Bullying ultrapassa limites em “A Fazenda”: “Estragaram o jogo”

Um desabafo de Thomaz Costa no confinamento de “A Fazenda 14” nesta quinta-feira (13/10) deu voz ao esgotamento do grupo B diante do excesso de bullying que marca esta edição do reality […]

Twitter/Record TV

Um desabafo de Thomaz Costa no confinamento de “A Fazenda 14” nesta quinta-feira (13/10) deu voz ao esgotamento do grupo B diante do excesso de bullying que marca esta edição do reality show rural da Record TV.

Alvo de xingamentos e ameaças constantes, o ex-“Carrossel” disse que não vale a pena permanecer no jogo para passar o que está passando. E Pelé Milflows, Barbara Borges (Babi), Alex Gallete, Kerline Cardoso e Tati Zaqui concordaram totalmente.

“Eles estragaram o jogo… Se eu for pra uma roça eu não consigo olhar para aquela câmera e dizer de coração que eu quero ficar, porque eu não quero”, Thomaz lamentou.

“Ficar dois meses vivendo desse jeito, eu não consigo. Não vale um milhão e meio pra mim ficar dois meses nessa casa, eu prefiro não ter um milhão e meio e viver minha vida. Prefiro não ter esse um milhão e meio e viver em paz, sabe. Eu tenho minha família. Lá fora a gente pode ter até os nossos conflitos, a vida é isso né… Mas pelo amor de Deus, nunca vivi isso na vida!”, comentou.

“Estragaram tudo. Olha o [reality] que a Kerline participou [BBB 12], o reality inteiro não teve metade da metade das brigas que teve aqui… O pessoal joga, não precisa disso, não tem ofensas, não tem essas coisas”, comparou Thomaz.

Para dar noção do quanto difícil e intenso ficou o clima, ele ainda apontou que a Kerline não pode ir no banheiro sozinha, porque o grupo rival vai em cima xingar.

Um pouco antes, Alex tinha dito que “isso aqui está infernal” e Tati suspirou questionando “o que eu tô fazendo aqui?”.

Cada semana é pior. E na votação de terça-feira (11/10), Tiago Ramos se superou ao proferir ofensas absurdas contra mãe do participante Shayan. Ao vivo, disparou: “Sua mãe vai ver o tamanho da minha bengala”, explicando que mandaria nudes.

Minutos depois, em mais um ato de descontrole, Tiago chegou a ameaçar uma produtora do programa. Bastante irritado, o peão soltou palavrões e avisou: “Não quero ninguém gritando comigo. A mulher gritou na minha cara”, esbravejou, dizendo que ir procurar a tal produtora para tirar satisfações. Segundo Pétala, seu aliado ainda teve uma discussão com os “ninjas”, que não foi mostrada pelas câmeras.

O participante do grupo A ainda destruiu utensílios da cozinha aos berros para comemorar a vitória de Bia Miranda na disputa de Fazendeira da semana.

Na madrugada seguinte, o também ex-“Carrossel” Lucas Santos, do grupo A, chegou a fazer um revolverzinho com a mão para dizer o que faria com o iraniano Shayan Haghbin fora do confinamento. “Eu tenho arma, eu sou atirador esportivo”, informou Lucas. Shay foi prestar queixa junto à produção do programa, que não tomou nenhuma atitude.

Thomaz também prestou queixa de uma ameaça que partiu de Deolane Bezerra. Ao final da formação da roça, a advogada chegou no ouvido do ator e lhe dirigiu um monte de xingamentos, que foram cortados pela produção. Até a apresentadora Adriane Galisteu se manifestou diante da quantidade de ‘piiiiii’ usada para ocultar os palavrões “pesados”.

“O que ela falou ali foi tão pesado, que não dá pra gente colocar aqui”, disse Galisteu.

Foi realmente forte, porque abalou Thomaz, que confirmou ter sido ameaçado. “Veio me ameaçar, querer colocar irmão no meio. Pelo amor de Deus”, ele desabafou.

Um dos mais atacados, mesmo antes de trocar de grupo, Thomaz tem tentado manter a calma sem descer ao mesmo nível. É um dos poucos que consegue neste reality show, que virou uma sucessão de gritarias e piiiiiis, e por isso mesmo é um dos mais abalados pela sucessão de baixarias.

A Record TV conseguiu um feito histórico. Nunca se viu uma reunião de gente tão tóxica num mesmo programa de televisão. E como o único limite traçado pela produção foi a agressão física, esse elenco – na verdade, o grupo A – entendeu que o resto todo está liberado.

Já teve cuspe, empurrão, homofobia, misoginia, acusações, gritarias, apelidos maldosos, ofensas, calúnias e ameaças sem parar, algumas francamente criminosas, que deixam o pior de Karol Conká parecendo brincadeira de criança. “Te pego lá fora” é uma das frases menos pesadas.

Há peões que se orgulham de apontar o dedo, erguer a voz e ser mal-educados, mas nem tudo é pose para o jogo. Alguns participantes demonstram precisar de ajuda psicológica urgente.

O climão ficou ainda mais pesado porque nunca acaba. Prevalece quase o tempo inteiro, sempre que integrantes dos grupos rivais se encontram na casa.

Virou tática. Há provocações intermináveis para que alguém perca a cabeça e dê o primeiro soco. Mas os ânimos estão tão aflorados que, se isso acontecer, metade do elenco tende a se envolver e ser expulso, encerrando o reality de forma prematura. Seria, na verdade, o melhor que poderia acontecer para a saúde mental dos participantes e de boa parte do público.