Além de trazer depoimentos e resgatar os acontecimentos relacionados ao assassinato de Daniela Perez, a série documental “Pacto Brutal” tem chamado atenção por mostrar as imagens chocantes do crime, que mostram a atriz morta. Os registros foram cedidos pela mãe de Daniela, a escritora de novelas Gloria Perez.
“Se você quer contar essa história, tem que mostrar o que eles fizeram”, explicou a escritora em entrevista à imprensa.
Para a autora de novelas, as fotos não deixam que a história seja minimizada, como a defesa de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz tentaram fazer na época. “Você olha e foi exatamente aquilo que foi feito. Então, me dói ver aquilo? Muito. Mas me doeu ver aquilo ao vivo, como eu vi. E ver depois como aquilo foi tratado de maneira a minimizar (o crime)”.
A série da HBO Max opta propositalmente por não dar voz aos assassinos, que mudaram várias vezes as versões oferecidas para o assassinato. Em vez disso, segue o que consta dos autos do crime.
Em uma das versões dada à polícia, Guilherme de Pádua alegou que matou Daniella para se defender. “Ele dizia que foi um acaso. Mas, não foi uma coisa casual. Quando você olha aquelas fotos, você vê que não tem nada de momento, foi feito de uma forma quase ritualística.”
A atriz morreu após ser apunhalada mais de 18 vezes por um objeto cortante – uma tesoura ou um punhal.
Gloria Perez disse ter confiado nos produtores da série, Tatiana Issa e Guto Barra, que tiveram total liberdade de usar os registros como quisessem. “Entreguei e confiei neles. Não vou discutir a proporção das fotos, mas sim a brutalidade contida naquelas fotos”.