Ao se aproximar dos 65 anos, Madonna não mostra sinais de desaceleração e volta aos holofotes para anunciar a turnê The Celebration, que comemora os seus 40 anos de carreira. Além da sua recente participação no último Grammy, a estrela do pop também voltou a ser assunto ao estampar a nova capa da edição de março da revista “Vanity Fair”.
Conhecida por sua imagem provocadora, Madonna, como sempre, deu o que falar ao ser convidada para estrear o projeto “Icon Issue” da revista.
Simone Marchetti, a diretora editorial da revista, destacou: “Madonna aceitou não apenas fazer parte de uma sessão de moda, mas de um projeto artístico que é a representação dos valores que ela incorporou nos últimos 40 anos. Cada imagem é como uma reflexão sobre a extraordinária contribuição de Madonna para a cultura das últimas décadas. Essas páginas são marcos de uma discussão, um avanço e um compromisso que não param por aqui. Um compromisso que nos esforçamos para contar, explicar e ilustrar em cada edição da Vanity Fair.”
As fotos da revista possuem a proposta de imprimir o legado duradouro e o impacto ilimitado que Madonna tem na música, na moda e na sociedade, com figurinos assinados por grandes estilistas e grifes de moda como Gucci, Dolce & Gabbana, Jean e Paul Gaultier. Uma verdadeira homenagem para a rainha.
O projeto artístico começa na capa pela imagem provocativa da cantora vestida de Virgem Maria. A concepção é complementada por um coração perfurado ao lado de fora do peito. Mas as imagens que estão polemizando são as que trazem Madonna com vestes que simbolizam Jesus, ao lado de modelos seminuas, numa representação da Santa Ceia totalmente desvirtuada num bacanal.
Não é de hoje que Madonna cria polêmica com religião. Ela já tinha criado controvérsia ao incluir um Jesus negro no clipe de “Like a Prayer”, em 1989, e soma três excomunhões pela igreja Católica.
Na entrevista para a revista, ela avaliou: “Acho importante ter rituais e uma vida espiritual. Mas religião sem entendimento, sem conhecimento, sem curiosidade e sem inclusão não pode ser considerada religião. Não vou me juntar a grupos religiosos que excluem os outros ou são extremistas. Ainda assim, respeito todas as religiões e encorajo as pessoas a examinarem as crenças que seguem. Que compreendam os livros sagrados e os rituais, porque sem compreensão só restam dogmas e regras, e um exercício vazio”.
“Minha relação com a religião hoje consiste em cultivar minhas práticas espirituais. E acho importante que todos as cumpram, mas não vou definir isso para outras pessoas. Acho importante rezar e ter uma conexão com a alma, com a força espiritual, chame como quiser. Não vejo maneira de sobreviver sem me conectar com a ideia de que existe um poder e uma energia maiores, ou que existem muitas energias. Que existe um mundo metafísico e místico do qual todos fazemos parte e com o qual devemos permanecer conectados”, concluiu a artista.
A produção já gerou buzz, com fãs e admiradores celebrando o impacto de Madonna na cultura pop.
Em comunicado, a revista contou que os bastidores do editorial reuniram uma equipe de 80 colaboradores e tiveram dois dias de gravação, tanto de imagens quanto de vídeos. O projeto também terá uma exposição e a exibição de um curta-metragem. A mostra acontecerá no Museu Palazzo Reale, em Milão, na Itália.