“O Senhor dos Anéis” mostra seu poder. Veja as melhores séries da semana

A chegada de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder” ao streaming tem o impacto de um blockbuster cinematográfico. É a série mais cara já feita e isso fica evidente em […]

Divulgação/Amazon Prime Video

A chegada de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder” ao streaming tem o impacto de um blockbuster cinematográfico. É a série mais cara já feita e isso fica evidente em cada cena apresentada. O fato de ser lançada numa entressafra da programação de cinema é ainda mais significativo, demonstrando que séries podem tirar o lugar dos filmes no topo do entretenimento audiovisual.

Fãs de produções épicas também tem a opção de “Domina”. Mas a programação de estreias da semana também se destaca por ser bastante musical, com séries de ficção sobre o surgimento do punk inglês e do rap alemão, além de uma obra documental sobre o funk brasileiro. Além disso, há true crime com Armie Hammer, desenhos cults, comédia e suspense.

Confira abaixo as 10 melhores séries que chegam ao streaming nesta semana.

 

| O SENHOR DOS ANÉIS: OS ANÉIS DO PODER | AMAZON PRIME VIDEO

 

A série mais cara da história da televisão, que teria custado mais de US$ 750 milhões – fala-se em US$ 1 bilhão – para ser produzida, chega às telas como um espetáculo visual deslumbrante, que combina locações de tirar o fôlego na Nova Zelândia com efeitos de computação impressionantes para materializar uma fantasia tão envolvente quanto os filmes de Peter Jackson.

A trama inédita, concebida pela dupla Patrick McKay e J.D. Payne (de “Star Trek: Discovery”), acompanha um grupo de personagens, novos e familiares, que precisam se unir para confrontar o ressurgimento do mal na Terra Média. Liderando os personagens está a jovem Galadriel (Morfydd Clark), que ao pressentir o perigo inicia uma jornada que apresenta a forja dos Anéis de Poder, o surgimento de Sauron e a aliança entre homens e elfos.

Os dois primeiros episódios, dirigidos por J.A. Bayona (“Jurassic World: Reino Ameaçado”), mapeiam os diferentes povoados, incluindo vilas de anões e pés-peludos, para explicar quem são os novos personagens e suas motivações. Cada núcleo tem seus próprios dramas, conflitos e aventuras, que precisam entrar em rota de convergência.

São pelo menos 20 personagens, interpretados por nomes como Peter Mullan (“Westworld”), Benjamin Walker (“Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros”), Cynthia Addai-Robinson (“Spartacus”), Maxim Baldry (“Years and Years”), Markella Kavenagh (“Picnic at Hanging Rock”), Trystan Gravelle (“A Descoberta das Bruxas”), Augustus Prew (“The Morning Show”), Charles Edwards (“The Crown”), Lenny Henry (“The Witcher”), Simon Merrells (“Spartacus”) e Joseph Mawle (“Game of Thrones”), entre outros.

Com uma narrativa de fôlego, materializada com o que existe de mais avançado em efeitos, e uma equipe técnica de dar inveja em muito blockbuster, o resultado é uma fotografia, figurino e cenografia para vencer tudo no Emmy 2023. É realmente o maior épico já feito para a telinha. Mas não veja na telinha. Veja na maior Smart TV possível.

 

| DOMINA | HBO MAX

 

Quem gosta de épicos históricos precisa acompanhar a série britânica, gravada na Itália, sobre Livia Drusilla, a primeira Imperatriz de Roma. E o bom da produção original da Sky chegar pela HBO Max é que ela pode ser encarada como sequência dos eventos da premiada série “Roma” (2005–2007), da HBO.

Criada e escrita por Simon Burke (“Fortitude”) e dirigida pela cineasta australiana Claire McCarthy (“Ophelia”), a história segue o percurso de Livia, dos tempos de jovem ingênua que vê o seu mundo desmoronar após o assassinato de Júlio César, até seu segundo casamento com o sobrinho de César, Caio Otávio – que vai à guerra contra Marco Antônio para inaugurar o Império Romano – , impulsionada por um desejo profundo de vingar a família e assegurar o poder para seus filhos.

O elenco central destaca a polonesa Kasia Smutniak (“Devils”) como Livia e o inglês Matthew McNulty (“The Terror”) como Caio, o futuro imperador Otávio Augusto. O elenco também inclui Liam Cunningham (“Game Of Thrones”), Isabella Rossellini (“Joy: O Nome do Sucesso”), Christine Bottomley (“The End of the F***ing World”), Colette Tchantcho (“The Witcher”), Ben Batt (“Capitão América: O Primeiro Vingador”), Enzo Cilenti (“Free Fire”) e Claire Forlani (“A Cinco Passos de Você”). Detalhe: já está renovada para a 2ª temporada.

 

| PISTOL | STAR+

 

A minissérie sobre a banda Sex Pistols tem direção de Danny Boyle (“Trainspotting”) e faz uma recriação detalhista da época do nascimento do punk rock. Mas divide opiniões por ser baseada em “Lonely Boy: Tales From a Sex Pistol”, livro de Steve Jones, que acaba dando mais destaque para o guitarrista que o incendiário empresário Malcolm McLaren e o vocalista Johnny Rotten (John Lydon), verdadeiros mentores da banda.

A trama destaca a trupe punk original, que fazia ponto na butique Sex, de Vivienne Westwood (então namorada de McClaren), e recria shows históricos e lendas conhecidas, como a substituição do baixista Glen Matlock por Sid Vicious, que não sabia tocar seu instrumento.

O roteiro é assinado por Craig Pearce (“Moulin Rouge!”) e Frank Cottrell Boyce (responsável por outra obra deste período: o filme “A Festa Nunca Termina”), e o elenco inclui Toby Wallace (“The Society”) como Jones, Anson Boon (“Predadores Assassinos”) como Rotten, o estreante Jacob Slater como Paul Cook, Fabien Frankel (“The Serpent”) como Matlock, Louis Partridge (“Enola Holmes”) como Vicious, Thomas Brodie-Sangster (“Maze Runner”) como McLaren e Maisie Williams (“Game of Thrones”) no papel da ícone punk Jordan, uma atriz e modelo ligada a Westwood, que acompanhou o surgimento da banda em Londres e se tornou um símbolo da cultura punk pelo seu estilo.

A produção chegou a ser ameaçada por um processo de John Lydon, o ex-Johnny Rotten, mas os demais integrantes da banda o derrotaram na Justiça para permitir que as gravações dos Sex Pistols fossem ouvidas na série.

 

| ALMOST FLY | HBO MAX

 

Os produtores da série cult alemã “Dark” traçam os primórdios do hip-hop alemão nesta minissérie de comédia, passada em 1990. Logo após a queda do muro de Berlim, três adolescentes nerds descobrem o rap, graças à presença de uma base do Exército dos EUA estabelecida perto de sua escola. Inspirados pelo novo som, eles resolvem montar uma banda, enquanto lidam com questões de identidade, amizade e o fato de poucos os levaram a sério.

Roteiro e direção são de Florian Gaag, que fez o documentário “Wholetrain” (2006) sobre grafiteiros da Alemanha e consegue capturar com perfeição o espírito da época retratada.

 

| AS FALSIFICADORAS | NETFLIX

 

A comédia segue duas melhores amigas adolescentes que acidentalmente constroem um império criminal de identidades falsas. Zoe é um pouco nerd e socialmente desajeitada, e faz sua primeira identidade falsa para poder estudar na biblioteca da universidade. Becca é uma garota festeira e rica, que prefere beber a estudar, mas para isso também precisa de uma identidade falsa. As duas logo percebem que são boas nisso e começam a receber encomendas. Mas quando um sócio suspeito se junta ao negócio, a situação sai do controle.

Combinando festas com esquemas ilegais, que vão da diversão à violência, a criação de David Turko (produtor de “Warrior Nun”) tem uma narrativa ousada para seu público alvo, com brincadeiras cronológicas, quebra da quarta parede e versões alternativas de fatos anteriormente exibidos, além de muito (bom) hip-hop canadense obscuro.

O elenco destaca Emilija Baranac (a Midge de “Riverdale”) como Zoe e Jennifer Tong (“Grand Army”) como Becca, além de Matreya Scarrwener (“Imaginary Mary”) como uma funcionária das duas que rouba todas as cenas e o mais conhecido Richard Harmon (o Murphy de “The 100”).

 

| O DIABO EM OHIO | NETFLIX

 

A minissérie de terror destaca em seu elenco a atriz Emily Deschanel, estrela de “Bones”. Ela vive uma psiquiatra que abriga uma jovem (Madeleine Arthur, de “The Magicians”) em fuga de uma seita misteriosa, sem perceber que esse gesto pode colocar a própria família em risco.

A trama é supostamente inspirada em uma história real, que virou um best-seller homônimo de Daria Polatin. A própria autora escreveu a adaptação.

 

| BEAVIS & BUTT-HEAD | PARAMOUNT+

 

A dupla icônica da MTV dos anos 1990 está de volta numa nova série, mas sem os clipes que marcaram sua existência.

Lançada em 1993, a animação “Beavis e Butt-Head” teve grande impacto na cultura pop, ao trazer dois adolescentes roqueiros comentando clipes de bandas da época. A série durou sete temporadas e foi exibida até 1997 na MTV. Acabou saindo do ar quando o consumo de clipes – e a própria MTV – começou a declinar.

O criador da série original, Mike Judge, continua a frente da atração. Ele retorna como diretor, roteirista e dublador dos personagens – que além da série ganharam um novo filme, “Beavis & Butt-head Do the Universe”, também disponível na Paramount+.

 

| THE VENTURE BROS | HBO MAX

 

A HBO Max liberou mais um tesouro do baú de preciosidades do Adult Swim. A série dos Irmãos Ventura foi exibida de 2003 à 2018 na faixa adulta do Cartoon Network e chega completa (com sete temporadas) ao streaming. Paródia dos desenhos clássicos de Jonny Quest dos anos 1960, a atração criada por Chris McCulloch (“The Tick”) acompanhava as estranhas aventuras animadas do cientista Rusty Venture, seu guarda-costas e seus dois filhos entusiasmados, que enfrentavam uma variedade de inimigos, mas principalmente o terrível Monarca, um supervilão que adotava um uniforme de borboleta.

O humor adulto com clichês de desenhos infantis foi aclamado pela crítica e deve retornar em breve num longa-metragem, atualmente em desenvolvimento para o streaming.

 

| FUNK.DOC: POPULAR & PROIBIDO | HBO MAX

 

O premiado cineasta e documentarista Luiz Bolognesi (“A Última Floresta”) assina a série sobre a história do funk brasileiro, que traz depoimentos de vários outros expoentes do gênero musical, como Ludmilla, Kondzilla, Valesca Popozuda, Bonde do Tigrão e até uma das últimas entrevistas concedidas por Mr. Catra (1968–2018), buscando traçar um retrato completo do funk nacional.

São ao todo cinco episódios, que traçam as origens do gênero, sua aproximação com a violência, a estética de forte carga sexual e sua influência crescente na música internacional.

 

| HOUSE OF HAMMER | DISCOVERY+

 

A série documental de “true crime” parte dos escândalos que abalaram a carreira do ator Armie Hammer (“Me Chame pelo Seu Nome”) para abordar o histórico sombrio de sua família.

O astro viu sua carreira implodir em janeiro de 2021, após virem à tona mensagens privadas em que se confessava canibal, seguidas dois meses depois pelo processo de uma ex-namorada, identificada como Effie, por estupro e violência sexual, com elementos de tortura.

Além de abordar as denúncias de abuso, com a exposição de mensagens de celular do ator sobre atos violentos e canibalismo, a produção também destaca uma denúncia de Casey Hammer, tia de Armie, sobre tudo o que há de errado em sua família, com revelações de segredos de várias gerações de Hammers, donos de um império de petróleo envolvidos com histórias escabrosas, escândalos sexuais, financeiros, de luta de poder e de vício.