Framboesa de Ouro | “Mercenários 4” lidera lista dos Piores Filmes do Ano
“O Exorcista: O Devoto”, “Ursinho Pooh: Sangue e Mel”, “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” e “Shazam! Fúria dos Deuses” também estão entre os mais indicados
Finais de “Manifest” e “Eu Nunca…” lideram audiência da Netflix
As despedidas das séries “Manifest” e “Eu Nunca…” chegaram no topo da lista das séries em inglês mais assistidas da Netflix na última semana. Alcançando 78,15 milhões de horas visualizadas, a “Parte 2” da 4ª temporada de “Manifest” liderou a relação. Além disso, com os episódios finais lançados no dia 2 de junho, a 1ª temporada da série voltou a aparecer no ranking, no 5º lugar com 18,18 milhões de horas visualizadas. Encerrando a jornada de Devi no Ensino Médio, a 4ª temporada da série adolescente “Eu Nunca…” ficou em 2º lugar, acumulando 76,21 milhões de horas, após o lançamento na última quinta-feira (8/6). Com isso, a série de ação “FUBAR”, estrelada por Arnold Schwarzenegger, caiu para o 3º lugar, com 42,28 milhões de horas assistidas depois de duas semanas no topo da lista. O resto do Top 10 Curiosamente, o 4ª lugar trouxe outra produção de Schwarzenegger. A série documental sobre o ator, intitulada “Arnold”, teve 24,51 milhões de horas visualizadas. Abaixo das novidades, a lista mostra o reality show “Ultimato – Queer Love”, em 6º lugar, com 16,89 milhões de horas visualizadas. Sem sair do ranking desde a estreia, “Rainha Charlotte” ainda aparece no 7º lugar com 16,71 milhões de horas, enquanto outro spin-off, “Com Carinho, Kitty”, ficou em 8º lugar, registrando 14,46 milhões de horas visualizadas. As últimas posições do Top 10 foram ocupadas pela 5ª temporada de “All American” e a 1ª temporada de “S.W.A.T.”, que atingiram 10,83 milhões e 10,26 milhões de horas visualizadas, respectivamente. “A Mãe” perde liderança nos filmes Entre os filmes, o longa “A Mãe” deixou o topo do ranking de filmes em inglês mais assistidos da Netflix, após semanas na liderança. Estrelado por Jennifer Lopez, o filme virou um dos mais populares do streaming e, apesar da queda para o 4º lugar com apenas 8,36 de horas visualizadas, acumula incríveis 234,07 milhões de horas assistidas. Apesar disso, “A Mãe” permanece como único lançamento original da Netflix na lista semanal de filmes mais vistos da plataforma. O longa foi desbancado por “Os Suspeitos” (2013), que tomou o 1º lugar com 13,89 milhões de horas visualizadas. Os 2º e 3º lugares mostram “Atirador” (2007) e “Sem Saída” (2009), que registraram 12,77 milhões e 9,57 milhões de horas visualizadas. O restante do ranking traz “O Poderoso Chefinho” (2017), “Família do Bagulho” (2013), “Angry Birds – O Filme” (2016), “A Grande Virada” (2010), “Gente Grande 2” (2013) e “A Escolha” (2016). Confira abaixo os trailers das séries mais vistas da Netflix na semana. 1 | MANIFEST 4 | NETFLIX 2 | EU NUNCA… 4 | NETFLIX 3 | FUBAR | NETFLIX 4 | ARNOLD | NETFLIX 5 | MANIFEST | NETFLIX
“A Mãe” vira 8º filme mais visto da Netflix em todos os tempos
Estrelado por Jennifer Lopez, o thriller de ação “A Mãe” conquistou o público desde sua estreia no Dia das Mães e entrou para a lista dos filmes mais populares da Netflix. O longa completou quatro semanas no topo do ranking dos filmes mais assistidos do streaming. Com um adicional de 16,48 milhões de horas visualizadas, a produção soma um total de 229,30 milhões de horas visualizadas. Dessa forma, “A Mãe” alcançou o 8º lugar no ranking geral dos mais assistidos da história da Netflix, ultrapassando o fenômeno romântico “Continência ao Amor” (2022) e tirando da lista “O Irlandês”, drama dirigido por Marin Scorsese, que foi indicado ao Oscar. O longa ainda tem até o próximo domingo (11/6) para conquistar mais posições, já que a plataforma contabiliza apenas o desempenho dos primeiros 28 dias desde a estreia de seus conteúdos. A produção pode superar “Resgate” (2020), com 231,3 milhões de horas visualizadas, e “Projeto Adam” (2022), com 233,2 milhões de horas visualizadas. Outra curiosidade é que o ranking dos filmes em inglês mais vistos da semana não tem nenhuma outra produção original da Netflix. A lista do Top 10 se completa com “O Poderoso Chefinho” (2017), “Desaparecida” (2023), “2 Hearts” (2020), “Atirador” (2007), “Família do Bagulho” (2013), “Tirando o Atraso” (2016), “To Leslie” (2022), “A Escolha” (2016) e “Velozes e Furiosos 9” (2021). Rainha Charlotte não entra no Top 10 histórico No ranking das séries do streaming, a comédia de ação “FUBAR”, estrelada por Arnold Schwarzenegger (“O Exterminador do Futuro”), dominou a lista com mais de 88,03 milhões de horas visualizadas. O 2º lugar foi ocupado por “Manifest”, estreando seus episódios finais com 39,4 milhões de horas visualizadas. E a 3ª posição ficou com o spin-off de “Para Todos os Garotos que Já Amei”, intitulado “Com Carinho, Kitty”, com 29,8 milhões de horas visualizadas. O mais recente fenômeno da Netflix, “Rainha Charlotte”, encerrou sua janela de medição da audiência, após 28 dias desde a estreia, em 4º lugar com 27,21 milhões de horas vistas. Embora tenha se destacado, não conseguiu entrar na lista seleta das séries mais populares do streaming, ficando fora do Top 10 de todos os tempos. Atualmente, a minissérie “Inventando Anna” (2022), ocupa o 10º lugar do ranking geral com 511 milhões de horas visualizadas. O Top 5 semanal de séries se completa com a 5ª temporada do drama esportivo “All American”, que registrou 18,76 milhões de horas visualizadas. O restante do ranking é seguido pelas primeiras temporadas de “S.W.A.T” e “O Ultimato – Queer Love”, a 2ª temporada de “Campeões do Barbecue”, a 6ª temporada de “Sunset – Milha de Ouro” e a 2ª temporada de “Amigas Para Sempre”. Confira abaixo os trailers das cinco séries mais vista da Netflix na última semana. 1 | FUBAR | NETFLIX 2 | MANIFEST | NETFLIX 3 | COM CARINHO, KITTY | NETFLIX 4 | RAINHA CHARLOTTE | NETFLIX 5 | ALL AMERICAN | NETFLIX
“Com Carinho, Kitty” não consegue desbancar “Rainha Charlotte” na Netflix
Nem mesmo com os fãs da franquia “Para Todos os Garotos que Já Amei” a série derivada “Com Carinho, Kitty” conseguiu ocupar o topo do ranking das séries em inglês mais assistidas da Netflix. A última semana registrou o duelo entre séries românticas, derivadas de grandes sucessos do streaming. Mas o spin-off de “Bridgerton”, “Rainha Charlotte”, continua seu reinado, liderando a lista pela terceira semana, com impressionantes 82,39 milhões de horas de exibição. Desde sua estreia em 4 de maio, a série já soma quase 390 milhões de horas assistidas. Com esse desempenho, há chances de se tornar uma das mais populares de todos os tempos na Netflix. No entanto, para alcançar esse marco, ela precisará superar as 511 milhões de horas visualizadas da minissérie “Inventando Anna” (2022) nos próximos 10 dias, na janela de medição de 28 dias. Seguindo no ranking das mais assistidas da semana, “Com Carinho, Kitty” ocupa o 2º lugar após estrear na última quinta-feira (18/5). A produção derivada da franquia protagonizada por Noah Centineo e Lana Condor estreou com expressivas 72,08 milhões de horas assistidas. A Netflix também informou que a série entrou no Top 10 de 90 países ao redor do mundo. O 3ª lugar é marcado pela emocionante “Amigas Para Sempre”. Encerrando o drama, a última parte da 2ª temporada, que chegou na plataforma em 27 de abril, registrou 23,14 milhões de horas assistidas. Com a estreia da 6ª temporada em 19 de maio, o reality show “Sunset – Milha de Ouro” ocupa o 4º lugar com um registro de 22,78 milhões de horas assistidas. Enquanto a documental “McGregor Forever” aparece na 5ª posição, marcando 20,85 milhões de horas assistidas. Devido ao sucesso de “Rainha Charlotte” as duas temporadas de “Bridgerton” também estão de volta ao Top 10. O primeiro ano ocupou o 6º lugar, com 19,46 milhões de horas assistidas, e o segundo marca o 7º lugar, com 18,17 milhões de horas assistidas. O fenômeno “O Agente Noturno” ainda aparece na lista, dessa vez em 8º lugar, com 16,80 milhões de horas assistidas. Por fim, o ranking é encerrado pela 2ª temporada de “Sweet Tooth” e a série de documentários “Missing: Dead or Alive?”, registrando 16,66 milhões e 15,29 milhões de horas assistidas, respectivamente. Já entre os filmes da Netflix, a primeira posição continua ocupada pelo thriller de Jennifer Lopez, “A Mãe”, pelo segundo fim de semana, com mais 94,42 milhões de horas assistidas. Em seguida, o documentário estreante “Anna Nicole Smith: You Don’t Know Me” aparece em 2º lugar, registrando 15,65 milhões de horas visualizadas. Os demais filmes que marcaram presença no Top 10 foram produções licenciadas pela plataforma de outros estúdios: “Ted” (2012), “O Pior Vizinho do Mundo” (2022), “Synchronic” (2019), “Desaparecida” (2023), “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (2001), “Os Croods” (2013), “UglyDolls” (2019) e “O Que de Verdade Importa” (2016). Confira abaixo os trailers das cinco séries em inglês mais vistas da Netflix na última semana. 1 | RAINHA CHARLOTTE – UMA HISTÓRIA BRIDGERTON | NETFLIX 2 | COM CARINHO, KITTY | NETFLIX 3 | AMIGAS PARA SEMPRE 2 – PARTE 2 | NETFLIX 4 | SUNSET – MILHA DE OURO | NETFLIX 5 | SWEET TOOTH 2 | NETFLIX
“A Mãe” tem melhor estreia de filme da Netflix em 2023
O novo thriller de ação estrelado por Jennifer Lopez, “A Mãe”, atraiu impressionantes 83,71 milhões de horas visualizadas durante seu lançamento na Netflix. O filme estreou na última sexta-feira (12/5) e a recepção do público deu à produção a melhor abertura de fim de semana de um filme da Netflix em 2023. Os números superam as últimas grandes produções da plataforma, “Glass Onion: Um Mistério Knives Out” (2022) e “Mistério em Paris” (2023). O mais curioso é que a lista dos 10 filmes mais assistidos na semana não tem mais nenhum filme da Netflix. A relação traz apenas produções de cinema, como “O Pior Vizinho do Mundo” (2022), “Os Croods” (2013), “Nas Profundezas do Mar sem Fim” (1999), “Synchronic” (2019), “Kung Fu Panda 3” (2016), “No Lugar Errado” (2022), “Vingança Entre Assassinos” (2009), “Escolha Perfeita” (2012) e “Fogo contra Fogo” (1995). Já a relação das séries é totalmente composta por produções originais. “Rainha Charlotte” continua no topo da lista de séries mais assistidas em sua segunda semana de exibição. Entre os dias 8 e 14 de maio, a série acumulou impressionantes 158,68 milhões de horas visualizadas. Desde sua estreia em 4 de maio, o spin-off de “Bridgeton” já chegou a um total de 307 milhões de horas visualizadas. Vale apontar que a série “Inventando Anna” ocupa o 10º lugar entre as mais populares do streaming, com 511 milhões de horas visualizadas em seus primeiros 28 dias. Se a nova criação de Shonda Rhimes continuar no mesmo ritmo, é provável que alcance esse marco. Inclusive, cada temporada de Bridgerton teve mais de 600 milhões de horas visualizadas em seus primeiros 28 dias, marcando presença nesta lista. Outro fator que torna o sucesso de “Rainha Charlotte” ainda mais surpreendente é sua curta duração, com apenas seis episódios – que geram menos horas de exibição por temporada que uma série convencional da Netflix. Todas as séries que estão na lista de mais populares de todos os tempos na Netflix têm pelo menos oito capítulos. O sucesso da atração derivada também trouxe “Bridgerton” de volta ao ranking do streaming. Em 5º lugar, a 1ª temporada da série acumulou mais 23,88 milhões de horas visualizadas. Já a 2ª temporada apareceu em 9º lugar, com 17,25 milhões de horas visualizadas. No restante da lista, destacam-se ainda as 2ª temporadas de “Amigas Para Sempre”, com 31,9 milhões de horas visualizadas, e “Sweet Tooth”, com 27,61 milhões de horas visualizadas. Por sinal, a temporada inaugural de “Sweet Tooth” também reviveu no ranking, retornando em 10º lugar com 11 milhões de horas visualizadas. O 4º lugar ficou com a série documental “Busca Imediata – Pessoas Desaparecidas”, com 23,95 milhões de visualizações. Enquanto isso, os mais recentes sucessos da plataforma perderam muitas posições. A série “O Agente Noturno” teve 20,34 milhões de horas visualizadas e aparece em 6º, enquanto o thriller político “A Diplomata” ficou em 8º lugar com 18,37 milhões de horas visualizadas. Embora esteja sendo rodeada de polêmicas e críticas negativas, o alvoroço em torno de “Rainha Cleópatra” a colocou entre as séries mais populares da semana. Marcando 20,18 milhões de horas visualizadas, ocupa a 7ª posição no ranking. Confira abaixo os trailers das cinco séries em inglês mais vistas da Netflix na última semana. 1 | RAINHA CHARLOTTE – UMA HISTÓRIA BRIDGERTON | NETFLIX 2 | AMIGAS PARA SEMPRE | NETFLIX 3 | SWEET TOOTH | NETFLIX 4 | BUSCA IMEDIATA – PESSOAS DESAPARECIDAS | NETFLIX 5 | BRIDGERTON | NETFLIX
Confira 10 filmes com Mãe no título para curtir no Dia das Mães
O Dia das Mães está aí! Neste domingo (14/5), é o dia de homenagearmos as mulheres mais importantes das nossas vidas. E nada melhor num domingo festivo que reunir a família e assistir a um bom filme. Para que você e seus familiares não percam tempo no momento da escolha, separamos 10 opções que colocam a Mãe antes de tudo, no próprio título. Confira abaixo as sugestões para mães e filhos aproveitarem a data da melhor forma possível: se divertindo juntos. | MINHAS MÃES E MEU PAI | GLOBOPLAY E AMAZON PRIME VIDEO A comédia dramática da família moderna conta a história de um casal de mães lésbicas, Nic e Jules, e seus dois filhos adolescentes concebidos por meio de inseminação artificial. Quando os filhos decidem conhecer o doador de esperma que ajudou a concebê-los, eles acabam se aproximando de Paul, um homem solteiro e carismático. Porém, a dinâmica familiar é abalada quando Jules, que sempre foi a mãe mais distante dos filhos, se envolve romanticamente com Paul. Enquanto Nic tenta lidar com a infidelidade da esposa, os filhos começam a questionar sua própria identidade e relacionamentos, e todos precisam encontrar uma maneira de superar os conflitos e manter a união familiar. Dirigido por Lisa Cholodenko (“Inacreditável”), o filme foi indicado a quatro Oscars e tem no elenco nomes como Julianne Moore (“Para Sempre Alice”), Annette Bening (“Mulheres do Século 20”), Mark Ruffalo (“Mulher-Hulk: Defensora de Heróis”), Mia Wasikowska (“A Colina Escarlate”) e Josh Hutcherson (“Jogos Vorazes”). | PERFEITA É A MÃE | AMAZON PRIME VIDEO E HBO MAX A comédia mostra que mães também querem se divertir. A trama acompanha a vida de Amy Mitchell, uma mãe exausta que se esforça para ser perfeita para seus filhos e uma esposa exemplar para seu marido. Cansada das cobranças e pressões de sua dupla jornada, ela decide que é hora de relaxar e se permitir ter um pouco de diversão. Junto com suas novas amigas, a desinibida Carla e a recatada Kiki, Amy decide se libertar das regras da sociedade e deixar de ser perfeita o tempo todo. Só que sua vida começa a desmoronar quando ela entra em conflito com a líder da associação de pais e mestres, que acredita que Amy não é uma mãe adequada para seus filhos. Dirigido por Jon Lucas (“Jexi: Um Celular Sem Filtro”) e Scott Moore (“Finalmente 18”), o filme tem no elenco Mila Kunis (“O Destino de Júpiter”), Kristen Bell (“A Vizinha da Mulher na Janela”), Kathryn Hahn (“As Pequenas Coisas da Vida”), Christina Applegate (“Tudo para Ficar com Ele”) e Jada Pinkett Smith (“Matrix Revolutions”). Sucesso de público, o filme ganhou uma sequência, “Perfeita é a Mãe 2” (2017). | A MÃE | NETFLIX Assassinas também têm instinto materno. O thriller de ação traz Jennifer Lopez (“Golpistas”) como uma matadora profissional que precisa sair do seu esconderijo para proteger a filha de assassinos. Dirigido por Niki Caro (“Mulan”), o longa, que estreou nesta sexta (12/5) ainda conta com Gael García Bernal (“Mozart in the Jungle”), Joseph Fiennes (“O Conto da Aia”), Lucy Paez (“O Exorcismo de Carmen Farías”), Omari Hardwick (“Power”) e Paul Raci (“O Som do Silêncio”). | MÃE X ANDROIDES | NETFLIX Fãs de sci-fi sabem que exterminadores do futuro não são páreo para mães. Nesta produção, Chloë Grace Moretz (“Carrie, a Estranha”) vive uma mulher grávida que foge com o namorado (Algee Smith, de “Judas e o Messias Negro”) quando androides (robôs de aparência humana) até recentemente usados em serviços gerais declaram guerra contra a humanidade. O casal tenta se esconder dos ataques brutais na floresta, com a esperança de encontrar um lugar seguro para o nascimento do filho. A direção é de Mattson Tomlin, mais conhecido por seu trabalho como roteirista de “Power” (o filme da Netflix) e do novo longa de “Batman” (2022). Por sinal, a produção é do diretor de “Batman”, Matt Reeves. | MINHA MÃE É UMA SEREIA | MGM A comédia clássica de 1990, dirigida por Richard Benjamin (“Desconstruindo Harry”), é baseada no romance de mesmo nome de Patty Dann e conta a história de uma mãe solteira excêntrica e suas duas filhas. A Sra. Flax é uma mãe solteira que se muda frequentemente com as pequenas Kate e Charlotte. Mulher livre e despreocupada, ela gosta de cantar, dançar e flertar com os homens locais, enquanto suas filhas tentam se adaptar às mudanças frequentes e lidar com a falta de um pai em suas vidas. As coisas começam a mudar quando a Sra. Flax conhece um homem mais velho e tranquilo chamado Lou, que lhes dá a sensação de pertencer a uma família convencional, apesar da jovem Charlotte acreditar na possibilidade de sua mãe ser uma sereia. O filme, que aborda temas como amor, família, identidade e aceitação, apresenta performances marcantes de Cher (“Burlesque”), Winona Ryder (“Stranger Things”), Bob Hoskins (“Super Mario Bros.”) e marcou a estreia de Christina Ricci (“Wandinha”) no cinema. | TUDO SOBRE MINHA MÃE | AMAZON PRIME VÍDEO E APPLE TV O premiado drama espanhol dirigido por Pedro Almodóvar (“Mães Paralelas”) gira em torno de Manuela, uma enfermeira que vive em Madri e cria sozinha o filho adolescente Esteban. A morte súbita do rapaz a faz decidir reencontrar o pai do jovem, que nunca soube que tinha um filho. Ela retorna a Barcelona, sua cidade natal, e começa a procurar por Lola, travesti com quem teve um relacionamento e que é o pai biológico de Esteban. Nesta jornada, Manuela se reconecta com antigos amigos e conhece novas pessoas, como Rosa, uma freira grávida soropositiva, que é a nova namorada de Lola. Rosa acaba morrendo ao dar à luz e Manuela se vê cuidando do bebê, que também é soropositivo. Ela também se torna uma figura maternal para todos naquele lugar, enquanto o diretor explora a força e a resiliência das mulheres em meio à adversidade. O filme recebeu aclamação da crítica e ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2000, consolidando Almodóvar como um dos diretores mais renomados do cinema espanhol. O elenco é composto por Cecilia Roth (“Epitáfios”), Eloy Azorín (“Hospital Central”), Antonia San Juan (“O Poço”), Penélope Cruz (“Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”) e Marisa Paredes (“A Pele que Habito”). | SE EU FOSSE MINHA MÃE | DISNEY+ O clássico original da Disney de 1976 conta a história de como mãe e filha, que não conseguem se dar bem, passam a se entender depois de trocarem de corpos. Após mais uma discussão, em uma sexta-feira 13, as duas levam um susto com a troca súbita e precisam se adaptar à rotina e às obrigações uma da outra. Com isso, percebem como é difícil estar no lugar de outra pessoa. A mãe causa caos na escola da jovem e a filha é incapaz de lidar com as tarefas domésticas. Elas acabam aprendendo muito sobre si mesmas com a experiência. O filme dirigido por Gary Nelson (“O Abismo Negro”) é estrelado pela precoce Jodie Foster (no mesmo ano em que ela fez “Taxi Driver”) e Barbara Harris (“Matador em Conflito”). Quase 30 anos depois, a obra virou “Sexta-feira Muito Louca” (2003), remake extremamente popular com Lindsay Lohan (“Meninas Malvadas”) e Jamie Lee Curtis (“Halloween”). | MINHA MÃE | AMAZON PRIME VÍDEO O drama sobre as aflições de uma mulher contemporânea acompanha uma cineasta durante as filmagens de seu novo longa-metragem, enquanto sua mãe está hospitalizada em estado grave. Ela tem que lidar com o estresse das filmagens, as tensões do relacionamento com a filha adolescente e a angústia da possibilidade de perder sua genitora. O filme é uma reflexão emocional sobre a mortalidade, a relação mãe-filha, a arte e o trabalho, com uma mistura de humor e melancolia típica do diretor Nanni Moretti (“Habemus Papam”). Muito bem recebido pela crítica, o longa rendeu o David di Donatello (o Oscar italiano) para atriz principal, Margherita Buy (“Um Amor Quase Perfeito”). O elenco também destaca John Turturro (“Amante a Domicílio”) e Giulia Lazzarini (“Oportunistas”). | MINHA MÃE É UMA PEÇA: O FILME | NETFLIX E GLOBOPLAY A comédia dirigida por André Pellenz (“Os Espetaculares”) iniciou a trilogia mais bem-sucedida do cinema brasileiro. A história é uma grande homenagem de Paulo Gustavo (“220 Volts”) à sua mãe, e se iniciou nos palcos do teatro, onde o humorista imitava os trejeitos e manias de Déa Lúcia, transformada em Dona Hermínia pela imaginação do autor. Mãe solteira que cria os dois filhos sozinha após a separação do marido, Dona Hermínia é uma mulher de personalidade forte, engraçada e protetora, que adora dar conselhos e interferir na vida dos filhos. Mas quando eles crescem e decidem sair de casa, ela se sente sozinha e começa a ter problemas para lidar com a nova realidade. Então decide fazer uma série de mudanças em sua vida, incluindo tentar uma carreira como atriz. Retrato da vida cotidiana de uma mãe brasileira de meia idade, a comédia virou o filme brasileiro mais assistido nos cinemas em 2013 e deu origem a duas sequências, cada uma com sucesso maior que a anterior – e a terceira bateu recordes de bilheteria em 2020 como a maior bilheteria do cinema nacional em todos os tempos. Após sua morte por covid em 2021, Paulo Gustavo ainda foi homenageado com o documentário “Filho da Mãe: Um Reencontro com Paulo Gustavo” (2022), sobre sua relação com Déa Lúcia, a Dona Hermínia da vida real. | FALA SÉRIO, MÃE! | GLOBOPLAY A comédia brasileira traz Ingrid Guimarães (“De Pernas pro Ar”) como uma mãe superprotetora e exageradamente preocupada com sua filha, vivida por Larissa Manoela (“Meus Quinze Anos”). A personagem de Ingrid acredita que sabe o que é melhor para a jovem em todas as situações, o que muitas vezes resulta em conflitos, no momento em que a filha entra na adolescência e busca sua independência. Em tom mais contido que as outras comédias do roteirista Paulo Cursino (“Até que a Sorte nos Separe”), a trama acompanha as diversas situações e desafios que mãe e filha enfrentam juntas. Desde os primeiros namorados, festas, escola, até a busca da adolescente por sua própria identidade e o momento em que a mãe percebe que precisa aprender a deixá-la seguir seu próprio caminho. Inspirada no livro de mesmo nome da escritora Thalita Rebouças (“Ela Disse, Ele Disse”), a direção é de Pedro Vasconcelos (“O Concurso”) e o elenco ainda inclui Fábio Jr. e Paulo Gustavo interpretando a si mesmos.
Estreias de streaming: 10 filmes novos pra ver em casa
Sem blockbusters nas locadoras online, os destaques digitais são títulos inéditos das plataformas por assinatura, incluindo um novo thriller de ação da Netflix, em que Jennifer Lopez encarna Schwarzenneger e Stallone, e uma aventura juvenil da Disney+ ao estilo de Spielberg nos anos 1980. Sem serem extraordinários, ambos cumprem a função de passatempos exclusivos do streaming. Confira abaixo 10 lançamentos da semana que podem render sessões de cinema em casa. | A MÃE | NETFLIX O thriller de ação traz Jennifer Lopez (“Golpistas”) como uma matadora profissional que precisa sair do seu esconderijo para proteger a filha de assassinos. Dirigido por Niki Caro (“Mulan”), o longa ainda conta com Gael García Bernal (“Mozart in the Jungle”), Joseph Fiennes (“O Conto da Aia”), Lucy Paez (“O Exorcismo de Carmen Farías”), Omari Hardwick (“Power”) e Paul Raci (“O Som do Silêncio”). | A CRATERA | DISNEY+ A nova sci-fi infantil da Disney conta a história de um garoto que foi criado numa base lunar e que, motivado por um antigo desejo de seu pai, decide sair e explorar outros pedaços da Lua com seus amigos. Inspirado por aventuras do cinema dos anos 1980, o primeiro filme dirigido por Kyle Patrick Alvarez (das séries “13 Reasons Why” e “Homecoming”) transforma a jornada dos adolescentes pela superfície inóspita do satélite natural da Terra numa história sobre crescimento e amadurecimento. O elenco destaca Isaiah Russell-Bailey (“A Casa da Raven”), Mckenna Grace (“Ghostbusters: Mais Além”), Brady Noon (“Virando o Jogo dos Campeões”) e Billy Barratt (“Invasão”). | O PIOR VIZINHO DO MUNDO | HBO MAX O remake da premiada comédia sueca “Um Homem Chamado Ove” traz Tom Hanks como um viúvo mal-humorado, que não vê nenhum prazer na vida e odeia a humanidade. Além de ter perdido seu grande amor, sua infelicidade é exacerbada por estar aposentado e não ter alegria em fazer nada, a não ser criticar os vizinhos. Quando seus pensamentos se tornam mais sombrios, sua existência sobre uma abalo com a chegada de novos vizinhos, uma família disposta a inclui-lo em suas vidas. Ignorando sua vontade de ser deixado em paz, eles começam a tirá-lo da letargia, até conseguir fazê-lo rir. Com roteiro de David Magee (“A Escola do Bem e do Mal”) e direção de Marc Foster (“Guerra Mundial Z”), a refilmagem também traz Mariana Treviño (“A Casa das Flores”), Manuel Garcia-Rulfo (“Esquadrão 6”) e Rachel Keller (“Legião”) em seu elenco. | OS CINCO DIABOS | MUBI O drama fantasioso acompanha Vicky, uma garotinha estranha e solitária, que tem um dom mágico: pode reproduzir qualquer perfume de que goste, e os guarda em frascos cuidadosamente identificados. Ela capturou o perfume de sua mãe (Adèle Exarchopoulos, de “Azul É a Cor Mais Quente”), por quem nutre um amor selvagem e excessivo. Mas quando a irmã de seu pai reaparece em suas vidas, após ser libertada da prisão, sua presença traz de volta o passado de uma forma violenta e mágica. O trabalho da diretora Léa Mysius (“Ava”) foi premiado nos festivais de Bergen (Noruega), Dublin (Irlanda) e Filadélfia (EUA), e atingiu 84% de aprovação no Rotten Tomatoes. | OS MONSTROS | VOD* A adaptação da série clássica dos anos 1960 resultou num filme incomum do roqueiro Rob Zombie. Grande sucesso da época da TV em preto e branco, a atração concorria com “A Família Addams” no filão da família de monstros camaradas, ao acompanhar o cotidiano de Herman, um monstro similar ao de Frankenstein, em sua vida comum de pai trabalhador, às voltas com a mulher vampira Lily, o sogro vampiro que todos chamavam de Vovô Monstro, o filho lobisomem Eddie e a sobrinha Marilyn, que envergonhava a família pela suposta feiura (na verdade, era uma loira deslumbrante). A nova versão é estrelada por Sherri Moon Zombie (esposa do diretor) como Lily, Jeff Daniel Phillips como Herman e Daniel Roebuck como o vovô. Eles já tinham contracenado antes em “Os 3 Infernais”, dirigido por Zombie em 2019. Já os outros personagens foram esquecidos. Tentando recriar o humor da sitcom original, o filme se torna uma paródia da série, que dividiu opiniões. A história é, ao menos, original, contando a origem da família Monstro: como a vampira Lily, em busca de amor, encontra pela primeira vez o monstruoso Herman. | NINTENDO E EU | VOD* O filme do filipino Raya Martin (“Independência”) é inspirado no clássico americano “Conta Comigo” (1989), e acompanha quadro amigos adolescentes filipinos num verão dos anos 1990, enquanto se divertem e amadurecem. Seus desafios principais são superar as pontuações de seus jogos e enfrentar os obstáculos da vida, como o primeiro amor, a pressão dos colegas e equilibrar a tradição familiar com a identidade própria. Venceu o Urso de Cristal da mostra Generation Kplus do Festival de Berlim. | LARANJAS SANGUÍNEAS | VOD* A comédia de humor ácido conta histórias paralelas com personagens que dizem o indizível e se apresentam em eventos chocantes. Numa das tramas, um casal de aposentados superendividados tenta ganhar um concurso de dança para pagar as contas. Enquanto isso, seu filho sonha com ascensão social e trabalha com um assessor político corrupto, que aconselha um ministro do governo francês envolvido em fraudes fiscais e festas sexuais secretas. E ainda há uma adolescente que está começando a explorar sua sexualidade. O filme de Jean-Christophe Meurisse (“One of Us”) retrata esses personagens como monstros da mediocridade e examina os aspectos cínicos e niilistas da sociedade, com um elenco que inclui Alexandre Steiger (“Irma Vep”), Christophe Paou (“Synonymes”), Lilith Grasmug (“Noites de Paris”), Olivier Saladin (“Bonecas Russas”), Lorella Cravotta (“Românticos Anônimos”), Denis Podalydès (“O Mundo de Ontem”) e Anthony Paliotti (“Os Confins do Mundo”). | CONTATADO | VOD* O terceiro longa dirigido pela peruana Marité Ugas (“O Garoto que Mente”) aborda o mundo das seitas exotéricas. Baldomero Cáceres (“Inferno Selvagem”) vive um charlatão desiludido, que se vê assediado por um jovem seguidor que ainda acredita em seus ensinamentos e o encoraja a voltar a pregar como “Contatado”. Mas enquanto ele reflete sobre sua identidade, estranhos acontecimentos se manifestam, realizando previsões do velho profeta e a ambição desmedida de seu fiel seguidor, num local fascinado por discos voadores, contatos imediatos e espiritualidade new age. | SOMBRAS DE UM CRIME | VOD* O pastiche de film noir de Neil Jordan (“Ondine”) acompanha um dos detetives mais famosos do gênero, Philip Marlowe, criação do escritor Raymond Chandler imortalizada nas telas por Humphrey Bogart e Robert Mitchum. A história inédita nos cinemas é baseada num livro autorizado de John Banville (autor de “Albert Nobbs”) e traz Liam Neeson (“Busca Implacável”) no papel principal. Desta vez, Marlowe é contratado para encontrar o ex-amante da ambiciosa Clare Cavendish (Diane Kruger, de “Bastardos Inglórios”), herdeira da estrela de Hollywood Dorothy Quincannon (Jessica Lange, de “American Horror Story”). A investigação do desaparecimento dá início a uma série de reviravoltas mortais envolvendo a elite da indústria cinematográfica no final da década de 1930. Mas o roteiro arrastado e sem tensão de William Monaghan prejudica a homenagem ao gênero clássico – e lembra como ele conseguiu piorar o cult chinês “Infernal Affairs” (2002) em “Os Infiltrados” (2006) e se tornar superestimado como vencedor do Oscar pelo feito. | STILL: A MICHAEL J. FOX MOVIE | APPLE TV+ O documentário aborda a luta do ator Michael J. Fox, que ficou mundialmente conhecido pelo filme “De Volta para o Futuro” (1985), contra o mal de Parkinson. Como diz sinopse oficial, a obra explora “o que acontece quando um otimista incurável enfrenta uma doença incurável”. Equipe e produção do filme tiveram total acesso a Fox e sua família para narrar sua carreira e sua jornada pessoal vivendo com Parkinson, incluindo os anos que se seguiram ao seu diagnóstico aos 29 anos de idade. Dirigido por Davis Guggenheim, documentarista vencedor do Oscar por “Uma Verdade Inconveniente” (2006), o longa teve première no Festival de Sundance e recebeu ótimas avaliações do público e dos críticos, atingindo 98% de aprovação na média do agregador de críticas Rotten Tomatoes.
A Mãe: Jennifer Lopez enfrenta assassinos em trailer com muita ação
A Netflix divulgou novos pôster e trailer de “A Mãe”, filme de ação estrelado por Jennifer Lopez (“Golpistas”). Repleta de ação, a prévia mostra a personagem da atriz perseguida por assassinos e lutando para resgatar a filha sequestrada. A trama acompanha uma assassina que precisa sair do seu esconderijo para proteger a filha que havia abandonado para proteger. O elenco ainda conta com Gael García Bernal (“Mozart in the Jungle”), Joseph Fiennes (“O Conto da Aia”), Lucy Paez (“O Exorcismo de Carmen Farías”), Omari Hardwick (“Power”) e Paul Raci (“O Som do Silêncio”). Dirigido por Niki Caro (“Mulan”), “A Mãe” tem estreia marcada para 12 de maio na Netflix.
Retrospectiva: Os 10 melhores filmes brasileiros de 2022
Os filmes brasileiros tiveram mais dificuldades que nunca para chegar aos cinemas em 2022, graças ao descaso do governo Bolsonaro com cota de tela e incentivos. Não é por acaso que os melhores filmes foram pouco vistos. Afinal, se até as produções da Globo Filmes penaram para encontrar espaço no circuito, o que dizer de lançamentos independentes. Outro efeito colateral da passagem de Bolsonaro por Brasília foi o renascimento do cinema engajado, que marcou o ano com produções de temáticas sociais com denúncias de racismo, violência policial, misoginia, transfobia, descaso com a saúde pública e extermínio indígena, que refletem o aumento da preocupação com essas questões durante o governo finado. Mas nem por isso o cinema nacional perdeu o romantismo e a imaginação exacerbada, como pode ser verificado na seleção abaixo, que aponta os melhores títulos do ano. Confira os 10 melhores filmes brasileiros lançados em 2022, organizados por ordem alfabética e com indicações de onde assistir (se disponíveis em streaming). | A MÃE | O drama de Cristiano Burlan (“Mataram o Meu Irmão”) rendeu um novo troféu para a premiada Marcélia Cartaxo (“Pacarrete”), como Melhor Atriz no Festival de Gramado deste ano. Ela vive Maria, migrante nordestina e vendedora ambulante em busca de seu filho, supostamente assassinado por policiais militares durante uma ação na vila onde mora. Numa jornada para descobrir o paradeiro do jovem desaparecido, ela enfrenta diversas adversidades, mas não consegue nenhuma notícia que a ajude a encontrá-lo. Essa tragédia deixa uma ferida profunda na sua personalidade. Burlan também venceu o Kikito de Melhor Direção pelo filme em Gramado, colocando nas telas a discussão cada vez mais necessária sobre a violência policial no país. | CARRO REI | GLOBOPLAY, VOD* Vencedor do último festival de Gramado, o filme de Renata Pinheiro combina fantasia e realismo para contar a história de Uno (o novato Luciano Pedro Jr), que tem esse nome em referência ao carro em que nasceu, a caminho da maternidade. O automóvel é considerado como um melhor amigo pelo jovem, e quando uma nova lei proíbe a circulação de carros antigos, Uno busca uma solução com seu tio, um mecânico com ideias mirabolantes, vivido por Matheus Nachtergaele (“Trinta”). Juntos, os dois transformam o antigo automóvel num carro novo, o Carro Rei, tão avançado que interage com humanos, comunicando-se e demonstrando sentimentos, além de fazer seus próprios planos. Além de levar o Kikito de Melhor Filme, “Carro Rei” também foi contemplado em Gramado com as estatuetas de Melhor Trilha Musical (DJ Dolores), Melhor Direção de Arte (Karen Araujo), Melhor Desenho de Som (Guile Martins) e um Prêmio Especial do Júri para Matheus Nachtergaele. | CARVÃO | A estreia da diretora Carolina Markowicz se passa numa pequena cidade do interior, onde uma família recebe uma proposta rendosa, mas também perigosa: hospedar um estrangeiro (o argentino César Bordón, de “Relatos Selvagens”) em sua casa. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar. Porém, nenhum dos familiares, e muito menos o próprio hóspede, vê suas expectativas cumpridas. Todos tem conflitos e a hipocrisia logo é questionada. Foi vencedor de três troféus no Festival do Rio, incluindo Melhor Roteiro (Markowicz) e Atriz Coadjuvante (Aline Marta Maia, de “Casa de Antiguidades”). O elenco ainda inclui Rômulo Braga (“Natureza Morta”), Maeve Jinkings (“Aquarius”) e Camila Márdila (“Que Horas Ela Volta?”). | EDUARDO E MONICA | GLOBOPLAY, VOD* O casal que ficou conhecido pela música cantada por Renato Russo em 1986 é vivido por Gabriel Leone (“Dom”) e Alice Braga (“A Rainha do Sul”), um par tão diferente que jamais poderia dar certo. Ao mesmo tempo em que romantiza as diferenças entre eles, o filme também mostra que a realidade é dura para os românticos incorrigíveis. Premiado como Melhor Filme Internacional no Festival de Edmonton, no Canadá, o romance moderno tem direção de René Sampaio, que já tinha levado outra música da Legião Urbana para o cinema, “Faroeste Caboclo” (2013). Por sinal, o elenco coadjuvante inclui um integrante da adaptação anterior, Fabricio Boliveira – além de Victor Lamoglia (“Socorro! Virei uma Garota”), Otávio Augusto (“Hebe”), Bruna Spinola (“Impuros”) e Ivan Mendes (“Me Chama de Bruna”). | MARTE UM | O filme escolhido para representar o Brasil no Oscar não conseguiu indicação. Mas encantou a crítica dos EUA, atingindo 100% de aprovação no Rotten Tomatoes ao ser exibido no Festival de Sundance. Também foi consagrado no Festival de Gramado deste ano, onde venceu os prêmios do Público, Especial do Júri, Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora. Dirigido por Gabriel Martins (“Temporada”), o filme acompanha uma família de periferia que tenta viver seus sonhos. Enquanto a mãe comemora mais trabalhos de faxina, o filho mais novo revela seu desejo de deixar de jogar futebol para virar astrofísico e ir à Marte. Rejane Faria (“Segunda Chamada”) e Carlos Francisco (“Bacurau”) vivem os pais. | MEDIDA PROVISÓRIA | GLOBOPLAY, VOD* A estreia de Lázaro Ramos é uma trama distópica passada num futuro não muito distante, em que uma nova lei do governo federal de direita manda deportar todos os brasileiros de “melanina acentuada” para o continente africano. Com a desculpa de se tratar de uma reparação histórica, a iniciativa também visa acabar de vez com o racismo no Brasil, deixando o país só com brancos. Aplaudido pela crítica mundial, o filme foi comparado a “Corra!” e “The Handmaid’s Tale” nos EUA, atingindo 92% de aprovação no site americano Rotten Tomatoes. Mas apesar de exibido e premiado em festivais internacionais desde 2020, levou dois anos para chegar ao Brasil por enfrentar dificuldades envolvendo a Ancine, a Agência Nacional do Cinema – problema semelhante ao que também atrasou “Marighella”, de Wagner Moura, outro filme politizado com protagonista negro. Atacado por bolsonaristas, acabou tendo sua mensagem reforçada. O elenco destaca Alfred Enoch (“How to Get Away with Murder”), Seu Jorge (“Marighella”), Taís Araújo (“O Roubo da Taça”), Mariana Xavier (“Minha Mãe É uma Peça”), Adriana Esteves (“Benzinho”), Luís Miranda (“Crô em Família”), Renata Sorrah (“Árido Movie”), Jéssica Ellen (“Três Verões”) e o rapper Emicida. | PALOMA | GLOBOPLAY O novo filme de Marcelo Gomes (“Joaquim”) destaca uma performance consagradora de Kika Sena, que se tornou a primeira artista trans a receber o Troféu Redentor de Melhor Atriz no Festival do Rio. Ela dá vida à personagem-título, uma mulher trans que vive com seu amor e trabalha como agricultora no sertão de Pernambuco. Paloma dá duro numa plantação de mamão para guardar dinheiro e realizar um sonho: casar-se na Igreja com o homem que ama, de véu e grinalda. Mas a recusa do padre em aceitar seu pedido a obriga a enfrentar a sociedade rural e sofrer violência, traição, preconceito e injustiça. “Paloma” também venceu o troféu Redentor de Melhor Filme no Festival do Rio deste ano e foi premiado no Festival de Chicago, nos EUA. | PACIFICADO | VOD* Coprodução entre Brasil e EUA rodada no Rio de Janeiro, o drama de favela venceu o troféu Concha de Ouro como Melhor Filme do prestigioso Festival de Cinema de San Sebastián, na Espanha. O longa acompanha a história de uma garota de 13 anos (Cassia Gil) que tenta se reconectar com o pai (Bukassa Kabengele), libertado da prisão no momento turbulento das Olimpíadas do Rio. Enquanto a polícia “pacificadora” batalha para ocupar as favelas ao redor da cidade, a família (que inclui a mãe vivida por Débora Nascimento) precisa navegar entre as forças que ameaçam suas esperanças para o futuro, conforme o pai considera retomar seu lugar no tráfico, atualmente ocupado por um jovem (José Loreto). Além de Melhor Filme, “Pacificado” venceu mais dois troféus no festival espanhol. Bukassa Kabengele, congolês naturalizado brasileiro, foi premiado como Melhor Ator. Ele é conhecido da TV brasileira por atuações em séries como “Carcereiros”, “Os Dias Eram Assim” e até “Malhação”. O outro prêmio foi para Laura Merians Gonçalves, Melhor Direção de Fotografia por seu primeiro longa-metragem, após uma carreira de curtas, séries e clipes de pop islandês (Bjork, Sigur Ros). | OS PRIMEIROS SOLDADOS | VOD* Premiado no Festival de Tiradentes, o drama de Rodrigo de Oliveira (“Todos os Paulos do Mundo”) chegou simultaneamente no cinema e nas plataformas digitais para compensar a péssima distribuição que recebeu no circuito. A trama se passa em 1983 durante o começo da epidemia da Aids e acompanha um jovem biólogo, uma transexual e um videomaker, que tentam sobreviver à doença em meio ao desespero da falta de informação e do futuro incerto. Os papéis principais são vividos por Johnny Massaro (“Verdades Secretas”), Renata Carvalho (“Pico da Neblina”) e Victor Camilo (“A Mata Negra”). E tem algumas curiosidades: Carvalho viveu uma década como agente de prevenção de DSTs, trabalhando com travestis e transexuais na prostituição e Massaro se assumiu gay durante as filmagens. | O TERRITÓRIO | O documentário que venceu o Prêmio do Público e um Prêmio Especial do Júri na competição internacional do Festival de Sundance deste ano é uma coprodução brasileira e americana (do cineasta Darren Aronofsky, de “Noé”), dirigida pelo americano Alex Pritz, que retrata a luta do povo Uru-Eu-Wau-Wau contra agricultores e mineradores incentivados a invadir sua terra, uma área protegida na floresta amazônica, pela retórica de Jair Bolsonaro. Elogiadíssimo pela crítica estrangeira, o filme tem 97% de aprovação no site Rotten Tomatoes e está sendo considerado um dos melhores documentários da década. Adquirido pela National Geographic, é finalista do Oscar e forte candidato às premiações internacionais de 2023. * Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Google Play, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras, que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.
“Pantera Negra 2” estreia em mais de 2 mil telas no Brasil
A esperada continuação de “Pantera Negra” (2018) chega aos cinemas nesta quinta (10/11) com uma distribuição digna de blockbuster. O filme vai ocupar mais de 2,1 mil salas, superando “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” num monopólio raro de se ver no país. Para se ter noção, “Adão Negro” abriu em menos da metade desse circuito no mês passado. Apesar desse domínio, a programação cinematográfica ainda recebe outros sete filmes, cinco deles brasileiros, incluindo os premiados “Paloma” e “A Mãe”. Confira abaixo a lista completa das estreias da semana. | PANTERA NEGRA: WAKANDA PARA SEMPRE | A continuação de “Pantera Negra” é um grande tributo ao ator Chadwick Boseman, o intérprete do herói do título, que morreu de câncer em 2020. Os temas do luto e sua superação dominam a narrativa, embora o diretor Ryan Coogler também aproveite para expandir o MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) para novas fronteiras com a ameaça de uma invasão à Wakanda comandada por Namor, o Príncipe Submarino. Seu surgimento também introduz duas novas heroínas: a Pantera Negra e a Coração de Ferro. Apesar disso, o filme perde força sem seu protagonista original. A dificuldade de se desvencilhar dessa ausência prejudica o desenvolvimento da trama, que não repete o impacto do longa anterior. O elenco conta com os retornos de Letitia Wright, Winston Duke, Angela Bassett, Lupita Nyong’o, Danai Gurira, Martin Freeman e Florence Kasumba (mas não Daniel Kaluuya, devido ao conflito com as filmagens de “Não! Não Olhe”), e apresenta Dominique Thorne (“Judas e o Messias Negro”) como Riri Williams, a Coração de Ferro, que terá sua própria série na Disney+ em 2023, além do mexicano Tenoch Huerta (“Uma Noite de Crime: A Fronteira”) no papel de Namor. | ARMAGEDDON TIME | O drama semi-autobiográfico, baseado na infância do diretor James Gray (“Ad Astra”), passa-se nos anos 1980 nos EUA, mas reflete muitos fatos que têm sido acompanhados com espanto nos telejornais do Brasil atual. A trama mostra como um menino branco é empurrado para o racismo por sua mãe, escola de elite e colegas, enquanto seu avô tenta ensinar ao jovem que sua família judia também sofreu esse tipo de ataque… de nazistas. O elenco excepcional é formado por Anthony Hopkins (“Meu Pai”) como o avô, Jeremy Strong (“Succession”) e Anne Hathaway (“Convenção das Bruxas”) como os pais, Jessica Chastain (“Os Olhos de Tammy Faye”) como a diretora da escola e o menino Banks Repeta (“O Telefone Preto”) como o jovem protagonista. O filme tem coprodução da RT Features, empresa do produtor brasileiro Rodrigo Teixeira – que também produziu a sci-fi “Ad Astra”, filme anterior de Gray – , e após passar no circuito dos grandes festivais internacionais atingiu 75% de aprovação da crítica no portal Rotten Tomatoes. | PALOMA | O novo filme de Marcelo Gomes (“Joaquim”) destaca uma performance consagradora de Kika Sena, que se tornou a primeira artista trans a receber o Troféu Redentor de Melhor Atriz no Festival do Rio. Ela dá vida à personagem-título, uma mulher trans que vive com seu amor e trabalha como agricultora no sertão de Pernambuco. Ela dá duro numa plantação de mamão para guardar dinheiro e realizar um sonho: casar-se na Igreja com o homem que ama, de véu e grinalda. Mas a recusa do padre em aceitar seu pedido a obriga a enfrentar a sociedade rural e sofrer violência, traição, preconceito e injustiça. “Paloma” também venceu o troféu Redentor de Melhor Filme no Festival do Rio deste ano e foi premiado no Festival de Chicago, nos EUA. | A MÃE | O drama de Cristiano Burlan (“Mataram o Meu Irmão”) rendeu um novo troféu para a premiada Marcélia Cartaxo (“Pacarrete”), como Melhor Atriz no Festival de Gramado deste ano. Ela vive Maria, migrante nordestina e vendedora ambulante em busca de seu filho, supostamente assassinado por policiais militares durante uma ação na vila onde mora. Numa jornada para descobrir o paradeiro do jovem desaparecido, ela enfrenta diversas adversidades, mas não consegue nenhuma notícia que a ajude a encontrá-lo. Essa tragédia deixa uma ferida profunda na sua personalidade. Burlan também venceu o Kikito de Melhor Direção pelo filme em Gramado, colocando nas telas a discussão cada vez mais necessária sobre a violência policial no país. | ALDEOTAS | O ator Gero Camilo (“Manhãs de Setembro”) dirige e estrela a adaptação de sua própria peça sobre dois amigos que se separam aos 17 anos em meio aos conflitos da adolescência turbulenta numa cidade pequena e conservadora do interior do Brasil. Levi, poeta, cansado de sofrer abusos, leva adiante o plano de fugir pra uma cidade grande mais liberal. Mas Elias, oprimido pela violência do seu pai, desiste de partir em cima da hora. Aos 50 anos, Levi (Camilo) volta para reencontrar o amigo (Marat Descartes) no dia de seu funeral onde as memórias dos dois são revividas antes do último adeus. Em cartaz por mais de uma década, e vencedora dos prêmios Shell e Qualidade Brasil, a peça chega ao cinema num formato bastante teatral, com economia cenográfica, dando a Gero Camilo um palco para enquadrar em sua estreia como cineasta. | CONTRATEMPOS | O drama francês acompanha uma mulher que luta para criar seus dois filhos sozinha no subúrbio e manter seu emprego em Paris. Quando finalmente consegue uma entrevista para um cargo correspondente às suas aspirações, uma greve geral eclode, paralisando o transporte. Em desespero, ela embarca em uma corrida frenética para chegar a tempo em seu emprego de arrumadeira num hotel, cumprir o horário da entrevista do novo trabalho e ainda atender às necessidades de sua família. Pelo filme, o cineasta Eric Gravel (da série “Versailles”) venceu o troféu de Melhor Diretor e Laure Calamy (“Minhas Férias com Patrick”) de Melhor Atriz na mostra Horizontes do Festival de Veneza deste ano. | EU, UM OUTRO | Em seu primeiro longa documental, a diretora Silvia Godinho (“Mostra Tua Cara”) acompanha a jornada de Luca, que nasceu como mulher biológica. Luca deixou sua cidade natal há 12 anos, mas agora finalmente decidiu procurar Ana, seu primeiro amor, que o rapaz não via desde que era uma menina. No meio do caminho, ele cruza o caminho com outros dois homens trans: Raul, um estudante de filosofia que quer ser professor, e Thalles, um segurança que odeia seu trabalho e enfrenta burocracia e preconceito para registrar seu nome masculino. O que todos eles têm em comum é a urgência de viver uma vida que acabou de começar. | ARTHUR MOREIRA LIMA – UM PIANO PARA TODOS | Um documentário sobre o mais premiado pianista brasileiro, que além de ter construído uma sólida carreira internacional, tocando com as mais importantes orquestras do planeta, também se dedicou a um gigantesco projeto de democratização da música de concerto: saiu pelo Brasil a bordo de um caminhão-teatro, se apresentando em praça pública por mais de 600 cidades pelo interior de todo o país. A direção é de Marcelo Mazuras.
Conheça os filmes que disputam a vaga do Brasil no Oscar 2023
A Academia Brasileira de Cinema inovou neste ano na definição do candidato que vai representar o Brasil na busca por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar. O comitê responsável pela seleção anunciou nesta terça (30/8) uma lista com seis candidatos pré-selecionados, após uma primeira avaliação dos filmes inscritos. Um deles será o representante brasileiro no Oscar. Os escolhidos foram “A Mãe”, de Cristiano Burlan, “A Viagem de Pedro”, de Laís Bodansky, “Carvão”, de Carolina Markowicz, “Marte Um”, de Gabriel Martins, “Pacificado”, de Paxton Winters, e “Paloma”, de Marcelo Gomes. Apenas dois destes longas tiveram lançamento comercial: “Marte Um” e “Pacificado”, que é dirigido por um americano. “A Viagem de Pedro” estreia já nesta quinta (1/9). Mas os demais ainda não tem previsão. “Carvão” e “Paloma”, inclusive, terão première no Festival do Rio. Curiosamente, a lista não incluiu “Regra 34”, de Júlia Murat, vencedor do Leopardo de Ouro do Festival de Locarno, na Suíça, nem “Medusa”, de Anita Rocha da Silveira, premiado no Festival de San Sebastián, na Espanha, e vencedor do Festival do Rio do ano passado. “A Mãe” vendeu o Prêmio do Júri do Festival de Gramado, realizado no início do mês, enquanto “Marte Um” levou o Prêmio do Júri Popular no festival gaúcho. Exibido no Festival de Sundance, nos EUA, “Marte Um” também encantou a crítica dos EUA, atingindo 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. “A Viagem de Pedro”, em que Cauã Reymond vive Dom Pedro I, rendeu o prêmio de Melhor Direção para Laís Bodanzky no Festival do Rio do ano passado. “Carvão” foi selecionado para exibição no Festival de Toronto, importante vitrine para o Oscar. “Paloma” está na seleção internacional do Festival de Munique. E “Pacificado” é uma coprodução dos EUA, que traz o cineasta Darren Aronofsky como produtor e venceu a Concha de Ouro do Festival de San Sebastián. A comissão que irá definir o representante nacional é formada por 25 profissionais do mercado audiovisual nacional, dentre cineastas, atores, produtores e críticos. Os integrantes são Aly Muritiba (diretor), André Pellenz (diretor), Ariadne Mazzetti (produtora), Barbara Cariry (produtora), Cavi Borges (diretor), Cibele Amaral (diretora), David França Mendes (diretor), Eduardo Ades (diretor), Guilherme Fiuza (produtor), Hsu Chein (diretor), Irina Neves (produtora), Jeferson De (diretor), João Daniel Tikhomiroff (diretor), João Federici (curador), José Geraldo Couto (crítico), Juliana Sakae (documentarista), Marcelo Serrado (ator), Marcio Fraccaroli (executivo), Maria Ceiça (atriz), Patricia Pillar (atriz), Petra Costa (diretora), Renata Almeida (produtora de eventos), Talize Sayegh (diretora), Waldemar Dalenogare Neto (pesquisador) e Zelito Viana (diretor). O filme selecionado será revelado na próxima segunda-feira (5/9). Depois disso, o escolhido vai disputar uma nova peneira numa comissão da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA. Os 15 títulos pré-selecionados, entre candidatos de todo o mundo para a categoria de Melhor Filme Internacional, serão divulgados em 21 de dezembro. Esta relação sofrerá um novo corte para chegar aos cinco indicados finais em 24 de janeiro de 2023. Finalmente, o vencedor será conhecido em 12 de março de 2023, no palco do Dolby Theatre, em Los Angeles.
Filme sobre violência na Amazônia, “Noites Alienígenas” vence Festival de Gramado
O Festival de Cinema de Gramado consagrou “Noites Alienígenas” como vencedor de sua 50ª edição, em cerimônia que aconteceu na noite de sábado (20/8) na serra gaúcha. O longa de Sérgio de Carvalho venceu seis Kikitos, incluindo Melhor Filme e três troféus de atuação, divididos entre Gabriel Knoxx (Melhor Ator), Chico Diaz (Melhor Ator Coadjuvante) e Joana Gatis (Melhor Atriz Coadjuvante), além de uma Menção Honrosa para Adanilo Reis. Premiado também pela crítica, a coleção de Kikitos foi um grande reconhecimento à primeira produção do Acre exibida no festival, em seus 50 anos de existência. Com tema bastante atual e relevante, o filme aborda o impacto da chegada das facções criminosas do sudeste do Brasil na Amazônia, ameaçando a vida local. Já o troféus de Melhor Direção e Atriz ficaram com “A Mãe” e sua intérprete, Marcélia Cartaxo. O drama de Cristiano Burlan acompanha uma mãe solo da periferia de São Paulo que, ao voltar para casa à noite e não encontrar seu filho adolescente, inicia uma busca que ameaça a tranquilidade dos traficantes locais. O Prêmio do Público ficou com “Marte Um”, que além disso venceu um Prêmio Especial do Júri e os Kikitos de Melhor Roteiro e Trilha Sonora. O filme de Gabriel Martins acompanha uma família de periferia que tenta viver seus sonhos num país que acaba de eleger como presidente um homem que representa o contrário de tudo que eles são. O júri do festival ainda reconheceu a qualidade técnica de Tinnitus, de Rui Poças, premiado nas categorias de Fotografia, Montagem e Direção de Arte. A produção narra a história de uma atleta de Saltos Ornamentais que sofre uma crise de tinnitus (zumbido no ouvido) e cai do trampolim. Afastada do esporte, ela troca os saltos por uma pacata vida num aquário, onde trabalha fantasiada de sereia. Os quatro filmes não deram espaço para “A Porta ao Lado”, de Julia Rezende, “O Clube dos Anjos”, de Angelo Defanti, e “O Pastor e o Guerrilheiro”, de José Eduardo Belmonte, que saíram do evento apenas com o certificado de participação. A 50ª edição do evento também inovou com sua primeira competição entre documentários, que premiou “Um Par para Chamar de Meu”, de Kelly Cristina Spinelli. O filme discute temas como solidão e sexualidade na terceira idade, ao mostrar mulheres que pagam para ter um par e continuar dançando em bailes e festas. Uma dessas mulheres é a mãe da diretora. Na competição estrangeira, o destaque foi “9”, coprodução do Uruguai e Argentina dirigida pela dupla Martín Barrenechea e Nicolás Branca. O 9 do título se refere à numeração da camisa de um jogador de futebol de sucesso, que sofre assédio da mídia e a pressão de seu entorno, e procura escapar do inferno em que sua vida se transformou. Venceu os Kikitos de Melhor Longa e Ator Estrangeiro (Enzo Vogrincic). Considerado um grande sucesso, a volta do festival ao seu formato presencial fez a ocupação dos hotéis de Gramado chegar a 90%, conforme o sindicato do setor. Mais de 300 mil pessoas passaram pela cidade durante o evento, de acordo com autoridades. Além das sessões de cinema, o evento foi marcado por homenagens ao diretor Joel Zito Araújo, vencedor do Festival de Gramado de 2004 com “Filhas do Vento”, que recebeu o Troféu Eduardo Abelin, à atriz gaúcha Araci Esteves, vencedora do Festival de Brasília de 1997 por “Anahy de las Misiones”, agraciada com o Troféu Cidade de Gramado, e ao astro Marcos Palmeira, atualmente no ar na novela “Pantanal”. Ele recebeu o Troféu Oscarito por sua carreira, após ter conquistado dois Kikitos no festival gaúcho por seus desempenhos em “Barrela: Escola de Crimes” (1990) e “Dedé Mamata” (1988). Confira abaixo um vídeo do Canal Brasil sobre o grande vencedor e a lista dos premiados do Festival de Cinema de Gramado de 2022. LONGAS BRASILEIROS Melhor Longa (Júri do Festival): “Noites Alienígenas”, de Sérgio de Carvalho Melhor Longa (Júri da Crítica): “Noites Alienígenas”, de Sérgio de Carvalho Melhor Direção: Cristiano Burlan, “A Mãe” Melhor Longa (Júri Popular): “Marte Um”, de Gabriel Martins Melhor Ator: Gabriel Knoxx, “Noites Alienígenas” Melhor Atriz: Marcélia Cartaxo, “A Mãe” Menção Honrosa: Adanilo Reis, “Noites Alienígenas” Prêmio Especial: “Marte Um”, de Gabriel Martins Melhor Ator Coadjuvante: Chico Diaz, “Noites Alienígenas” Melhor Atriz Coadjuvante: Joana Gatis, “Noites Alienígenas” Melhor Fotografia: Rui Poças, “Tinnitus” Melhor Roteiro: Gabriel Martins, “Marte Um” Melhor Montagem: Eduardo Serrano, “Tinnitus” Melhor Direção de Arte: Carol Ozzi, “Tinnitus” Melhor Trilha Musical: Daniel Simitan, “Marte Um” Melhor Desenho de Som: Ricardo Zollmer, “A Mãe” Melhor Documentário: “Um Par para Chamar de Meu”, de Kelly Cristina Spinelli Menção Honrosa para Documentário: “Elton Medeiros: O Sol Nascerá” LONGAS ESTRANGEIROS Melhor Longa (Júri do Festival): “9”, de Martín Barrenechea e Nicolás Branca Melhor Longa (Júri da Crítica): “9”, de Martín Barrenechea e Nicolás Branca Melhor Direção: Néstor Mazzini, “Cuando Oscurece” Melhor Longa (Júri Popular): “La Pampa”, de Dorian Fernández Moris Prêmio Especial: Direção de Arte de Jeff Calmet, “La Pampa” Melhor Ator: Enzo Vogrincic, “9” Melhor Atriz: Anajosé Aldrete, “El Camino Del Sol” Melhor Fotografia: Sergio Armstrong, “Inmersión” Melhor Roteiro: Agustin Toscano, Moisés Sepúlveda e Nicolás Postiglione, “Inmersión” LONGAS GAÚCHOS Melhor Direção: Bruno Gularte Barreto, “5 Casas” Menção Honrosa: Clemente Viscaíno, Por “Despedida”, e Filme “Campo Grande É o Céu” Melhor Longa (Júri Popular): “5 Casas”, de Bruno Gularte Barreto Melhor Ator: Hugo Noguera, “Casa Vazia” Melhor Atriz: Anaís Grala Wegner, “Despedida” Melhor Fotografia: Ivo Lopes Araújo, “Casa Vazia” Melhor Roteiro: Giovani Borba, “Casa Vazia” Melhor Montagem: Vicente Moreno, “5 Casas” Melhor Direção de Arte: Gabriela Burk, “Despedida” Melhor Trilha Musical: Renan Franzen, “Casa Vazia” Melhor Desenho de Som: Marcos Lopes e Tiago Bello, “Casa Vazia” CURTAS BRASILEIROS Melhor Curta (Júri do Festival): “Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelli Melhor Curta (Júri da Crítica): “Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelli Melhor Direção: Leonardo Martinelli, “Fantasma Neon” Melhor Curta (Júri Popular): “Elemento Tinta”, de Luiz Maudonnet e Iuri Sales Prêmio Canal Brasil: “Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelli Menção Honrosa: “Imã de Geladeira”, de Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo Prêmio Especial: “Serrão”, de Marcelo Lin Melhor Ator: Dennis Pinheiro, “Fantasma Neon” Melhor Atriz: Jéssica Ellen, “Último Domingo” Melhor Fotografia: Fernando Macedo, “Último Domingo” Melhor Roteiro: Fernando Domingos, “O Pato” Melhor Montagem: Danilo Arenas e Luiz Maudonnet, “O Elemento Tinta” Melhor Direção de Arte: Joana Claude, “Último Domingo” Melhor Trilha Musical: ‘Nhanderekoa Ka´Aguy Porã’, de Coral Araí Ovy e Conjunto Musical La Digna Rabia, “Um Tempo Pra Mim” Melhor Desenho de Som: Alexandre Rogoski, “O Fim da Imagem”








