Trump admite avaliar perdão a Diddy em meio a julgamento
Sean “Diddy” Combs pode escapar da prisão perpétua caso seja condenado por tráfico sexual e outros crimes federais nos Estados Unidos, já que o presidente Donald Trump sinalizou publicamente a possibilidade de conceder um perdão presidencial ao rapper. Trump afirmou nesta sexta-feira (30/5) que poderia intervir caso considere que houve algum tipo de injustiça: “Certamente analisaria os fatos se eu achasse que alguém foi maltratado, gostando de mim ou não”, disse o presidente, em resposta a uma pergunta sobre um possível perdão a Diddy. “Isso não teria impacto sobre mim”, acrescentou.
Segundo Trump, até o momento ninguém pediu oficialmente o perdão para Diddy, mas há expectativa de que isso aconteça: “Sei que as pessoas estão pensando nisso. Acho que chegaram bem perto de pedir”, disse, reconhecendo rumores sobre contatos entre aliados de Combs e sua equipe.
Testemunhos relatam abusos e crimes durante o julgamento
Enquanto Trump falava à imprensa na Casa Branca, Diddy acompanhava seu julgamento em Nova York, iniciado em 12 de maio, onde responde a acusações de associação criminosa, tráfico sexual, promoção de prostituição e outros crimes. No tribunal federal de Manhattan, a ex-assistente pessoal do artista, identificada como “Mia”, relatou ter sido estuprada diversas vezes por Combs. Ela também testemunhou ter presenciado agressões, abusos e manipulações cometidas contra Cassie Ventura, ex-namorada do músico, ao longo de uma década, incluindo sessões de violência e gravações forçadas em festas sexuais, apelidadas de “freak-offs”.
As acusações fazem parte de um processo conduzido pelo Departamento de Justiça do Distrito Sul de Nova York, considerado um dos mais rigorosos do país.
O que Trump pode decidir antes mesmo do veredito?
O presidente destacou que, sob os poderes constitucionais do cargo, pode conceder perdão presidencial mesmo antes da sentença final do júri, dispensando uma condenação formal. “O presidente pode emitir um perdão preventivo e acabar com tudo imediatamente”, comentou Trump, lembrando o precedente de outros perdões concedidos a aliados, como os reality stars Todd e Julie Chrisley.
O julgamento deve durar cerca de quatro semanas, com sessões diárias entre 9h e 15h (horário da Costa Leste), e o juiz Arun Subramanian prometeu ao júri que os trabalhos terminam até 4 de julho, data em que tradicionalmente são anunciados indultos presidenciais.