A ausência de J.K. Rowling, escritora que criou Harry Potter, do especial de reencontro dos filmes da franquia chamou muita atenção quando “Harry Potter: De Volta a Hogwarts” foi exibido em janeiro passado na HBO Max.
Não faltaram especulações sobre o motivo, com muitos lembrando que Rowling se desentendeu com os principais intérpretes da saga e foi rejeitada até por comunidades de fãs de “Harry Potter” por suas opiniões transfóbicas, disfarçadas de feminismo, nas redes sociais. De forma pública, o trio de atores centrais da franquia, Daniel Radcliffe, Emily Watson e Rupert Grint renegaram falas da criadora de seus personagens, colocando-se ao lado das pessoas transexuais.
Sem querer aprofundar a polêmica, Rowling contou que não houve restrição à seu nome por parte da Warner Bros., apesar do clima que o encontro com os atores pudesse criar. Mas ela pesou os prós e contras e decidiu, por conta própria, não participar.
“Eu fui convidada e decidi que não queria fazer aquilo”, disse. “Eu pensei que se tratava, verdadeiramente, de um evento mais sobre os filmes do que sobre os livros. Era sobre isso aquele aniversário”, contou a escritora, numa participação na Virgin Radio, da Inglaterra, neste fim de semana.
Ela ainda acrescentou: “Ninguém me disse para não [ir]… Me pediram para participar e decidi não ir”.
Foi a primeira vez que a escritora falou abertamente sobre sua ausência. Na época em que o programa foi divulgado, fontes ligadas à autora falaram à revista Entertainment Weekly que ela considerava o uso de suas falas de arquivo como suficientes e “adequadas para o programa”. Na atração, ela aparece apenas em gravações feitas na época do lançamento dos filmes.
Durante a entrevista de rádio, Rowling também foi perguntada sobre sua relação com o elenco de Harry Potter. Ela também saiu pela tangente, afirmando que mantém contato com alguns.
“Eu tenho uma relação com eles. Com alguns é mais próxima do que com outros. É sempre assim, você conhece alguns melhor do que outros”, afirmou.