Demi Lovato está de identidade nova: virou roqueira rebelde na crise dos 30 anos. O clipe de “Substance” vem acompanhado de guitarras e refrãos gritados, enquanto Demi rasga contratos, quebra discos de ouro e levanta o dedo do meio para executivos de gravadora. Figurativa e literalmente foge do pop para reclamar de cenários cheios de gente bonita em trajes mínimos, recusando-se a fazer parte dos padrões.
O refrão é com certeza contundente. “Eu me pergunto: Será que sou só eu que estou buscando conteúdo? Fiquei chapada, isso só me deixou sozinha e sem amor. Não quero acabar em um caixão [com a] cabeça cheia de vermes, corpo cheio de merda”, canta, refletindo sua experiência real de quase morte após uma overdose.
Mas rebeldia não deixa de ser um clichê sem “substância” pra dizer: agora faço rock. Será que há estereótipo maior que terminar o clipe numa moto, segurando dinamite? A presença da socialite Paris Hilton na garupa, com a moto inerte, só reforça o aspecto fake, numa confissão sublimar de que o rock é de butique e a rebeldia segue a última moda pop, de olho no sucesso de Olivia Rodrigo.
A faixa rebelde de Demi Lovato faz parte de seu oitavo disco, “Holy Fvck”, e sucede a também roqueira “Skin of My Teeth” como os primeiros singles do álbum. O disco completo só chega às plataformas musicais em 19 de agosto, um dia antes de Demi completar 30 anos.