Yoko Shimada: Estrela de “Shogun” morre aos 69 anos

A atriz japonesa Yoko Shimada, que venceu o Globo de Ouro e foi indicada ao Emmy por sua interpretação de Mariko na minissérie clássica “Shogun”, de 1980, morreu na segunda-feira (25/7) de […]

Divulgação/NBC

A atriz japonesa Yoko Shimada, que venceu o Globo de Ouro e foi indicada ao Emmy por sua interpretação de Mariko na minissérie clássica “Shogun”, de 1980, morreu na segunda-feira (25/7) de complicações de câncer colorretal em um hospital de Tóquio. Ela tinha 69 anos.

Nascida em 1953 na cidade de Kumamoto, na ilha japonesa de Kyushu, Shimada estreou no cinema aos sete anos de idade, no drama “Jûrokusai”, de Eisuke Takizawa (1902–1966). Com uma longa carreira mirim, ela também estrelou a 1ª temporada de “Kamen Rider” (em 1971), uma das mais famosas séries do gênero tokusatsu (produções com efeitos especiais, geralmente com monstros).

Ela abandonou os projetos infantis aos 21 anos, quando se projetou internacionalmente como protagonista feminina do thriller policial “Castelo de Areia” (1974), de Yoshitarô Nomura, premiado no Festival Internacional de Moscou. Também atuou no terror clássico “A Família Inugami” (1976), de Kon Ichikawa (1915–2008), que venceu sete prêmios da indústria japonesa.

Mas foi seu papel como lady Mariko na adaptação americana do romance de James Clavelle que a consagrou em todo mundo.

Mesmo sem ser fluente em inglês, ela desempenhou o papel feminino mais importante da produção vencedora do Emmy, como uma samurai destemida, que tinha muito a provar por vir de uma família desonrada – o que também a transforma numa femme fatale para o protagonista.

Na trama, um marinheiro britânico chamado John Blackthorne (Richard Chamberlain) sobrevive a um naufrágio na costa do Japão no século 17, enfrenta provações para se tornar um samurai e se envolve na complexa teia política do país, virando confidente do Lord Toronaga (o lendário Toshirô Mifune), um poderoso aristocrata que pretende ascender ao shogunato. Seu status, porém, é abalado pela presença de Lady Mariko, que o faz balançar e reconsiderar suas prioridades, tendo que escolher entre o coração, a ambição, a coragem e a honra.

Depois do sucesso de “Shogun”, ela se tornou uma superestrela no Japão, mas só voltou a aparecer em duas outras produções internacionais: os thrillers “Marcado para Morrer” (1995), estrelado por Christopher Lambert, e “O Combate: Lágrimas do Guerreiro”, adaptação do mangá “Crying Freeman” dirigida pelo francês Christophe Gans.

Seu último trabalho foi no filme romântico “Kanon”, lançado em 2016.

A história de “Shogun” está atualmente sendo refilmada pelo canal pago americano FX, com adaptação do roteirista Justin Marks (“Mogli – O Menino Lobo”) e com a cantora Anna Sawai, integrante do grupo de J-Pop FAKY, no papel de Mariko.