Atriz mirim de “A Lista de Shindler” agora atua na ajuda de refugiados da Ucrânia

A atriz polonesa Oliwia Dabrowska, que se tornou parte da história do cinema mundial ao aparecer aos três anos de idade em “A Lista de Shindler”, está usando a fama adquirida na […]

Divulgação/Universal Pictures

A atriz polonesa Oliwia Dabrowska, que se tornou parte da história do cinema mundial ao aparecer aos três anos de idade em “A Lista de Shindler”, está usando a fama adquirida na infância por uma boa causa aos 32 anos de idade: ajudar ucranianos a encontrar refúgio na Polônia.

A cena de Dabrowska foi uma das mais impactantes do filme vencedor do Oscar de 1994. Ela era a garotinha de casaco vermelho, que contrastava com a filmagem em preto e branco do Gueto de Cracóvia, intocada enquanto seus vizinhos eram exterminados pelas tropas nazistas. Representando mais que a única cor no filme de Steven Spielberg, ela também simbolizava a esperança diante das atrocidades materializadas na tela.

No mês passado, ela postou uma foto de sua cena icônica no Instagram, alterando a cor de seu casaco para o azul, representando a bandeira azul e amarela da Ucrânia. “Ela sempre foi um símbolo de esperança”, escreveu Dabrowska ao lado da imagem. “Deixe-a ser de novo.”

Dias depois, ela foi para a fronteira polaco-ucraniana para ajudar os refugiados, mobilizando seguidores nas redes sociais.

“Precisamos da sua ajuda aqui na fronteira polaco-ucraniana”, escreveu ela. “Cada pouquinho ajuda: precisamos de doações materiais e financeiras, você também pode se voluntariar para ajudar pessoalmente. A situação é dramática. Também sou voluntária aqui na fronteira e vi com meus próprios olhos…”

Ela também comentou o temor do bombardeio da fronteira pelos militares russos.

“Hoje a Rússia bombardeou Yavoriv”, escreveu ela. “A apenas 20 quilômetros da Polônia. Tão perto! Estou com medo, mas isso só me motiva mais a ajudar os refugiados.”

Entre as ações das quais participou, Dabrowska comemorou o reencontro da família de uma mãe ucraniana, que fugiu da guerra com seus dois filhos pequenos e precisava de transporte para uma cidade distante perto da fronteira alemã.

“Geralmente transportamos refugiados em nossa área, mas desta vez não pudemos simplesmente dizer ‘não’. Eles estavam desesperados para chegar até sua irmã. Essas crianças… meu Deus, mal consigo segurar minhas lágrimas”, escreveu ela.

“Não posso contar tudo o que vi lá, porque não tenho palavras certas em minha mente… Ninguém que viu isso pode imaginar esse pesadelo no olhar dessas pessoas”, comentou.