Demi Lovato revelou ao público detalhes sobre as consequências duradouras de sua overdose de 2018, que lhe causaram danos cerebrais e deficiências visuais e auditivas. A cantora, que recentemente completou 30 anos, falou abertamente sobre seus desafios de saúde em uma entrevista ao programa “Andy Cohen Live”.
“Bem, eu não mudaria meu caminho porque não me arrependo de nada. A coisa mais próxima da qual me arrependo é quando tive uma overdose. Gostaria que alguém tivesse me dito, primeiro, que eu era bonita, porque não acreditei. E em segundo lugar, que alguém tivesse me dito que se você apenas se acostumar com a sua dor, ela passa,” compartilhou a cantora.
Lovato também falou sobre as restrições que a lembram do que passou. “Fiquei com danos cerebrais e ainda lido com os efeitos disso hoje. Não dirijo um carro porque tenho pontos cegos na minha visão. E por um longo tempo tive muita dificuldade em ler. Foi um grande feito quando consegui ler um livro, o que ocorreu cerca de dois meses depois, porque minha visão estava muito embaçada.”
“Tenho deficiência visual e auditiva até hoje”, reforçou. “É um lembrete constante diário. Sempre que eu olho para algo, tenho pontos cegos na minha visão, tipo quando olho para o seu rosto. E, portanto, é um lembrete constante para permanecer no caminho certo, porque não quero que isso aconteça novamente.”
Jornada de sobriedade
A cantora já tinha compartilhado sua experiência de quase morte em seu documentário “Demi Lovato: Dancing with the Devil” (2021). Na época, ela defendeu a decisão de abordar sua overdose de forma clara para ajudar pessoas que possam pensar em seguir na perigosa direção que ela tomou.
“Tudo teve que acontecer para eu aprender as lições que aprendi. Foi uma jornada dolorosa, e olho para trás e às vezes fico triste ao pensar na dor que tive que suportar para superar o que tenho”, contou a cantora para a revista People na ocasião.
“Lidei com muitas repercussões e sinto que elas ainda estão lá para me lembrar do que poderia acontecer se eu entrasse novamente em um lugar escuro. Sou grata por esses lembretes, mas estou ainda mais grata por ser alguém que não teve que fazer muita reabilitação. A reabilitação veio do lado emocional”, acrescentou.