Um pequeno submarino operado pela OceanGate Expeditions, com cinco pessoas a bordo, desapareceu durante uma visita aos destroços do lendário transatlântico britânico Titanic. A embarcação começou sua descida no domingo de manhã (18/6) e perdeu contato com a superfície menos de duas horas depois. Esta informação foi confirmada pela Guarda Costeira dos Estados Unidos e desencadeou uma grande operação de busca e resgate envolvendo autoridades americanas e canadenses.
Entre os passageiros a bordo estava o aviador e bilionário britânico Hamish Harding, presidente da Action Aviation. Harding, que já havia participado da viagem da Blue Origin ao espaço em 2022, fez uma postagem nas redes sociais no último sábado, anunciando sua participação na expedição. No Instagram, ele escreveu: “Estou orgulhoso de finalmente anunciar que me juntei à OceanGate Expeditions para a sua Missão RMS TITANIC como especialista de missão no submarino que desce para o Titanic”.
O Titanic, que naufragou em 1912 após colidir com um iceberg, está a 3.800 metros de profundidade no fundo do Oceano Atlântico.
Operação de Resgate
A operação de busca e resgate foi iniciada com uma aeronave aproximadamente 900 milhas (1.450 quilômetros) a leste de Cape Cod. A Guarda Costeira canadense também entrou na operação com um barco e uma aeronave de asa fixa. O contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger, falou sobre os desafios de conduzir uma busca nesta área remota, mas garantiu que todos os recursos disponíveis estão sendo mobilizados para localizar o submarino e resgatar as pessoas a bordo.
O submarino tem uma autonomia de 96 horas para uma tripulação de cinco pessoas. Segundo John Mauger, ainda restavam cerca de 70 horas de oxigênio na tarde da segunda-feira.
Risco de vida milionário no fundo do mar
O submarino desaparecido, chamado de Titan, é feito de fibra de carbono e titânio, e possui um espaço similar ao de um carro grande.
A viagem de observação dos destroços do Titanic, gerenciada pela OceanGate, custa US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) por pessoa e dura 10 dias. Para a viagem, os passageiros assinam um contrato em que concordam em correr risco de vida para o passeio.
Embora existam várias hipóteses sobre o que pode ter acontecido com a embarcação. Alistair Greig, professor de engenharia marinha na University College London, apontou duas teorias: a embarcação pode estar à superfície aguardando resgate devido a um problema elétrico, ou, em um cenário mais grave, pode ter ocorrido um problema estrutural.
Há cinco meses, o canal americano CBS fez uma reportagem sobre o passeio. Veja abaixo detalhes do submarino.