A Netflix começou, nesta terça-feira (23/5), a cobrar pelo compartilhamento de senhas, inclusive no Brasil. Agora, os usuários precisarão pagar uma taxa de R$ 12,90 por mês para cada pessoa que utilizar a conta fora do endereço domiciliar do assinante.
A plataforma passará a bloquear dispositivos que tentarem acessar uma conta sem pagar a taxa. No entanto, os membros da Netflix podem continuar a acessar o serviço enquanto viajam por meio de seus dispositivos pessoais ou ao fazer login em uma nova televisão (como em um hotel ou aluguel de férias). As contas passam a ter uma nova página para “gerenciar acesso e aparelhos”, de modo que o assinante possa controlar quem tem acesso ao seu login.
“Todas as pessoas que moram nesta mesma residência podem usar a Netflix onde quiserem, seja em casa, na rua, ou enquanto viajam. Além disso, podem aproveitar as vantagens dos novos recursos como ‘Transferir um Perfil’ e ‘Gerenciar Acesso e Aparelhos”, explicou a plataforma em um comunicado.
O monitoramento de acesso ocorre através de uma solução tecnológica, capaz de fazer identificação de IP, endereço Mac e outros marcadores residenciais. Assim, o streaming é capaz de determinar qual é o endereço regular do assinante e quais são aqueles que estão fora das regras.
Assim, quem quiser que um amigo compartilhe de sua conta precisará comprar um “assinante adicional” para presentear ao agregado. Porém, essa opção não está disponível para todos os usuários. Como o próprio site da Netflix pontua, as assinaturas feitas através de parceiros, como operadoras de telefonia ou outras plataformas de streaming, não vão oferecer a ferramenta para permitir o compartilhamento da conta. A companhia não explicou qual será o tratamento dado a esses casos.
O valor da taxa adicional é apenas um pouco mais barato do que o pacote mais econômico, que cobra R$ 18,90 e possui anúncios. Enquanto isso, a assinatura padrão custa R$ 18,90 e a premium, que permite quatro telas simultâneas, sai por R$ 55,90.
O objetivo da medida é combater o compartilhamento ilícito de senhas e obter uma fatia maior do faturamento dos clientes que compartilham suas informações de acesso com amigos e familiares fora de seu domicílio. “Sua conta da Netflix é para você e as pessoas com quem você mora”, afirma a Netflix em comunicado enviado aos clientes que compartilham a conta com quem não mora na mesma residência.
A plataforma vem estudando esta providência desde 2019, quando uma reportagem da revista americana Newsweek informou que o streaming perdia US$ 135 milhões por mês com o compartilhamento de senhas. Em países como Canadá, Nova Zelândia, Portugal e Espanha, as novas regras já estão em vigor desde fevereiro. Nos EUA, também começaram a valer nesta terça.