Tony Bennett, ícone do jazz romântico, morreu nesta sexta-feira (21/7) aos 96 anos. A informação foi confirmada por Sylvia Weiner, sua representante pessoal. O cantor completaria 97 anos no próximo dia 3 de agosto.
Sylvia não especificou a causa da morte, porém Bennett foi diagnosticado com Alzheimer em 2016. O artista fez sua última aparição em agosto do ano passado ao lado de Lady Gaga, na apresentação chamada de “One Last Time”.
Tony Bennett
Anthony Dominick Benedetto nasceu em Nova York, nos Estados Unidos, em 3 de agosto de 1926. Ele era filho de pais imigrantes italianos.
A carreira de Tony Bennett teve início ainda na juventude, mas foi interrompida para lutar nos meses finais da 2ª Guerra Mundial. Logo em seu começo, sua carreira ficou marcada por sua voz forte e cheia de personalidade, disputando o favoritismo do público com Frank Sinatra. Dentre as suas principais faixas, ele cantou “Because of You”, “Rags to Riches”, “The Good Life”, “Fly Me to the Moon” e “I Left My Heart in San Francisco”.
Durante a carreira, Bennett lançou mais de 70 álbuns e ganhou mais de 19 prêmios Grammy. Ele também fez duetos históricos com artistas clássicos e contemporâneos, entre eles Aretha Franklin, Elvis Costello, Amy Winehouse e Lady Gaga, além de parcerias com ícones latinos como Gloria Estefan, Thalía, e as brasileiras Maria Gadú e Ana Carolina.
Comprovando que sua influência se estendeu a gerações, o cantor também gravou dois “Acústico MTV”. Numa das ocasiões, ele foi além de evitar equipamentos elétricos, cantando até sem microfone em determinando momento, para espanto da plateia que conseguiu ouvir claramente sua voz potente mesmo sem auxílio do equipamento.
Seu último registro musical foi em 2021, , um novo dueto com a cantora Lady Gaga, chamado “I Get a Kick Out of Yout”. A artista apareceu visivelmente emocionada num vídeo registrado em estúdio. Esse foi o segundo projeto da dupla, que também havia gravado “Cheek to Cheek” em 2014.
Além da música, Bennetr também ficou conhecido por sua atuação política, com participação na marcha pelos direitos civis da população negra, que aconteceu de Selma a Montgomery em 1965, por exemplo. Ele ainda cantou para Nelson Mandela, John Kennedy e Bill Clinton, além de se apresentar no jubilei do 50º aniversário da Rainha Elizabeth II.