Ministério da Justiça diz que “As Aventuras de Rin Tin Tin” são impróprias para crianças

O Ministério da Justiça do governo Bolsonaro negou à rede SBT um pedido para que a série clássica “As Aventuras de Rin Tin Tin” pudesse ser exibida à tarde. A justificativa é […]

Divulgação/ABC

O Ministério da Justiça do governo Bolsonaro negou à rede SBT um pedido para que a série clássica “As Aventuras de Rin Tin Tin” pudesse ser exibida à tarde.

A justificativa é que os 164 episódios da série de 1954, estrelada pelo cão mais famoso da televisão, contém “violência, atos criminosos e drogas lícitas” e, por isso, só podem ser exibidos após as 21 horas, para maiores de 14 anos, de acordo com uma portaria da Coordenação de Política Indicativa.

A reclassificação etária da série, que era exibida com Censura Livre às 15h30 durante o auge da ditadura militar no Brasil, foi revelada pela coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.

Na série, Rin Tin Tin é um cachorro da Cavalaria dos Estados Unidos, sediada no Forte Apache. Seu melhor amigo era o cabo Rusty (Lee Aaker, que faleceu neste ano), um menino de 11 anos que perdeu os pais em um ataque dos índios e foi adotado pelo regimento, tornando-se uma espécie de mascote.

Durante sua exibição no Brasil, a série fez tanto sucesso que deu origem a um popular brinquedo: o Forte Apache, objeto de desejo de 10 entre 10 meninos da geração baby boomer brasileira.

Detalhe: nenhum episódio mostra Rin Tin Tin como cão farejador de drogas contra um cartel perigoso de narcotraficantes.