Quer experimentar uma série nova? Das 10 indicações da semana, apenas duas são “antigas” – chegando como uma maratona completa e uma continuação de temporada. Portanto, sobram novidades para serem descobertas pela primeira vez, entre minisséries fechadas e novas atrações para favoritar.
Confira abaixo as melhores estreias, com seus respectivos trailers e informações relevantes.
MINX | HBO MAX
Mistura de comédia de época e comentário social, a série se inspira em publicações como Playgirl e Viva para conceber uma trama fictícia e imaginar o impacto do lançamento da primeira revista erótica para mulheres. Passada em Los Angeles nos anos 1970, evoca o período com grande autenticidade e, de forma diferente de outras produções passadas no universo do entretenimento adulto, não esconde seu tema de forma tímida. Ao contrário, exibe em closes, em todos os tamanhos, cores e formatos.
A trama acompanha uma jovem feminista que, desanimada com o cenário editorial das revistas para mulheres, aceita a proposta inusitada de um editor de revistas masculinas para criar a primeira revista erótica para o público feminino – como a Viva do publisher da Penthouse. Seu idealismo acadêmico logo é posto à prova ao embarcar nesse mundo, mas a experiência se revela um enorme sucesso.
Criada por Ellen Rapoport (roteirista de “Clifford, o Gigante Cão Vermelho”) e estrelada por Ophelia Lovibond (“Trying”) e Jake Johnson (“New Girl”), atingiu 94% de aprovação no Rotten Tomatoes com comparações a “Boogie Nights” e “GLOW”. Toda as quintas, a HBO Max disponibilizará dois episódios diferentes (são oito, no total).
WECRASHED | APPLE TV+
A minissérie estrelada pelos vencedores do Oscar Jared Leto (“Clube de Compra Dallas”) e Anne Hathaway (“Os Miseráveis”) retrata a ascensão ambiciosa da WeWork, cujo conceito de espaços de trabalho compartilhados flexíveis chegou a torná-la uma das startups mais valiosas do mundo. Isto antes que a megalomania de seu fundador saísse de controle e a pandemia desferisse um golpe mortal nos negócios.
Leto interpreta o fundador da WeWork, Adam Neumann, e Hathaway vive sua esposa e co-fundadora do negócio, Rebekah Newmann, narcisistas cujo amor caótico tornou tudo possível. Criada por Lee Eisenberg (criador de “Little America”) e Drew Crevello (produtor de “O Grito 2”), a atração é dirigida pela dupla de cineastas John Requa e Glenn Ficarra (de “Golpe Duplo” e “Amor a Toda Prova”).
LIFE & BETH | STAR+
A série de comédia dramática é criada, escrita, produzida, dirigida e estrelada por Amy Schumer. Ela vive a Beth do título, uma mulher que precisa lidar com a vida de solteira, após sair de um relacionamento do qual ela era totalmente dependente, e se reencontrar, após perceber que não se encaixa entre as pessoas ao seu redor.
O elenco inclui participações de famosos como Jonathan Groff (“Mindhunter”), Michael Cera (“Arrested Development”) e Michael Rapaport (“Atypical”), que surgem como interesses românticos da protagonista desinteressada por romance – além do cantor David Byrne (“Aqui é o Meu Lugar”) de cabelos brancos no papel de um médico.
DMZ | HBO MAX
A nova minissérie produzida e dirigida pela cineasta Ava DuVernay (“Olhos que Condenam”) é baseada nos quadrinhos de mesmo nome da Vertigo, antiga linha adulta da DC Comics, e se passa num futuro próximo, após uma guerra civil transformar Manhattan numa zona desmilitarizada (daí o título, cuja sigla significa “zona desmilitarizada” em inglês) – isto é, sem autoridades e isolada do resto do mundo.
A adaptação é estrelada por Rosario Dawson (“Luke Cage”), que volta à ilha de Manhattan em busca do filho, de quem se separou durante a evacuação, encontrando no local uma cidade destruída e sem lei. A premissa escrita por Roberto Patino (“Westworld”) envolve combates com gangues e milícias, e tem vários pontos em comum com o cenário distópico de “Fuga de Nova York” (1981), de John Carpenter.
THE CURSED | NETFLIX
A nova série de terror sul-coreana de Yeon Sang-ho, criador de “Profecia do Inferno” e da franquia “Invasão Zumbi”, acompanha a história de três personagens: uma repórter investigativa que luta contra um terrível mal escondido por trás de um conglomerado, um poderoso empresário envolvido em rituais shamânicos e uma adolescente que tem o poder de invocar a morte usando nomes, fotos e pertences de uma pessoa. Esta última é vivida por Jung Ji-so, a atriz mais jovem de “Parasita”, que recentemente também estrelou “Profecia do Inferno”.
MONSTROS DA CRACÓVIA | NETFLIX
Escrita e dirigida por mulheres – as diretoras Kasia Adamik e Olga Chajdas trabalharam juntas na minissérie “1983” – , a produção polonesa segue Alex (Barbara Liberek), uma estudante de medicina que troca o interior por uma universidade de prestígio. Seu destino muda quando ela é selecionada para entrar num grupo de estudo liderado por um patologista famoso e descobre que, sob o pretexto de pesquisa científica, eles estão fazendo algo completamente diferente, que envolve mitos eslavos, monstros antigos e divindades sanguinárias.
TOP BOY | NETFLIX
Originalmente uma produção do Channel 4, “Top Boy” foi cancelada na 2ª temporada em 2013, mas acabou salva por um fã famoso, ninguém menos que o rapper canadense Drake, que resgatou a atração em 2019 num acordo com a Netflix. Só que muitos podem até ter esquecido que a série continuava a ser produzida, porque a pandemia atrasou a 2ª temporada (ou 4ª na contagem completa do Reino Unido) a ponto de os novos capítulos chegarem três anos após o lançamento em streaming.
Com status de cult, a série retrata de forma realista os conflitos entre gangues de East London. Mas apesar do tema atrativo para fãs de séries criminais, o seriado criado por Ronan Bennett (da minissérie “Gunpowder”) enfrenta dificuldades para emplacar nos países de língua inglesa devido à quantidade de gírias e sotaques londrinos. Uma das gírias batiza a produção – “top boy” se refere ao chefão do fluxo, status que o protagonista Dushane (Ashley Walters, de “Bulletproof”) persegue a todo o custo.
Vale apontar que “Top Boy” não é a única aposta de Drake no mundo das séries. Ele também é produtor de “Euphoria”.
3 TONELADA$: ASSALTO AO BANCO CENTRAL | NETFLIX
A série documental relata um dos maiores assaltos já cometidos no Brasil, reunindo depoimentos inéditos e materiais de arquivo para reconstituir o roubo histórico de 2005, quando um grupo de criminosos cavou um túnel para roubar mais de R$ 150 milhões – ou três toneladas de dinheiro – de um cofre forte do Banco Central em Fortaleza sem nenhuma violência.
Com três episódios, o programa de “true crime” tem roteiro e direção de Daniel Billio (“A Grande Luta”).
RECURSOS HUMANOS | NETFLIX
A série derivada de “Big Mouth” é focada no mundo dos monstros hormonais, que são meros coadjuvantes na produção original sobre adolescentes em crise de puberdade. A trama acompanha as criaturas em seus trabalhos cotidianos, incentivando ou atrapalhando os seres humanos, como guias dos muitos sentimentos que podem ser experimentados na vida.
Além dos já conhecidos monstros Maurice (voz de Nick Kroll) e Connie (Maya Rudolph), o universo sobrenatural foi expandido com novas criaturas terríveis, como Magos da Vergonha e Gatinhos da Culpa, dublados em inglês por astros famosos como Hugh Jackman (“Logan”), Rosie Perez (“Aves de Rapina”) e Randall Park (“WandaVision”), entre outros.
LABORATÓRIO SUBMARINO 2021 | HBO MAX
A cultuada série animada foi exibida de 2000 a 2005 no Cartoon Network durante o bloco de animação adulta Adult Swim, seguindo a tendência lançada por “Space Ghost: De Costa à Costa” de reciclar personagens e artes originais de produções clássicas da Hanna-Barbera num contexto de comédia não indicada para crianças.
O “Laboratório Submarino” original era uma série sci-fi totalmente séria – e muito obscura – , que teve só 13 episódios produzidos em 1972. A versão do século 21, criada por Adam Reed (que depois criou “Archer”) e Matt Thompson (“Frisky Dingo”), replica o visual original para zoar a premissa ecológica da atração, mostrando que a equipe do laboratório científico ficou louca após permanecer um ano isolada no fundo mar, e pouco a pouco foi deixando as pesquisas de lado. O resultado é humor nonsense, como a piada recorrente que mostra o laboratório explodindo no final de quase todos os episódios.
As cinco temporadas completas foram disponibilizadas em streaming.