Chaves e Chapolin Colorado vão ganhar novos aventuras. Os personagens de Roberto Bolaños serão revividos por seu filho, Roberto Gómez Fernández, que está contando com sua astúcia para retomar a produção de uma série sobre Chaves e filmes do Chapolin. Os projetos foram revelados durante uma entrevista do herdeiro de Bolaños à revista GQ. É um novo capítulo para as obras mais famosas do ator e diretor mexicano, morto em 2014, e que deixaram de ser exibidas em toda a América Latina em agosto deste ano após um impasse com a Televisa.
Um filme de animação 3D do super-herói colorado já está em produção, mas existe a ideia de filmar também uma versão live-action. Já Chaves terá uma espécie de série sobre sua origem, baseada em manuscritos originais em que Bolaños explora histórias paralelas de personagens como o professor Jirafales e dona Florinda.
“Tem uma história que nunca apareceu na televisão: de onde veio o cara (Chaves). Ele (Bolaños) a publicou em livro (‘O Diário do Chaves’, esgotado no Brasil), e também há a visão dos diferentes personagens que estão na vizinhança”, citou Fernández.
Tudo isso, porém, está em fase muito inicial.
“Temos que fazer todo um processo que tem a ver com o tamanho do que pode ser feito. O orçamento é uma limitação monstruosa. Não temos certeza se podemos fazer um filme de super-herói americano que custa US$ 20 milhões, mas algo que tenha uma produção de primeira qualidade”, disse Fernández. Um filme de super-herói americano custa, na verdade, US$ 200 milhões.
Fernández sabe que deixou passar uma oportunidade de lançar um filme em 2020, quando Chapolim completou 50 anos de criação. No ano que vem, será a vez de Chaves.
Os dois personagens, que seguiam fazendo sucesso em reprises na TV, deixaram de ser exibidos na América Latina este ano, após um desacordo entre o Grupo Chespirito, dono dos direitos autorais sobre as obras, do qual faz parte Fernández, e a Televisa, dona do material gravado em vídeo.
Na entrevista à GQ, Fernández afirmou que “se não concordarmos, nem a Televisa pode transmiti-los nem eu posso fazer nada com os programas originais”. Esta limitação não abrange novas produções.
Por isso, ele disse que os projetos já foram apresentados a diversas produtoras, estúdios e plataformas de streaming, mas não revelou as empresas com as quais as ideias foram discutidas. “Estamos em contato, avaliando a melhor opção”, disse. Não devem faltar interessados.