ numa potência capaz de desafiar o padrão HBO/Max e o poderio da Netflix, enquanto Prime Video e Apple TV+ seguem um caminho próprio com uma curadoria caprichada. Todos os gêneros estão representados na retrospectiva das principais maratonas do ano. XÓGUM | DISNEY+ A adaptação do famoso romance de James Clavell, que já foi transformado numa minissérie premiada em 1980, é um épico autêntico, com cenas panorâmicas e imersivas de guerra, jogos de poder e um painel abrangente do Japão feudal. O lançamento é especialmente recomendado para quem estava com saudades de uma aventura adulta, cheia de sutilezas, mas também violência como em “Game of Thrones”. Na trama, um marinheiro britânico chamado John Blackthorne sobrevive a um naufrágio na costa japonesa do século 17, é capturado, enfrenta provações, tenta se tornar um samurai e se envolve na complexa teia política do país, virando confidente de Lorde Toronaga, um poderoso aristocrata que pretende ascender ao xogunato (a liderança feudal). O status do marinheiro é abalado pela presença de Lady Mariko, que faz Blackthorne balançar e reconsiderar suas prioridades, tendo que escolher entre o coração, a ambição, a coragem e a honra – assim como a própria Mariko, uma espadachim exímia, cuja família caiu em desonra e a forçou a um casamento infeliz. Apesar de toda a sua brutalidade, a série mantém o romance proibido da primeira versão sem cair no fetichismo cultural do seu antecessor. Mas desta vez a história não se resume à simplificação do homem estranho em uma terra estranha, que conquistou o público dos anos 1980 e o Emmy de Melhor Minissérie. A produção a cargo dos roteiristas Justin Marks (“Mogli – O Menino Lobo”) e a estreante Rachel Kondo conta uma trama muito mais abrangente, que não diminui a importância dos personagens japoneses, antigamente coadjuvantes em sua própria História, graças à abordagem colonialista da obra literária original. O elenco destaca Cosmo Jarvis (“Peaky Blinders”) como Blacktorne, a cantora Anna Sawai (integrante do grupo de J-Pop feminino FAKY) no papel de Mariko e Hiroyuki Sanada (“Mortal Kombat”) na pele de Toronaga, num desempenho de dar orgulho ao icônico ator japonês Toshirô Mifune (“Os Sete Samurais”), intérprete do Xógum de 1980. ROUND 6 2 | NETFLIX A série mais vista de todos os tempos no streaming retorna com novos episódios sem perder seu impacto. Inspirada no colapso financeiro da Coreia do Sul, a produção se tornou um fenômeno cultural, bateu o recorde de audiência mundial da Netflix e conquistou 14 indicações ao Emmy, resultando em 6 vitórias – entre elas, Melhor Ator para Lee Jung-jae e Melhor Direção para o criador Hwang Dong-hyuk. A continuação se mantém relevante ao abordar temas como desigualdade e ganância. Além de continuar a explorar questões sociais, a nova temporada também busca refletir a polarização política atual, trazendo as divisões geradas pelo radicalismo para a trama A trama traz de volta o protagonista Seong Gi-hun (Lee Jung-jae) e uma nova leva de personagens para o jogo mortal que conquistou o mundo em 2021. Após vencer o jogo e embolsar o prêmio de ₩45,6 bilhões (cerca de R$ 210 milhões), Gi-hun inicia uma busca por vingança e respostas sobre os responsáveis pelo torneio. Usando um motel abandonado como base de operações, ele persegue o misterioso Recrutador (Gong Yoo), figura que atraiu participantes ao jogo com um simples ddakji no metrô. Essa jornada o leva novamente ao evento mortal, onde reencontra o misterioso Front Man, chefão dos jogos interpretado por Lee Byung-hun, e os desafios da competição. Entretanto, ao retornar aos jogos, ele encontra um elenco imprevisível de participantes que podem atrapalhar seu objetivo – muitos deles interpretados por astros do K-Pop. Entre os novos competidores estão um duo de mãe e filho (o rapper Yang Dong-geun e a atriz Kang Ae-shim, de “Trabalho Honesto”), um influenciador digital (Im Si-wan, ex-cantor do ZE:A), uma investidora que perde tudo (Jo Yu-ri, ex-cantora do IZ*ONE) e um rapper psicótico (Choi Seung-hyun, ex-cantor do BIGBANG). O elenco mais jovem e diversificado reflete questões contemporâneas, como gravidez não planejada, instabilidade de moedas digitais e os perigos de influenciadores desinformados. A temporada também amplia sua narrativa ao acompanhar No-eul (Park Gyu-young, conhecida por “Sweet Home”), uma soldado de rosa que trabalha para o Front Man. Diferente dos jogadores, os soldados têm motivações próprias para participar do jogo, revelando como o poder pode corromper e justificar atos de violência. Uma 3ª e última temporada já está prevista para 2025. TRUE DETECTIVE: TERRA NOTURNA | MAX A 4ª temporada da renomada série “True Detective”, intitulada “Terra Noturna”, estabeleceu recorde de audiência na franquia. Ambientada na gélida localidade de Ennis, no Alasca, os novos episódios seguem a detetive Liz Danvers, interpretada por Jodie Foster (“Um Novo Despertar”), e sua parceira, Evangeline Navarro, papel de Kali Reis (“Catch the Fair One”), na investigação do desaparecimento de oito cientistas em um remoto centro de pesquisa. A direção é da mexicana Issa López, conhecida pelo premiado terror “Os Tigres Não Têm Medo” (2017), que usa sua experiência no gênero para combinar o mistério com elementos sobrenaturais. Junto de cenas fortes, como a descoberta de um bloco gigante de carne formado por cinco corpos congelados, e uma abordagem atmosférica, que explora o ambiente hostil à vida humana, ainda há o retorno do símbolo em espiral que marcou a 1ª temporada. Para quem não lembra, ele foi associado ao Rei Amarelo, uma entidade misteriosa e aparentemente cósmica que inspirou ataques rituais e assassinatos. Embora o autor dos crimes originais tenha sido encontrado na temporada inaugural, os detalhes mais sutis sobre o que é o Rei Amarelo e de onde ele veio permaneceram um mistério, que retorna para assombrar os espectadores. Para aumentar mais a tensão, a investigação é dificultada pela chegada da noite longa na cidade de Ennis, no Alasca, que deixa o lugar sem luz solar por vários dias. Essa situação ainda é agravada por graves falhas elétricas, que mergulham a região na escuridão. A química entre Foster e Reis é o ponto alto da produção, com atuações intensas que capturam a essência de suas personagens. Foster, com uma presença marcante, expressa nuances emocionais complexas, enquanto Reis, com seu histórico no boxe, apresenta uma performance visceral e carregada de intensidade. O ótimo elenco da produção também conta com John Hawkes (“Três Anúncios para um Crime”), Christopher Eccleston (“The Leftovers”), Fiona Shaw (“Killing Eve”), Finn Bennett (“Domina”) e Anna Lambe (“Three Pines”). Os atores Matthew McConaughey e Woody Harrelson, que estrelaram a aclamada 1ª temporada, são produtores executivos da atração, ao lado do criador da série, Nic Pizzolatto, que pela primeira vez não escreveu os episódios. PINGUIM | MAX A série derivada do filme “Batman” (2022) traz Colin Farrell de volta à maquiagem no arqui-inimigo de Batman, liderando uma guerra entre mafiosos pelo controle do submundo do crime de Gotham City. A trama começa pouco tempo depois do final de “Batman” e tem como ponto de partida a morte do poderoso chefão Carmine Falcone. O vácuo de poder dá início a uma disputa violenta pelo espólio de Falcone e o controle de seu império criminoso. Mas enquanto o Pinguim avança, uma nova personagem entra em cena, Sofia Falcone, a filha de Carmine recém saída do hospício Asilo Arkham, querendo valer seu direito à herança criminal. Além de Farrell, o elenco destaca Cristin Milioti (“Made for Love”) no papel de Sofia Falcone e ainda inclui Carmen Ejogo (“Alien: Covenant”), Shohreh Aghdashloo (“The Expanse”), Michael Kelly (“House of Cards”), Clancy Brown (“John Wick 4: Baba Yaga”) e Michael Zegen (“Maravilhosa Sra. Maisel”). A equipe destaca a roteirista Lauren LeFranc (“Agentes da SHIELD”), o diretor Craig Zobel (“A Caçada”) e o produtor Matt Reeves (“Batman”). INDUSTRY 3 | MAX A 3ª temporada de “Industry” vem saciar o desejo de quem queria mais séries como “Succession”. A produção britânica sobre o mercado de ações experimenta uma mudança de rumo com a estreia de Kit Harington (“Game of Thrones”) como Henry Muck, o CEO e fundador da empresa de tecnologia verde Lumi, que traz novos desenvolvimentos para a trama, tanto na colaboração com a Pierpoint & Co. em um IPO quanto no envolvimento amoroso com a personagem Yasmin, vivida por Marisa Abela (“Cobra”). A série dos criadores novatos Mickey Down e Konrad Kay (“Hoff the Record”) segue um grupo de jovens profissionais na Pierpoint & Co. Apesar de ter muitos personagens, a trama dá destaque para Harper Stern (Myha’la Herrold, de “Modern Love”), uma jovem negra idealista, que acredita que, ao seguir carreira no setor financeiro, será julgada apenas por seus méritos e capacidade de atingir bons resultados. Ela é uma das personagens de 20 e poucos anos da produção, que destaca profissionais que tentam se estabelecer nesse mercado, onde fortunas são feitas da noite para o dia, e onde as poucas vagas são disputadas por uma geração obcecada por sucesso. Sob pressão, eles brigam por negócios milionários em um dos maiores estabelecimentos financeiros de Londres, num trabalho marcado por uma cultura de sexo, drogas e conflitos de ego. Os novos episódios encontram Harper em uma situação bem diferente de seu começo sonhador, demitida da Pierpoint & Co. após a revelação de que seu diploma universitário era falsificado. Essa revelação é feita por Eric Tao (Ken Leung, de “Inumanos”), seu chefe, que inicialmente protegia esse segredo. No entanto, as ações impiedosas de Harper para assegurar sua posição e superar seus colegas acabam levando Eric a usar essa informação contra ela, resultando em sua demissão no final da temporada passada. Agora, ela vira inimiga da Pierpoint, usando seu conhecimento de ex-funcionária para derrubar a empresa. O elenco também traz Harry Lawtey (“Carta ao Rei”), Priyanga Burford (“Avenue 5”), David Jonsson (“Deep State”), Nabhaan Rizwan (“1917”), Conor MacNeill (“A Batalha das Correntes”), Freya Mavor (“The ABC Murders”) e Will Tudor (“Humans”). BEBÊ RENA | NETFLIX A minissérie britânica que já virou fenômeno segue a história única de um comediante que tem a vida virada do avesso por um simples ato de gentileza. A trama é baseada na peça escrita pelo comediante escocês Richard Gadd (“Code 404”), que criou e estrela a atração, e supostamente se baseia em fatos reais. Donny Dunn, interpretado pelo próprio Gadd, se vê envolvido em um pesadelo quando uma mulher chamada Martha (Jessica Gunning, de “The Outlaws”), que ele conheceu casualmente em um bar, começa a persegui-lo implacavelmente. Sua vida muda drasticamente quando ele oferece chá gratuito para essa mulher, quando trabalhava como barman num pub, o que desencadeia uma série de eventos inesperados. Martha começa a perseguir Donny de maneira obsessiva. Ela envia milhares de e-mails, mensagens de voz, tuítes e cartas para ele, tornando sua vida um pesadelo. Enquanto as pessoas ao seu redor inicialmente acham engraçado que ele tenha uma “admiradora”, o protagonista se vê preso em uma situação desconfortável e assustadora. Disposto a provar a ameaça que Martha representa, ele passa a gravar suas mensagens e vasculhá-las para encontrar casos em que ela o ameaçou ou a pessoas próximas. A situação afeta profundamente a vida de Donny, causando-lhe estresse e paranoia constantes, levando-o ao ponto da ruptura. Em entrevistas, Gadd enfatizou que a intenção por trás da produção não era apenas contar uma história, mas também desmistificar o stalking, mostrando suas camadas e nuances de uma forma nunca antes vista na ficção. A crítica internacional concorda que ele conseguiu mesmo inovar no tema, mostrando-o de forma bastante aprofundada. A produção tem 97% de aprovação no Rotten Tomatoes, o maior agregador de críticas anglófonas da internet. O URSO 3 | DISNEY+ A produção vencedora do Emmy de Melhor Série de Comédia de 2023 e indicada a 23 prêmios no Emmy 2024 lançou sua nova temporada na Disney+ após o...
Apple TV+ renova “Acima de Qualquer Suspeita”
Thriller jurídico retorna com novos casos e mistérios, mantendo a equipe de produção original
Estreias | “A Casa do Dragão”, “Bridgerton” e “The Boys” marcam semana concorrida no streaming
A lista de lançamentos ainda inclui a primeira série de Jake Gyllenhall e uma produção sobre a história das facções criminosas no Brasil
Apple TV+ revela prévias das novas temporadas de “Ruptura” e “Silo”
Vídeo de próximos lançamentos destaca cenas dos principais títulos aguardados da plataforma
Trailer | Jake Gyllenhaal estrela nova versão de “Acima de Qualquer Suspeita”
Em papel que já foi de Harrison Ford, ator vive promotor à frente da investigação do assassinato de uma colega, que a polícia descobre ter sido sua amante
Jake Gyllenhaal vai estrelar primeira série da carreira
O ator Jake Gyllenhaal (“Ambulância – Um Dia de Crime”) vai estrelar sua primeira série. Trata-se de “Presumed Innocent”, baseada no filme “Acima de Qualquer Suspeita” (1990), que vai ganhar versão seriada com a produção de J.J. Abrams (“Star Wars: O Despertar da Força”) e David E. Kelley (“Big Little Lies”).. Assim como o filme da década de 1990, a série também será baseada no livro de Scott Turow sobre um assassinato horrível, que impacta o escritório da promotoria de Chicago devido ao envolvimento um de seus membros como principal suspeito do crime. Gyllenhaal vai interpretar o promotor Rusty Sabich, que se torna o principal suspeito do assassinato de um colega e vê todas as evidências do crime apontam para ele. O personagem foi interpretado por Harrison Ford no cinema. Desenvolvida para a plataforma de streaming Apple TV+, “Presumed Innocent” foi criada por Kelley (que tem formação em Direito), que também vai atuar como showrunner da atração. A série vai explorar as temáticas de obsessão, sexo, política, poder e os limites do amor, ao acompanhar um acusado que luta para manter sua família e seu casamento unidos. Ainda não há previsão de estreia. Jake Gyllenhaal está envolvido em diversos projetos, entre eles um remake de “Matador de Aluguel” (Road House), clássico podreira da década de 1980 estrelado por Patrick Swayze (“Donnie Darko”). O filme ainda não tem previsão de estreia. Assista abaixo ao trailer de “Acima de Qualquer Suspeita”.
“Acima de Qualquer Suspeita” vai virar minissérie
Dois dos produtores de séries mais bem-pagos dos EUA estão se juntando pela primeira vez num projeto em comum. J.J. Abrams (“Lost”, “Pessoa de Interesse”, “Lovecraft Country” e “Westworld”) e David E. Kelley (“Justiça sem Limites”, “Big Little Lies”, “Big Sky”, “The Undoing”) vão produzir uma minissérie baseada em “Acima de Qualquer Suspeita” (Presumed Innocent). O best-seller homônimo, escrito por Scott Turow, é mais conhecido por ter virado um filme estrelado por Harrison Ford em 1990. Na trama, um promotor assistente se torna suspeito da morte de uma colega e ex-amante. O filme fez sucesso suficiente para alimentar a carreira de Turow com novas sequências literárias. De fato, a atual produção será a quarta obra baseada em personagens da história original. Depois do longa de 1990, a minissérie “O Ônus da Prova” (The Burden of Proof) de 1992 e o telefilme “O Inocente” (Innocent) de 2011 foram centrados em coadjuvantes do primeiro livro, que tiveram seus papéis expandidos em novas obras do escritor. “Presumed Innocent” (título original) será produzido pela Bad Robot Productions (de Abrams) e a David E. Kelley Productions em associação com a Warner Bros. Television para a plataforma de streaming Apple TV+. Ainda não há previsão de estreia. Veja abaixo o trailer da adaptação original.
Brian Dennehy (1938 – 2020)
O ator Brian Dennehy, que estrelou sucessos marcantes do cinema dos anos 1980, morreu na quarta-feira (15/4) em sua casa em New Haven, nos EUA, de causas naturais. A filha do ator, Elizabeth, postou comunicado no Twitter, frisando que a morte do pai não foi relacionada ao novo coronavírus: “Maior que a vida, generoso até o fim, um orgulhoso e devotado pai e avô, ele deixará saudades para sua mulher, Jennifer, sua família e muitos amigos”. Dennehy tinha 81 anos e foi fuzileiro naval e corretor da bolsa de valores antes de virar ator tardiamente, quase aos 40. De grande estatura, físico imponente e rosto duro, acabou se tornando um dos coadjuvantes mais reconhecíveis do cinema após chamar atenção como o vilão de “Rambo: Programado Para Matar” (1982). A carreira nas telas começou em 1977, em séries policiais como “Kojak”, “Serpico” e “Police Woman”. E embora tenha figurado no drama “À Procura de Mr. Goodbar” (1977) e em uma sucessão de comédias – “A Disputa dos Sexos” (1977), “Golpe Sujo” (1978), “Mulher Nota 10” (1979), etc. – só foi se destacar em 1981, como o promotor durão que condenou Blake Carrington à prisão em “Dinastia”, num arco de cinco episódios. Tudo mudou a partir de “Rambo”. O papel do Xerife Will Teasle, que perseguia implacavelmente o personagem vivido por Sylvester Stallone, abriu-lhe as portas para maior protagonismo em Hollywood. Nesta quinta, Stallone celebrou seu antagonista no Twitter, dizendo que ele não só foi “um grande ator”, mas “um veterano da guerra do Vietnã, que me ajudou a construir o personagem de Rambo”. Apesar da preferência por durões, geralmente homens da lei, ter gerado interpretações famosas do ator em “Mistério no Parque Gorky” (1983), seu grande sucesso “F/X: Assassinato sem Morte” (1986), “Perigosamente Juntos” (1986), “A Marca da Corrupção” (1987), “Vingança Infernal” (1990) e “Acima de Qualquer Suspeita” (1990), ele também teve papéis simpáticos na aventura “Os Lobos Nunca Choram” (1983), na sci-fi “Cocoon” (1985) e no cult experimental “A Barriga do Arquiteto” (1987), que marcaram época. Mas a fase de alta demanda não se manteve por muito tempo. Nos anos 1990, Dennehy teve maior projeção numa série de telefilmes, iniciada por “Nas Teias da Corrupção” (1992), como o detetive Jack Reed, personagem real da polícia de Chicago. Neste período, as aparições esporádicas no cinema concentraram-se em pequenos papéis na comédia “Mong e Lóide” (1995) e no “Romeu + Julieta” (1996) estrelado por Leonardo DiCaprio e Claire Danes. Enquanto isso, ele se dedicou ao teatro e chegou a venceu o Tony com a peça “A Morte do Caixeiro Viajante” em 1999. Um ano depois, faturou o Globo de Ouro pelo mesmo papel, numa adaptação televisiva de 2000. E voltou a conquistar o principal troféu dos palcos americano em 2003, por “Uma Longa Jornada Noite Adentro”. A volta ao arquétipo do policial durão só se deu em 2005, no remake de “Assalto à 13ª Delegacia”, ao lado de Ethan Hawke, Laurence Fishburne e Gabriel Byrne, e ainda rendeu “As Duas Faces da Lei” (2008), com Al Pacino e Robert De Niro. Apesar de sua filmografia seguir com o thriller “72 Horas” (2010), com Russell Crowe, a parte final da carreira foi bem mais calma. Entre os destaques, estão a dublagem na animação “Ratatouille” (2007), da Disney/Pixar, o drama existencial “Cavaleiro de Copas” (2015), de Terrence Mallick, a adaptação de “A Gaivota” (2018), com Annette Bening e Saoirse Ronan, e vários filmes religiosos. Em compensação, Dennehy também estrelou o pesado teledrama “Por Trás da Fé” (2005), que lhe rendeu indicação ao Emmy por viver o padre Dominic Spagnolia, envolvido no escândalo de pedofilia em Boston. Sua despedida das telas aconteceu na série “The Blacklist” (Lista Negra), em que viveu o avô da protagonista Elizabeth Keen (Megan Boone) entre 2016 e 2019.







