Envolvido com o projeto de um novo filme de “Flash Gordon” desde 2019, o diretor Taika Waititi (“Thor: Ragnarok”) teria mudado de ideia sobre o formato da produção. Originalmente previsto como uma animação, o longa agora será live-action (com atores de carne e osso).
A nova abordagem é resultado direto do roteiro, que está sendo escrito por Waititi, informou o produtor John Davis em entrevista ao site Collider.
“Inicialmente, ele falou para mim ‘vamos fazer uma animação’ e eu concordei. E então começamos a desenvolver o projeto e ele disse ‘não, vamos fazer live-action’ e eu respondi ‘melhor ainda'”, Davis revelou.
Responsável pela produção do filme junto ao 20th Century Studios (antiga Fox), Davis também contou que o longa-metragem de “Flash Gordon” lançado em 1980 “foi um filme que influenciou muito Taika durante a infância. É um de seus filmes favoritos também”.
Criado pelo gênio dos quadrinhos Alex Raymond em 1934, a história original de “Flash Gordon” acompanhava um atleta americano, o herói do título, que vai parar com sua namorada e um cientista russo num planeta chamado Mongo, onde alia-se à revolucionários que pretendem derrubar o ditador Ming, um líder sanguinário com planos de conquistar a Terra.
Repleto de mulheres fatais, com direito às primeiras minissaias da História, além de naves espaciais, raios laser, homens-leões e homens com asas, a obra de Raymond já foi adaptada em três filmes na época dos seriados de aventura dos anos 1930 e 1940, cujo visual avançado chegou a servir de referência para “Guerra nas Estrelas” (1977) e “O Império Contra-Ataca” (1980).
O personagem voltou aos cinemas em 1980, tentando pegar carona justamente no sucesso de “Guerra nas Estrelas”, mas o resultado dividiu opiniões e é mais lembrado por sua trilha sonora, composta pela banda Queen, e por ter virado piada na comédia “Ted” (2012), de Seth MacFarlane.