Integrantes da direção da BAFTA, Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas, responsável pelo “Oscar britânico”, criticaram seu equivalente americano, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, pela forma como lidou com a agressão de Will Smith a Chris Rock.
A Academia deixou Will Smith permanecer no Oscar após deferir um tapa em Chris Rock, ao vivo e via satélite diante de milhões de telespectadores de todo mundo. E o premiou em seguida, permitindo seu discurso e aplausos para ele.
“[Alguém que fizesse isso] seria removido da cerimônia”, disse Sara Putt, membro do comitê de televisão da premiação à revista The Hollywood Reporter, acrescentando que a pessoa não poderia receber seu prêmio ou discursar no BAFTA se fizesse o mesmo que o ator, vencedor do Oscar por seu papel em “King Richard: Criando Campeãs”.
Emma Baehr, diretora executiva de prêmios e conteúdo do BAFTA, ainda reforçou que a premiação britânica “não tolera violência de nenhum tipo”.
Detalhe: Will Smith também foi consagrado no BAFTA Awards deste ano. Mas sem criar confusão.
O ator Jim Carrey foi a primeira pessoa a se manifestar sobre o tema, afirmando em entrevista televisa que Will Smith não poderia ter ficado no evento e muito menos discursado no palco após o ato violento.
A Academia dos EUA está atualmente discutindo como proceder diante do caso, que deve render alguma punição a Will Smith. A situação do ator foi agravada após o SAG-Aftra, Sindicato dos Atores dos EUA, declarar-se contrário à atitude agressiva e anunciar que ele sofreria consequências.
Will Smith agrediu Chris Rock após o comediante fazer uma piada sobre a careca de sua esposa, que sofre de doença autoimune.