A Marvel divulgou um novo vídeo de “Pantera Negra: Wakanda Forever”, que se foca em Namor, o novo antagonista do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). Com depoimentos do diretor Ryan Coogler e integrantes do elenco, o vídeo também apresenta cenas inéditas que destacam a história e o poder do personagem, também conhecido como Príncipe Submarino.
Vivido no filme pelo mexicano Tenoch Huerta (“Uma Noite de Crime: A Fronteira”), Namor foi na verdade o primeiro herói da Marvel.
Criado pelo escritor-artista Bill Everett em abril de 1939, ele surgiu meses antes da editora Timely incluí-lo na primeira edição da história revista em quadrinhos “Marvel Comics”, que acabou batizando o conglomerado de mídia que hoje faz parte da Disney.
Namor foi um dos poucos personagens dessa época resgatados pelo novo editor a assumir a empresa nos anos 1960. Quando Stan Lee rebatizou a editora de Marvel Comics, não demorou a retomar o Príncipe Submarino. Assim, o herói retornou à superfície em maio de 1962, na quarta edição da revista do “Quarteto Fantástico”, quando o novo Tocha Humana, Johnny Storm, o descobre como um sem-teto desmemoriado em Nova York. Ao recobrar a memória, ele volta a seu reino submarino – identificado pela primeira vez como Atlantis/Atlântida – , apenas para encontrá-lo destruído por testes nucleares.
Isto o impulsiona a se tornar um anti-herói e querer vingança contra a humanidade – um de seus acessos de raiva foi responsável por ajudar a descongelar o Capitão América, que fez seu retorno aos quadrinhos logo em seguida, após décadas de gelo literal.
Mas como descobre o Quarteto Fantástico em seus primeiros confrontos, Namor reluta em abraçar o papel de vilão. Nas histórias de Stan Lee, o personagem torna-se um nobre incompreendido, poderoso, mas frustrado, um monarca sem país, que demora, mas finalmente encontra seu objetivo com a ajuda do editor-roteirista Roy Thomas: juntar seu povo e reconstruir sua nação.
O Príncipe Submarino também foi um membro por vários anos do grupo político clandestino Illuminati, apresentado no recente filme “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, além de ter sido parte dos Invasores (o protótipo dos Vingadores nos anos 1940 – embora essas histórias só tenham sido publicadas depois dos anos 1960) e dos Defensores (originalmente formado pelo Doutor Estranho, Valquíria, Surfista Prateado, Hulk e Namor nos anos 1970).
Por sinal, as tensões entre Wakanda e Atlantis começaram na época em que Namor era membro dos Defensores, quando o Pantera Negra perseguiu atlantes que roubaram tecnologia de seu país e um pulo do Hulk foi confundido com um míssil, levando os wakandanos a lançar um ataque de retaliação.
No filme, Atlantis teve o nome alterado para Talokan. Tudo indica que iniciativa buscou diferenciar o reino do Príncipe Submarino daquele visto no filme do Aquaman, mas isso também permitiu integrar a cultura azteca na trama. Tlālōcān é descrito em vários códices astecas como um paraíso, que absorveu aqueles que morreram afogados ou por relâmpagos, ou como consequência de doenças associadas à divindade da chuva.
“Pantera Negra: Wakanda Forever” vai contar com os retornos de Letitia Wright, Angela Bassett, Winston Duke, Lupita Nyong’o, Danai Gurira, Martin Freeman e Florence Kasumba (mas não Daniel Kaluuya, devido ao conflito com as filmagens de “Não! Não Olhe”), e vai introduzir Dominique Thorne (“Judas e o Messias Negro”) como Riri Williams, a Coração de Ferro, que terá sua própria série na Disney+ em 2023.
A estreia está marcada para 10 de novembro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.