Pela primeira vez na história, a Globo fechou um acordo para administrar a carreira de todos os integrantes do grupo Pipoca do “BBB 24”. A iniciativa da emissora é uma forma de entrar no mercado de influenciadores e bater de frente com a agência Mynd, que faturou uma bela grana com a exposição dos brothers de edições anteriores.
A novidade veio da percepção da Globo de que estava transformando anônimos em celebridades, porém não se beneficiava com os lucros publicitários dos novos talentos, principalmente se tratando de nomes que chegam próximo ou na final do “BBB”.
A Globo ficará responsável pelos projetos comerciais de cada um dos participantes, que já trocaram a biografia das redes sociais para adicionar o e-mail personalizado do departamento comercial da empresa – com final _comercial@g.globo. Vale destacar que o modelo contratual não vale para os famosos do grupo Camarote.
As cláusulas da parceria com os participantes são sigilosas e assinadas antes de entrar no reality, mas não há garantia de que todos os atuais agenciados permaneçam no elenco digital da Globo após o término da atual temporada.
A decisão previamente fechada com os anônimos evita que seus representantes legais preencham contrato com outra empresa diante das chances de vencer o programa, como aconteceu com os participantes do “BBB 21”, João, Gil do Vigor e Thais, que assinaram com a Mynd ainda dentro da casa.
A Globo ainda não se manifestou sobre o modelo de contrato com os Pipocas.
Máfia de agenciados?
Há cinco anos, a Mynd se consolidou como uma referência em marketing de influência. A agência tem como sócios a cantora Preta Gil, a jornalista Fátima Pissarra e o publicitário Carlos Scappini.
A empresa possui um elenco de mais de 400 influenciadores que abrange destaques do “BBB”, atletas, executivos de grandes empresas, políticos e estrelas do pop nacional como Luísa Sonza e Pabllo Vittar, além de comercializar perfis de fofoca, inclusive alguns que foram acusadas de propagar fake news nas redes sociais.