O ator Robert Hogan, que apareceu em mais de 100 séries diferentes da TV americana, morreu devido a complicações de pneumonia em sua casa no Maine na quinta-feira passada (27/5). Ele sofria de Alzheimer desde 2013 e tinha 87 anos.
Hogan decidiu virar ator após fazer um teste de aptidão para ter certeza se deveria cursar engenharia. Com o resultado, foi estudar na prestigiosa Academia Americana de Artes Dramáticas, de Nova York, e quase imediatamente começou a trabalhar na televisão.
Seu vasto currículo televisivo remonta aos anos 1960, com destaque para “Guerra, Sombra e Água Fresca”, “Além da Imaginação”, “Dr. Kildare”, “O Fugitivo”, “General Hospital”, “Jeannie É um Gênio”, “Gunsmoke”, “Terra de Gigantes” e até “Batman”, onde viveu um joalheiro raptado pelo Sr. Frio (George Sanders).
Apesar disso, teve poucos papéis fixos. Os mais famosos foram o reverendo Tom Winter em duas temporadas (1968-69) do melodrama “Caldeira do Diabo”, o xerife Paul Tate na única temporada (1974–75) do thriller “O Caçador” e o tenente comandante Hallar na 2ª temporada (1978-79) da comédia naval “O Caso das Anáguas”.
Na falta de personagens duradouros, ele apareceu em episódios de atrações que marcaram época por décadas a fio, incluindo “Galeria do Terror”, “Mary Tyler Moore”, “Missão: Impossível”, “San Francisco Urgente”, “Havaí 5-0”, “O Homem de Seis Milhões de Dólares”, “O Incrível Hulk”, “Barnaby Jones”, “The FBI”, “One Day at a Time”, “Carro Comando”, “Duro na Queda”, “Supermáquina”, “Assassinato por Escrito”, “A Escuta” (The Wire) e “Lei & Ordem” (Law & Order), até encerrar a carreira na pouco vista “Maturity”, em 2018.
Foi visto tantas vezes na telinha que, mesmo sem ter se consagrado com nenhum personagem em particular, tornou-se bastante conhecido. Chegou até mesmo a ser homenageado por Quentin Tarantino no cinema. Em uma cena de “Era uma vez… em Hollywood” (2019), o personagem de Leonardo DiCaprio cita e elogia Hogan, enquanto assiste ao ator num episódio de “The FBI”.