A polícia de Londres revelou nesta segunda-feira (18/9) ter recebido uma nova denúncia de agressão sexual contra Russell Brand, após revelações da imprensa no fim de semana sobre abusos cometidos pelo comediante. O caso teria ocorrido em 2003, de acordo com comunicado emitido pelas autoridades locais.
“No domingo, 17 de setembro, o Met recebeu uma denúncia de uma agressão sexual que teria ocorrido no Soho, no centro de Londres, em 2003. Os policiais estão em contato com a mulher e fornecerão apoio a ela”, disse um porta-voz da Polícia Metropolitana londrina (Met) ao diário britânico.
A nova alegação vem na esteira da denúncia de quatro mulheres que expuseram estupro, abusos e assédios do ator entre 2006 e 2013, época em que ele se tornou mais conhecido por filmes de Hollywood – em filmes como “Ressaca de Amor”, “Arthur, o Milionário Irresistível” e “Rock of Ages: O Filme” – e por ter se casado com a cantora americana Katy Perry. O casamento durou apenas 14 meses, entre outubro de 2010 e dezembro de 2011. Os depoimentos foram divulgados após uma investigação conjunta do The Times, Sunday Times e da emissora Channel 4.
A polícia acrescentou que continua a encorajar qualquer pessoa que acredite ter sido vítima de um crime sexual a fazer contato.
Defesa de Russell Brand
Hoje em dia, Brand segue uma carreira bem diferente de sua era de ouro, tendo virado uma espécie de guru da direita na internet, divulgador de ioga, meditação, teorias de conspiração e ataques à imprensa.
Ao ser procurado pelos veículos na sexta (15/9) para comentar as acusações, Brand se antecipou e publicou um vídeo no Instagram, anunciando que viriam “acusações criminais muito graves” que ele negava totalmente.
“As relações que tive foram absolutamente sempre consensuais”, declarou Brand, que já foi tratado por vício em sexo. “Sempre fui transparente sobre isso, quase excessivamente transparente. E estou sendo transparente sobre isso agora”. O ator argumenta que a franqueza com que sempre tratou sua vida, especialmente sua juventude promíscua, está sendo “metastatizada em algo criminoso” e, fiel a seu estilo de propagador de conspirações, sugere que existe uma “agenda séria e concentrada” para silenciá-lo.
“Para mim, é claro, ou pelo menos sinto, que existe uma agenda séria e concentrada para controlar esses tipos de espaços e essas vozes”, disse, citando Joe Rogan, que também teria sido alvo de um ataque supostamente coordenado por conta de seu conteúdo ofensivo no Spotify.
Repercussão
Nos comentários das redes sociais do comediante, os seguidores afirmaram que não só duvidam das reportagens como “ninguém acredita na imprensa”. Para completar, Elon Musk defendeu Brand, dizendo que a imprensa “não gosta de competição”.
Já a agência artística de Brand, Tavistock Wood, anunciou no fim de semana que havia cortado relações com ele, dizendo em um comunicado que acreditava ter sido “terrivelmente enganada” quando ele negou uma acusação em 2020.
Veja abaixo trechos da investigação divulgada pelo grupo jornalístico Times.