Faustão aborda saúde, polêmicas e futuro em primeira entrevista pós-transplante

Fausto Silva abriu as portas de sua casa em São Paulo para uma entrevista exclusiva com a jornalista Fabíola Reipert, exibida na noite de domingo (8/10) no programa “Domingo Espetacular”. A ocasião […]

Divulgação/Record TV

Fausto Silva abriu as portas de sua casa em São Paulo para uma entrevista exclusiva com a jornalista Fabíola Reipert, exibida na noite de domingo (8/10) no programa “Domingo Espetacular”. A ocasião foi uma homenagem inserida na comemoração dos 70 anos da Record TV, onde Faustão começou sua carreira. Mas o transplante recente do apresentador acabou dominando a pauta, já que foi a primeira entrevista de Faustão desde a cirurgia, que ocorreu em 27 de agosto.

O transplante

Na entrevista, ele revelou que já tinha conhecimento de que precisaria passar por uma cirurgia cardíaca, mas não imaginava que seria um transplante. “Eu já sabia que um dia eu teria que fazer uma cirurgia de coração, só não sabia que era transplante. O que dá pra fazer? Um cara que nunca fumou, nunca bebeu, nunca usou droga… Era questão de genética que eu fui descobrir pela vida, talvez pelo lado do meu avô paterno, que faleceu aos 40 anos de idade. Mas enfim, tive que enfrentar”, declarou Faustão.

O apresentador foi internado após retornar de uma viagem aos Estados Unidos. “Fiz os exames, vi que estava tudo arrebentado, fiquei no hospital. Naquele fim de semana, fizemos uns 200 exames. Aí falaram: ‘Ó, chegou a hora'”, contou. Ele destacou que a rapidez com que recebeu um novo coração se deveu ao seu tipo sanguíneo, B, menos comum na população. “Eram só três pessoas na minha frente na fila”, ressaltou.

Faustão admitiu que chegou a pensar que não sobreviveria ao procedimento. “A partir desse momento, eu já tinha resolvido minha vida, conversado com os meus filhos. Eu tenho muita fé, mas eu sou pragmático. Não adianta todo mundo falar que vai dar certo, você tem que rezar e esperar o melhor”, afirmou.

O apresentador também falou sobre o período pós-cirúrgico, que inclui sessões de fisioterapia em casa. “A cirurgia foi o de menos, instalou o coração e já começou a funcionar. O problema são as outras coisinhas. Pele seca, ficar 45 dias na cama do hospital, a musculatura, precisa de reabilitação, muito disciplina. É só isso”, detalhou.

Polêmica da fila de transplantes

A entrevista também abordou as especulações de que Faustão teria furado a fila de transplantes por ser uma personalidade pública. “A gente sabe que a internet abriu espaço para todos os imbecis do mundo. Tem que conviver com esse mundo. Quem pensa o mal é sempre gente do mal. Não adianta tentar mudar. Até que ele se arrebenta no mal. Tem cara que só pensa no podre, e esse tipo tem em todo lugar”, alfinetou.

Ele garantiu que não guarda mágoa dos comentários negativos. “Trabalhei 60 anos, passei por um transplante, você acha que um cara com um mínimo de caráter vai guardar rancor? Não cabe mais isso. Como não cabe mais ficar discutindo, isso já apaguei. A vida passa muito rápido, você tem que estar preparado para ter essa consciência.”

Planos para o futuro

Sobre o futuro, Faustão, que recentemente manifestou interesse em se dedicar ao YouTube, foi cauteloso. “Nunca falo não, jamais, mas vamos ver. Eu tô muito focado na saúde, primeiro tenho que focar nisso aí. No ano que vem, vamos ver… Tô bem até demais, pra quem saiu do transplante faz um mês… Mas tem que fazer fisioterapia no sentido de recuperar musculatura, força muscular, é uma reabilitação”, concluiu.