Lizzo enfrenta novo processo por assédio, discriminação e ambiente de trabalho tóxico

A cantora Lizzo enfrenta novo processo por ambiente de trabalho “hostil e carregado sexual e racialmente”. Depois de ser processada por suas dançarinas por supostos abusos, a cantora foi acionada nesta quinta-feira […]

Instagram/Lizzo

A cantora Lizzo enfrenta novo processo por ambiente de trabalho “hostil e carregado sexual e racialmente”. Depois de ser processada por suas dançarinas por supostos abusos, a cantora foi acionada nesta quinta-feira (21/9) pela figurinista Asha Daniels, que trabalhou em sua turnê deste ano. A ação foi protocolada no Tribunal Superior de Los Angeles no mesmo dia em que Lizzo deveria receber um prêmio humanitário.

O processo envolve diversas partes, incluindo a cantora Melissa Jefferson, conhecida profissionalmente como Lizzo, sua empresa de produção Big Grrrl Big Touring, Inc. (BGBT), a gerente de figurinos Amanda Nomura e a gerente de turnê Carlina Gugliotta. Daniels alega assédio racial e sexual, discriminação por deficiência, demissão retaliatória ilegal e agressão, entre outras acusações.

Em resposta, o porta-voz de Lizzo, Stefan Friedman, declarou: “Enquanto Lizzo recebe um prêmio humanitário nesta noite da Black Music Action Coalition pelo incrível trabalho de caridade que fez para elevar todas as pessoas, um advogado oportunista tenta manchar essa honra recrutando alguém para apresentar um processo judicial absurdo e falso de relações públicas que, espere, nunca realmente conheceu ou mesmo falou com Lizzo. Daremos a isso toda a atenção que merece. Nenhuma.”

Este processo segue uma ação semelhante movida em agosto por três ex-dançarinas de turnê de Lizzo. Elas alegam que foram ridicularizadas por seus corpos, submetidas a uma audição “excruciante” para seus próprios empregos após serem acusadas de beber durante o trabalho, pressionadas a frequentar shows de sexo, assediadas sexualmente e mantidas sob “leve retenção” proibitiva.

 

Detalhes do processo

Segundo o processo atual, havia um grupo de chat com mais de 30 pessoas da equipe BGBT, que incluía a gerência da turnê de Lizzo e a autora da ação. Daniels alega que, quando a turnê de Lizzo chegou a Amsterdã, ela viu Nomura e outros supervisores “discutindo a contratação de profissionais do sexo para atos lascivos, assistindo a shows de sexo e comprando drogas pesadas”. Ela afirma que foi pressionada a participar e alega que Lizzo e sua equipe de gerenciamento estavam cientes da conduta.

O processo também detalha várias ocasiões em que Nomura teria feito declarações e/ou tomado ações físicas para ameaçar Daniels e toda a equipe. A figurinista ainda alega que foi obrigada por Nomura a trabalhar em seus dias de folga.

 

Consequências e danos

Daniels alega que sofreu “ansiedade constante e ataques de pânico durante a turnê devido aos ambientes racistas e sexualizados”. Ela diz que “continua a sofrer de ansiedade e TEPT contínuos após a turnê, sofre de enxaquecas, distorções oculares induzidas por enxaqueca, confusão mental e fadiga”. O processo busca indenizações não especificadas.