Críticos da Variety elegem os piores filmes de 2020

Os críticos da revista Variety elegeram os 10 piores filmes de 2020. Para chegar ao fundo do poço, Owen Gleiberman e Peter Debruge, disseram que não tiveram que fazer muito esforço. Cada […]

Os críticos da revista Variety elegeram os 10 piores filmes de 2020. Para chegar ao fundo do poço, Owen Gleiberman e Peter Debruge, disseram que não tiveram que fazer muito esforço. Cada um escolheu seus cinco piores e nenhuma das duas listas coincidiram.

“Parece um julgamento, e um julgamento severo, mas é realmente uma sensação – que o filme em questão é tão mal concebido, tão pouco dramático ou sem graça, incrivelmente complicado ou simplesmente chato, que assisti-lo é o suficiente para se sentir dolorido”, escreveram, no texto que explica a seleção.

Para Gleiberman, o pior filme do ano foi “Dolittle”, filme de animais falantes da Universal, em que Robert Downey Jr. perdeu toda a boa vontade conquistada entre público e crítica em seus filmes da Marvel. Considerando que até a versão de Eddie Murphy parece uma obra-prima perto deste lixo, ele questiona o que deu errado e conclui que Robert Downey Jr., em vez de interpretar um médico que fala com animais, mal dirige a palavra para os bichos, preferindo passar quase todo o filme “muito ocupado falando sozinho”.

O resto do seu Top 5 inclui, em ordem descendente, “A Última Coisa que Ele Queria” (2º), thriller político de Dee Res, com Anne Hathaway e Ben Affleck, totalmente “perdido em sua pretensão”; “Estou Pensando em Acabar com Tudo” (3º), um novo “filme sem lógica” de Charlie Kaufman que parece um “episódio mal escrito de ‘Além da Imaginação'”; “Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars” (4º), uma comédia em que “nenhuma das piadas” funciona; e “Guest of Honour” (5ª), “um melodrama pouco convincente”, que é mais um filme ruim de Atom Egoyan.

Já para Debruge, a experiência mais excruciante que ele enfrentou no ano foi assistir “The Painted Bird”, drama em preto e branco da República Tcheca sobre os horrores do nazismo na 2ª Guerra Mundial. “Literalmente difícil demais de assistir, e eu abandonei a sessão depois que soldados nazistas atiram numa mulher judia e seu filho com a mesma bala”.

Ele também lista o fenômeno “365 Dias” (2º), um eurotrash pseudo-“Cinquenta Tons de Cinza” da Netflix, descrito como “o equivalente a uma produção teatral amadora, só que safadinha”; “Artemis Fowl” (3º), uma “monstruosidade derivativa da Disney”, que achou que tinha um novo “Harry Potter” – “Ainda bem que jogaram no Disney+ (Disney Plus), disfarçando o que certamente teria sido um desastre de bilheteria” – ; “Sonhos de Uma Vida” (4º), drama sobre demência de Sally Potter, estrelado por Javier Barden e tão “gratuitamente desagradável” que “ninguém precisa ver”; e “Capone” (5º) “duplamente desagradável” por trazer o mafioso “incontinente reclamando, enfurecendo-se e sujando seus lençóis” e pela interpretação forçada de Tom Hardy, que “torna impossível passar pela performance e se conectar com o monstro que está apodrecendo por dentro e por fora”.