Festival online: Cinefantasy apresenta 26 longas de terror e fantasia
A 10ª edição do Cinefantasy, Festival Internacional de Cinema Fantástico, também precisou se reinventar em tempos de pandemia e programou sua mostra na plataforma Belas Artes à La Carte. A seleção reúne 26 longas e mais de uma centena de curtas. Além disso, ao chegar ao formato digital, o festival também passou a incluir opções para menores. Uma das novidades é a seção Pequenos Fantásticos, com curtas de fantasia para crianças a partir de três anos. Outra, a FantasTeen, traz filmes dedicados aos adolescentes. O cinema brasileiro está representado com três longas – “Terminal Praia Grande”, de Mavi Simão, “Seu Amor de Volta (Mesmo Que Ele não Queira)”, de Bertrand Lira, e a versão longa do curta “Cabrito”, de Luciano Azevedo – e 32 curtas na seção competitiva, que inclui obras de 30 países. Na verdade, não há nada realmente imperdível entre os longas internacionais do festival, que engloba filmes medianos de terror, fantasia e ficção científica, mas talvez dê para arriscar destacar o grego “Exílio”, de Vassilis Mazomenos, o alemão “Jim Botão e Lucas, o Maquinista”, de Dennis Gansel (diretor do famoso “A Onda”) e a biografia do astro de spaghetti westerns “George Hilton – O Mundo é dos Audazes”, assinada pelo brasileiro Daniel Camargo, radicado na Itália. O melhor da programação é uma retrospectiva dos filmes de Rodrigo Aragão (foto acima), com a exibição de seus “clássicos” – “Mangue Negro” (2008), “A Noite do Chupacabras” (2011), “Mar Negro” (2013), “As Fábulas Negras” (2015) e o recente “A Mata Negra” (2018) – , além de uma homenagem à atriz Gilda Nomacce, que tem mais de 100 filmes na carreira. A programação completa pode ser conferida no endereço https://cinefantasy.com.br/, enquanto a exibição (rotativa) acontece até 20 de setembro em https://www.belasartesalacarte.com.br/.
A Mata Negra: Novo terror do especialista Rodrigo Aragão ganha trailer macabro
A Elo Company divulgou o pôster, as fotos e o trailer de “A Mata Negra”, quinto longa de terror de Rodrigo Aragão, que chega aos cinemas uma década após o primeiro, “Mangue Negro” (2008). A prévia demonstra a clara evolução do cineasta, que aprendeu sozinho a dirigir e a fazer efeitos especiais práticos para baratear suas produções. Embora continue trabalhando com muitos atores amadores, Aragão especializou-se em evocar um clima macabro, que se mostra especialmente perturbador no novo trabalho. Dando sequência à sua filmografia, que também inclui “A Noite do Chupacabras” (2011), “Mar Negro” (2013) e a antologia “As Fábulas Negras” (2015), “A Mata Negra” segue a busca do diretor capixaba por desenvolver um terror com elementos nacionais. Nisto, é claramente sucessor de José Mojica Marins, o Zé do Caixão. O filme adapta “causos” regionais para contar a história de uma menina que recebe a missão de ler um misterioso livro de “rezas” para salvar a alma de um homem que vê a morte chegar. Entretanto, ela desobedece a ordem de queimar a obra – que seria o livro de São Cipriano – e, após o homem falecer, passa usá-lo por conta própria, desencadeando uma série de tragédias. A produção é a primeira da carreira de Aragão a contar com dinheiro de edital de fomento. Custou R$ 630 mil e, como novidade, teve até a participação de atores famosos, como Jackson Antunes (“Mais Forte que o Mundo: A História de José Aldo”) e Francisco Gaspar (“O Matador”). O elenco também destaca Carol Aragão (de “Mar Negro”), filha do cineasta, no papel principal. “A Mata Negra” chega aos cinemas em 6 de dezembro.

